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Injuria renal aguda • Perda de 75% dos néfrons o Aguda: redução abrupta da função renal ▪ Pode ser reversível ▪ Se não tratada tende a se tornar crônica o Crônica: ocorre em um período de semanas, meses ou anos ▪ Irreversível • Síndrome urêmica causada por uma redução abrupta da função renal ou eliminação de urina levando a azotemia (aumento sérico de ureia e creatinina no sangue) e a incapacidade de manter a regulação de fluidos, eletrólitos e equilíbrio ácido-base • Perda da capacidade do rim de fazer excreção e homeostase – equilíbrio hídrico e eletrolítico • Caracterizada por uma síndrome urêmica – sintomas e lesões causados pela azotemia – sintomatologia gastrointestinal bem importante – vomito, diarreia, sangue • Perda repentina da função renal o Diminuição da taxa de filtração glomerular (TFG) o Elevação dos níveis de ureia e creatinina séricos o Desequilíbrios hídricos, eletrolítico e ácido-base • Tempo de evolução: horas a dias • Quadro de necrose/ nefrose tubular aguda • Patofisiologia: o Lesão tóxica direta ao túbulo renal – Atb como aminoglicosídeos ou corticoides em doses altas ▪ Perda de bordadura em escova ▪ Diminuição da área de absorção ▪ Causa inflamação e liberação de mediadores inflamatórios que vão causar mais lesão ainda o Lesão tubular isquêmica – quando ocorre uma vasoconstrição ou diminuição do aporte de oxigênio pros rins, em casos de desidratação grave, anemia importante, hipotensão ou paciente em SIRS, choque ▪ Camada única celular ▪ Consumo elevado de O2 ▪ Hipoxemia – morte de células tubulares o Lesão tubular isquêmica ou toxica ▪ Toxina + hipóxia ▪ Presença de cilindros envolto por proteínas inflamatórias, que são conhecidos como cilindros epiteliais e são liberados na urina, indicam injuria tubular e posteriormente esse acumulo dos cilindros leva a obstrução de túbulo que gera mais injuria tubular ainda o Lesão glomerular isquêmica ou imunomediada ▪ Isquêmica • Chegando menos sangue no rim, por hipoxia, desidratação ou anemia grave • Arteríola aferente acaba fazendo vasoconstrição para compensar a diminuição de sangue que está chegando, causando mais hipoxia ainda • Arteríola eferente faz vasodilatação para compensar, causando alteração na reabsorção tubular e diminuição no fluxo sanguíneo capilar peritubular e o túbulo não consegue exercer sua função ▪ Deposito de imunocomplexos – glomerulonefrite • Alteração na filtração • Proteinúria • Causas: o Nefrotoxinas ▪ Antibióticos – tetraciclinas, aminoglicosídeos, cefalosporinas, sulfonamidas... ▪ Antifúngicos – anfotericina B ▪ Anti-helmínticos – tiacetarsamida ▪ Quimioterápicos – doxorrubicina, cisplatina, metotrexato ▪ Contrastes radiopacos ▪ Anestésicos ▪ Mioglobina/ hemoglobina ▪ Hipercalcemia ▪ Metais pesados: mercúrio ▪ Etilenoglicol ▪ Pesticidas, herbicidas o Isquemia/ hipoperfusão renal ▪ Hipovolemia, hemorragia, desidratação ▪ Sepse, choque, vasodilatação ▪ Redução de debito cardíaco ▪ Redução da pressão oncótica ▪ Anestesia profunda ▪ Aumento da viscosidade do sangue ▪ Trombose vascular renal ▪ Hipotermia, hipertermia, queimaduras o Infecciosa ▪ Leptospirose ▪ Leishmaniose ▪ Erliquiose ▪ Pielonefrites bacterianas, fúngicas • Evolução: o Fase de indução: injuria renal o Fase de manutenção: 50% de óbitos o Fase de recuperação: ▪ DRC 25% ▪ Cura – diagnóstico e tratamento precoce • Caracterização o Uremia, azotemia, baixa densidade urinária o Pode ocorrer também: ▪ Poliuria (DRC)/ oligúria/ anuria (IRA) ▪ Hiperfosfatemia/ hipercalcemia ▪ Hiper/ hipocalemia ▪ Acidose metabólica o Quadro reversível – principal diferença da DRC • Etiologia da azotemia o Pré-renal ▪ Hemodinâmica ▪ Desidratação, hipotensão o Intrínseca – exclusivamente renal – IRA ▪ Infecciosas, inflamatórias, toxicas, hemodinâmicas, traumáticas, neoplásicas o Pós-renal ▪ Obstrução ▪ Rupturas – ureter, bexiga o Multifatorial ▪ Junção de vários fatores • Por que me preocupar? – identificação e tratamento precoce o Reversão potencial – 40 a 50% o Tempo de recuperação – geralmente longo o Custo alto – diagnostico, tratamento o Taxa de mortalidade: 50 a 60% o Investir no tratamento e na prevenção • Sinais clínicos: o Êmese – hematêmese o Diarreia – melena o Halitose urêmica o Ulceras na cavidade oral o Mucosas pálidas – hemorragias GI, hemólise por uremia o Anorexia o Letargia, prostração o Taquipneia – acidose metabólica o Oliguria – < 0,5 ml/kg/h (normal 1-2 ml/kg/h) o Anuria o Poliuria – fase de recuperação o Desidratação/ choque o Estupor/ coma o Hipotermia o Hipotensão (IRA, agudização da lesão, choque) /hipertensão (fases + crônicas, de recuperação o Vesícula urinaria repleta ou vazia o Sensibilidade à palpação abdominal – rins tendem a aumentar de tamanho, causando distensão na capsula renal e dor o Tampões uretrais/ urólito/ sedimento na saída da uretra o Bradicardia/ arritmia – hipercalemia • Consequências da uremia: o Cardiovasculares ▪ Arritmias ▪ Pericardite urêmica o Neurológicas ▪ Neuropatia urêmica – estágios graves ▪ Convulsão, estupor, coma o Pulmonares ▪ Pneumonia urêmica – vasculite e lesão do parênquima pulmonar ▪ Alcalose respiratória por conta de acidose metabólica ▪ Edema pulmonar o Nutricionais ▪ Imunodeficiência ▪ Aumento do catabolismo muscular o Inflamação/ estresse oxidativo ▪ Aumento da liberação de radicais livres • Diagnóstico o Anamnese ▪ Identificação da causa provável o Exame físico o Hemograma ▪ Doenças infecciosas – erliquiose, leishmaniose, leptospirose o Perfil bioquímico e eletrólitos ▪ Azotemia – aumento de ureia e creatinina sérica ▪ Potássio aumentado em anuria/ oliguria – >6mmol/L potencialmente cardiotóxico ▪ Hiperfosfatemia o Urinálise ▪ Densidade urinária: hipostenúria (1.012 – 1.020) ou isostenúria (1.008 – 1.012) ▪ Cilindrúria, células de epitélio renal ▪ Proteinúria, glicosúria o Hemogasometria ▪ Acidose metabólica o US/ RX/ tomografia ▪ Diferenciar causas pós renais/ renais o Sorologia – doenças infecciosas o Pressão arterial ▪ Causas pré-renais/renais • Tratamento o Pontos chaves ▪ Preservar ou restaurar a hemodinâmica renal ▪ Aumentar a excreção ou minimizar a obstrução tubular ▪ Reduzir a toxicidade dos agentes nefrotóxicos – diluição o Fluidoterapia (% desidratação x peso x 10) ▪ Correção da desidratação: 4-6h ▪ Diurese: 2ml/kg/h o Diuréticos – somente se hidratado ▪ Anuria/ oliguria ▪ Furosemida 2-8mg/kg IV (ação 30 min) 0,25-1mg/kg/h ou 2-6mg/kg 6-8h 24-48h ▪ Manitol 0,25-1 mg/kg IV (ação 30-60 min) 1-2mg/kg/min ou 0,25-0,5g/kg 4-6h 24-48h o Avaliação da hidratação ▪ Peso corpóreo ▪ Hematócrito ▪ Secreção nasal serosa ▪ Mucosas, turgor cutâneo ▪ FC, TR ▪ Cuidado com hiper-hidratação • Crepitação pulmonar, estertores • Edema periférico • Tratamento da hipercalemia o Gluconato de cálcio 10% 0,5-1ml/kg IV 10-15 minutos (ação curta, aprox. 30min) o Glicose (20-50%) 1,5g/kg IV – 1 molécula de glicose que entra na célula leva 2 de potássio junto o Glicose 1-2g/kg + insulina 0,1-0,25 UI/kg o Bicarbonato 1-2mEq/kg IV 20 min (1-2h) – se acidose • Tratamento da hipocalemia o Reposição baseada na dosagem sérica o Empírica: 3ml de extrato de potássio/500ml de fluido o Acompanhamento eletro • Tratamento da acidose metabólica o Bicarbonato (HCO3) o Hemogasometria o pH <7,2 ou bicarbonato < 14mEq/L o quantidade de HCO3 necessária (mEq) = 0,3 x peso corpóreo x base excesso do paciente o empírico: 0,1 – 1 mEq/ kg o 1/3 da dose em 30 minutos • Tratamento suporte gastrointestinal e nutricional o Higiene bucal ▪ Solução fisiológica,sol. clorexedine 0,2% o Antieméticos ▪ Cerenia ▪ Ondansetrona ▪ Metoclopramida o Protetores gástricos ▪ Omeprazol 1mg/kg BID ▪ Sucralfato 25mg/kg BID/TID • Terapias dialíticas o Dialise peritoneal ▪ 500ml SF aquecida + 15 ml glicose 5% o Hemodiálise • Prognóstico: o Depende da causa subjacente o Alterações concomitantes – ITU, urolitíase o Consequências da uremia o Mortalidade cães 53-60%; gatos 50%
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