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1 Maria Eduarda Mendes 103 SEGURANÇA DO PACIENTE • Dano ao paciente em razão de erros médicos pode ser catastrófico e, em alguns casos, resultar em importantes conseqüências, não somente para o paciente, como também para o cirurgião e a instituição. • “A segurança do paciente é uma ciência que promove o uso da medicina com base em evidências e do bom senso na tentativa de minimizar o impacto do erro humano sobre o fornecimento de serviços de rotina. • Área da Saúde é um sistema de alto risco ➢ Tem potencial de catástofre grande ➢ Complexa e acoplada (trabalha com varias outras áreas, e assim a chance de erro é maior pois depende de diversos indivíduos, especializações e profissionais) • Precisa de uma Organização de alta confiabilidade – para minimizar os riscos para o paciente, a equipe precisa trabalhar em sincronia falando a msm linguagem ➢ Pessoas se apoiam e confiam ➢ Relações amigáveis e francas ➢ Ambiente alegre ➢ Criatividade e objetivos • Para ter assim uma Baixa taxa de ERROS 2 Maria Eduarda Mendes 103 Cultura de Segurança existem vários protocolos para gerar essa cultura de segurança do paciente. Esses 6 itens, é um protocolo sugerido pela anvisa 1. Ver se os dados estão corretos, se o procedimento corresponde ao paciente Ferramentas de Comunicação • Deve se ter comunicação interdisciplinar entre serviços • Checklist que tem nos prontuários de cada paciente e na sala de cirurgia para garantir a segurança: 3 Maria Eduarda Mendes 103 SEGURANÇA DO PACIENTE - COMPLICAÇÕES • Apesar do maior foco em melhorar a segurança do paciente é minimizar os erros médicos, é impossível eliminar completamente o erro humano. Esses erros resultam em complicações cirúrgicas que prolongam o curso da enfermidade, a internação e taxas de morbimortalidade. COMPLICAÇÕES EM PEQUENOS PROCEDIMENTOS: I- CATÉTERES PARA ACESSO VENOSO CENTRAL/ PROFUNDO • Vemos na foto a punção de uma subclávia direita, com cateter venoso de duplo lumen • Define-se por acesso venoso central o posicionamento de um dispositivo apropriado de acesso vascular cuja extremidade atinja a veia cava superior (quando pegamos jugular e subclávia) ou inferior (femoral) • A punção constitui uma prática importante nos pacientes traumatizados, em emergências cirúrgicas e doentes críticos que necessitam cuidados intensivos de ressucitação. Pacientes graves que precisam de medicação prolongada ou especifica que não posos fazer por acesso periférico. • Etapas para reduzir as complicações incluem: ➢ Avaliar a indicação do acesso venoso profundo (quimioterápicos, vai implantar marca-passo) 4 Maria Eduarda Mendes 103 ➔ Obs: reposição volêmica não é indicação para acesso venoso central. ➢ Inserção do cateter deve ser feito por profissional experiente ou supervisionado por um. ➢ Utilizar posição adequada e técnica estéril. (Paciente fica na posição de tedrelenburg, cabeça mais baixa e pes mais altos – aumenta o retorno venoso e da menor chance de lesão) ➢ Realizar troca de cateter com indicação, não realização de troca como rotina ➢ Apenas quando tem sinais de infecção no local – como saída de secreção purulenta e sinais de infecção sistêmica (febre- bacteremia-tremor-calafrio) Complicações comuns do acesso venoso central: • Pneumotórax: ➢ Ar dentro da cavidade torácica. Ao fazer a punção eu perfuro a parte superior da pleura. ➢ Taxas de ocorrência de pneumotórax por punção da veia subclávia (+comum)e jugular interna alcançam de 1 a 6%. ➢ Tratamento: ➔ Pacientes estáveis com pneumotórax pequeno <15% área acometida – Observo ➔ Pacientes sem sintomatologia e sem acoplamento a ventilação mecânica – Observo ➔ Pacientes estáveis com pneumotórax moderados a volumosos ou pacientes instáveis (que geralmente evoluem para pneumotórax hipertensivo) – Faço uma Toracostomia com drenagem fechada em selo d’água 5 Maria Eduarda Mendes 103 ➢ Como prevenir o pneumotórax na punção do acesso venoso central: Posicionamento do paciente e técnica correta. Seldinger: Diz a posição correta e relação a jugular e a subclávia. ➔ Jugular – 30º em relação ao plano da pele, agulha voltada para o mamilo ipsilateral, no triangulo formado pelos braços do ECOM ➔ Subclávia – no terço distal da clavícula, apontada para a fúrcula esternal. • Arritmias ➢ Por Seldinger, depois que eu punciono eu retiro a agulha e passo um guia, que faz dilatação e passo um cateter. Se eu introduzir mt esse guia pode ir no coração e gerar arritimia cardíaca – por isso o paciente deve ser monitorizado durante a punção, para ver se o monitor indica arritimia ➢ Tratamento: Retirada fio guia do coração. ➢ Prevenção: Monitorização com ECG durante o procedimento. • Punção Arterial ➢ Como a artéria e a veia são mt próximas, posso puncionar a artéria ao invés da veia ➢ Tratamento: Compressão direta sobre ou próximo ao sitio de lesão arterial. (na jugular e arterial posso fazer a compressão direta, pois não tem estrutura óssea na frente, no caso da sublcavia é mais difícil pois tem a clavícula mt perto) ➢ Radiografia de tórax: Para ver se n tem liquido dentro (sangue), ver se não fez hemotórax pq se tiver feito vai precisar de drenagem 6 Maria Eduarda Mendes 103 ➢ Observação • Fio Guia Perdido ➢ Perde eledentro do vaso. ➢ Tratamento: ➔ Radiografia do tórax para tentar localizar o guia perdido ➔ Observação rigorosa – internação UTI ➔ Retirada do cateter ou do guia por técnicas angiográficas. • Ruptura da artéria pulmonar. ➢ Hoje em dia não se usa mais esse cateter de Swan-Ganz que era usado pra medir a pressão na artéria pulmonar, mt invasivo, tem um cateter que quando insufla pode romper a artéria pulmonar ➢ Tratamento: ➔ Reinsuflação do balonete que vai tamponarr onde rompeu + Intubação orotraqueal + Ventilação mecânica ➔ Radiografia de tórax – ver a extensão ➔ Avaliar se precisa de Toracotomia de urgência ou se só com a insuflação do balonete vai tamponar e resolver • Embolia Aérea ➢ Muito grave. Ar dentro da veia pela punção durante a permanência ou retirada do cateter. ➢ O ar pode entrar na veia diretamente pela agulha de punção, durante a permanência do cateter na veia central, por desconexão ou fratura do cateter, e durante a sua retirada, pelo trajeto no subcutâneo. ➢ Complicação dramática e fatal 7 Maria Eduarda Mendes 103 ➢ Deve-se suspeitar no paciente com cateter venoso central que subitamente desenvolve hipoxemia inexplicável ou colapso cardiocirculatório. ➢ Ausculta cardíaca de som “triturante”. ➢ Tratamento: ➔ Radiografia de tórax ➔ Paciente colocado em posição de Tredelemburg (cabeça pra cima e pes pra baixo) e decúbito lateral esquerdo (pro ar, diluir e não causar mt repercussão) ➔ Aspiração do ar no coração, ventriculo direito, através de cateter. ➔ Se não resolver. Retirada por procedimento cirúrgico ou angiográfico ➢ Paciente de difícil diagnostico e com alta taxa de mortalidade. • Infecção Relacionada Ao Cateter Venoso Central ➢ A infecção local do cateter pode evoluir e se tornar sistêmica - porta de entrada para bactéria. Quando começa a sair pus e tem áreas de hiperemia, depois de torna sistêmica como bacteremia – tremor, febre, calafrio ➢ Tratamento: Troca do cateter central na presença de sinais de infecção. ➢ Avaliar antibioticoterapia se tiver sinais sistêmicos II- CATETERES ARTERIAIS • Usados para o monitoramento preciso da pressão sanguínea em anestesia ou medicina interna, coleta de gasometria arterial., e paicentes que vão passar por cirurgias de grande porte, como cardiaca (fazemos o cateter arterial - cateter de PAM) 8 Maria EduardaMendes 103 • Complicações: trombose, hemorragia, hematoma, devido a quantidade de tentativas de pegar um acesso a artéria pode fazer um espasmo (diminui a vascularização para aquela região) arterial e infecção no local devido a punção • Tratamento: Trombose (precisamos tomar mt cuidado com trombose pois pode levar a perda dos dedos ou mesmo dos pés ou mão) com isquemia é tratada com anticoagulante ➔ Alguns pacientes há a necessidade de refazer o fluxo cirurgicamente (byplass do vaso, rpa retornar a circulação da região) II- ENDOSCOPIA E BRONCOSCOPIA Pedimos endoscopia para aquele paciente que chega no ambulatório com epigastralgia, queixa de refluxo. Pacientes com longo período de internação, fazemos broncoscopia Complicações da endoscopia: • Perfuração gastrointestinal ➢ Pacientes queixam de dor e desconforto abdominal já durante o exame, com intensificação do quadro após o término do mesmo. Devemos realizar radiografia de rotina de abdome agudo ➔ Para avaliar se não fez um PNEUMOPERITÔNEO/ PNEUMOTÓRAX – Se tiver feito e for muito sintomático, importante fazemos Cirurgia aberta ou laparoscópica. ➔ Em casos de pacientes que tem preparo adequado para o exame (jejum adequado, se resíduo alimentar, sem grande quantidade de conteúdo no estomago), e ocorre perfuração, permanecem com poucos sintomáticos e sem sinais de infecção assim eu posso fazer: Monitorização rigorosa Jejum Antibiótico de amplo espectro 9 Maria Eduarda Mendes 103 Complicações da broncoscopia: • Pode acontecer tamponamento brônquico, paciente desenvolve hipoxemia, pneumotórax, colapso lobar e sangramento. ➢ Pacientes com sangramento ➔ resolução espontânea ou ➔ endoscopia repetida para termocoagulação ou cola de fibrina ➢ Paciente com pneumotórax: ➔ toracostomia com drenagem em selo d’ àgua. ➢ Tamponamento ou colapso lobar ➔ limpeza por broncoscopia IV- TRAQUEOSTOMIA • Procedimento em que passamos um cânula na traqueia, para comunicar a via aérea com o meio externo, em pacientes que tem longo período de intubação, ou que tem uma obstrução • Auxilia o desmame do ventilador, reduz tempo de internação na UTI e melhora a limpeza pulmonar. • Complicação: Fistula traqueoinominada. (traqueia com a veia inominada, pode gerar um sangramento de grande volume e evoluir para óbito) V- GASTROSTOMIA ENDOSCÓPICA PERCUTÂNEA • Quando o paciente não consegue se alimentar por via oral, por ter uma obstrução ou déficit de deglutição ele precisa fazer ua gastrostomia endoscópica • Complicações: ➢ Peritonite e sepse abdominal (pq teve desabamento da gastrostomia - estomago soltar da sonda e começa a cair conteúdo gástrico dentro do estomago) ➢ Infecção parede abdominal podendo evoluir com fasceite necrotizante – por contaminação bacteriana do procedimento 10 Maria Eduarda Mendes 103 • Tratamento ➢ Cirurgia para tratamento da peritonite (laparotomia, lava muito a barriga) corrigir o que fez o desabamento e confecção de outra jejunostomia, pois a que itnha feito antes esta com problema de cicatrização e por isso desabou. VII- DRENAGEM PLEURAL • Drenagem torácica ou toracostomia com drenagem em selo d’água, consiste na colocação de um dreno tubular frenestrado, normalmente de látex, na cavidade pleural. É realizado no pneumotórax, hemotórax, efusões pleurais ou empiemas. • Complicações: ➢ Analgesia e sedação inadequada ➢ Penetração incompleta da pleura ➢ Laceração pulmão ou diafragma (acontece se eu entrar com mt força ou não entrar no local correto que é: linha axilar anterior entre o 5º e 6º espaço intercostais do HMTX acometido) ➢ Deslizamento do dreno fora da posição (posição correta: posterior em direção ao ápice) ➢ Problemas mecânicos relacionados com a drenagem (dreno ficar dobrado, angular, e não exercer sua função bem) • Tratamento ➢ Prevenção – técnica seguindo os passos ➢ Revisão diária do sistema de drenagem (ver se ta saindo ar, se esta drenando o liquido, se está obstruído) ➢ Radiografia de controle (pra ver se o liquido foi drenado, s eo pulmão expandiu, se as pleuras se encontraram dnv) 11 Maria Eduarda Mendes 103 • Passo a passo da drenagem: ➢ Linha axilar anterior entre o 5º e 6º EI ➢ Faço toda técnica de assepsia ➢ Meço da clavícula até onde vou fazer a incisão para ver o quanto de dreno vou colocar ➢ Faço de 2 a 3 cm de incisão num espaço intercostal pré determinado ➢ Vou divulsionando com uma kelly Rochester o subcutâneo e a musculatura intercostal até chegar na pleura ➢ Sempre trabalhando na borda superior da costela inferior (pq na borda inferior da costela superior tenho feixe vasculonervoso e posso lesar) ➢ Perfuro a pleura ➢ Faço exploração digital da região pra ver se não tem nenhuma aderência ➢ Passo o dreno, introduzo e a pinça normalmente não vai ate o final ➢ Faço a fixação do dreno VIII- LAVAGEM PERITONEAL DIAGNÓSTICA • Procedimento realizado em um trauma onde o paciente encontra-se hemodinamicamente instável com danos neurológicos e uma etiologia incerta para perda sanguínea, quando a ultrassonografia é incerta ou duvidosa. Assim faço uma punção a 5cm abaixo da cicatriz umbilical, e jogo soro dentro da cavidade peritoneal, se quando eu puncionar vier hemático é pq tenho sinal positivo de lavagem peritoneal, ou seja tem alguma lesão provavelmente de víscera maciça (fígado ou baço) que está sangrando la dentro e ai preciso fazer uma laparotomia no paciente. Se vier clarinho é sinal negativo, e indica que a instabilidade do paciente não é por sangramento abdominal, é por outro foco. 12 Maria Eduarda Mendes 103 • Complicações: ➢ Punção do estômago (se fizer a punção mt alta) ➢ Punção da bexiga (se fizer a punção mt perto da sínfise púbica e o paciente tiver com bexiga mt cheia) ➢ Punção dos intestinos e ou vasos • Cuidados prévios ao procedimento: ➢ Cateterismo nasogástrico e vesical - esvaziamento da bexiga e estomago para não os puncionar • Tratamento: Lesões intestinais e vasculares, requerem abordagem cirúrgica. Complicações Das Biópsias • Biópsias de linfonodos (mt comum) • Complicações: ➢ Sangramento – n foi feita hemostasia adequada ➢ Infecção - n foi feita assepsia adequado ➢ Extravazamento linfático – é uma cadeia, assim tenho que ligar o vaso linfático quando resseco o linfonodo se não a linfa vai ficar extravasando (linforreia) ➢ Seroma - quando resseco a gordura envolta do linfonodo, principalmente quando uso mt cautério, em pacientes obesos faz seroma COMPLICAÇÕES RELACIONADAS AO PÓS OPERATÓRIO SISTEMA RESPIRATÓRIO Atelectasia Pulmonar • Perda da capacidade residual funcional do pulmão. 13 Maria Eduarda Mendes 103 • Paciente com controle insatisfatório da dor no período pós operatório, cirurgias em abdome superior, contribui ao baixo esforço inspiratório e colapso dos lobos pulmonares inferiores. • Pode predispor a pneumonia e a febre no pós operatório. • Tratamento: ➢ Elevação da cabeceira 30 a 45° ➢ Retirar paciente do leito - para ele deambular e aumentar movimento de inspiração e ex ➢ Fisioterapia pulmonar Aspiração pulmonar • Paciente broncoaspira alimento por exemplo • Faz Pneumonite e pneumonia • Tratamento: ➢ Suporte de oxigênio e ventilação com pressão positiva. ➢ Se o conteúdo for muito - Broncoscopia com aspiração de conteúdo aspirado. Pneumonia • Segunda infecção nosocomial mais comum e a mais comum em pacientes em ventilação mecânica. • Pacientes com quadro de febre, tosse com escarro purulento e radiografia de tórax anormal - condensação • Tratamento: ➢ Antibiótico de amplo espectro – principalmente devido ao acometimento de germes hospitalares ➢ Avaliar escalonamento do antibiótico após cultura - colhe a secreção do escarro,e trocar antibiótico se precisar • Prevenção para pneumonia pós operatória: ➢ Analgesia epidural – fica cateter na peridural e vai fazendo analgesia por ali, tem menos dor pra realizar expansão 14 Maria Eduarda Mendes 103 Pneumotórax/ Hemotórax Lesão pulmonar aguda Síndrome da dificuldade respiratória aguda (SRDA) Embolia pulmonar (embolo obstruindo brônquio – paciente faz infarto pulmonar) SISTEMA CARDÍACO Arritmias cardíacas: • Fibrilação atrial ➢ Pode acontecer no pré e pós operatória ➢ Controle da FA: β bloqueadores e/ou bloqueador dos canais de cálcio. ➢ Se o paciente tem instabilidade hemodinâmica ele é um candidato a cardioversão – para reverter através do choque a fibrilação • Arritmias ventriculares e outras taquiarritmias • Infarto agudo do miocárdio ➢ Apresentação insidiosa (apresentação diferente com epigastralgia) ou clássica com falta de ar, angina grave e choque cardiogênico repentino. ➢ Diagnóstico: ECG e dosagem de enzimas cardíaca (cK, cKmb, troponina - se reagente fala a favor de isquemia cardíaca) ➢ Terapêutica para IAM. • Hipertensão no pós operatório imediato - elacionado a dor no pos opertatorio 15 Maria Eduarda Mendes 103 SISTEMA MUSCULOESQUELÉTICO • Síndrome compartimental das extremidades ➢ Pacientes fazem lesões principalmente traumáticas – hematoma e edemas e fazem uma compressão da vascularização no local, assim o sangue não circula e gera isquemia. ➢ Tratamento: Fasciotomia – abro a região para diminuir a pressão vasculonervosa, e permitir com que o fluxo sanguíneo se reestabeleça. ➢ Cicatriza por 2ª ou 3ª intenção, e fica aberto ate melhorar o que esta causando a compressão • Úlceras de decúbito ➢ Por isquemia, por ficar mt tempo fazendo pressão no local, levando a diminuição da vascularização e isquemia. SISTEMA HEMATOLÓGICO Em uma transfusão, todas as vezes testamos o paciente para ver se o sangue é compatível ou não, mas mesmo assim podemos ter reações, ou pq fez mt rápido, ou pq fez t volume, ou teve algo no sangue que não foi identificado no exame de compatibilidade. Reações transfusionais: • Febre, prurido, calafrios, rigidez muscular e insuficiência renal por mioglobinúria secundária a hemólise (hemácia vai ser destruída, e a hb vai pro rim e ele sobrecarrega) • Complicações infecciosas na transfusão • Sangramento incontrolável em razão de coagulopatia intravascular disseminada 16 Maria Eduarda Mendes 103 SINDROME DO COMPARTIMENTO ABDOMINAL • Manifesta-se por distensão abdominal progressiva seguida pelo aumento do pico de pressões nas vias aéreas, oligúria seguida por anúria (função renal alterada, pq o sangue não está indo nas artérias renais e o ri ta com baixa volemia) e um desenvolvimento insidioso de hipertensão craniana. • O que gera isso é um paciente que tem alguma patologia que gera aumento da pressão intra-abdominal • Tem comprometimento do estado geral do paciente – estados gravíssimos • Mensuração da pressão intra abdominal (PIA) ➢ PIA> 20mmhg = hipertensão intra abdominal ➢ PIA entre 25 – 30 mmhg + Sintoma = Síndrome do compartimento abdominal ➢ Para medir coloco uma sonda vesical no paciente, Vem um kit pronto com salina estéril, e um equipo em Y pronto, tem uma régua que mensura em cm de agua e dps convertemos pra milímetro de mercúrio. Fecho o coletor de urina que a principio da vazia, e instilo 100ml de soro fisiológico ou de água destilada. Se a pressão tiver alta ela vai comprimir a bexiga e o soro via voltar, e vai subir na régua de cm – sobe uma coluna dagua que marcamos e convertemos e ai vemos a pressão. Tratamento: Fazemos uma laparotomia descompressiva,deixo a barriga aberto, com peritônio exposto, com uma bolsa de BOGOTÁ. que é estéril e vou tratando o doente com lavagem 40/72 horas + antibioticoterapia. Paciente deve ficar em unidade de terapia intensiva. E quando eu vou tratando esse processo infeccioso e a PIA vai diminuindo, eu vou tratando e diminuindo o espaço dessa bolsa. Hoje podemos usar o curativo com pressão negativa, que vai absorvendo esse exsudato e melhorando a cicatrização ate que seja possível fechar. 17 Maria Eduarda Mendes 103 FERIDAS, DRENOS E INFECÇÃO. INFECÇÃO DA FERIDA • Quando tem sinais de infecção o primeiro local que vemos é o sitio cirúrgico. Se não tiver la eu procuro em outros lugares • Avaliação de antibiótico – normalmente pacientes em pós operatórios só fazemos retirada de pontos, drenagem e tratamento tópico no local ➢ Paciente imunocomprometido ou com sinais sistêmicos fazemos antibioticoterapia associada • Cuidados com a ferida operatória – lavagem copiosa da ferida, curativo diário • Diagnóstico: Cultura + sinais clínicos ➢ Quando tiver secreção, colher ela para ver se o antibiótico instituído foi suficiente • Tratamento Ferida Contaminada X Ferida Infectada • Avaliar os sinais que tem na ferida – se tem so sinais de hiperemia, calor, dor (está contaminada), ou se te calor dor, rubor, saída de secreção purulenta (está infectada) 18 Maria Eduarda Mendes 103 CONTROLE POR DRENAGEM CIRÚRGICA Alguns pacientes precisam fazer drenagem da ferida. Precisa de indicação para isso, pois o dreno é um corpo estranho e uma área de colonização de bactérias. • Indicações para drenagem cirúrgica: ➢ Colapso do espaço morto em áreas de tecido redundante – ➔ exp: eu vou operar uma hernia no abdome, e para tratar ela eu descolo o subcutâneo pra delimitar o saco herniario, depois eu corrijo a hernia e o subcutâneo fica ali morto e esse espaço pode ser preenchido por seroma, ai pra evitar isso eu coloco um dreno ali ➔ Paciente vai fazer uma abdominoplastia. ➢ Fornecer drenagem concentrada de um abscesso ou sitio cirúrgico totalmente infectado. ➔ Exp: Temos um abcesso na coxa, muito extenso, drenamos, mas ainda tem conteúdo, assim pra deixar aquele local pérvio, deixamos o dreno ali. ➔ COLOCO SÓ QUANDO EU TENHO UM ABCESOS LOCALIZADO ➢ Fornecer aviso de alerta de vazamento de conteúdo da cavidade – dreno sentinela. ➔ Quando fizemos uma anastomose por exp. E queremos ver se vai abrir e vazar conteúdo, ai colocamos o dreno ➢ Controlar fístula estabelecida. ➔ Cirurgias de vias biliares, pancreáticas, é mt comum o paciente evoluir com fistula, assim como eu já sei que via ter uma fistula pos cirurgia eu coloco o dreno ali pra diminuir o debito dessa fistula. 19 Maria Eduarda Mendes 103 Tipos de drenos Drenos Abertos ➢ Dreno de Penrose Drena por capilaridade, não drena pela parte interna, drena por fora. É aquele que possui interação com o meio, ou seja, necessária entrada de ar para o bom funcionamento da sistema. Normalmente colocamos em regiões com hematoma, infecção de ferida. Drenos Fechados Não requer elementos externos adicionais para seu perfeito funcionamento, utiliza-se um sistema vedado, estéril conectado a extremidade do dreno, pode ser um frasco ou uma bolsa ➢ Portovac: usamos em cirurgias abdominais, quando vamos monitorizar linforreia, em pacientes da urologia, quando faz muito linfadenectomia, em pacientes que fazem histerectomias. ➢ Blake: usamos em pacientes que fazem abdominoplastia 20 Maria Eduarda Mendes 103 Drenagem guiada por exame de imagem ➢ Pigtail: Tem a ponta enrolada como um rabo de porco, usamos para drenagem de abcesso hepático, fistulas no pós operatório de bariátrica. ➔ Fazemos exame pra encontra o abcesso, e depois vamos seguindo o dreno até chegar no local. Cateter urinário • Procedimento muito comum • Indicações para cateterismo urinário: ➢ Diagnósticas: Quando quero fazer urinocultura e quero colher estéril, quando vou fazer exame praavaliar refluxo urinário ➢ Terapêuticas: Quando tem obstrução/ retenção urinária. • Complicações: ➢ Formação de falso trajeto – principalmente no homem ➢ Sangramentos uretrais – geralmente como consequência do falso trajeto ➢ Infecção urinária - geralmente fez assepsia incorreta ➢ Bacteremia – levou bactéria do meio externo para a bexiga que é estéril ➢ Edema e hematoma peniano e escrotal – pelo manuseio 21 Maria Eduarda Mendes 103 Opções para realizar o cateterismo: Em alguns casos é mais difícil fazer o cateterismo, principalmente em homens com hiperplasia prostática. ➢ Cateter de Coudê: ponta angulada – permite que vençamos a resistência da uretra desses homens com HBP ou estenose que é maior ➢ Guia pra sonda de foley - deixa a sonda mais rígida, permite melhor passagem ➢ Cateterismo vesical endoscópico – vamos visualizando com a câmera Infecção urinária • Segunda infecção mais comum nos pacientes em pós operatório (1ª é a infecção do sitio cirúrgico), primeira causa nas infecções hospitalares em pacientes não cirúrgicos. • Associada ao uso do cateter vesical • Pode evoluir com ITU complicada e ITU não complicada • Diagnóstico - urinocultura • Tratamento – antibioticoterapia Empiema 22 Maria Eduarda Mendes 103 • Empiema pleural corresponde ao acúmulo de pus na cavidade pleural - todo processo em que um espaço existente acumula pus • Surgem a partir de uma pneumonia, hemotórax retido, perfuração esofágica(complicação da endo ou broncoscopia), tuberculose. • Tratamento: ➢ Toracostomia com Drenagem fechada em selo d’água ➢ Alguns pacientes tem espessamento das pleuras que não permite a expansão pulmonar plena e ai é necessária uma toracoscopia videolaparoscópica Abscessos Abdominais • Abscesso intra-abdominais pós cirúrgicos normalmente, mas o paciente tbm pode ter Abscessos primários • Apresentam clínica: dor abdominal intermitente, febre, leucocitose e mudança de hábitos intestinais – diarreia ou constipação 23 Maria Eduarda Mendes 103 • Diagnóstico: Sinais e sintomas ➢ Em alguns casos palpamos esse abcesso ➢ Avaliar necessidade de Tomografia pra localizar e confirmar presença do abcesso • Tratamento: ➢ Antibiótico ➢ Drenagem percutânea – abcesso localizado ➢ Cirurgia – abcesso difuso Fasceíte Necrotizante • Complicação de procedimento cirúrgico e o paciente evolui co uma infecção fulminante de tc. Moles • Infecção pós operatória que evoluem com infecção fulminante do tecido mole. • Apresentam nos casos mais graves: hipotensão – sinais de sepse, insuficiência renal, coagulopatia, insuficiÊncia hepática, SDRA, necrose tecidual e erupções eritematosas. • Tratamento - desbidramento agressivo e antibiótico de amplo espectro
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