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diagnóstico de gravidez e exames pré natal

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Camila Rizzo – MORFO 3P 
 
Diagnóstico laboratorial da gravidez e exames pré-natais 
Fonte: Aula de Morfo 
 
 
 Exames pré-natais são recomendados que a gestante realize com objetivo de trazer mais segurança e qualidade para essa gestação e para 
o bebê. 
 O que será abordado é baseado em dois artigos em que tem a evidência do estudo indicado o porquê que se deve solicitar determinado 
exame. As evidências são caracterizadas em A, B, C ou D, dependendo do tipo de estudo que foi feito. 
 São vários testes sorológicos que são recomendados no primeiro exame, exceção da Hepatite B, recomendado na trigésima semana. Além 
desses exames sorológicos tem alguns outros exames na área da hematologia, na área da bioquímica que também são recomendados já 
na primeira consulta da paciente. 
 Para a realização dos testes sorológicos, geralmente se usa a ELISA (baseia-se em reações antígeno-anticorpo detectáveis por meio de 
reações enzimáticas (teste imunoenzimático)). 
SÍFILIS 
 3 estágios: primário, latente precoce e latente tardia. 
 Na sífilis primária tem-se a maior chance de contaminação. 
 3 Diagnósticos: identificar a bactéria causadora quando existe lesão no órgão genital da paciente; realizar o VDRL; realizar os testes 
treponêmicos (FTA- ABS). 
 Caso na análise da paciente seja possível notar alguma lesão, faz-se o exame de Fontana Tribondaux que você coleta a secreção e isso é 
encaminhado ao laboratório para que faça uma técnica de coloração e assim identificar a bactéria. Nessa fase não é indicado que se faça 
a sorologia porque a sorologia deve apresentar resultados negativos, uma vez que ela começa a positivar aproximadamente três 
semanas após a infecção e isso culmina mais ou menos no final do período de fechamento do cancro duro do paciente é quando o FTA-
ABS dá positivo e logo o VDRL também já se mostra positivo. 
 Na triagem, normalmente usa-se o teste não treponêmico (VDRL). 
 Não se usa o treponêmico, pois ele dará positivo se uma pessoa que já teve sífilis e se curou (como se fosse uma cicatriz imunológica). O 
não treponêmico só dá positivo quando a pessoa está com a doença (mas o VDRL pode dar falso positivo). 
 Quando há quadro de sífilis tem-se a tendência de que os valores de VDRL seja acima de 32 
 Resultados positivos sempre merecem tratamento, mesmo antes de se diagnosticar a sífilis de fato 
 Resultado na sífilis primária tende ao negativo visto a baixa sensibilidade 
 Títulos elevados: anticorpos não treponêmicos 
 Na sífilis secundária já há o desenvolvimento de lesões por todo o corpo com presença bacteriana 
 Na sífilis terciária VDRL tende a se encontrar mais baixo do que se esperaria de um caso positivo 
Complicações para o feto: 
Camila Rizzo – MORFO 3P 
 
 Primárias: Rinite, baixo peso, prematuridade, hepatoesplenomegalia, pneumonias. 
 Tardias: Dentes deformados, mandíbula curta, nariz em sela, fronte olímpica, retardo mental, cegueira e surdez. 
 Ainda, pode ocorrer má formações e aborto. 
 
 
 Há os testes treponêmicos que se utilizam do antígeno presente na bactéria e os não treponêmicos que não usam o antígeno 
 
Camila Rizzo – MORFO 3P 
 
 
 
TOXOPLASMOSE 
 Transmissão é placentária. 
 A triagem é na primeira consulta. 
 A pesquisa é feita na sorologia, pesquisando IgG, IgM e IgA. 
 Não há um consenso que o tratamento de gestantes com primo infecção melhore o quadro clínico do neonato. 
 Soroconversão tardia (fim da gestação) está associada a maior probabilidade de transmissão e menores danos neurológicos mas não 
oculares. 
 Teste de avidez: teste que verifica a afinidade que a IgG tem de se ligar ao antígeno. Isso faz com que se presuma se a IgM é recente ou 
tardia (visto que a IgM pode estar presente em até 18 meses). Para o teste, tanto a IgG, quanto a IgM devem estar positivos; caso IgG esteja 
negativo, isso indica que a infecção é recente. 
 Teste < 30%: infecção deve ter menos de 3 meses (recente). 
 Teste > 30%: infecção deve ter mais de 3 meses. 
OBS: IgA não é tão utilizado mas ele é um marcador de fase aguda (pode positivar um pouco mais cedo que a IgM) e seu sub uso é um virtude da 
relação custo-benefício 
 
CITOMEGALOVÍRUS 
Camila Rizzo – MORFO 3P 
 
 Transmissão é placentária. 
 Primo-infecções são mais comuns que infecções 
recorrentes. 
 Tem risco de má formações (surdez, deficiência visual, 
motora, mental, morte). 
 Não há dados que indiquem que o rastreamento 
neonatal melhore o prognóstico. 
 É uma patologia sem imunidade e tratamento efetivo. 
 
 
RUBÉOLA 
 Transmissão é placentária. 
 Normalmente sequelas estão associadas ao período que a infecção acontece 
 Até 12 semanas: sequelas auditivas e cardíacas. 
 Entre 12 e 20 semanas: sequelas leves. 
 Mais de 20 semanas: sem sequelas. 
 Quarta a oitava semana são mais críticas, pois é o período da organogênese e desenvolvimento auditivo do coração. 
 IgM pode não indicar fase aguda, já que pode permanecer até 1 ano. 
 
OBS: geralmente rubéola trás uma avidez baixa por um período muito longo (aproximadamente 3 meses) 
HEPATITE B 
 A transmissão é por meio do parto (secreção materna, líquido amniótico e sangue materno), placentária e amamentação (as duas são 
menos frequentes). 
 O rastreamento é realizado na 30ª semana. 
 Todas as gestantes que forem positivas para o HBsAg, as crianças devem receber vacina e imunoglobulinas ao nascimento. 
 Os marcadores sorológicos são a pesquisa de anticorpos ou de antígenos. 
 Normalmente, pede-se o anti HBs e o HBs Ag. 
 Geralmente se faz o teste anti-HBS 
 
Camila Rizzo – MORFO 3P 
 
 
HIV 
 A transmissão é feita por meio da placenta, parto (recomenda-se cesárea) e pós-parto. 
 O tratamento materno reduz de forma significativa a transmissão vertical, a morte intrauterina e a morte após o nascimento (precoce e 
tardia). 
 Triagem é feita pela pesquisa de anticorpos tanto da classe IgA quanto da classe IgG 
 Condições que minimizam a transmissão: 
 Diagnóstico precoce. 
 Tratamento da gestante. 
 Carga viral baixa. 
 Parto cesáreo e mãe não amamentando o filho. 
 Outros exames que podem ser realizados: 
 
OBS: EAS normal não significa que não há infecção 
 Pode-se fazer a avaliação cervical e vaginal: 
 Colpocitologia: rastreamento de câncer cervical. 
 Secreção vaginal: rastreamento de S. agalactiae, feito entre a 35ª e 37ª semana. 
EXAMES FEITOS PELAS GESTANTES 
Camila Rizzo – MORFO 3P 
 
 
 Geralmente o medicamento utilizado é a penicilina 
 
Camila Rizzo – MORFO 3P 
 
 
DMG: DIABETES MÉLLITUS 
 Teste oral de tolerância é sempre preconizado 
 
DIAGNÓSTICO LABORATORIAL DE GRAVIDEZ 
 Os primeiros exames eram feitos com amostras de urina, tendo baixa sensibilidade e especificidade. 
 
Camila Rizzo – MORFO 3P 
 
 Exames de sangue hoje já positivam com aproximadamente 5 dias antes do atraso (gestação com mais ou menos 2 semanas) 
1. Beta HCG 
 Gonadotrofina coriônica humana. Usa-se a fração beta porque ela se diferencia de outros hormônios do nosso corpo 
 Principais tipos de moléculas: 
 Forma regular: encontrada em maior frequência e utilizada nos testes com o objetivo de avaliar a gestação. 
 Forma hiperglicosilada: também é produzida na gestação, sendo mais comum em casos de MH. 
 Subunidade beta: produzida por diversos tipos de tumores. 
 
 
 Em uma gravidez ectópica: 
 Seus níveis estão mais baixos que em uma gravidez normal. 
 Seus níveis se elevam abaixo de 66% em um período de 48 horas. 
 Os níveis de progesterona caem. 
 Níveis de Beta hCG baixos para a idade gestacional: possível correlação com aborto. 
 Níveis de beta hCG altos para a idade gestacional: DTG (doença trofoblástica gestacional, Down, hipertireoidismo, gestação 
gamelar, eritroblastose fetal.

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