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USO DO US NAS EMERGÊNCIAS TRAUMÁTICAS E NÃO TRAUMÁTICAS Prof. Nagele de Sousa Lima US COMO COMO REFINAMENTO DO EXAME FÍSICO INTRODUÇÃO: ● Doente crítico necessita de acurácia e rapidez na avaliação diagnóstica inicial ● US na beira leito é uma valiosa ferramenta na condução de pcts instáveis no PS ○ podendo ser considerada como refinamento do exame físico ● Auxilia no diag. sindrômico: ○ Choque ○ Rebaixamento do NC ○ Insuf. respiratória INDICAÇÕES: ● HIC ● DD das causas de choque ● DD das causas de dispneia no PS (EAP, pneumotórax, pnm, derrame pleural, asma, DPOC) ● Guiar acesso vascular, toracocentese e paracentese OBJETIVOS: ● Reconhecer a importância da US como refinamento do exame físico no pct crítico; ● Reconhecer o diâmetro da bainha do nervo óptico para identificação de HIC; ● Reconhecer o padrão US pulmonar normal e o significado clínico dos artefatos presentes nas principais causas e IRp; ● Utilizar US na identificação dos mecanismos fisiopatológicos do choque e no seu manejo terapêutico; ● Utilizar US na avaliação do estado volêmico e da fluidorresponsividade; ● Analisar a presença de líquido livre nas cavidades torácica e abdominal como causa da instabilidade hemodinâmica. DD DAS CAUSAS DE CHOQUE: ● Análise subjetiva da função sistólica ventricular cardíaca ● Obs.: choque é hipoperfusão ○ Bomba disfuncionante - choque cardiogênico ■ Algo extrínseco atrapalhando a ejeção da bomba - choque obstrutivo (TEP, tamponamento cardíaco) ○ Tanque seco - choque hipovolêmico ○ Canos dilatados (vasoplegia/ vasodilatação) - choque distributivo (anafilático, sepse, neurogênico) JANELAS ECOCARDIOGRÁFICAS: ● É uma das janelas mais utilizadas ● Corte longitudinal do coração ● Nesse corte não vê bem átrio direito ● Olhando o coração por cima Como avaliar de forma subjetiva a função sistólica ventricular? ● Tamanho do VE ● Parede hipocinética ● Abertura da valva mitral DD DAS CAUSAS DE CHOQUE: ● Responsividade a volume 1) Distensibilidade da VCI a) Os pcts em ventilação mecânica com variabilidade do diâmetro da VCI > do que 18% e os pcts em ventilação espontânea com variabilidade > 50% apresentam alta probabilidade de responderem com aumento do débito cardíaco à infusão de fluidos. Pelo diâmetro da VCI consigo estimular a pressão no AD: US pulmonar: ● Em Abril de 2012, especialistas no assunto reuniram-se e publicaram o 1º consenso internacional em US pulmonar. Caracterizaram os 4 principais achados, que serão particularizados adiante: 1) Síndrome intersticial 2) Pneumotórax 3) Derrame pleural 4) Consolidação Imagem normal: ● Linha pleural: ○ Linha hiperecóica (branca) ○ Onde pleura parietal e visceral se unem (geram deslizamento pleural) ● Costelas: ○ Sombra acústica das costelas ● Linhas A: ○ Artefatos - linhas horizontais equidistantes (intervalos regulares), reflexos da linha pleural Síndrome alvéolo intersticial: ● Linhas B - rabo de cometa ○ Linhas verticais +2-3 por espaço intercostais ○ EAP, SDRA ○ EAP: aumento da p. hidrostática do capilar pulmonar - líquido no espaço interstício-alvéolo ■ edema de forma debaixo para cima e diminuem de cima para baixo com as medidas terapêuticas ■ obs.: dá diagnóstico e avalia se terapêutica está sendo eficaz ○ não-cardiogênico: extravasamento de líquido por processo infeccioso/inflamatório Opções para o tto de EAP: ● morfina (ressalvas), nitrato, furosemida, nitroprussiato de sódio, nitroglicerina venosa, iECA, VNI Opções para o tto de DPOC: ● Corticoide (metilprednisolona 0-5 a 1 mg/kg/dose = 62,5-125 mg a cada 6/8 horas. ○ Hidrocortisona 3-5 mg/kg/dose= 200-300 mg a cada 6 horas ● NBZ (beta agonista + anticolinérgico) ● Considerar ATB ● Adrenalina 0,3-0,5 ml IM S/N de 20-20 minutos ● Sulfato de magnésio 10% - 2 amp + 80 ml SF 0,9% IV em 30 minutos ○ casos refratários graves ● VNI Pneumotórax: ● Características de pneumotórax na US: 1) Ausência do deslizamento pleural (modo convencional) 2) Desaparecimento do aspecto “oceano-areia” (modo M) a) Fica apenas “sinal do código de barra”/ “sinal da estratosfera”/ padrão de oceano DERRAME PLEURAL ● O DP é visto no US pulmonar como uma área hipoecóica (negra), depositando-se entre a parede torácica e o recesso diafragmático. Em alguns casos observa-se o pulmão colapsado flutuando no derrame. PNEUMONIA: ● Broncograma aérea ● Pulmão hepatizado (mesma consistência do fígado) ● Perfil A- sem congestão ● Perfil B- EAP ● Perfil AB- pneumonia (inflamação e outras áreas normais) PERFIL DO US PULMONAR NA IRPA: História de paciente paraplégico (trauma raquimedular), evoluindo com dispnéia: ● Janela apical com câmaras direitas dilatadas ● + US de MI com TVP ● = TEP (choque obstrutivo) PROTOCOLO RUSH: ● Bomba ● Tanque ● Canos Avaliação: ● A) Derrame pericárdico, análise subjetiva da disfunção sistólica ○ VCI - ingurgitação, variabilidade ● B e C) Pleura ● D) Líquido líquido na cavidade abdominal (FAST) / Pelve ● E) Pulmão (EFAST) ○ derrame pleural ○ pneumotórax HIPERTENSÃO INTRACRANIANA: ● Diâmetro da bainha do nervo óptico > 5,7 mm, apresenta sensibilidade de 90% e especificidade de 85% para o diagnóstico de HIC PARACENTESE DE ALÍVIO: ● Consegue identificar alças intestinais boiando no líquido ascítico FAST e EFAST ● ATLS ○ ABCDE ● A: ○ Verificar inserção correta do tubo orotraqueal ● B: ○ Pulmão (pneumotórax, hemotórax) ● C: ○ Hemorragia ○ Tórax, abdome, pelve, ossos longos ● D: ○ Bainha do nervo óptico (HIC) ● E: ○ Desalinhamento ósseo FAST: ● O objetivo é pesquisa de líquido livre na cavidade, inferindo hemoperitônio (FAST) e outros achados que possam sugerir lesões de um ou mais órgãos abdominais e torácicos (EFAST). ● Protocolo padrão: ○ Janela cardíaca: observando o saco pericárdico na detecção de líquido, que poderia significar hemopericárdio e tamponamento ○ Espaço hepatorrenal: localizar a interface entre fígado e rim direito, em busca de líquido ○ Espaço esplenorrenal: localizar interface entre fígado e rim esquerdo, em busca de líquido ○ Cavidades pleurais direita e esquerda: em busca de derrame pleural (hemotórax) e pneumotórax ○ Cavidade pélvica: varredura final atrás de líquido ● A ordem recomendada é a seguinte: 1) Pericárdio 2) Quadrante direito 3) Quadrante esquerdo 4) Cavidade pélvica Espaço hepatorrenal: Conclusão: ● O médico que pretende utilizar US na UTI ou PS, como ferramento de monitorização e apoio diagnóstico deve ter em mente que jamais ele substituirá o papel do ecocardiograsfista ou radiologista, pois ambos apresentam um conhecimento da técnica e experiência muito maior
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