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CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
AlfaCon Concursos Públicos
Lei do Direito Autoral nº 9.610, de 19 de Fevereiro de 1998: Proíbe a reprodução total ou parcial desse material ou divulgação com 
fins comerciais ou não, em qualquer meio de comunicação, inclusive na Internet, sem autorização do AlfaCon Concursos Públicos.
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ÍNDICE
Quadro Natural Paraibano – Relevo �����������������������������������������������������������������������������������������������������������������2
Clima Paraibano ����������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������5
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Quadro Natural Paraibano – Relevo
O relevo é modesto, mas não muito baixo; 66% do território está entre 300 e 900 metros de 
altitude� A maior parte do território paraibano é constituída por rochas resistentes e bastante antigas, 
que remontam à era pré-cambriana com mais de 2,5 bilhões de anos� Elas formam um complexo 
cristalino que favorece a ocorrência de minerais metálicos, não metálicos e gemas� Os sítios arqueo-
lógicos e paleontológicos também resultam da idade geológica desses terrenos�
As terras que formam o estado da Paraíba apresentam formas variadas de relevo�
No litoral tropical úmido, denominam-se as seguintes Unidades Geomorfológicas modeladas 
em rochas sedimentares:
 → Baixada Litorânea (ou Planície Litorânea): está presente ao longo da costa formando uma faixa 
com cerca de 80 a 90km de largura, com altitudes que variam entre 0 e 10 metros, e apresentam as 
seguintes formas de relevo:
1) Praias: depósitos arenosos ou terras de várzeas, que ficam junto às embocaduras dos rios que 
lançam suas águas no Oceano Atlântico�
2) Restingas: depósitos arenosos em forma de língua ou flecha�
3) Dunas: montes de areia formados pela ação dos ventos�
4) Mangues: planícies de marés com vegetação formada por árvores e arbustos�
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 → Baixo Planalto Costeiro (Tabuleiro): compreendem os baixos planaltos costeiros� Seus limites 
com a baixada litorânea são as falésias vivas ou mortas�
A partir do Tabuleiro até a região sertaneja, dominam as Unidades Geomorfológicas modeladas 
nas rochas cristalinas, com exceção da Bacia do Rio do Peixe, de origem sedimentar:
 ˃ Depressão Sublitorânea;
 ˃ Depressão do Curimataú;
 ˃ Depressão do Rio Paraíba;
 ˃ Maciço da Borborema (escarpas orientais, superfícies aplainadas, serras e inselbergs);
 ˃ Pediplano Sertanejo(várias áreas deprimidas entre as cristas das serras distribuídas ao 
longo das bacias hidrográficas do Piranhas e Espinharas);
 ˃ Bacia do Rio do Peixe.
Cada uma dessas grandes unidades geomorfológicas é constituída por formas de relevo diferen-
tes, porque foram trabalhadas por diferentes processos, atuando sob climas distintos e sobre rochas 
pouco ou muito diferenciadas�
Na Baixada Litorânea, o trabalho do mar e dos rios durante o Quaternário deu origem às praias, 
às restingas e aos estuários (cursos d’água)� Na Paraíba, destacam-se os estuários do Rio Paraíba, 
do rio Mamanguape e do rio Gramame, como os mais extensos� As praias da Paraíba são arenosas� 
Elas são estreitas no litoral sul, limitadas pelo baixo planalto, que se aproxima muito do mar, como a 
praia do Cabo Branco, Penha etc� e são um pouco mais amplas no litoral norte, onde o baixo planalto 
está mais afastado do oceano, como Lucena, Barra de Mamanguape, Barra de Camaratuba etc�
Em quase todas as praias do litoral sul, percebem-se altos paredões escarpados, quase verticais, 
cuja base está sempre recebendo o impacto da água marinha, por meio do movimento das marés� 
São vertentes orientais do Baixo Planalto Costeiro, que erodidas na base por ação das ondas, vão 
desmoronando em blocos, formando as “falésias vivas”, como a Ponta do Cabo Branco, de Jacumã, 
de Gramame, de Tabatinga, entre outras�
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No litoral norte, o planalto bem mais afastado da linha do mar não recebe mais a ação deste, 
constituindo as “falésias mortas”, ou seja, escarpas que foram modeladas pela erosão marinha em 
períodos passados, quando o nível do mar era mais elevado que o atual� Ex�: a “falésia morta” do 
Conjunto João Agripino, no sopé da qual corre o rio Jaguaribe, em João Pessoa�
Os tabuleiros variam de altitude de 20 a 30 metros, havendo alguns com até 200 metros� São 
formados pelo acúmulo de terras provenientes de lugares mais altos� São terras altamente férteis e 
próprias para o cultivo da cana-de-açúcar�
As planícies aluviais correspondem aos grandes vales formados pelos rios Paraíba e Maman-
guape, que cortam os tabuleiros�
O Planalto da Borborema constitui a parte mais elevada do relevo paraibano, cruza a Paraíba 
de nordeste a sudeste, com presença de várias serras, com altitude variando entre 500 e 650 metros� 
Entre as principais serras, podemos destacar a da Araruna, Viração, Caturité, Teixeira, Comissária e 
outras� Na Serra de Teixeira fica o Pico do Jabre, o ponto mais elevado da Paraíba, com 1�197 metros 
de altitude�
De todas as Unidades Geomorfológicas, as de maior destaque na Paraíba, sobretudo pela sua 
extensão, são o maciço da Borborema (Planalto da Borborema) e o Pediplano Sertanejo�
O Maciço da Borborema constitui um distribuidor de redes hidrográficas em todas as direções e 
apresenta uma orientação leste-oeste, estendendo-se, no Nordeste, desde Alagoas até o Rio Grande 
do Norte�
Na Paraíba, o Maciço da Borborema ocorre na forma de escarpas abruptas (frente oriental), de 
extensa superfície elevada aplainada (Planalto da Borborema) que se estende desde a retaguarda da 
frente escarpada de leste até o limite das suas encostas ocidentais com o Pediplano Sertanejo, e ainda 
na forma de maciços residuais pouco extensos (serras e inselbergs)�
O conjunto geomorfológico, formado pela superfície elevada aplainada da Borborema, configura 
uma ampla área planáltica, englobando as regiões conhecidas como Agreste, Cariri e Seridó�
Nesta Unidade, a rede hidrográfica é caracterizada por rios temporários de regime torrencial no 
período chuvoso, destacando-se a alta bacia do Rio Paraíba, a sub-bacia do Rio Taperoá, a alta bacia 
do Rio Seridó, composta por inúmeros afluentes�
Alguns rios tiveram o curso barrado pela construção de açudes, sendo o de Boqueirão, no rio 
Paraíba, a maior deles�
A Serra de Teixeira tem altitude média de 700m e nela encontra-se a saliência do Pico do Jabre 
(1�100m acima do nível do mar), ponto culminante do estado, no município de Matureia�
Geralmente, estão, nas serras, as cabeceiras ou nascentes das bacias hidrográficas, a exemplo 
das nascentes do rio Paraíba, na Serra de Jabitacá; do rio Espinharas, na Serra de Teixeira; do rio 
Piranhas, na Serra do Bongá etc� A porção ocidental do Maciço da Borborema, com as serras como 
as de Santa Luzia e São Mamede, limita a Unidade Geomorfológica classificada como Pediplano 
Sertanejo�
A depressão sertaneja se inicia em Patos, após a serra da viração� Constituem um conjunto 
de terras baixas, ocupando uma área extensa entre a Borborema e as terras situadas nos estados 
vizinhos�
No litoral temos a Planície Litorânea que é formada pelas praias e terras arenosas� Na região da 
mata, temosos tabuleiros que são formados por acúmulos de terras que descem de lugares altos�
No Agreste, temos algumas depressões que ficam entre os tabuleiros e o Planalto da Borborema, 
onde apresenta muitas serras, como a Serra de Teixeira, etc� No sertão, temos uma depressão serta-
neja que se estende do município de Patos até após a Serra da Viração�
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O Planalto da Borborema é o mais marcante do relevo do Nordeste� Na Paraíba ele tem um papel 
fundamental no conjunto do relevo, rede hidrográfica e nos climas� As serras e chapadas atingem 
altitudes que variam de 300 a 800 metros de altitude� A Serra de Teixeira é uma das mais conhecidas, 
com uma altitude média de 700 metros, onde se encontra o ponto culminante da Paraíba, a saliência 
do Pico do Jabre, que tem uma altitude de 1�197 metros acima do nível do mar, e fica localizado no 
município de Matureia�
Clima Paraibano
A distribuição dos climas da Paraíba está relacionada com a localização geográfica, ou seja, 
quanto mais próximo do litoral, mas úmido será o clima; quanto mais longe, mais seco�
Três tipos climáticos ocorrem na Paraíba: o Clima tropical quente-úmido, com chuvas de ou-
tono-inverno (As’), o Clima semiárido quente (BSh) e o Clima quente semiúmido, com chuvas de 
verão (Aw’)� O primeiro ocorre na baixada litorânea e no rebordo oriental da Borborema� As tempe-
raturas médias anuais oscilam entre 24° C, na baixada, e 22° C no topo do planalto� A pluviosidade, 
de mais de 1�500mm junto à costa, no interior cai até 800mm, no rebordo do Borborema� Aí, em 
torno da cidade de Areia, volta a subir e chega a ir além de 1�400mm� O trecho mais úmido da Borbo-
rema, chamado Brejo, é uma das melhores áreas agrícolas do estado�
Essa variação climática do litoral para o interior reflete-se, também, na ocorrência de diferentes 
tipos de solo e vegetação do estado� Verifica-se na Paraíba a ocorrência dos seguintes climas:
Clima Tropical quente-úmido – Domina o litoral, a região da mata e parte do agreste� Com chuvas 
abundantes (média anual de 1�800 mm) e temperatura média anual de 26°C� Com essas características, 
esse tipo climático domina em todo o litoral� Nessa região aparecem os solos arenosos das praias e restingas�
No agreste há trechos quase tão úmidos quanto as áreas da mata e outros muitos secos� Por outro 
lado, em virtude da altitude em torno de 600 metros alguns municípios do Brejo, no agreste paraibano, 
possuem um dos climas mais agradáveis da Paraíba, com temperaturas variando de 20º a 24º�
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A formação do Agreste ocorre em faixas entre o Brejo úmido e o Cariri semiárido, ou seja, em 
área de transição climática�
Clima semiárido – Com chuvas de verão, predomina no Cariri, no Seridó, em grande parte da 
Borborema e do sertão� Sua principal característica não é a ausência de chuvas, mas sua irregularida-
de� Depois do Brejo, em toda porção aplainada elevada da Borborema e nos vales que cortam, como 
os do rio Paraíba, Curimataú, Taperoá, Seridó, etc�, a semiaridez do clima caracteriza a paisagem� 
Esse clima, quente e seco, com chuvas de verão, alcançam os índices mais baixos de precipitação do 
estado, com média anual de 500 mm e temperatura média anual é de 26°C� Os municípios de Barra 
de Santa Rosa e Cabaceiras apresentam índices inferiores a 300 mm, e constituem, juntamente com 
Acari – RN, o chamado “triângulo mais seco do Brasil”� Sob essas condições, desenvolve-se a vegeta-
ção de caatinga das regiões do Cariri e Curimataú paraibanos�
Clima Tropical semiúmido – Chuvas de verão – outono, estende-se pela região do sertão� Chove mais 
do que na região semiárida, porém por conta das altas temperaturas e da evaporação a água disponível 
e insuficiente para o consumo� As chuvas de verão-outono alcançam, em média, 800 mm anuais deter-
minadas pelas massas quentes úmidas oriundas da Amazônia� A temperatura média anual é de 27°C� 
Esse tipo de clima domina todo o Pediplano Sertanejo, embora com precipitações menos baixas que as 
do Cariri, também está sujeito ao fenômeno das secas, porque as suas chuvas são igualmente irregulares� 
A vegetação de caatinga foi sendo degradada ao longo do tempo para a ocupação do solo com o algodão, 
milho e ainda com o pasto para criação do gado, principal atividade econômica�
Exercícios
01. Observe a imagem:
A figura em destaque representa:
I. Os inselbergs encontrados na Depressão Sertaneja, sendo mais notáveis nas proximida-
des de Patos;
II. A falésia do Cabo Branco em João Pessoa;
III. O pico do Jabre, localizado no Planalto Central.
Está(ão) correta(s):
a) Apenas a proposição III.
b) Apenas a proposição II.
c) Apenas a proposição I.
d) Apenas as proposições I e II.
e) Todas as proposições.
Gabarito
01 - C

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