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Edema; Linfonodo; Pulso; Cabeça e Pescoço

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Eduarda Oliveira Cochito 
Habilidades Médicas III 
Medicina Uniderp TXXIV - 2020 
 
1 
 Edema 
 Exame Linfonodo -------------------------------- 12 
 Semiologia Pulso -------------------------------- 19 
 Exame cabeça e pescoço ---------------------- 22 
EDEMA 
 
- Excesso de líquido acumulado no espaço intersticial ou no interior das próprias células (edema 
intracelular). Pode ocorrer em qualquer sítio do organismo, mas, do ponto de vista semiológico: foco 
no edema cutâneo, ou seja, a infiltração de líquido no espaço intersticial dos tecidos que constituem a 
pele e o tecido celular subcutâneo. 
 
- Como se forma: 
 
1) Equilíbrio forças de Starling: Normalmente, a pressão hidrostática é maior na extremidade 
arteriolar do leito capilar, do que quando comparada com a pressão oncótica do plasma no 
mesmo ponto. Por esse motivo, a diferença entre essas pressões faz com que o líquido 
intravascular se direcione para o interstício. Ao longo do vaso, esse gradiente de pressões se 
reduz gradualmente. A saída do líquido intravascular faz com que a concentração de proteínas 
na luz do vaso se eleve e produza um aumento da pressão oncótica nesse meio. Essas alterações 
graduais se dão até que ocorra uma inversão do gradiente de pressão na extremidade venosa 
da rede capilar, momento em que a pressão oncótica supera a pressão hidrostática e, 
consequentemente, o líquido tende a voltar para o meio intravascular. Porém, nem todo fluido 
é novamente retido pelo sistema venoso: aquele excesso, que permanece no interstício, é 
drenado pelos vasos linfáticos, mantendo o equilíbrio dos fluidos, sem que haja formação de 
edema. 
 
2) Alterações nas forças de Starling levam ao edema: Caso essas alterações ocorram de modo 
localizado, esse edema será restrito a uma localidade. As alterações a nível sistêmico provocam 
formação de grandes edemas, com mecanismos mais complexos. Nesse caso, haverá aumento 
do volume extracelular e do peso corpóreo. É importante lembrar também que eletrólitos como 
o sódio são importantes fatores que interferem na dinâmica dos fluidos, devido à osmolaridade 
do meio em que se encontram. 
 
 
 2 
 
 
LOCALIZAÇÃO E DESTRIBUIÇÃO 
 
- Analisar se é um edema generalizado ou localizado 
INTENSIDADE 
 
- Técnica: com a polpa digital do polegar ou do indicador, faz-se uma compressão, firme e sustentada, 
de encontro a uma estrutura rígida subjacente à área em exame, seja a tíbia, o sacro ou os ossos da 
face. Havendo edema, ao ser retirado o dedo vê-se formação da fóvea. Estabelece-se a intensidade do 
edema referindo-se à profundidade da fóvea graduada em cruzes (+, + +, + + + e + + + +). 
CONSISTÊNCIA 
 
- Mesma técnica utilizada para verificar a intensidade. grau de resistência encontrado ao se comprimir 
a região edemaciada 
 
 
 3 
ELASTICIDADE 
 
- É a sensação percebida pelo dedo que comprime, mas principalmente observando-se a volta da pele 
à posição primitiva quando se termina a compressão. 
 
 
TEMPERATURA DA PELE CIRCUNJACENTE 
 
- Utiliza-se o dorso dos dedos ou as costas das mãos, comparando-se com a pele da vizinhança e da 
região homóloga. 
 
SENSIBILIDADE DA PELE CIRCUNJACENTE 
 
- Por meio da digitopressão da área que está sendo investigada. 
Doloroso é o edema cuja pressão desperta dor, e indolor, quando tal não ocorre. Edema doloroso é o 
inflamatório. 
ALTERAÇÕES PELE ADJACENTE 
 
- Mudança de coloração: palidez, cianose ou vermelhidão. A palidez atinge maior intensidade nos 
edemas que se acompanham de transtorno da irrigação sanguínea. A cianose é indicativa de 
perturbação venosa localizada, mas pode ser parte de uma cianose central ou mista. Vermelhidão 
indica processo inflamatório. 
 
- Textura e a espessura da pele: pele lisa e brilhante acompanha o edema recente e intenso; pele 
espessa é vista nos pacientes com edema de longa duração; pele enrugada aparece quando o edema 
está sendo eliminado. 
 
 
 
 4 
FISIOPATOLOGIA E CAUSAS 
 
 
 
 5 
 
 
 
• Causas do edema: 
1) Aumento da pressão hidrostática vascular. 
2) Diminuição da pressão oncótica, regulada pelas proteínas plasmáticas (albumina). Ex.: Diminuição 
da síntese proteica, Aumento da degradação proteica, desnutrição... 
3) Aumento da permeabilidade vascular, geralmente causada pelas substâncias vasodilatadoras, ex.: 
bradicinina na inflamação. 
 6 
4) Alteração na drenagem linfática, ex.: com a remoção de um linfonodo, vai perder a função de drenar 
a linfa daquela região. 
5) Retenção de Na+ (aldosterona) e H2O (ADH). Regulação renal tanto na pressão quanto na volemia, 
retenção de H2O e Na+ 
 
 
 
GENERALIZADOS 
 
EDEMA RENAL 
 
- Devido a retenção de água e sal que não são eliminados convenientemente 
 
- Característica: edema renal é mole, inelástico, indolor, e a pele adjacente mantém temperatura 
normal ou discretamente reduzida. Edema generalizado, predominantemente facial, acumulando-se 
nas regiões subpalpebrais, sendo mais evidente no período matutino, e os pacientes costumam dizer 
que “amanhecem com os olhos inchados ou empapuçados”. 
- Observado na síndrome nefrítica, na síndrome nefrótica e na pielonefrite. 
 
 
• Síndrome nefrítica e Pielonefrite: discreto ou moderado (+ a + +). 
 7 
- Edema nefrítico: Na Síndrome Nefrítica além da retenção de sódio e água por desequilíbrio 
glomerulotubular, outro fator que se destaca é o aumento da permeabilidade capilar - quanto maior 
for a redução da TFG terá uma diminuição muito grande da carga filtrada de sódio, Assim, a pequena 
oferta distal de sódio vai permitir que haja reabsorção quase total do Na+ tubular no nefro distal, cai a 
excreção renal de sódio levando a retenção de Na+ e água, levando a um edema e hipertensão arterial. 
Lembrando que o edema dependerá da associação entre a redução da TFG, a redução na carga 
excretada de sódio e o aporte de sódio na dieta. 
 
 
 
• Síndrome nefrótica: edema é intenso (+ + + a + + + +) e se acompanha frequentemente de derrames 
cavitários - O edema ocorre pela redução na pressão oncótica do plasma, o que leva a uma menor 
reabsorção do fluido intersticial, na extremidade venosa do leito capilar 
 
 
EDEMA CARDÍACO 
 
- Ocorre devido à queda do débito cardíaco, em consequência de problema no miocárdico. Como 
resultado, eleva-se a pressão venosa sistêmica ao mesmo tempo em que se reduz o volume arterial 
efetivo de sangue 
 
 8 
- A queda do DC na insuficiência cardíaca congestiva (ICC) acarreta uma elevação da pressão venosa 
sistêmica e distúrbio do equilíbrio das forças de Starling nos capilares periféricos. Prevalecendo a 
pressão hidráulica intravascular na extremidade venosa do capilar, fica dificultado o retorno do líquido 
intersticial para o capilar, e água acumula-se no interstício. Essa redistribuição do fluido extracelular 
concorre para a formação de edemas 
 
- Característica: intensidade (+ a + + + +), é mole, inelástico, indolor, e a pele adjacente pode 
apresentar-se lisa e brilhante quando o edema é recente; mas, se for de longa duração, ela adquire o 
aspecto de “casca de laranja”, consequência de seu espessamento 
 
- Inicialmente se localiza nos membros inferiores devido a ação da gravidade, iniciando-se em torno 
dos maléolos, e devido a essa ação gravitacional esse edema aumenta durante o dia, por isso é 
chamado de edema vespertino. Conforme progride alcança pernas e coxas 
 
- Acúmulo de líquido não se restringe ao tecido subcutâneo, podendo acumular-se, também, nas 
cavidades serosas, seja no abdome (ascite), no tórax (hidrotórax), no pericárdio (hidropericárdio) e na 
bolsa escrotal (hidrocele). 
 
- Acamados ou lactentes, predomínio do edema: região sacral, glútea, perineal e parede abdominal 
• Insuficiência cardíaca direita: sangue não consegue ser bombeado adequadamente para os pulmões 
através das artérias pulmonares. Assim, uma síndrome congestiva se dá em direção as veias cavas por 
mecanismo de enchimento retrógrado, uma vez que o sangue não consegueavançar de forma 
adequada. A congestão do sistema venoso aumenta a pressão hidrostática no sistema venoso, 
dificultando o retorno do líquido do terceiro espaço novamente para a circulação na periferia e, 
consequentemente, tem-se a formação de edema. Na insuficiência cardíaca direita, os pacientes se 
apresentam com edema periférico, principalmente em membros inferiores, que tende a piorar ao 
longo do dia com a ortostase. 
1) Elevação da pressão hidrostática nos capilares venosos constitui um dos fatores que aumentam 
a passagem de água para o interstício, no qual vai acumular-se 
 
2) Aumento de produção de aldosterona (regula a retenção de sódio e a eliminação de Potássio). 
O aumento de pressão venosa nos rins e a diminuição da volemia devido a saída de líquido do 
meio intravascular para o intersticial estimulam o aumento da secreção de aldosterona, a qual 
provoca retenção ativa de sódio pelos rins. Esse sódio por sua vez, eleva a pressão osmótica 
intravascular, fator sensíveis os osmorreceptores hipotalâmicos, que assim, induzem a 
produção de hormônio antidiurético, responsável pela retenção de água pelos rins para 
restabelecer o volume sanguíneo circulante. Desse modo, ao lado da elevação da pressão 
hidrostática, tem papel importante na formação do edema cardíaco a retenção de sódio. 
 9 
 
 
EDEMA CIRRÓTICO 
 
- Característica: generalizado, mas quase sempre discreto (+ a + +). Predomina nos membros inferiores, 
sendo habitual a ocorrência de ascite concomitante. É mole, inelástico e indolor 
 
 
 
 
 
 
 
EDEMA DA DESNUTRIÇÃO PROTEICA / CARENCIAL OU DISCRÁSICO 
 
- Características: generalizado, predominando nos membros inferiores. É mole, inelástico, indolor e 
não costuma ser de grande intensidade (+ a + +). 
 10 
- Ocorre devido a diminuição da pressão osmótica das proteínas plasmáticas devido a sua ingestão. Por 
isso, é designado também edema da fome crônica. 
 
EDEMA ALÉRGICO 
 
- Características: Instalação súbita e rápida fazendo com que a pele fique lisa e brilhante, podendo 
também apresentar aumento da temperatura e eritema; é um edema mole e elástico. 
 
- Ocorre devido ao aumento da permeabilidade capilar, onde em uma reação antígeno-anticorpo há 
liberação de substâncias, como histamina e as cininas alteram a permeabilidade capilar, permitindo a 
passagem de água para o interstício entre as células. 
 
- Esse tipo de edema pode ser generalizado, mas costuma restringir-se a determinadas áreas, 
principalmente a face. 
 
EDEMA MEDICAMENTOSO 
 
- Causa principal é devido a retenção de sódio; predomínio em membros inferiores, mas pode ser 
intenso ao ponto de atingir a face 
 
 
 
LOCALIZADOS 
 
- Principais causas: 
 
 11 
EDEMA VARICOSO 
 
- Características: localização em membros inferiores, tendo predominância em uma ou outra perna: 
esse edema acentua-se se houver longa permanência na posição de pé; não é muito intenso (+ a + +); 
a princípio é de consistência mole, porém, nos casos muito antigos, torna-se cada vez mais duro; é 
inelástico, e, com o passar do tempo, a pele vai alterando sua coloração, até adquirir tonalidade 
castanha ou mais escura. Pode tornar-se espessa e de textura grosseira 
 
EDEMA DA TROMBOSE VENOSA 
 
- Características: mole, chega a ser intenso, e a pele costuma estar pálida. Em certos casos, adquire 
tonalidade cianótica. Classicamente essas condições são chamadas flegmasia alba dolens e flegmasia 
alba cerulea. 
 
- O mecanismo básico na formação do edema varicoso e da trombose venosa: aumento da pressão 
hidrostática, seja por insuficiência das valvas das veias, seja por oclusão do próprio vaso. 
 
EDEMA DA FLEBITE 
 
 - Devido da inflamação que aumenta a permeabilidade capilar e também das alterações já assinaladas 
no caso de varizes e de tromboses venosas. 
 
- Como os demais edemas inflamatórios, características: localizado, de intensidade leve a mediana (+ 
a + +), elástico, doloroso, com a pele adjacente se apresentando lisa, brilhante, vermelha e quente. 
 
EDEMA POSTURAL 
 
- Ocorre nos membros inferiores das pessoas que permanecem por longo tempo na posição de pé ou 
que ficam com as pernas pendentes por várias horas, como acontece em viagens longas. Decorre de 
aumento da pressão hidrostática. 
 
- Característica: É localizado, discreto (+ a + +), mole, indolor e desaparece rapidamente na posição 
deitada. 
 
- A obesidade predispõe à formação do edema postural. 
 
• Linfedema: edema originado nas afecções dos vasos linfáticos. Depende da obstrução dos canais 
linfáticos (pós-erisipela, filariose) e caracteriza-se semiologicamente por ser localizado, duro, 
inelástico, indolor, e com francas alterações da textura e da espessura da pele, que se torna grossa e 
áspera. Nos casos avançados, configura o quadro chamado de elefantíase 
 12 
• Mixedema: forma particular de edema observado na hipofunção tireoidiana. Não se trata de uma 
retenção hídrica conforme ocorre nos edemas de maneira geral. No mixedema, ha deposição de 
substancia mucopolissacaridica (glicoproteínas) no espaço intersticial e, secundariamente, retenção de 
água. É um edema pouco depressível, inelástico, não muito intenso, e a pele apresenta as alterações 
próprias da hipofunção tireoidiana. 
 
EXAME LINFONODOS 
 
- Exame físico geral inclui a investigação sistemática dos linfonodos superficiais. A avaliação dos 
linfonodos profundos só é possível com exames de imagem. 
 
 
 
• grupo ganglionar da cabeça e pescoço; grupo ganglionar dos membros superiores; grupo ganglionar 
dos membros inferiores; grupo ganglionar do tórax; grupo ganglionar do abdômen 
 
 13 
GRUPO GANGLIONAR DA CABEÇA E DO PESCOÇO 
 
- São aproximadamente 300 e correspondem a 30% do total dos linfonodos do corpo humano. 
Dividem- se segundo sua localização topográfica. 
 
- Na região cervical, os linfonodos são classificados em seis níveis, dentro dos triângulos anatômicos 
do pescoço. 
- Na região da base do crânio e na face estão localizadas as seguintes cadeias ganglionares: occipital, 
pré auricular, retroauricular, parotídea e faciais 
 
 
 
GRUPO GANGLIONAR DOS MEMBROS SUPERIORES 
 
Linfonodos axilares; Linfonodos epitrocleanos 
 
 14 
GRUPO GANGLIONAR DOS MEMBROS INFERIORES 
 
Linfonodos das virilhas; Linfonodos poplíteos 
 
 
 
 
 
PALPAÇÃO DOS LINFONODOS AXILARES, RETROPEITORAIS E EPITROCLEANOS 
 
- Examinador deve se posicionar à frente do paciente. Com o paciente sentado ou de pé, o examinador 
irá segurar o membro superior do lado a ser examinado, ligeiramente fletido, com a mão heteróloga. 
O exame da fossa axilar será feito com a mão heteróloga, em posição de garra. A execução deve ser 
feita pelo deslizamento suave com a pele contra o gradil costal da região axilar e infra-axilar, na região 
anterior, medial e posterior da fossa axilar; e a palpação dos linfonodos retropeitorais se dá com 
examinador também em frente ao paciente, e, com a mão em pinça, faz à compressão e ao 
deslizamento em toda a face posterior acessível do músculo grande peitoral. Sobre a palpação dos 
linfonodos epitrocleanos ocorrerá em continuação à palpação dos linfonodos axilares e retropeitorais, 
sendo assim deve ser mantido o membro superior do paciente em flexão, segurando o antebraço com 
a mão heteróloga, e com a outra mão em posição de “pinça”, irá fazer a compressão e ao deslizamento 
da goteira epitrocleana (geralmente apenas um linfonodo é palpável neste local.) 
 
 
 15 
PALPAÇÃO LINFONODOS INGUINAIS OU CRUAIS 
 
- Paciente deve estar deitado e a região a ser examinada despida. A palpação é feita com os dedos do 
examinador em extensão fazendo o deslizamento dos dedos em movimentos circulares ou lineares 
 
 
PALPAÇÃO LINFONODOS POPLÍTEOS 
 
- Para o exame o paciente deve estar em decúbito ventral, com a perna semifletida e o examinador 
mantém os dedos estendidos ou em garra (linfonodos desta região raramente são palpáveis) 
- Completa-se a investigação examinando o trajetodos linfáticos. Havendo linfangite, surgem na pele 
finas estrias vermelhas. 
- Os linfonodos profundos raramente são palpáveis, exceto quando hipertrofiados, formando blocos 
ganglionares. Podem ser avaliados pelos exames de imagem 
 
 
 
 
 
 
 16 
SEMIOLOGIA EXAME LINFONODOS 
 
- Sendo uma situação normal, os linfonodos são individualizados, móveis, indolores, e têm consistência 
borrachosa. As características descritas a seguir devem ser analisadas: 
 
1) Localização: deve saber a localização com referência aos grupamentos ganglionares na própria 
cadeia ganglionar e quais linfonodos estão comprometidos, pois o reconhecimento do linfonodo 
alterado permite ao médico deduzir as áreas drenadas ou órgãos afetados 
 
2) Tamanho ou volume: caracteriza-se pela estimação do diâmetro em centímetros. Variando 
normalmente de 0,5 a 2,5 cm 
 
3) Coalescência: junção de mais de 2 linfonodos, que gera uma massa com limites imprecisos. É 
determinada em neoplasias e inflamações da cápsula dos linfonodos que os une. 
 
4) Consistência: pode ser endurecido (típica em neoplasias ou inflamações com fibrose) ou amolecido, 
com flutuação ou não. Se for mole e/ou com flutuação indica de forma geral um processo inflamatório 
com formação de pus. 
 
5) Mobilidade: essa análise é para, fazendo uma palpação de forma deslizante ou com uma fixação do 
linfonodo entre o polegar e indicador, promover seu deslocamento, podendo verificar se está móvel 
ou aderido a algum plano mais profundo, isso indica comprometimento capsular com as estruturas 
adjacentes 
 
6) Sensibilidade: linfonodo pode estar dolorido ou não. São pouco dolorosos nos processos infecciosos 
crônicos e, em geral, indolores nas infecções virais e nos processos parasitários. Os linfonodos 
metastáticos, além de consistência pétrea, são indolores. Os linfonodos leucêmicos ou linfomatosos 
são indolores ou levemente doloridos. 
 
7) Alteração da pele: analisar se há sinais flogísticos (edema, calor, rubor, dor) e presença de fistulas 
(deve-se descrever o tipo de secreção que flui pela fístula). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 17 
Linfonodos cervicais: 
 
 
 
 
 
 
 
Linfonodos inguinais e poplíteos: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 18 
Linfonodos axilares: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 19 
SEMIOLOGIA PULSO 
 
RADIAL 
 
- Semiotécnica: artéria radial situa-se entre a apófise estiloide do rádio e o tendão dos flexores. Para 
apalpação usa as polpas dos dedos indicador e médio, variando a força de compressão até obter-se 
impulso máximo. O polegar fixa-se delicadamente no dorso do punho do paciente. O examinador usa 
a mão direita para examinar o pulso esquerdo do paciente e vice-versa. Além disso, a mão do paciente 
deve repousar no leito ou na mesa de exame em completa supinação. 
 
 
PULSO PERIFÉRICO 
 
 
 
• Semiotécnica 
1) Artéria carotídea 
- O médico fica de frente para o paciente, que deve estar de pé ou sentado. O pulso carotídeo direito 
é sentido pela polpa do polegar esquerdo que afasta a borda anterior do esternocleidomastóideo ao 
mesmo tempo em que procura as pulsações perceptíveis um pouco mais profundamente. As polpas 
dos dedos médio e indicador fixam-se sobre as vértebras cervicais mais inferiores. Para o lado 
esquerdo, usa-se a mão direita. 
 
 20 
 
 
2) Artéria temporal 
 
- Localizáveis na região frontal, logo acima da arcada supraorbitária, e devem ser palpadas com as 
polpas dos dedos indicador e médio 
 
3) Artéria subclávia 
 
- Palpada com o paciente sentado, fazendo leve flexão da cabeça para o lado a ser examinado. O 
médico posiciona-se à frente, ao lado ou atrás do paciente e procura sentir a subclávia com os dedos 
indicador, médio e anular, na fossa supraclavicular, profundamente e posterior à clavícula 
 
 
 
PULSO CAPILAR 
 
- Pulso capilar é o rubor intermitente e sincrônico com o pulso radial que se observa em determinadas 
regiões da pele ou das mucosas 
 
- Semiotécnica: Faz-se uma leve compressão sobre a borda de uma unha até ver uma zona pulsátil que 
marca a transição da cor rósea para a pálida. Observando com boa iluminação e atentamente, pode-
se verificar nítida pulsação nos casos de aumento da pressão diferencial, como ocorre na insuficiência 
aórtica, na fístula arteriovenosa, no hipertireoidismo e na anemia intensa. Em condições normais, a 
zona pulsátil é muito discreta, às vezes imperceptível. 
 
 21 
PULSO VENOSO, TURGÊNCIA OU INGURGITAMENTO JUGULAR 
 
- Ao se examinar o pescoço, deve-se avaliar o estado de turgência ou ingurgitamento das jugulares 
externas e a presença de frêmito ou sopro nos vasos do pescoço. Em condições normais, as jugulares 
tornam-se túrgidas apenas quando o paciente se encontra em decúbito; na posição semissentada e, 
principalmente, na de pé ou sentada, as veias jugulares ficam colabadas, restando visível apenas o 
pulso venoso 
 
- Pulso venoso são pulsações observadas na base do pescoço, dependentes das modificações de 
volume que ocorrem nas veias jugulares internas. O pulso venoso reflete a dinâmica do coração direito, 
e as várias ondas que o constituem expressam as modificações pressóricas do átrio direito durante o 
ciclo cardíaco. 
 
 
 
 
 22 
EXAME CABEÇA E PESCOÇO 
 
 
 
 
POSIÇÃO E MOVIMENTO 
 
O desvio de posição mais frequente é o torcicolo (inclinação lateral da cabeça), e os movimentos 
anômalos mais comuns são os tiques, que são contrações repetidas, mais ou menos involuntárias, de 
um determinado grupo de músculos associados. Algumas vezes, são de magnitude muito limitada, 
como o simples piscar de olhos; outras vezes, são complexos, multiformes e bizarros. Além destes, 
devem ser assinalados os movimentos coreicos, os tremores e os movimentos sincrônicos da cabeça 
com as pulsações na insuficiência aórtica 
 
 
 23 
SUPERFICIE E COURO CABELUDO 
 
A inspeção e a palpação do crânio possibilitam a identificação de saliências (tumores, tumefações, 
bossas e hematomas), depressões (afundamentos) e pontos dolorosos. 
 
A fontanela anterior, quando patente, fornece informações úteis no exame físico de crianças: se 
hipertensa e saliente, indica aumento da pressão intracraniana (meningite, hidrocefalia) ; se hipotensa 
e deprimida, traduz desidratação 
 
Deve ser analisada a consistência ou rigidez da tábua óssea. Na osteomalacia, no raquitismo e na sífilis, 
é possível conseguir-se um leve afundamento pela simples compressão digital, que deve ser efetuada 
atrás e acima do pavilhão auricular. 
 
EXAME GERAL DA FACE 
 
- Analise da simetria, a expressão fisionômica ou mímica facial, a pele e os pelos. 
 
- A perda da simetria instala-se em quaisquer tumefações ou depressões unilaterais (abscesso 
dentário, tumores, anomalias congênitas). Outra causa de assimetria é a paralisia facial. Nesta 
condição, perde-se completa ou parcialmente a motilidade voluntária e da mímica de um dos lados. 
Ao se movimentar o lado sadio (franzir a testa, fechar os olhos, abrir a boca), acentua-se a assimetria. 
 
- O crescimento das parótidas por processo inflamatório (p. ex., caxumba) ou hipertrofia das glândulas 
salivares (como ocorre em pacientes com megaesôfago) modifica caracteristicamente a configuração 
facial 
 
- A expressão fisionômica faz parte da fácies, a qual pode denunciar o estado de humor do indivíduo, 
indicando tristeza, desânimo, esperança, desespero, ódio ou alegria. 
- Também é feita análise da pele e os pelos 
EXAME OLHOS E SUPERCÍLIOS 
 
- Os supercílios, bastante variáveis de um indivíduo para outro, podem sofrer queda (madarose), como 
ocorre no mixedema, hanseníase, esclerodermia, quimioterapia, senilidade e na desnutrição 
acentuada. 
 
 
 
 
 
 
 24 
PÁLPEBRAS 
 
- Deve-se verificar se há edema, retração palpebral, epicanto, ectrópio, entrópio, equimose, 
xantelasma (placas amareladas em alto relevo) ou outras alterações. Um achado importante é a queda 
da pálpebra (ptose palpebral, uni ou bilateral) que ocorre na paralisia do III par (paralisia do músculoda pálpebra superior), na síndrome de Claude-Bernard-Horner (paralisia do simpático cervical) e na 
miastenia gravis. O não fechamento dos olhos por paralisia do músculo orbicular das pálpebras 
(lagoftalmo, sinal de Bell) aparece na paralisia facial periférica 
 
- Fenda palpebral: Com variações normais de acordo com as raças pode estar normal, aumentada 
(exoftalmia), diminuída ou ausente (ptose palpebral), ou substituída por uma prega cutânea 
(mongolismo). 
 
 
 25 
 
 
ESCLERÓTICA, CÓRNEA E CRISTALINO 
 
- Deve-se buscar alterações da cor (escleróticas amareladas na icterícia, arco senil, anel de Kayser-
Fleischer na degeneração hepatolenticular) e das outras características dessas estruturas. 
 
- As cataratas que tornam opaco o cristalino aparece a olho nu como áreas esbranquiçadas no interior 
das pupilas. 
- O pterígio é um espessamento triangular da conjuntiva bulbar que cresce na superfície externa da 
córnea. 
 
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EXAME NARIZ 
 
- À inspeção externa, é possível evidenciarem-se deformidades não patológicas e alterações indicativas 
de lesões de diversas etiologias, como, por exemplo, no rinofima, em que há espessamento da pele, 
que se torna brilhante e avermelhada, e desenvolvimento das glândulas sebáceas. 
- A hipertrofia do nariz como um todo é observada na acromegalia e no mixedema. 
 
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EXAME DA REGIÃO BUCOMAXILOFACIAL 
 
- Região bucomaxilofacial compreende: maxila, mandíbula, cavidade bucal, complexo dentoalveolar, 
articulação temporomandibular (ATM), músculos da mastigação, cavidades paranasais e glândulas 
salivares 
 
- As estruturas que compõem a região bucomaxilofacial localizam-se nos terços médio e inferior da 
face e seu exame físico deve ser dividido em extra e intrabucal. 
 
 
 
 
 
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EXAME LÁBIOS 
 
- Lábios (superior e inferior) devem ser inspecionados e palpados para se averiguar coloração, forma, 
textura e flexibilidade, assim como presença de lesões. Sua cor, largura e formato variam de acordo 
com a etnia e as características genéticas herdadas. Pessoas negras tendem a ter lábios mais grossos e 
largos do que as brancas. 
 
- Os lábios apresentam uma semimucosa e uma mucosa labial. A semimucosa é também conhecida 
como “vermelhão do lábio”, sendo a parte da boca exposta diretamente ao meio externo. A mucosa 
labial é a parte da mucosa bucal que reveste internamente os lábios superior e inferior. 
 
- A semimucosa labial normal apresenta-se simétrica, de coloração geralmente rosada, lisa, hidratada, 
sendo comum a presença de sulcos delicados, que podem se tornar acentuados com o aumento da 
idade ou com a falta dos dentes 
 
- Deve-se pesquisar, ainda, a presença de edema, sendo comuns edema alérgico, herpes labial, lesões 
ulceradas (blastomicose, leishmaniose, lesão luética primária), leucoplasias e neoplasias 
 
- A mucosa labial normal: úmida, brilhante, de coloração rósea mais intensa que a semimucosa. 
Embora lisa, irregularidades granulares são comuns e correspondem à presença das glândulas salivares 
menores. A presença de pequenos vasos sanguíneos também é frequente. 
 
- É importante a distensão do lábio para observação da mucosa até a região de transição para a mucosa 
que reveste a reborda alveolar – o fundo de vestíbulo, onde lesões podem se instalar. Inserções 
musculares são encontradas na linha média dos lábios superior e inferior, que se estendem da mucosa 
labial/fundo de vestíbulo até a gengiva da região anterior da maxila e mandíbula, respectivamente, e 
correspondem ao freio labial. 
 
- A afecção mais encontrada no exame da mucosa labial é a estomatite, designação que abrange a 
maioria dos processos inflamatórios, sendo mais frequentes nessa região a estomatite aftosa e a 
herpetiforme 
 
EXAME CAVIDADE ORAL 
 
- Limitada anteriormente pelos lábios e inferiormente pelo assoalho da boca, no qual repousa a língua, 
enquanto as regiões jugais representam os limites laterais. Os pilares anteriores e a úvula formam o 
limite posterior. 
 
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