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Aula 8 - Segurança do paciente

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1 Maria Eduarda Mendes 103 
 
SEGURANÇA DO PACIENTE 
• Dano ao paciente em razão de erros médicos pode ser catastrófico e, 
em alguns casos, resultar em importantes conseqüências, não 
somente para o paciente, como também para o cirurgião e a 
instituição. 
• “A segurança do paciente é uma ciência que promove o uso da 
medicina com base em evidências e do bom senso na tentativa de 
minimizar o impacto do erro humano sobre o fornecimento de serviços 
de rotina. 
• Área da Saúde é um sistema de alto risco 
➢ Tem potencial de catástofre grande 
➢ Complexa e acoplada (trabalha com varias outras áreas, e assim a 
chance de erro é maior pois depende de diversos indivíduos, 
especializações e profissionais) 
 
• Precisa de uma Organização de alta confiabilidade – para minimizar os 
riscos para o paciente, a equipe precisa trabalhar em sincronia falando 
a msm linguagem 
➢ Pessoas se apoiam e confiam 
➢ Relações amigáveis e francas 
➢ Ambiente alegre 
➢ Criatividade e objetivos 
 
• Para ter assim uma Baixa taxa de ERROS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Cultura de Segurança 
existem vários 
protocolos para gerar 
essa cultura de 
segurança do 
paciente. Esses 6 
itens, é um protocolo 
sugerido pela anvisa 
1. Ver se os dados 
estão corretos, se o 
procedimento 
corresponde ao 
paciente 
 
 
 
Ferramentas de Comunicação 
• Deve se ter comunicação interdisciplinar entre serviços 
• Checklist que tem nos prontuários de cada paciente e na sala de 
cirurgia para garantir a segurança: 
 
 
 
 
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SEGURANÇA DO PACIENTE - COMPLICAÇÕES 
• Apesar do maior foco em melhorar a segurança do paciente é 
minimizar os erros médicos, é impossível eliminar completamente o 
erro humano. Esses erros resultam em complicações cirúrgicas que 
prolongam o curso da enfermidade, a internação e taxas de 
morbimortalidade. 
 
COMPLICAÇÕES EM PEQUENOS PROCEDIMENTOS: 
 
I- CATÉTERES PARA ACESSO VENOSO CENTRAL/ PROFUNDO 
 
• Vemos na foto a punção de uma subclávia direita, com cateter venoso 
de duplo lumen 
• Define-se por acesso venoso central o posicionamento de um 
dispositivo apropriado de acesso vascular cuja extremidade atinja a 
veia cava superior (quando pegamos jugular e subclávia) ou inferior 
(femoral) 
• A punção constitui uma prática importante nos pacientes 
traumatizados, em emergências cirúrgicas e doentes críticos que 
necessitam cuidados intensivos de ressucitação. Pacientes graves que 
precisam de medicação prolongada ou especifica que não posos fazer 
por acesso periférico. 
• Etapas para reduzir as complicações incluem: 
➢ Avaliar a indicação do acesso venoso profundo (quimioterápicos, vai 
implantar marca-passo) 
 
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➔ Obs: reposição volêmica não é indicação para acesso venoso 
central. 
➢ Inserção do cateter deve ser feito por profissional experiente ou 
supervisionado por um. 
➢ Utilizar posição adequada e técnica estéril. (Paciente fica na 
posição de tedrelenburg, cabeça mais baixa e pes mais altos – 
aumenta o retorno venoso e da menor chance de lesão) 
➢ Realizar troca de cateter com indicação, não realização de troca 
como rotina 
➢ Apenas quando tem sinais de infecção no local – como saída de 
secreção purulenta e sinais de infecção sistêmica (febre-
bacteremia-tremor-calafrio) 
 
Complicações comuns do acesso venoso central: 
• Pneumotórax: 
➢ Ar dentro da cavidade torácica. Ao fazer a 
punção eu perfuro a parte superior da 
pleura. 
➢ Taxas de ocorrência de pneumotórax por 
punção da veia subclávia (+comum)e 
jugular interna alcançam de 1 a 6%. 
➢ Tratamento: 
➔ Pacientes estáveis com pneumotórax 
pequeno <15% área acometida – Observo 
➔ Pacientes sem sintomatologia e sem 
acoplamento a ventilação mecânica – 
Observo 
➔ Pacientes estáveis com pneumotórax 
moderados a volumosos ou pacientes 
instáveis (que geralmente evoluem para 
pneumotórax hipertensivo) – Faço uma 
Toracostomia com drenagem fechada 
em selo d’água 
 
 
 
 
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➢ Como prevenir o pneumotórax na punção do acesso venoso central: 
Posicionamento do paciente e técnica correta. 
 
 
 
 
 
 
 
Seldinger: Diz a posição correta e relação a jugular e a subclávia. 
➔ Jugular – 30º em relação ao plano da pele, agulha voltada para o 
mamilo ipsilateral, no triangulo formado pelos braços do ECOM 
➔ Subclávia – no terço distal da clavícula, apontada para a fúrcula 
esternal. 
 
• Arritmias 
➢ Por Seldinger, depois que eu punciono eu retiro a 
agulha e passo um guia, que faz dilatação e passo 
um cateter. Se eu introduzir mt esse guia pode ir no 
coração e gerar arritimia cardíaca – por isso o 
paciente deve ser monitorizado durante a punção, 
para ver se o monitor indica arritimia 
➢ Tratamento: Retirada fio guia do coração. 
➢ Prevenção: Monitorização com ECG durante o 
procedimento. 
 
• Punção Arterial 
➢ Como a artéria e a veia são mt próximas, posso puncionar a artéria 
ao invés da veia 
➢ Tratamento: Compressão direta sobre ou próximo ao sitio de lesão 
arterial. (na jugular e arterial posso fazer a compressão direta, pois 
não tem estrutura óssea na frente, no caso da sublcavia é mais 
difícil pois tem a clavícula mt perto) 
➢ Radiografia de tórax: Para ver se n tem liquido dentro (sangue), ver 
se não fez hemotórax pq se tiver feito vai precisar de drenagem 
 
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➢ Observação 
 
• Fio Guia Perdido 
➢ Perde eledentro do vaso. 
➢ Tratamento: 
➔ Radiografia do tórax para tentar 
localizar o guia perdido 
➔ Observação rigorosa – 
internação UTI 
➔ Retirada do cateter ou do guia 
por técnicas angiográficas. 
 
• Ruptura da artéria pulmonar. 
➢ Hoje em dia não se usa mais esse 
cateter de Swan-Ganz que era 
usado pra medir a pressão na 
artéria pulmonar, mt invasivo, tem 
um cateter que quando insufla 
pode romper a artéria pulmonar 
➢ Tratamento: 
➔ Reinsuflação do balonete que vai tamponarr onde rompeu + 
Intubação orotraqueal + Ventilação mecânica 
➔ Radiografia de tórax – ver a extensão 
➔ Avaliar se precisa de Toracotomia de urgência ou se só com a 
insuflação do balonete vai tamponar e resolver 
 
• Embolia Aérea 
➢ Muito grave. Ar dentro da veia pela punção durante a permanência 
ou retirada do cateter. 
➢ O ar pode entrar na veia diretamente pela agulha de punção, 
durante a permanência do cateter na veia central, por desconexão 
ou fratura do cateter, e durante a sua retirada, pelo trajeto no 
subcutâneo. 
➢ Complicação dramática e fatal 
 
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➢ Deve-se suspeitar no paciente com cateter venoso central que 
subitamente desenvolve hipoxemia inexplicável ou colapso 
cardiocirculatório. 
➢ Ausculta cardíaca de som “triturante”. 
➢ Tratamento: 
➔ Radiografia de tórax 
➔ Paciente colocado em posição de 
Tredelemburg (cabeça pra cima e pes 
pra baixo) e decúbito lateral esquerdo 
(pro ar, diluir e não causar mt 
repercussão) 
➔ Aspiração do ar no coração, ventriculo direito, através de cateter. 
➔ Se não resolver. Retirada por procedimento cirúrgico ou 
angiográfico 
➢ Paciente de difícil diagnostico e com alta taxa de mortalidade. 
 
• Infecção Relacionada Ao Cateter Venoso 
Central 
➢ A infecção local do cateter pode evoluir e se 
tornar sistêmica - porta de entrada para 
bactéria. Quando começa a sair pus e tem 
áreas de hiperemia, depois de torna 
sistêmica como bacteremia – tremor, febre, 
calafrio 
➢ Tratamento: Troca do cateter central na 
presença de sinais de infecção. 
➢ Avaliar antibioticoterapia se tiver sinais 
sistêmicos 
 
II- CATETERES ARTERIAIS 
• Usados para o monitoramento preciso da 
pressão sanguínea em anestesia ou medicina 
interna, coleta de gasometria arterial., e 
paicentes que vão passar por cirurgias de 
grande porte, como cardiaca (fazemos o cateter 
arterial - cateter de PAM) 
 
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• Complicações: trombose, hemorragia, hematoma, devido a quantidade 
de tentativas de pegar um acesso a artéria pode fazer um espasmo 
(diminui a vascularização para aquela região) arterial e infecção no 
local devido a punção 
• Tratamento: Trombose (precisamos tomar mt cuidado com trombose 
pois pode levar a perda dos dedos ou mesmo dos pés ou mão) com 
isquemia é tratada com anticoagulante 
➔ Alguns pacientes há a necessidade de refazer o fluxo 
cirurgicamente (byplass do vaso, rpa retornar a circulação da 
região) 
 
II- ENDOSCOPIA E BRONCOSCOPIA 
 
Pedimos endoscopia para aquele paciente que chega no ambulatório 
com epigastralgia, queixa de refluxo. 
Pacientes com longo período de internação, fazemos broncoscopia 
 
Complicações da endoscopia: 
• Perfuração gastrointestinal 
➢ Pacientes queixam de dor e 
desconforto abdominal já 
durante o exame, com 
intensificação do quadro após o 
término do mesmo. Devemos 
realizar radiografia de rotina de abdome agudo 
➔ Para avaliar se não fez um PNEUMOPERITÔNEO/ 
PNEUMOTÓRAX – Se tiver feito e for muito sintomático, 
importante fazemos Cirurgia aberta ou laparoscópica. 
➔ Em casos de pacientes que tem preparo adequado para o 
exame (jejum adequado, se resíduo alimentar, sem grande 
quantidade de conteúdo no estomago), e ocorre perfuração, 
permanecem com poucos sintomáticos e sem sinais de 
infecção assim eu posso fazer: 
 Monitorização rigorosa 
 Jejum 
 Antibiótico de amplo espectro 
 
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Complicações da broncoscopia: 
• Pode acontecer tamponamento brônquico, 
paciente desenvolve hipoxemia, 
pneumotórax, colapso lobar e sangramento. 
➢ Pacientes com sangramento 
➔ resolução espontânea ou 
➔ endoscopia repetida para 
termocoagulação ou cola de fibrina 
➢ Paciente com pneumotórax: 
➔ toracostomia com drenagem em selo d’ àgua. 
➢ Tamponamento ou colapso lobar 
➔ limpeza por broncoscopia 
 
IV- TRAQUEOSTOMIA 
• Procedimento em que passamos um cânula na traqueia, para 
comunicar a via aérea com o meio externo, em pacientes que tem 
longo período de intubação, ou que tem uma obstrução 
• Auxilia o desmame do ventilador, reduz tempo de internação na UTI e 
melhora a limpeza pulmonar. 
• Complicação: Fistula traqueoinominada. (traqueia com a veia 
inominada, pode gerar um sangramento de grande volume e evoluir 
para óbito) 
 
V- GASTROSTOMIA ENDOSCÓPICA PERCUTÂNEA 
• Quando o paciente não consegue se alimentar por via oral, por ter 
uma obstrução ou déficit de deglutição ele precisa fazer ua 
gastrostomia endoscópica 
• Complicações: 
➢ Peritonite e sepse abdominal (pq teve desabamento 
da gastrostomia - estomago soltar da sonda e começa 
a cair conteúdo gástrico dentro do estomago) 
➢ Infecção parede abdominal podendo evoluir com fasceite 
necrotizante – por contaminação bacteriana do procedimento 
 
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• Tratamento 
➢ Cirurgia para tratamento da peritonite (laparotomia, 
lava muito a barriga) corrigir o que fez o desabamento 
e confecção de outra jejunostomia, pois a que itnha 
feito antes esta com problema de cicatrização e por isso desabou. 
 
VII- DRENAGEM PLEURAL 
• Drenagem torácica ou toracostomia com drenagem em selo d’água, 
consiste na colocação de um dreno tubular frenestrado, normalmente 
de látex, na cavidade pleural. É realizado no pneumotórax, hemotórax, 
efusões pleurais ou empiemas. 
• Complicações: 
➢ Analgesia e sedação inadequada 
➢ Penetração incompleta da pleura 
➢ Laceração pulmão ou diafragma (acontece 
se eu entrar com mt força ou não entrar no 
local correto que é: linha axilar anterior entre 
o 5º e 6º espaço intercostais do HMTX acometido) 
➢ Deslizamento do dreno fora da posição (posição correta: posterior 
em direção ao ápice) 
➢ Problemas mecânicos relacionados com a drenagem (dreno ficar 
dobrado, angular, e não exercer sua função bem) 
• Tratamento 
➢ Prevenção – técnica seguindo os passos 
➢ Revisão diária do sistema de drenagem (ver se ta saindo ar, se esta 
drenando o liquido, se está obstruído) 
➢ Radiografia de controle (pra ver se o liquido foi drenado, s eo 
pulmão expandiu, se as pleuras se encontraram dnv) 
 
 
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• Passo a passo da drenagem: 
➢ Linha axilar anterior entre o 5º e 6º EI 
➢ Faço toda técnica de assepsia 
➢ Meço da clavícula até onde vou fazer a incisão para ver o quanto de 
dreno vou colocar 
➢ Faço de 2 a 3 cm de incisão num espaço intercostal pré 
determinado 
➢ Vou divulsionando com uma kelly Rochester o subcutâneo e a 
musculatura intercostal até chegar na pleura 
➢ Sempre trabalhando na borda superior da costela inferior (pq na 
borda inferior da costela superior tenho feixe vasculonervoso e 
posso lesar) 
➢ Perfuro a pleura 
➢ Faço exploração digital da região pra ver se não tem nenhuma 
aderência 
➢ Passo o dreno, introduzo e a pinça normalmente não vai ate o final 
➢ Faço a fixação do dreno 
 
VIII- LAVAGEM PERITONEAL DIAGNÓSTICA 
• Procedimento realizado em um trauma onde o paciente encontra-se 
hemodinamicamente instável com danos neurológicos e uma etiologia 
incerta para perda sanguínea, quando a ultrassonografia é incerta ou 
duvidosa. Assim faço uma punção a 5cm abaixo da cicatriz umbilical, e 
jogo soro dentro da cavidade peritoneal, se quando eu puncionar vier 
hemático é pq tenho sinal positivo de lavagem peritoneal, ou seja tem 
alguma lesão provavelmente de víscera maciça (fígado ou baço) que 
está sangrando la dentro e ai preciso fazer uma laparotomia no 
paciente. Se vier clarinho é sinal negativo, e indica que a instabilidade 
do paciente não é por sangramento abdominal, é por outro foco. 
 
 
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• Complicações: 
➢ Punção do estômago (se fizer a punção mt alta) 
➢ Punção da bexiga (se fizer a punção mt perto da 
sínfise púbica e o paciente tiver com bexiga mt 
cheia) 
➢ Punção dos intestinos e ou vasos 
 
• Cuidados prévios ao procedimento: 
➢ Cateterismo nasogástrico e vesical - esvaziamento 
da bexiga e estomago para não os puncionar 
• Tratamento: Lesões intestinais e vasculares, requerem abordagem 
cirúrgica. 
 
Complicações Das Biópsias 
• Biópsias de linfonodos (mt comum) 
• Complicações: 
➢ Sangramento – n foi feita hemostasia 
adequada 
➢ Infecção - n foi feita assepsia 
adequado 
➢ Extravazamento linfático – é uma cadeia, assim tenho que ligar o 
vaso linfático quando resseco o linfonodo se não a linfa vai ficar 
extravasando (linforreia) 
➢ Seroma - quando resseco a gordura envolta do linfonodo, 
principalmente quando uso mt cautério, em pacientes obesos faz 
seroma 
 
COMPLICAÇÕES RELACIONADAS AO PÓS 
OPERATÓRIO 
 
SISTEMA RESPIRATÓRIO 
Atelectasia Pulmonar 
• Perda da capacidade residual funcional do 
pulmão. 
 
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• Paciente com controle insatisfatório da dor no período pós operatório, 
cirurgias em abdome superior, contribui ao baixo esforço inspiratório e 
colapso dos lobos pulmonares inferiores. 
• Pode predispor a pneumonia e a febre no pós operatório. 
• Tratamento: 
➢ Elevação da cabeceira 30 a 45° 
➢ Retirar paciente do leito - para ele deambular e aumentar 
movimento de inspiração e ex 
➢ Fisioterapia pulmonar 
 
Aspiração pulmonar 
• Paciente broncoaspira alimento por exemplo 
• Faz Pneumonite e pneumonia 
• Tratamento: 
➢ Suporte de oxigênio e ventilação com pressão positiva. 
➢ Se o conteúdo for muito - Broncoscopia com aspiração de conteúdo 
aspirado. 
 
Pneumonia 
• Segunda infecção nosocomial mais comum 
e a mais comum em pacientes em 
ventilação mecânica. 
• Pacientes com quadro de febre, tosse com 
escarro purulento e radiografia de tórax 
anormal - condensação 
• Tratamento: 
➢ Antibiótico de amplo espectro – principalmente devido ao 
acometimento de germes hospitalares 
➢ Avaliar escalonamento do antibiótico após cultura - colhe a 
secreção do escarro,e trocar antibiótico se precisar 
• Prevenção para pneumonia pós operatória: 
➢ Analgesia epidural – fica cateter na peridural e vai fazendo 
analgesia por ali, tem menos dor pra realizar expansão 
 
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Pneumotórax/ Hemotórax 
Lesão pulmonar aguda 
Síndrome da dificuldade respiratória aguda 
(SRDA) 
Embolia pulmonar (embolo obstruindo 
brônquio – paciente faz infarto pulmonar) 
 
 
 
 
 
SISTEMA CARDÍACO 
Arritmias cardíacas: 
• Fibrilação atrial 
➢ Pode acontecer no pré e pós operatória 
➢ Controle da FA: β bloqueadores e/ou bloqueador dos canais de 
cálcio. 
➢ Se o paciente tem instabilidade hemodinâmica ele é um candidato a 
cardioversão – para reverter através do choque a fibrilação 
• Arritmias ventriculares e outras taquiarritmias 
• Infarto agudo do miocárdio 
➢ Apresentação insidiosa (apresentação diferente com epigastralgia) 
ou clássica com falta de ar, angina grave e choque cardiogênico 
repentino. 
➢ Diagnóstico: ECG e dosagem de enzimas cardíaca (cK, cKmb, 
troponina - se reagente fala a favor de isquemia cardíaca) 
➢ Terapêutica para IAM. 
• Hipertensão no pós operatório imediato - elacionado a dor no pos 
opertatorio 
 
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SISTEMA MUSCULOESQUELÉTICO 
• Síndrome compartimental das extremidades 
➢ Pacientes fazem lesões principalmente 
traumáticas – hematoma e edemas e fazem 
uma compressão da vascularização no local, 
assim o sangue não circula e gera isquemia. 
➢ Tratamento: Fasciotomia – abro a região para 
diminuir a pressão vasculonervosa, e permitir 
com que o fluxo sanguíneo se reestabeleça. 
➢ Cicatriza por 2ª ou 3ª intenção, e fica aberto 
ate melhorar o que esta causando a 
compressão 
 
• Úlceras de decúbito 
➢ Por isquemia, por ficar mt tempo fazendo 
pressão no local, levando a diminuição da 
vascularização e isquemia. 
 
 
 
SISTEMA HEMATOLÓGICO 
Em uma transfusão, todas as vezes testamos o 
paciente para ver se o sangue é compatível ou 
não, mas mesmo assim podemos ter reações, ou 
pq fez mt rápido, ou pq fez t volume, ou teve algo 
no sangue que não foi identificado no exame de 
compatibilidade. 
Reações transfusionais: 
• Febre, prurido, calafrios, rigidez muscular e insuficiência renal por 
mioglobinúria secundária a hemólise (hemácia vai ser destruída, e a 
hb vai pro rim e ele sobrecarrega) 
• Complicações infecciosas na transfusão 
• Sangramento incontrolável em razão de coagulopatia intravascular 
disseminada 
 
 
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SINDROME DO COMPARTIMENTO ABDOMINAL 
• Manifesta-se por distensão abdominal progressiva seguida pelo 
aumento do pico de pressões nas vias aéreas, oligúria seguida por 
anúria (função renal alterada, pq o sangue não está indo nas artérias 
renais e o ri ta com baixa volemia) e um desenvolvimento insidioso de 
hipertensão craniana. 
• O que gera isso é um paciente que tem alguma patologia que gera 
aumento da pressão intra-abdominal 
• Tem comprometimento do estado geral do paciente – estados 
gravíssimos 
• Mensuração da pressão intra abdominal (PIA) 
➢ PIA> 20mmhg = hipertensão intra abdominal 
➢ PIA entre 25 – 30 mmhg + Sintoma = Síndrome do compartimento 
abdominal 
➢ Para medir coloco uma sonda vesical 
no paciente, Vem um kit pronto com 
salina estéril, e um equipo em Y pronto, 
tem uma régua que mensura em cm de 
agua e dps convertemos pra milímetro 
de mercúrio. Fecho o coletor de urina 
que a principio da vazia, e instilo 100ml 
de soro fisiológico ou de água 
destilada. Se a pressão tiver alta ela vai 
comprimir a bexiga e o soro via voltar, e 
vai subir na régua de cm – sobe uma 
coluna dagua que marcamos e 
convertemos e ai vemos a pressão. 
 
Tratamento: Fazemos uma laparotomia descompressiva,deixo a 
barriga aberto, com peritônio exposto, com uma bolsa de BOGOTÁ. 
que é estéril e vou tratando o doente com lavagem 40/72 horas + 
antibioticoterapia. Paciente deve ficar em unidade de terapia intensiva. 
E quando eu vou tratando esse processo infeccioso e a PIA vai 
diminuindo, eu vou tratando e diminuindo o espaço dessa bolsa. Hoje 
podemos usar o curativo com pressão negativa, que vai absorvendo 
esse exsudato e melhorando a cicatrização ate que seja possível 
fechar. 
 
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FERIDAS, DRENOS E INFECÇÃO. 
 
INFECÇÃO DA FERIDA 
• Quando tem sinais de infecção o primeiro local que vemos é o sitio 
cirúrgico. Se não tiver la eu procuro em outros lugares 
• Avaliação de antibiótico – normalmente pacientes em pós operatórios 
só fazemos retirada de pontos, drenagem e tratamento tópico no local 
➢ Paciente imunocomprometido ou com sinais sistêmicos fazemos 
antibioticoterapia associada 
• Cuidados com a ferida operatória – lavagem copiosa da ferida, 
curativo diário 
• Diagnóstico: Cultura + sinais clínicos 
➢ Quando tiver secreção, colher ela para ver se o antibiótico instituído 
foi suficiente 
• Tratamento 
 
Ferida Contaminada X Ferida Infectada 
• Avaliar os sinais que tem na 
ferida – se tem so sinais de 
hiperemia, calor, dor (está 
contaminada), ou se te calor 
dor, rubor, saída de secreção 
purulenta (está infectada) 
 
 
 
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CONTROLE POR DRENAGEM CIRÚRGICA 
Alguns pacientes precisam fazer drenagem da ferida. 
Precisa de indicação para isso, pois o dreno é um corpo 
estranho e uma área de colonização de bactérias. 
• Indicações para drenagem cirúrgica: 
➢ Colapso do espaço morto em áreas de tecido 
redundante – 
➔ exp: eu vou operar uma hernia no abdome, 
e para tratar ela eu descolo o subcutâneo 
pra delimitar o saco herniario, depois eu 
corrijo a hernia e o subcutâneo fica ali morto 
e esse espaço pode ser preenchido por 
seroma, ai pra evitar isso eu coloco um dreno 
ali 
➔ Paciente vai fazer uma abdominoplastia. 
 
➢ Fornecer drenagem concentrada de um abscesso ou sitio cirúrgico 
totalmente infectado. 
➔ Exp: Temos um abcesso na coxa, muito extenso, drenamos, 
mas ainda tem conteúdo, assim pra deixar aquele local pérvio, 
deixamos o dreno ali. 
➔ COLOCO SÓ QUANDO EU TENHO UM ABCESOS 
LOCALIZADO 
 
➢ Fornecer aviso de alerta de vazamento de conteúdo da cavidade – 
dreno sentinela. 
➔ Quando fizemos uma anastomose por exp. E queremos ver 
se vai abrir e vazar conteúdo, ai colocamos o dreno 
 
➢ Controlar fístula estabelecida. 
➔ Cirurgias de vias biliares, pancreáticas, é mt comum o 
paciente evoluir com fistula, assim como eu já sei que via ter 
uma fistula pos cirurgia eu coloco o dreno ali pra diminuir o 
debito dessa fistula. 
 
 
 
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Tipos de drenos 
Drenos Abertos 
➢ Dreno de Penrose 
Drena por capilaridade, não drena pela parte interna, drena por fora. 
É aquele que possui interação com o meio, ou seja, necessária entrada 
de ar para o bom funcionamento da sistema. 
Normalmente colocamos em regiões com hematoma, infecção de ferida. 
 
 
Drenos Fechados 
Não requer elementos externos adicionais para seu perfeito 
funcionamento, utiliza-se um sistema vedado, estéril conectado a 
extremidade do dreno, pode ser um frasco ou uma bolsa 
➢ Portovac: usamos em cirurgias abdominais, quando vamos 
monitorizar linforreia, em pacientes da urologia, quando faz muito 
linfadenectomia, em pacientes que fazem histerectomias. 
➢ Blake: usamos em pacientes que fazem abdominoplastia 
 
 
 
 
 
 
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Drenagem guiada por exame de imagem 
➢ Pigtail: Tem a ponta enrolada como um rabo de porco, usamos para 
drenagem de abcesso hepático, fistulas no pós operatório de 
bariátrica. 
➔ Fazemos exame pra encontra o abcesso, e depois vamos 
seguindo o dreno até chegar no local. 
 
 
 
Cateter urinário 
• Procedimento muito comum 
• Indicações para cateterismo urinário: 
➢ Diagnósticas: Quando quero fazer 
urinocultura e quero colher estéril, 
quando vou fazer exame praavaliar 
refluxo urinário 
➢ Terapêuticas: Quando tem obstrução/ 
retenção urinária. 
• Complicações: 
➢ Formação de falso trajeto – principalmente no homem 
➢ Sangramentos uretrais – geralmente como consequência do falso 
trajeto 
➢ Infecção urinária - geralmente fez assepsia incorreta 
➢ Bacteremia – levou bactéria do meio externo para a bexiga que é 
estéril 
➢ Edema e hematoma peniano e escrotal – pelo manuseio 
 
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Opções para realizar o cateterismo: 
 
 
 
Em alguns casos é mais difícil fazer o cateterismo, principalmente em 
homens com hiperplasia prostática. 
➢ Cateter de Coudê: ponta angulada – permite que vençamos a 
resistência da uretra desses homens com HBP ou estenose que é 
maior 
➢ Guia pra sonda de foley - deixa a sonda mais rígida, permite melhor 
passagem 
➢ Cateterismo vesical endoscópico – vamos visualizando com a 
câmera 
 
Infecção urinária 
• Segunda infecção mais comum nos pacientes em pós operatório (1ª é 
a infecção do sitio cirúrgico), primeira causa nas infecções hospitalares 
em pacientes não cirúrgicos. 
• Associada ao uso do cateter vesical 
• Pode evoluir com ITU complicada e ITU não complicada 
• Diagnóstico - urinocultura 
• Tratamento – antibioticoterapia 
 
Empiema 
 
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• Empiema pleural corresponde ao acúmulo de pus na cavidade pleural 
- todo processo em que um espaço existente acumula pus 
 
• Surgem a partir de uma pneumonia, hemotórax retido, perfuração 
esofágica(complicação da endo ou broncoscopia), tuberculose. 
 
 
• Tratamento: 
➢ Toracostomia com Drenagem fechada em selo d’água 
➢ Alguns pacientes tem espessamento das pleuras que não permite a 
expansão pulmonar plena e ai é necessária uma toracoscopia 
videolaparoscópica 
 
 
Abscessos Abdominais 
• Abscesso intra-abdominais pós cirúrgicos normalmente, mas o 
paciente tbm pode ter Abscessos primários 
• Apresentam clínica: dor abdominal intermitente, febre, leucocitose e 
mudança de hábitos intestinais – diarreia ou constipação 
 
23 Maria Eduarda Mendes 103 
• Diagnóstico: Sinais e sintomas 
➢ Em alguns casos palpamos esse abcesso 
➢ Avaliar necessidade de Tomografia pra localizar 
e confirmar presença do abcesso 
• Tratamento: 
➢ Antibiótico 
➢ Drenagem percutânea – abcesso localizado 
➢ Cirurgia – abcesso difuso 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fasceíte Necrotizante 
• Complicação de procedimento cirúrgico e o paciente evolui co uma 
infecção fulminante de tc. Moles 
• Infecção pós operatória que evoluem com infecção fulminante do 
tecido mole. 
• Apresentam nos casos mais graves: hipotensão – sinais de sepse, 
insuficiência renal, coagulopatia, insuficiÊncia hepática, SDRA, 
necrose tecidual e erupções eritematosas. 
• Tratamento - desbidramento agressivo e antibiótico de amplo espectro

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