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A1 - Producao e Avaliacao de Materiais Didaticos para o Ensino de Linguas

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AULA 1 
PRODUÇÃO E AVALIAÇÃO 
DE MATERIAIS DIDÁTICOS 
EM LÍNGUA MATERNA 
E ESTRANGEIRA 
Profª Jovania Perin Santos 
02 
CONVERSA INICIAL 
Nesta primeira aula, temos como objetivo introduzir conceitos sobre o que 
são materiais didáticos, suas características e sua importância para o 
trabalho em sala de aula. Com isso, visamos fomentar uma reflexão que irá 
servir de base para o desenvolvimento das aulas seguintes. Ao final desta aula, 
visamos à compreensão do papel dos materiais didáticos para as práticas 
de ensino e, principalmente, as vantagens e limitações da utilização de livros 
didáticos. 
CONTEXTUALIZANDO 
A prática pedagógica está estreitamente ligada à tomada de decisões 
quanto à(s) metodologia(s) de ensino a ser(em) adotada(s) e ao material a ser 
utilizado. Independente da disciplina, o planejamento das aulas é primordial para 
que o trabalho tenha coerência e maior possibilidade de bons resultados. 
Podemos considerar que muitas coisas podem ser usadas como material 
didático. Mas o que torna um objeto qualquer em instrumento viabilizador da 
aprendizagem? Questões como essas serão tratadas nesta aula, assim 
como uma reflexão sobre quais materiais podem ser mais adequados à 
realidade de ensino na qual atuamos. Esses tópicos serão considerados durante 
a aula a fim de fornecer maior autonomia aos professores quanto às suas 
escolhas e também para dar subsídios para que possam produzir seus próprios 
materiais ou atividades. 
TEMA 1 – O QUE TRANSFORMA UM MATERIAL QUALQUER EM MATERIAL 
DIDÁTICO 
A palavra “didática” nos remete à habilidade de viabilizar conhecimentos. 
Nessa linha de pensamento, a didática envolve tanto questões práticas quanto 
questões psicológicas ou emocionais para o desenvolvimento de nossas aulas e 
com isso da aprendizagem. Ensinar está relacionado a diversas capacidades 
que envolvem desde técnicas simples até à sensibilidade ou percepção 
do professor quanto às necessidades dos alunos. 
Encontrar soluções para tornar um conteúdo acessível ou para diminuir ou 
sanar determinadas carências são preocupações constantes de todos que estão 
envolvidos do processo de ensino-aprendizagem. É por isso que a utilização de 
diversos objetos ou mesmo de um conjunto de práticas se faz necessária. Levar 
 
 
03 
para a sala de aula frutas e folhas, por exemplo, pode ser uma estratégia para 
aguçar a curiosidade ou a percepção de diferentes texturas e sabores. 
Estratégias como essas não são restritas às crianças, mas podem ser 
exploradas com alunos de qualquer idade. 
A lista de exemplos é bastante grande, e podemos ter muitas 
possibilidades, seja em qualquer disciplina ou curso, para incrementar nossas 
aulas e com isso permitir maior compreensão dos conteúdos. Mas o que torna 
um simples objeto em material didático? Percebemos aqui uma transformação, 
que é resultado da criatividade de quem ensina ou de quem elabora a proposta 
de ensino. Essa transformação é como um motor que faz tudo funcionar melhor. 
Chegamos, então, à habilidade criativa ou inventiva, as quais são muito 
necessárias para a prática de ensino. No entanto, essas habilidades tornam-se 
mais efetivas quando associadas ao conhecimento teórico e munidas de 
informações quanto ao público-alvo. Com essas colocações, percebemos que 
fazer “pontes” é uma das principais (talvez a principal) função de quem elabora 
materiais didáticos. É justamente o olhar do professor ao planejar suas aulas e 
também do elaborador de materiais que, com sua sensibilidade, percebe 
maneiras de viabilizar os conteúdos de modo mais eficaz. Nas palavras de 
Almeida Filho (2013, p. 14), certos materiais em sala de aula vão servir como 
“deflagradores de interação motivada e relevante” para o ensino da língua-alvo. 
Poderíamos até considerar que muitos professores não gastam tempo 
com planejamento e mesmo assim conseguem dar aulas. Ou o oposto disso: 
professores que passam longo tempo planejando, porém, os resultados em sala 
de aula não são suficientemente satisfatórios. Devemos observar que existem 
situações mais ou menos favoráveis no processo de ensino-aprendizagem. 
Professores com muita experiência e que já desenvolveram habilidades diversas 
normalmente precisam de menos tempo para planejar suas aulas. Também os 
que conhecem muito bem o perfil dos seus alunos e que já testaram, diversas 
vezes, a mesma atividade sabem prever as dificuldades. Dessa forma, estamos 
considerando um cenário bastante positivo: professores experientes, 
conhecimento do perfil dos alunos, atividades interessantes etc. No entanto, 
sabemos que o processo de ensino-aprendizagem é complexo e que precisamos 
refletir sobre nossa prática e estarmos preparados para desafios que 
acompanham a realidade do ensino. Estar ciente das nossas escolhas é um 
passo muito importante para o desempenho dos nossos alunos e de nós 
mesmos enquanto docentes. 
 
 
04 
Um fator preponderante se faz necessário para que possamos fazer boas 
escolhas. Trata-se da formação de qualidade para os professores. A formação 
acadêmica deve possibilitar o desenvolvimento da conscientização quanto à 
importância da relação entre teoria e prática. Isso possibilita que eles, 
professores, pesquisadores e atuantes no espaço em que trabalham, sejam, 
desse modo, não apenas aplicadores de atividades, mas quem reflete sobre o 
que estão utilizando e de que modo podem fazer isso melhor. 
Para concluir, vamos citar um trecho do livro “O professor pesquisador: 
introdução à pesquisa qualitativa” de Bortoni-Ricardo. A autora nos explica que 
o professor pesquisador não se vê apenas como um usuário de 
conhecimento produzido por outros pesquisadores, mas se propõe 
também a produzir conhecimentos sobre seus problemas profissionais, 
de forma a melhorar sua prática. O que distingue um professor 
pesquisador dos demais professores é seu compromisso de refletir 
sobre a própria prática, buscando reforçar e desenvolver aspectos 
positivos e superar as próprias deficiências. Para isso ele se mantém 
aberto a novas ideias e estratégias. (Bortoni-Ricardo, 2008, p. 42) 
TEMA 2 – O QUE SÃO MATERIAIS DIDÁTICOS 
Geralmente os materiais didáticos são conceituados de forma abrangente, 
como podemos encontrar em Salas (2004). Para a autora, material didático é 
“Qualquer coisa empregada por professores e alunos para facilitar a 
aprendizagem” (Salas, 2004, p. 2). Para Tomlinson (1998 citado por Salas, 
2004), “material didático é tudo o que é feito por escritores, professores ou 
alunos para fornecer fontes de conhecimento da linguagem e para explorar 
essas fontes de modo a maximizar o aprendizado”. 
De acordo com Nelken e Vilaça (2012, p. 950), 
a compreensão de materiais didáticos é bem mais abrangente e pode 
se referir a todo material empregado com fins didáticos pelo professor 
ou pelo aprendiz de forma a contribuir para a aprendizagem, o uso e o 
contato de uma língua. 
Os autores resumem que “material é tudo aquilo que for usado para 
enriquecer e facilitar o aprendizado” (Nelken; Vilaça, 2012, p. 951). 
Esses conceitos admitem a utilização de diversos recursos como material 
didático, seja uma letra de música, um filme, uma notícia de jornal, um texto 
literário, um jogo. Nesse sentido, materiais didáticos são artefatos que servem 
de guia ou de apoio para professores e alunos no processo de ensino-
aprendizagem. Podemos entender que um conjunto bastante amplo de objetos 
 
 
05 
podem ser usados para essa finalidade e que, durante a história do ensino, vêm 
se transformando. 
Embora a universalização do ensino ainda seja apenas um desejo em 
muitos países, a produção de manuais para o ensino e, principalmente, para 
alfabetização vem sendo desenvolvida há alguns séculos. Foi com o início da 
impressa no século XVI que surgiram, no Ocidente, os primeiros manuais. Um 
exemplo é a cartilha intitulada Bokeschen vor leven ond kind, publicada na 
Alemanha em 1525. Naquelaépoca, a produção de manuais estava muito ligada 
à Igreja e aos ensinamentos cristãos. Outro marco para a didática moderna foi o 
filósofo e pedagogo Comênio, que publicou, entre outras obras, A Didática 
Magna em 1631. Sua obra trouxe grandes avanços para a pedagogia ao propor 
a “racionalização de todas as ações educativas, indo da teoria didática até as 
questões do cotidiano da sala de aula” (Ferrari, 2008). 
No Brasil, uma política educacional importante foi criada em 1929, o atual 
Programa Nacional do Livro Didático (PNLD). Embora tenha quase um século de 
existência, foi apenas nas últimas décadas que houve um significativo 
investimento na aquisição e distribuição de livros didáticos. 
Saiba mais 
Para conhecer mais informações sobre o Programa Nacional do Livro 
Didático, acesse o link a seguir: 
<http://www.fnde.gov.br/programas/livro-didatico> 
A seguir temos uma classificação que separa os materiais compilados em 
unidades, os quais são chamados aqui de materiais guia, e os materiais avulsos 
que servem de apoio para diversas atividades. Não estamos considerando 
propriamente que uns sejam melhores do que os outros. É possível que com 
apenas uma foto, por exemplo, o professor consiga mobilizar a atenção dos 
alunos e desenvolver sua aula de maneira bastante efetiva, atingindo 
plenamente seus objetivos. 
Tabela 1 – Classificação de materiais didáticos 
Materiais guia Materiais de apoio 
• Livro didático publicado 
• Material apostilado publicado ou 
elaborado por professores da 
• Filmes 
• Livros 
• Dicionários 
 
 
06 
instituição de ensino 
• Unidades didáticas ou temáticas 
• Atividades que exploram várias 
habilidades, podem ser a partir de 
textos, vídeos, imagens ou 
áudios. 
• Propostas de trabalho da 
pedagogia de projetos 
• Jogos 
• Músicas 
• Fotos 
• Revistas 
• Folhetos 
• Jornais 
• Vídeos/áudios 
• Aplicativos de internet como hot 
popatoes, padlet etc. 
• Sites, blogs, redes sociais etc. 
A classificação acima está baseada na separação entre propostas que 
foram compiladas pensando em uma sequência de atividades com determinados 
objetivos e conectadas em unidades (didáticas ou temáticas). Por outro lado, 
temos uma gama variada de materiais que podem estar contidos na primeira 
classificação ou não. Algumas vezes são utilizados separadamente em 
determinados momentos da aula e sem um desmembramento de propostas. 
Muitas outras classificações de materiais didáticos também são 
possíveis. No quadro apresentado neste tópico separamos o que é elaborado 
previamente, considerando uma sequência de atividades que exploram 
diferentes habilidades e artefatos que são usados mais esporadicamente e 
servem como complementação ou apoio. 
A decisão sobre utilizar determinados materiais para uma aula específica 
acontece, geralmente, no momento do planejamento da aula. Curiosamente, 
plano de aula e livro didático ou outros materiais andam juntos, pois um pode 
influenciar o outro. Muitas vezes, os professores fazem o planejamento das 
aulas ao mesmo tempo em que preparam o material didático. Ou elaboram as 
aulas com base no que o livro didático está contemplando. É bem provável que a 
não dependência de um livro ou método proporcione maior autonomia e instigue 
a criatividade do professor, mas a elaboração de plano de aula permite, além de 
tudo, maior aproximação com os alunos. Parar e refletir sobre o que ensinar, 
para quem, com que objetivo e de que forma, certamente contribuirá para que o 
trabalho em sala de aula flua melhor. Essa perspectiva está mais próxima do 
que defende Almeida Filho (2013, p. 16). Para o autor, “os materiais são uma 
forma de codificação de ação futura nas salas ou em outros lugares de 
aprender”. O pesquisador explica que os materiais preveem aquilo que irá formar 
o método ou as práticas em sala de aula, ou quais serão em algum momento 
utilizadas como experiência de ensino. Para Almeida Filho (2013), não se trata 
 
 
07 
de um apoio, mas de instrumentos de ensino que contêm a base codificada ou a 
partitura a ser “regida” para transformar a ação de ensinar e de aprender. 
Outra prática importante é a análise do plano de aula depois da aplicação. 
Refletir sobre o que deu certo e o que não deu certo traz benefícios diversos. 
Muitas vezes fazemos escolhas equivocadas de textos e vídeos devido ao nível 
de proficiência dos alunos. Por exemplo, imaginamos um tempo longo para 
determinada atividade e na prática acontece em pouco tempo e assim por 
diante. Essas reflexões contínuas permitirão renovação crescente e ampliação 
da adequação das estratégias. Desse modo, visamos não seguir um modelo 
linear de ensino da linguagem, mas um formato contínuo e mais abrangente, o 
qual podemos representar por uma espiral centrífuga. 
TEMA 3 – QUAL É O MELHOR FORMATO PARA OS MATERIAIS DIDÁTICOS 
Nós, professores, frequentemente nos perguntamos o que é melhor: 
adotar um livro didático, fazer atividades avulsas, organizar atividades em 
apostilas, não seguir um livro didático e sempre utilizar propostas variadas? 
Questionamentos nesse sentido acompanham o dia a dia das práticas 
didáticas. O que devemos ter em mente é a preocupação em desenvolver um 
bom trabalho considerando a realidade em que estamos inseridos. 
Produzir materiais, como unidades didáticas, especificamente para o 
público-alvo das nossas aulas, a princípio seria o ideal. Com isso, nos 
enquadraríamos no que destaca Santos (2017) ao se referir aos materiais 
didáticos de uso genérico. Segundo a autora, pensar que um único material 
possa ser utilizado por diferentes públicos é pensar em um material genérico e, 
assim, “corre-se o risco de querer atender a todos e acabar não atendendo 
ninguém. Por isso, há a necessidade de se produzirem materiais específicos 
para públicos específicos” (Santos, 2017). 
Embora a proposta acima seja de grande importância, precisamos 
considerar as condições que os professores têm para produzir esses materiais 
para o seu público específico. Cursos com alta carga horária podem inviabilizar a 
produção de propostas a cada aula, devido ao tempo para preparação. Em 
geral, os cursos com esse procedimento iniciam com um material mais bem 
elaborado e depois sua qualidade vai diminuindo, pois o cansaço ou outros 
afazeres, como a correção de textos e de provas, vão tomando o tempo do 
professor. Então, é necessário estar ciente do tempo que envolve a confecção 
 
 
08 
de atividades a cada aula para atender a um público específico. Outra 
observação a ser feita, relacionada à produção de atividades, é a qualidade 
desses materiais, pois são geralmente fotocopiados. Isso faz com que sejam 
eliminadas as cores e, além disso, as folhas soltas, entregues aos alunos, não 
favorecem a percepção da progressividade dos conteúdos. 
Relacionada à linha de metodologias específicas para públicos 
específicos está a pedagogia de projetos. Vamos ver brevemente uma definição 
dessa metodologia segundo Andrighetti (2006). De acordo com a autora, esse 
procedimento de trabalho 
constitui-se em um plano de ação sem passos rígidos e delimitados a 
serem seguidos ao longo de sua realização. É justamente essa 
flexibilidade que possibilita a dinâmica de busca, de interesse e das 
necessidades que surgem para responder a questões pertinentes ao 
momento. Para tanto, os projetos têm como base lançar-se em busca 
de temas a serem definidos de acordo com a vontade, necessidade e 
interesse do(s) participante(s), assegurando o caráter investigativo pela 
busca do que se propuseram fazer. (Andrighetti, 2006, p. 7) 
Esse plano de ação tem grande dependência da consciência por parte 
dos professores e dos alunos quanto ao seu papel em sala de aula. Esses 
papéis estariam envolvidos com o desempenho de mediador, de viabilizador de 
conhecimentos e, por parte dos alunos, de indivíduos mais autônomos, críticos e 
atuantes. 
Com as mudanças tecnológicasque vivenciamos, os projetos 
pedagógicos podem viabilizar novas dinâmicas de ensino. No entanto, para essa 
prática, é necessário também planejamento e reflexão sobre os passos a serem 
seguidos e os resultados a serem almejados. A mudança está no fato de que o 
planejamento e as decisões estão em grande parte nas mãos dos alunos. Isso 
visa, principalmente, não seguir a educação bancária, como nos explica Paulo 
Freire (1996), em que o professor é quem transmite ou “deposita” 
conhecimentos. Além disso, a pedagogia de projetos coloca os alunos mais 
próximos a situações reais de comunicação, procurando solucionar problemas e 
usando a criatividade. 
Como exemplo de materiais didáticos específicos para públicos 
específicos, podemos citar a publicação de livros didáticos voltados à realidade 
de quem vive no campo ou na área rural. Também são exemplos os livros 
destinados ao EJA (Educação de Jovens e Adultos). Gradualmente percebemos 
alternativas que consideram as necessidades específicas de determinados 
grupos de alunos. 
 
 
09 
Na sequência, vamos refletir sobre os materiais didáticos mais populares: 
o livro didático e o material elaborado pela instituição de ensino ou pelos 
professores. 
TEMA 4 – LIVROS DIDÁTICOS: VANTAGENS E LIMTAÇÕES 
Embora várias práticas de ensino possam ser utilizadas em sala de aula, 
sabemos que livros didáticos e apostilas têm grande aceitação nos mais 
diversos institutos de ensino pelo país afora. 
Adotar um livro didático publicado e disponível no mercado pode ser 
favorável por várias razões, dependendo do ponto de vista, isto é, dependendo 
dos interesses ou intenções de quem está envolvido no processo de ensino. 
Podemos apontar como os envolvidos nesse processo: o Ministério da Educação 
como representante do Estado brasileiro, a instituição de ensino (particular ou 
pública), os professores, os alunos e outros. A lista poderia ser mais longa se 
detalhássemos cada um dos envolvidos citados, por exemplo, os pais ou 
responsáveis dos/pelos alunos. As razões frequentemente apontadas como 
favoráveis são as seguintes: 
 Estar de acordo com diretrizes estabelecidas nos PCNs (Parâmetros 
Curriculares Nacionais) ou nos programas de cursos. 
 Apresentar progressão das atividades ao longo do período escolar ou do 
curso. 
 Ter passado por análise e avaliação de uma comissão editorial durante o 
período de elaboração. 
 Ter compilado no mesmo material uma variedade de propostas que 
explorem diversos gêneros textuais/discursivos, diferentes mídias e 
habilidades. 
 Ter preocupação com a atualização, seja de teorias de ensino, da parte 
gráfica, dos temas propostos etc. 
 Permitir aos alunos terem acesso a abordagens diversas, em vez de se 
restringirem ao direcionamento específico de um ou alguns professores a 
que eles têm acesso. 
 Favorecer a prática didática, pois apresenta de forma ordenada várias 
unidades de trabalho com objetivos específicos. Tudo isso facilita a vida 
do professor com alta carga de trabalho e principalmente os professores 
iniciantes. 
 
 
010 
Apenas destacamos aqui algumas vantagens, geralmente apontados por 
professores e por instituições de ensino, que defendem a utilização de um livro 
didático. 
Diante das razões apresentadas nesta aula, entendemos que o livro 
didático tem um importante papel a cumprir na organização e no funcionamento 
das práticas de ensino. O que é necessário observar é se de fato tais quesitos 
são efetivamente atendidos. As desvantagens em adotar um livro didático, por 
outro lado, em geral estão ligadas à não satisfação dos tópicos apresentados 
anteriormente. Nesse caso, o que era para ser uma importante ferramenta passa 
a ser uma camisa de força, da qual só conseguimos nos libertar quando termina 
o curso ou ano letivo. 
Nelken e Vilaça (2012, p. 952), apoiando-se em Tomlinson (2004, p. 8), 
argumentam que 
o material didático deve ser pensado de forma a manter o aluno 
tranquilo, pois muitos deixam de aprender quando estão ansiosos, 
desconfortáveis ou tensos. Para que isso aconteça, é necessário tomar 
alguns cuidados em relação ao planejamento das atividades. Por 
exemplo, a maioria dos alunos não se sente muito à vontade com 
folhas abarrotadas de exercícios. Mas muitos se sentem mais 
tranquilos quando trabalham com textos ilustrados relacionados a 
assuntos de sua cultura e a sua rotina; com discurso informal; com a 
voz ativa ao invés da passiva; com temas trabalhados de forma 
concreta (com exemplos, anedotas) e inclusiva. 
Por isso, a escolha do material e da proposta de ensino a ser adotada 
deve ser cuidadosamente analisada. 
Em muitos casos, o livro didático acaba engessando as práticas 
pedagógicas. Quando o livro é visto como um manual a ser seguido 
sistematicamente, corre-se o risco de utilizá-lo como uma fonte de saber pronta 
e acabada. O professor torna-se guiado pelo material e isso contribui para uma 
visão alienante também para os alunos. O livro didático foi tomando o espaço do 
cenário educacional de modo que frequentemente é visto como o ponto de 
partida para o planejamento de aulas e de programas de curso. De acordo com 
Ota (2009, p. 213), com a expansão da educação no Brasil, o livro didático 
“passa a assumir um papel preponderante na sala de aula”. A autora faz 
referência ao grande número de estudantes que ingressaram nas escolas nas 
últimas décadas e também à formação deficitária de muitos professores. A 
formação precária é resultado principalmente da falta de embasamento teórico, o 
que foi contribuindo para a desvalorização do trabalho docente. Em muitos 
casos, o livro didático torna-se a fonte de atualização profissional. Assim, 
 
 
011 
segundo Ota (2009, p. 214), “um instrumento que deveria ser visto de forma 
crítica acaba por orientar o trabalho docente”. A autora destaca também a 
importância de as atividades permitirem várias leituras, ao invés de direcionarem 
ou induzirem o olhar do aluno e mesmo dos professores. 
Sabemos que os livros didáticos, assim como todo texto, são concebidos 
por discursos que podem ser vistos como “certos” ou “ideais” devido à sua 
importância no contexto escolar. De acordo com Almeida Filho (2013, p. 16), 
todo e qualquer material está em primeiro lugar marcado por um 
conceito, por uma filosofia de ensino, por uma abordagem de ensinar 
que também contempla um conceito de língua, de aprender língua(s) e 
uma expectativa de como devem proceder professores de línguas. 
O excerto de Almeida filho está se referindo especialmente ao ensino de 
línguas estrangeiras, no entanto podemos considerá-lo aplicável também para 
os materiais didáticos destinados ao ensino de língua materna. Gostaríamos 
apenas de fazer uma ressalva, destacando que os materiais em geral estão 
marcados não por um conceito, mas por conceitos, por filosofias de ensino e por 
abordagens de ensinar. Ou seja, é comum encontrarmos diversas influências 
nos livros ou materiais, mesmo porque foram produzidos por vários profissionais 
e, além de tudo, tendem a atender a diretrizes comerciais solicitadas por 
editoras. 
Ao analisarmos os materiais e especialmente livros didáticos a serem 
adotados, precisamos observar se trazem a explicação conceitual na qual foram 
desenvolvidos. Entendemos por explicação conceitual a definição dos 
direcionamentos teórico-metodológicos seguidos, assim como o conceito de 
língua e de aquisição de língua utilizado. 
Para finalizar, queremos observar que, mesmo tendo fatores negativos 
associados aos livros didáticos, sabemos que a compilação de atividades de 
ensino e sua organização em capítulos ou unidades trouxeram à realidade 
escolar grande possibilidade de avanço. Se pensarmos em 30 ou 40 anos atrás, 
mesmo em escolas de centros urbanos, os materiais didáticos mais comuns 
eram o quadro, o giz e um plano de aula baseado em conteúdos geralmente 
retirados de livros ou manuais. Os professores geralmentepassavam no quadro 
ou ditavam esses conteúdos, e os alunos gastavam longo tempo copiando. Os 
conteúdos disponíveis atualmente em livros didáticos proporcionam maior 
contato com diversos conhecimentos e maior velocidade no acesso à 
informação. 
 
 
012 
TEMA 5 – ELABORAR O PRÓPRIO MATERIAL: ALTERNATIVA VIÁVEL? 
Anteriormente falamos sobre as vantagens e limitações em adotar um 
livro didático. Agora vamos abordar a opção por elaborar o próprio material, 
refletir sobre as implicações dessa escolha e observar uma proposta que 
considera etapas para a confecção de materiais. 
Já falamos sobre a produção de materiais específicos para públicos 
específicos. Esse propósito é adequado à produção de materiais, considerando 
as particularidades dos alunos com os quais temos contato. Vamos explorar um 
pouco mais essa ideia com algumas perguntas: 
 É possível um mesmo livro didático ser usado por alunos de diferentes 
classes e de moradores de áreas rurais e urbanas? 
 É possível produzir materiais didáticos que explorem diferentes realidades 
sociais e culturais e que, ao mesmo tempo, não apaguem as 
características particulares, ou seja, as vivências situadas? 
Essas perguntas não são fáceis de serem respondidas. Elas fazem parte 
de um rol de desafios enfrentados por professores, pesquisadores, elaboradores 
de materiais didáticos, editoras etc. Sabemos que alguns livros didáticos e 
também apostilas apresentam-se de forma “pasteurizada”, ou seja, de forma 
padronizada devido a limitações relacionadas aos direitos autorais ou ao formato 
comercial solicitado pelas editoras. Por essas e outras razões é que muitos 
professores e escolas preferem criar os seus próprios materiais. 
Quando professores, coordenadores e diretores de instituições optam por 
produzir o próprio material, estão considerando a necessidade de materiais 
diferenciados. Certamente um grande empenho envolve a confecção de material 
próprio. Funcionários precisam ser destinados especialmente para esse objetivo. 
Deve-se pensar na sistematização das atividades e em uma apresentação 
atraente para que estimule os alunos. 
Pesquisas relacionadas à leitura, aos gêneros textuais/discursivos e a 
cursos de formação nessa área vêm fornecendo embasamento teórico que 
permite aos professores ter mais autonomia para produzir suas atividades. Além 
disso, a relação conflituosa entre o pensamento do professor e a proposta de 
ensino contida em livros didáticos também é um estímulo para os docentes se 
aventurarem nesse trabalho. Podemos citar também a familiaridade maior entre 
 
 
013 
o professor e o material que ele próprio criou. Isso proporciona maior domínio 
dos conteúdos explorados, tornando-o mais confiante em sala de aula. 
Diante do que foi exposto nessas aulas, podemos nos questionar sobre o 
que é melhor. É possível que uma composição variada entre livro didático, 
material apostilado, atividades confeccionadas pelos professores e outras 
opções de materiais, possam contribuir para uma formação mais diversificada. 
Essa composição “híbrida” permite que os alunos tenham acesso a textos, 
vídeos, áudios que não podem fazer parte dos livros didáticos devido aos 
direitos autorais. É necessário que as editoras, ao publicarem textos, imagens ou 
vídeos disponíveis na mídia paguem para os autores de tais obras para que com 
isso possam ter a autorização para publicá-los em seus manuais. 
Por esse motivo, parece ser bastante favorável que o professor utilize, 
além do livro didático, materiais variados como forma de ampliar o contato com 
textos de diferentes fontes de informação. Com isso pode-se ampliar a prática de 
conteúdos e proporcionar aos alunos maior percepção do mundo à sua volta, 
bem como melhorar a sua inclusão social. 
Algumas perguntas podem auxiliar a identificação de textos que 
proporcionem melhorias para o ensino, por exemplo, o que pode me ajudar a: 
 Gerar maior interação? 
 Estimular a produção oral ou escrita? 
 Ampliar o vocabulário? 
 Aumentar o interesse por conhecimento cultural? 
 Instigar a pesquisa e a análise crítica? 
Essas perguntas vão instigar e afinar o olhar do professor, porém é 
necessário que sejam seguidas algumas etapas, embora totalmente imbricadas, 
no processo de elaboração de propostas de ensino. 
5.1 Etapas para a elaboração de propostas de ensino 
 Santos (2014, p. 60) sugere duas etapas: 
 Etapa preliminar ou de planejamento, que consiste na adequação ao 
contexto de ensino e ao programa do curso; na sondagem quanto ao perfil 
dos alunos e suas necessidades; e no processo de seleção de textos que 
irão compor a proposta de ensino. 
 
 
014 
 Etapa de confecção, que consiste em compilar atividades de leitura, 
discussão, análise, compreensão de textos, vídeos e áudios, análise 
linguística ou gramatical, ampliação de vocabulário e tarefas de produção 
de textos, de um modo suficientemente interessante e eficaz. 
Acrescentamos também a esta etapa a elaboração do guia de aplicação 
do material e, por entender que a elaboração de propostas de ensino não 
termina após a sua confecção, sugerimos que mais uma etapa seja 
acrescentada: 
 Etapa de aplicação e revisão, que consiste em analisar os resultados 
obtidos no momento da aplicação em sala de aula e reestruturação da 
proposta. Para isso, a opinião de outros professores e dos alunos é 
essencial. Deve-se considerar também que os materiais didáticos, sejam 
atividades em folhas avulsas, apostilas ou livros didáticos, precisam 
continuamente ser avaliados e atualizados. 
Como parte da primeira etapa, a escolha dos textos se constituiu um dos 
momentos mais importantes, pois diversos fatores devem ser levados em conta 
durante a escolha. O conceito de texto nesse trabalho é de uma unidade de 
sentido com um propósito e para atingir determinado(s) interlocutor(es), podendo 
ser um texto escrito, oral ou uma imagem. 
A professora Júdice (2013, p. 162) destaca a necessidade de 
utilizar textos de fontes diversas, que incluam diferentes pontos de vista 
e vozes sociais, e recorrer a exemplares que ofereçam todo o insumo 
necessário, caso sua compreensão seja o ponto de partida para o 
desenvolvimento de uma tarefa de produção textual. 
A escolha dos textos, entre outros fatores, deve ser guiada pelo seu grau 
de dificuldade, considerando a sua complexidade linguística e temática. Propor 
textos muito complexos ou muito fáceis pode comprometer o desenvolvimento 
de toda a proposta. Além disso, é importante proporcionar ao aluno estratégias 
de leitura através de perguntas de pré-leitura para que identifique a fonte (autor) 
do texto, data de publicação e as marcas do gênero textual/discursivo e também 
fornecer perguntas de pós-leitura que levem à inferência em vez de apenas 
fornecer questões com respostas óbvias que possam ser facilmente copiadas do 
texto. 
 
 
 
015 
FINALIZANDO 
Nesta aula, vimos o que pode ser considerado como material didático e o 
que torna um texto ou objeto qualquer como facilitador do processo de ensino. 
Discorremos sobre a importância de planejarmos as aulas e refletirmos 
constantemente sobre o processo de ensino-aprendizagem. Questionamentos 
sobre a utilização ou não de livro de didático também fizeram parte dessa seção, 
assim como também houve uma reflexão sobre qual é o melhor formato de 
manuais de ensino e suas etapas de confecção. A conclusão apontada como a 
alternativa mais adequada é a composição híbrida entre diferentes formatos de 
materiais didáticos. Com isso, é possível proporcionar aos alunos maior acesso 
a diferentes fontes de informação e possibilitar a exploração da realidade social 
em que vivem. 
 
 
 
016 
REFERÊNCIAS 
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no material didático para ensino e aprendizagem de línguas. In: PEREIRA, A. L.; 
GOTTHEIM, L. (Org.) Materiais didáticos para ensino de línguasestrangeiras: processos de criação e contexto de uso. Campinas, SP: Mercado 
de Letras, 2013. 
ANDRIGHETTI, G. Pedagogia de projetos: reflexão sobre a prática no ensino 
de Português como L2. Trabalho de conclusão de curso (Licenciatura em Letras) 
– UFRGS, Porto Alegre. 2006. 
BORTONI-RICARDO, S. M. O professor pesquisador: introdução à pesquisa 
qualitativa. São Paulo: Parábola, 2008. 
BRASIL. Ministério da Educação. Guia de Livros Didáticos. PNLD 2012: 
Língua Estrangeira Moderna. Brasília: Secretaria de Educação Básica, 2011. 
FERRARI, M. Comênio, o pai da didática moderna. Revista Nova Escola, São 
Paulo, out. 2008. Disponível em: <https://novaescola.org.br/conteudo/184/pai-
didatica-moderna-filosofo-tcheco-comenio>. Acesso em: 15 nov. 2017. 
FREIRE, P. Pedagogia do oprimido. São Paulo: Paz e Terra, 1996. 
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estrangeiros de português do Brasil: uma perspectiva e uma proposta. In: 
PEREIRA, A. L.; GOTTHEIM, L. (Org.) Materiais didáticos para ensino de 
línguas estrangeiras: processos de criação e contexto de uso. Campinas, SP: 
Mercado de Letras, 2013. 
NELKEN, L. C. O. P.; VILAÇA, M. L. C. O livro didático de língua estrangeira: 
história, avaliação e importância. Cadernos do CNLF (CiFEFil), v. XVI, p. 950-
958, 2012. Disponível em: <http://www.filologia.org.br/xvi_cnlf/tomo_1/084.pdf> 
Acesso em: 15 nov. 2017. 
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35, p. 211-221, 2009. Editora UFPR. Disponível em: 
<http://www.scielo.br/pdf/er/n35/n35a16.pdf>. Acesso em: 15 nov. 2017. 
SALAS, M. R. English Teachers as Materials Developers. Actualidades 
Investigativas en Educacion. v. 4., n. 2, 2004. Disponível em: 
<http://www.redalyc.org/pdf/447/44740214.pdf>. Acesso em: 15 nov. 2017. 
 
 
017 
SANTOS, J. M. P. Propostas de critérios para elaboração de unidades 
temáticas e de enunciados de tarefas em contexto de ensino de PLE no 
Celin-UFPR. 149 p. Dissertação (Mestrado em Estudos Linguísticos) – 
Universidade Federal do Paraná, Curitiba, 2014. 
_____. Análise de uma unidade didática para alunos iniciantes do curso de 
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Disponível em: http://revistas.ufpr.br/revistax. Acesso em: 15 nov. 2017. 
TOMLINSON, B. Introduction. In: TOMLINSON, B. (Ed.). Materials 
development in language teaching. 7. imp. Cambridge: CUP, 2004. Disponível 
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<http://www.andrewlittlejohn.net/website/docs/Littlejohn%20Analysis%20of%20L
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