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ANATOMIA PATOLÓGICA PROVA 03 PATOLOGIA TEGUMENTAR · Pele é o sistema que mais ocorre atendimento clínico, principalmente pequenos animais. · Pele é considerada o espelho da saúde do corpo, se o indivíduo problema respiratório e ele desenvolve imunossupressão o mesmo vai ter lesão de pele por fungos, bactérias – deve-se sempre procurar a doença de base · Indicador de saúde · FUNÇÕES DA PELE · Barreira de proteção contra a perda de fluido, agentes infecciosos, químicos e injúria física · Regulação da temperatura por cobertura pilosa e sudorese · Produção de vitamina D · Atua como órgão sensitivo · Função imunológica – Ceratinócitos, Langerhans, linfócitos · HISTOLOGIA DA PELE · Epiderme · Estrato basal – células progenitoras, melanócitos · Estrato espinhoso - desmossomos · Estrato granuloso – substância formadora da proteína dos pelos · Estrato córneo – camada mais exterior · Derme – glândulas e folículo piloso · Fibras de colágeno · Grande capacidade de movimentação · Serve para conferir um arcabouço mecânico e nutricional para as glândulas e folículos pilosos · Glândulas sebáceas e sudoríparas · Tecido subcutâneo · Função de fazer a adesão da pele ao músculo · Depósito de energia · Isolamento térmico · DIAGNÓSTICO DERMATOLÓGICO · Abordagem clínica sistemática · Ficha clínica dermatológica · História clínica completa · Exame dermatológico minucioso · Exames complementares · Usar a coerência baseado nos sinais clínicos complementares · Exames · Parasitológico · Simples e de baixo custo · Indicado principalmente em dermatopatias parasitárias – Sarna · Raspado cutâneo – precisa de 3 locais de forma correta · Coleta de Swab – cotonete livre de antifúngicos e antibacterianos; · Pode não ser tão sensível a depender da qualidade da amostra · Tricograma · Citológico · Simples e de baixo custo · Proporciona a diferenciação entre as células neoplásicas e inflamatórias · Observação de microorganismos – bactérias, protozoários, fungos · Pode ser por impressão direta no tecido, auxílio de swab e punção com agulha fina · Micológico · Bacteriológico · Histopatológico · Ter precisão durante a coleta · Local certo · Cuidados com as amostras · INDICAÇÕES · Neoplasias · Ulcerações persistentes · Dermatose não responsiva · Lesões vesiculares · Biópsia realizada com o punch · VOCABULÁRIO · ACANTOSE ou hiperplasia da epiderme - Espessamento da epiderme - qualquer doença de pele crônica - altera o tempo de qualquer queratinocito · HIPERCERATOSE - Aumento da quantidade de ceratinócito na camada cornea. Dividida em: · Ortoceratótica - ceratina normal sem núcleo · Paraceratótica - ceratina mantendo o núcleo, devida a aceleração desse acúmulo · MÁCULA - Uma alteração de cor, sem elevação e sem mudança na textura · Vermelha - sanguínea · Melanocítica -pigmentar · PÁPULA - Verruga circunscrito, tendo que descrever local e tamanho da mesma. · PÚSTULA - Cheio de pus / fase dermatológica da cianose / traumatismo altoinfigidos · COLARETE EPIDÉRMICO - resultado de uma pústula rompida. · CROSTAS - Formação de crostas no processo de cicatrização. · EDEMA DA PELE (ESPONGIOSE) - ceratinócito fica todo vacularizado, vacúolo irregular, associado a lesões térmica, virais … · ACANTÓLISE -ceratinócito se soltou do ceratinócito ao lado / formando uma vesícula intraepidérmica /indicativo de doença imuno mediada (desmossomos e ecadenina se romperam). · VESÍCULA - parede fina cheia de líquido / doenças vesiculares abordadas na boca / local onde ela acontece subcranial /subbasal /subepidermal. · PAQUIDERMIA (lignificação) - pele espessa, escura e cheia de ranhuras (acantose junto hiperceratose) - mediante a qualquer doença crônica · ÚLCERA / EROSÃO - · ALOPECIA- Queda repentina de pêlos (se for bilateral e simétrica pode ser indicativo de doença hormonal) · HIPOTRICOSE - ausência de pêlos em áreas que comumente deveria ter. · HIPERPIGMENTAÇÃO - Acontece em lesões crônicas (ruído de rato - )(gato tem lentilho normal) melanina sobre os ceratinócitos · HIPOPIGMENTAÇÃO - temos em cicatriz, doença imunomediada(pênfigo/ lupus) DERMATOPATIAS ALÉRGICAS · Atopia · Acontece principalmente em animais entre 1 e 3 anos · Primeira manifestação clínica acontece com mais de 6 meses de vida · Predisposição racial – poodle e Pitbull · Principais alérgenos – poeira doméstica, mofo, ácaro, pólen · Pode ou não ser sazonal – geralmente acontece mais no inverno · PRINCIPAIS ACHADOS EPIDEMIOLÓGICOS · Ocorrer a 1ª crise entre 1 e 3 anos de idade · Acometer cães de pequeno porte · Ser sazonal · Prurido responsivo ao corticoide · PRINCIPAIS ACHADOS MACROSCÓPICOS · Lesões cutâneas pruriginosas · Lesões cutâneas eritematosas (aguda) · Lesões cutâneas hiperpigmentadas e liquenificadas (crônica) · Também pode acontecer a aguda junto com a crônica – crônica com agudização · Lesões cutâneas na face e nas patas · Ocorrência concomitante de otite crônica por Malassezia sp. · Lesões complicadas por piodermite superficial e profunda · Ocorrência concomitante de conjuntivite · Cachorro se lambe muito · Pododermatite, hipotricose, alopecia, hiperpigmentação, dermatite úmida aguda · Ocasionalmente pode desenvolver pústula · Diagnóstico por biópsia · Sem presença de eosinófilos · Traumatismo autoinfligido – piodermite superficial produnda · Pústula, crosta, colarete · DAPP – Dermatite alérgica por picada de pulga · Primeira crise acontece entre 3 e 5 anos · Pode acometer qualquer porte de cachorro – acomete principalmente pastor alemão e SRD · As lesões acontecem mais nas épocas de chuva · Tem que ter a presença de pulga · Em casos mais agudos, há a presença de pulgas · PRINCIPAIS ACHADOS EPIDEMIOLÓGICOS · Ocorrer a 1ª crise entre 3 e 5 anos de idade · Afetar cães de qualquer porte, incluindo cães SRD · Ocorrer variação nas lesões de acordo com o uso de anti-pulgas ou com a época do ano · Prurido responsivo ao corticoide · PRINCIPAIS ACHADOS MACROSCÓPICOS · Lesões cutâneas pruriginosas · Lesões cutâneas eritematosas – aguda · Lesões cutâneas hiperpigmentadas e liquenificadas – crônica · Pode acontecer ambas ao mesmo tempo – crônica com agudização · Lesões cutâneas iniciadas na região lombossacral – forma triangular · Lesões complicadas por piodermite superficial a profunda · Lesões complicadas por miíase cutâneo-traumática – bicheira · Pápulas crostosas – região ventral do abdômen; porção medial e caudal das coxas · ALERGIA ALIMENTAR · Predisposição etária – menos de um ano de vida · Não há sazonalidade, predisposição de sexo ou raça · Observar alimentação do animal · PRINCIPAIS ACHADOS EPIDEMIOLÓGICOS · Ocorrer a 1ª crise antes do 1º ano de vida · Afetar cães de qualquer porte, inclusive o SRD · Ocorrer variação nas lesões de acordo com a alimentação · Prurido não responsivo ao corticoide · PRINCIPAIS ACHADOS MACROSCÓPICOS · Lesões cutâneas pruriginosas · Lesões cutâneas eritematosas – aguda · Lesões cutâneas hiperpigmentadas e liquenificadas – crônica · Pode acontecer ambas ao mesmo tempo – crônica com agudização · Lesões cutâneas mais frequentemente disseminadas · Lesões complicadas por piodermite superficial e profunda · DIAGNÓSTICO HISTOPATOLÓGICO – Padrão alérgico · Aumento do número dos mastócitos · Atopia não ter eosinófilo; DaPP e AA não tem DERMATOPATIAS BACTERIANAS · Staphylococcus intermedius – bactéria residente na pele · Foliculite superficial · Profunda com furuncolose · Furunculose interdigital - claudicação · Impetigo · Na maioria tem uma doença de base que provocou a lesão – a distribuição da foliculite/furunculose vai ser determinada pela doença de base/primária · Dermatite alérgica, hipotireoidismo, uso prolongado de corticoide, demodicose, fiv, felv · Principais achados · Pápula, pústula, crostas, alopecia · Acontece principalmente em regiões de pouco pelo; também em lugares que sofreram trauma; cachorros grandes, geralmente tem em lugares de ponta de osso · Colaretes epidérmicos – pústula que rompeu; distribuição segue doença de base · Padrão de lesão crônico · Pelo no meio do tecido subcutâneo – reação inflamatória – foliculite DERMATOPATIASPARASITÁRIAS · SARNA DEMODÉCICA · Demodicose, demodiciose, sarna vermelha, sarna negra, sarna folicular · Demodex spp. – D. canis, D. injai · Algumas pessoas acreditam ter predisposição genética · Parasita fica no folículo piloso · Relacionada com imunodepressão – estresse, doenças debilitantes, câncer, doenças degenerativas, má nutrição, estro, parto · Esse parasita é um comensal da pele · Localizada mais em face e membros · PADRÃO DAS LESÕES MACROSCÓPICAS NA SARNA DEMODÉCICA – varia com a evolução · Hipotricose ou alopecia, com ou sem descamação · Hipotricose ou alopecia com liquenificação e hiperpigmentação · Hipotricose ou alopecia com eritema · Hipotricose ou alopecia com eritema e liquenificação · Pápulas e pústulas – não é infestação pruriginosa · Lesões podais - pododemodicose · Tratamento com ivermectina · Classificação de acordo com a faixa etária · Juvenil · Juvenil persistente – 1 a 4 anos · Adulto · Localizada – face e membros · Generalizada – mais de 5 lesões localizadas, lesão única, mas focalmente extensa, pododemodicose que afeta pelo menos dois pés ou mãos · SARNA SARCÓPTICA · Zoonose · Escabiose · Pruriginosa e escabiose · Cria canais na epiderme – coceira grave · Fica mais superficial · PADRÕES DAS LESÕES · Hipotricose ou alopecia com eritrema · Pápulas e pústulas · Crostas · Hipotricose ou alopecia com liquenificação e hiperpigmentação · Regiões mais acometidas – face, cotovelo, região latero-lateral do tronco · Muita coceira e o tempo todo · Diagnóstico por raspado ou histopatológico DERMATOPATIAS FÚNGICAS · DERMATITE POR MALASSEZIA PACHYDERMATIS · Geralmente é secundária · Seborreia, umidade excessiva, doenças alérgicas (atopia, alergia alimentar, endocrinopatias, uso de antibióticos e corticoides) · Eritrema, prurido, liquenificação, alopecia, hiperpigmentação · Região ventral do ventral do pescoço, axilas, face, interdigital, dobras cutâneas · Deve buscar doença de base – principalmente se for otite · Observação de mais de 2 ou 3 malassezias por campo na microbiologia · Umidade e dobra cutânea · DERMATOFITOSE · Fungos · Microsporum canis · Microsporum gypseum · Trichophytum mentagrophytes · Locais com temperatura e umidade elevadas · Animais malnutridos e parasitadas, imunossuprimidos, pós parto · Contato direto com pelos e escamas de cães e gatos e fômites · Alimentação de queratina – come o pelo · Múltiplas áreas circulares que crescem de maneira expansiva · Centro alopécico · Bordas eritrematosas crostosas · Formação de pápulas e pústulas · Face e membros torácicos · Coceira baixa · Lesão circular não eritrematosa · Vai ter epilasção fáscia · Diagnóstico por tricograma – observação de fungo na haste do pelo · Área de hipotricose e alopecia · ESPOROTRICOSE – Sporothrix schenckii · Doença emergente no brasil inteiro · Relacionado com o aumento da temperatura · Fungo saprófito – multiplica em matéria orgânica em decomposição · Gato se infecta quando vai enterrar as fezes ou quando vai arranhar uma arvore · Sporothrix debaixo da unha – briga, inoculação no tecido subcutâneo · Machos mais predispostos; face mais predispostos · Pode haver uma autocontaminação · É uma zoonose · Alta letalidade dos gatos · Lesões começam na face · Linfadenopatia regional · Nódulo firme, alopécico, faz uma fístura, libera uma secreção serosanguinolenta · Tratamento com antifúngicos – não são muito eficazes · Disseminação por via linfática – pode levar à amputação · Diagnóstico por biópsia, ou citologia · PITIOSE EQUINA · Relacionado com áreas alagadiças – pode ser açude · Não é um fungo, é o omiseto – não responde a antifúngico; mecanismo de ação está baseado em morfologia que ele não tem · Pythium insidiosum · Reprodução assexuada · Aquático – águas quentes · Zoosporos (papel propagação) · Áreas temperadas, tropicais e subtropicais · Predileção por capim que está na água – liberação de zoósporos na água – queratina na pele atrai o pítion – liberação de substância adesiva – formação filamentosa – trauma/lesão – PITIOSE · Porta de entrada – invasão do tecido subcutâneo – Piogranuloma eosinofílico – Kunker (microornaganismos, restos celulares, eosinofílicos) · Invariavelmente fatal em equinos se não houver tratamento – cavalo responde com Thelper tipo1 · Tratamento com encitamento de resposta Thelper tipo 2 (bovino) · Doença caquetizante – por ser exsudativa · Se for na boca, o alimento não consegue se alimentar · Serosanguinolento, mas quando é mais crônica fica mais seca · As vezes coça · Diferenciação de tecido de granulação por presença de kunker nos canais · Pode ter invasão óssea – faz diferenciação de tecido de granulação com raio-x; se tiver osteófito, não é tecido de granuloma · Tratamento com Pition-Vac – imunomodulador DERMATOPATIAS POR PROTOZOÁRIOS · Leishmaniose – doença clínica pela leishmania · Todos os indivíduos têm lesão múltipla – cutânea e visceral · Bahia é área endêmica · 90% dos animais que tem sorologia positiva para leishmania, não desenvolvem a leishmaniose · Transmissão por flebotomínios – Phlebotomus e Lutzomyia; multiplicação em lugares secos · Em cães – doença generalizada que afeta vísceras e pele · Apatia, anorexia, perda de peso, febre, linfanedopatia, hepatomegalia, esplenomegalia, lesões cutâneas (90%) · Só causa úlceras nos casos crônicos – mais de 6 meses · Começa com dermatite esfoliativa e não proliferativa na face – focinho, periorbital e pinas · Onicogrifose – unha grande (apenas 30%) · Despigmentação de plano nasal · Pode ter crosta sanguínea na ponta da orelha · Leishmaniose em cães imunossuprimidos · Perda de peso, glomerulonefrite membranoproliferativa, insuficiência renal, poliartrite, uveíte – deposição de imunocomplexos · Observação de formas amastigotas dentro do macrófago NEOPLASIAS · Carcinoma de células escamosas, Hemagiossarcoma – relação com o sol (dímeros da piramidina); animal branco – altamente infiltrativo e pouco metastáticos · Adultos a idosos · Crescimento endofítico x exofítivo · Equino – glande · Gato – orelha e plano nasal · Bovinos – pálpebra e vúlva · Papiloma · Origem viral · Animais jovens · Tratamento com retirada – produção de vacina · Tratamento com ativação do sistema imune · Mastocitoma – massa ulcerada, nódulo, placas, penduculados · 1 das 4 principais neoplasmas · Normalmente próximo ao prepúcio · Nódulos únicos ou múltiplos · Macios e sempre aderidos a pele · Hiperemia, dor, úlcera gástrica, vômito · Diagnóstico por citologia aspirativa · Neoplasmas cutâneos mesenquimais – Fibrossarcoma, Sarcoide equinos, histiocitoma cutâneo (tronco ou face de cachorro com 2 a 5 anos; nódulo em botão), Hemangiossarcoma (tumor de vaso sanguíneo; cutâneo, visceral (baço – ruptura do baço; choque hipovolêmico) e multicêntrico) · Melanoma · Pior na boca, no olho e embaixo da unha PATOLOGIA DO SISTEMA NERVOSO · Como as abordagens do sistema nervoso são bem complexas, é imprescindível que o clínico conheça adequadamente a fisiologia desse sistema para que possa fazer o diagnóstico e tratamento correto. · O encéfalo deve SEMPRE ser avaliado na necropsia · Os neurônios, por meio de junções de comunicação, formam um sincício que amplia a capacidade individual de cada célula. Assim, para o SNC manter essa rede de comunicação, a capacidade de regeneração foi “deixada de lado”, e assim, a reparação do tecido nervoso pós lesão é sempre com substituição de tecido por cicatriz glial ou por uma cavidade cística · NEUROANATOMIA · Telencéfalo – consiste nos hemisférios do encéfalo, e pode ser dividido em córtex temporal, occipital e frontal · A depender do sinal clínico, pode-se inferir qual é o córtex acometido. Por exemplo, um animal em estado comatoso, pressionando a cabeça na parede, possivelmente a lesão é no córtex cortical · Cerebelo – é responsável pelo equilíbrio, locomoção, · Uma lesão nesse local reflete em ataxia, hipermetria, incapacidade de se manter em estação · Tronco encefálico – local onde chegam as informações de todo o corpo, e também de onde partem os 12 pares de nervos cranianos · Quando percebemos alguma lesão assimétrica,que esteja relacionada à alguma função de nervo craniano, certamente a lesão é no tronco encefálico · Hipocampo – local no encéfalo que coordena as atitudes · Se houver lesão nesse local, haverá mudança no comportamento do animal, como no caso da raiva em cães · Neurônio – célula especializada do sistema nervoso, composta por axônio e corpo celular, com a função de transmissão dos impulsos elétricos para levar informações pelo corpo. · Os axônios são revestidos por bainha de mielina para que a passagem no impulso seja feita de forma mais rápida e eficiente · A bainha de mielina é produzida pelos OLIGODENDRÓCITOS · Se houver alguma doença desmielinizante, e/ou que atinja os oligodendrócitos, a transmissão nervosa ficará comprometida, como por exemplo no caso da cinomose · Astrócitos – são células de defesa relacionadas aos vasos sanguíneos · Qualquer doença que chegue aos vasos sanguíneos do encéfalo vai provocar hipertrofia dos astrócitos, como por exemplo, o quadro de astrocitose devido a uma encefalopatia hepática · A doramectina e a abamectina não podem ser utilizados nem em indivíduos jovens nem em cães dolicefálicos (focinho grande), pois estes possuem falhas na barreira hematoencefálica, e o fármaco pode atravessar mais facilmente, lesionando os astrócitos e provocando problemas neurológicos · Migroglia – são células de defesa que agem frente a um problema infeccioso · Quando ativadas, tomam a forma de macrófagos arredondados e expandidos, à semelhança dos macrófagos visualizados nos outros tecidos do corpo · Células do plexo coroide – a função dessas células é a produção de líquor · São células epiteliais que ficam perto dos ventrículos · Esse líquor vai nutrir o encéfalo e proteger de ações mecânicas · Células ependimária – são células ciliadas para manter o líquor circulante · Um cisticerto, uma neoplasia ou qualquer coisa que impeça desse líquor circular vai provocar uma hidrocefalia · GHR – Gânglio trigeminal, Hipófise e Retimiriable carotídea · GT – importante para o diagnóstico de todas as doenças que cheguem ao encéfalo por fluxo axonal retrógrado, como por exemplo no caso da raiva · Na raiva, 70% dos casos tem corpúsculo de inclusão, e 93% desses corpúsculos estão no GT · RC – emaranhado de vasos que promove um remanço sanguíneo ao redor da hipófise. · Para suspeita de febre catarral maligna essa região deve ser colhida · Material para virologia e bacteriologia · Fragmento do telencéfalo (córtex) · Cerebelo · Tálamo · Medula oblonga caudal ao obex · Esse material deve ser enviado ao LACEN para que lá faça o teste de imunoflorescência para o diagnóstico de raiva · O material deve ser enviado refrigerado · O resto do encéfalo deve ser enviado para a histopatologia fixado em formol · O formol deve ser de 10%, com uma proporção de formol 10x o peso da amostra ALTERAÇÕES POST-MORTEN E ACHADOS SEM SIGNIFICADO · As alterações post-mortem processam-se com rapidez no tecido mal perfundido ou imerso tardiamente no fixador · Necrose – a depender do tempo de colheita do material, já pode-se encontrar bolhas de putrefação · A depender da enfermidade, ainda é possível obter um diagnóstico · Melanose – pode ser encontrada em meninges de animais que possuem manchas na pele · É mais difícil quando o animal estava em estágio comatoso, porque está relacionado com à lesão no córtex provocando uma área de malácia/necrose · Reação idiossincrática em equinos, relacionada com o envelhecimento, é a deposição progressiva de cristais de colesterol nos plexos coroides, a qual induz reação de células gigantes e a formação de granuloma de colesterol ou colesteatoma, podendo levar a uma hidrocefalia adquirida, com relatos de convulsões PORTAS DE ENTRADAS · Extensão direta · Trauma vertebral – vacina contra febre aftosa, caso seja feita na região lombossacra, pode fazer um granuloma que invade e compromete a vertebra; pode acontecer em casos de corte de rabos de suínos e ovinos · Infecção auricular – pode acontecer em cães e ovinos por diversas causas · Começa com otite externa, que evolui para otite interna, evoluindo para síndrome vestibular, e por extensão pode chegar ao encéfalo · Extensão da cavidade nasal – lesões dermatológicas como a pitiose equina pode chegar ao encéfalo pela cavidade nasal · Osteomielite · Hematógena · Como em qualquer outro sistema, esta é uma via importante de chegada de enfermidades. Contudo, deve sempre lembrar da barreira hematoencefálica · Transporte axonal retrógrado · Passagem de leucócitos – podem acabar levando patógenos ENFERMIDADES NÃO INFECCIOSAS · RAIVA · Doença que mais mata bovinos, além de ser uma zoonose fatal · Vírus do gênero Lyssavírus, da família Rhabdoviridae – Vírus de RNA envelopado · Como o vírus não atinge o hipocampo no bovino, esta doença não provoca alterações de comportamento nesta espécie, tendo apenas uma doença paralítica · Ciclos da doença – Rural, urbano, silvestre, aéreo · Urbano – cães e gatos transmitem a doença 5 a 10 dias antes de manifestarem os sinais da doença; é o ciclo mais controlado no brasil · Silvestre – nada se sabe · Rural – é importante, mas não se conhece o período de transmissibilidade do vírus · Aéreo – é feito pelo único morcego hematófago (Desmodontinae Phyllostomidae) · O morcego transmite e morre da doença · Surto de raiva irregular · A transmissão é por saliva, mas também pode acontecer por via aérea em locais com grande população de morcegos como em cavernas · Morcegos não hematófagos também são capazes de transmitir o vírus da raiva · O vírus é transmitido quando a saliva entra em contato com a saliva ou com as mucosas · Em locais com grande infestação de morcegos, a transmissão também pode acontecer por via aérea por contato com partículas do vírus · Sinais clínicos · Cães – Ataxia, paralisia, paresia, raiva furiosa, agressividade, paralisia de mandíbula, língua e faringe, dificuldade de deglutição, sialorreia, broncopneumonia por falsa via · Bovinos – principalmente na forma paralítica, incoordenação de membros pélvicos, paresia e paralisia flácida, paralisia de cauda e do esfíncter anal, hipoestesia da região pélvica, sialorreia, cegueira, bruxismo, tremores musculares na região da cabeça, e opistótono · Macroscopia – Hiperemia das leptomeninges, broncopneumonia aspirativa, ganglioneurite; · Na raiva furiosa podem aparecer lesões traumáticas decorrentes do comportamento agressivo · Microscopia – meningoencefalite e mielite não supurativa com ganglioneurite cranioespinal · Corpúsculo de Negri · A confirmação pode ser feita por imunoflorescência ou imuno-histoquímica · Uma vez inoculado no hospedeiro, a fase inicial consiste em se multiplicar nas fibras musculares locais · Depois, invade as terminações nervosas dos neurônios motores e seguem pro fluxo retrógrado · No SNC, segue a migração anterógrada para nervos periféricos, podendo atingir todos os órgãos · O período de incubação é bastante variável, assim como os sinais clínicos que os animais podem apresentar · O período de incubação é o tempo que o vírus leva para chegar no encéfalo, e por isso vai depender do local do ataque, por questão de proximidade com o encéfalo · Mão, pé e pescoço são os piores locais, por questão de proximidade e de possuírem grande rede de nervos · No bovino, o vírus da raiva ataca o cerebelo, alterando as questões de movimentação, se manifestando como uma doença paralítica · Em geral, o tempo de evolução é de 7 a 10 dias; Há relatos para tempos de evolução maiores e menores · O animal acometido fica em estado comatoso, mas ativo e ligado nos movimentos ao redor dele · No cão, como o vírus da raiva ataca o hipocampo, local onde está o sistema límbico que controla o comportamento, a manifestação da doença vai se com alterações de comportamento como a agressividade · No equino, o vírus se aloja e ataca a medula, e por isso o curso da raiva em equinos é com sintomas de cólica · O vírus provoca uma inflamação na glândula salivar (adenite) · FORMAS DE DIAGNÓSTICO · Os métodos oficiais de diagnóstico do vírus da raiva são a imunofluorescênciaindireta e a inoculação em camundongos · Outros métodos são o ELISA, o PCR · Diagnóstico histológico através da observação de corpúsculos de inclusão · Imunohistoquímica – melhor, mais rápida e mais barata; responsável por fechar o diagnóstico quando há dúvida na histologia · DIAGNÓSTICOS DIFERENCIAIS · Bovino – Encefalopatia hepática, BHV-5, Botulismo, Listeria, Tétano, intoxicação por chumbo, poliencefalomalácia, FCM, pseudoraiva · Equinos – encefalomielite viral, encefalomielite por protozoários · BHV-5 · Herpesvírus bovino do tipo 5 · A doença pode ser confundida com raiva, pseudorraiva, poliencefalomalácia, intoxicação por chumbo e intoxicação por sal · Doença esporádica que afeta, de preferência bezerros, sendo fatal para eles – principalmente animais entre 2 e 24 meses de idade, podendo ser até 3 anos · Morbidade baixa com 100% de letalidade · Condições de estresse, como fome, manejo, transporte são cruciais para o início das manifestações · Vírus DNA de cadeia dupla envelopado · Bovinos são hospedeiros naturais; já houve detecção no soro de ovinos · Os sinais neurológicos consistem em incoordenação, cegueira, tremores musculares e morte em 4 a 5 dias depois do início dos sinais · Anorexia, corrimento nasal, ocular, depressão profunda, nistagmo, opistótono, tremores, marcha para trás ou em círculos, andar cambaleante, convulsões e quedas · Pode haver dificuldade de ingestão de água, de alimentos, cegueira, ranger dentes · Curso de 4 a 15 dias, geralmente com desfecho em morte · PI – 10 a 15 dias · O período de transmissão é de até 17 dias pós infecção, por secreções nasais. Isto pode ser um problema porque os animais só manifestam a doença quando param de transmitir, o que pode ser um problema para o controle desta doença · Etiopatogênese – a contaminação acontece pela mucosa nasal, evoluindo pelo trato olfatório, chegando ao encéfalo, onde provoca lesão no córtex frontal · Sinais clínicos – febre, depressão, corrimento nasal e ocular, incapacidade de apreensão, andar em círculos, cegueira, choque contra obstáculos, paralisia da língua, opístotono, incoordenação, decúbito, pressão da cabeça contra parede (a lesão é no córtex frontal), assimetria de face, desvio lateral de cabeça, sialorreia · Macroscopicamente, pode não haver lesões específicas · Hiperemia das meninges · Malácia do córtex telencefálico, que pode apresentar áreas amareladas ou acinzentadas · Pode haver cavitação da substância cinzenta · Pode ser visto o achatamento das circunvoluções cerebrais, protusão do cerebelo através do forame magno, congestão de vasos meníngeos, aumento do LCR ou malácia · Hemorragia submeníngea · Em bezerros – ulcerações no sistema digestório, aboamso, rúmen, hepatomegalia, pericardite e pneumonia · OBS: nas outras doenças do sistema nervo a macroscopia na necropsia, não ajuda muito, mas nesse é bem específica · Achados microscópicos · Meningoencefalite não supurada difusa · Áreas de malácia, com infiltração de células gitter · Corpúsculos de inclusão eosinofílicos intranucleares em astrócitos e neurônios – só em casos rápidos · Encefalite com necrose neuronal, edema, tumefação do endotélio vascular, inflamação linfoplasmocítica · Diagnóstico por H&E, PCR, imuno-histoquímica, isolamento; a necropsia junto com a epidemiologia já são suficientes para o diagnóstico · FEBRE CATARRAL MALIGNA · Doença aguda, pansistêmica, fatal de bovinos e outras espécies de ruminantes · Doença linfoproliferativa · Rhadinovirus · Caracterizada por lesões necrótico-ulcerativas na maioria das mucosas e cursa com distúrbios cutâneos, digestivos, respiratórios, neurológicos e oculares · Provoca arterite linfocítica com subsequente necrose; portanto, os sinais clínicos podem variar de acordo com os órgãos mais severamente afetados · Pode ocorrer nas formas hiperaguda, aguda ou crônica · Ocorre de forma esporádica ou em surtos · Etiologia – herpes vírus associado ao gnu (AVH-1) ou ao ovino (OvHV-2) · Em situações onde há consorciação da criação de ovinos e bovinos, com ovinos em época em parição · Bovinos com vírus de ovinos – ovinos não adoecem · Sinal patoguinomônico – rede miriática carotídea com vasculite e necrose fibrinóide · Estomatite erosiva e/ou ulcerativa · Microscopicamente – infiltração de linfócitos ao redor e na parede de artérias de pequeno a médio calibre · Na parede dos vasos afetados pode haver necrose, acúmulo de material fibrinoide e trombose · ARTRITE-ENCEFALITE CAPRINA – CAE · Causada por um RNA-vírus – Lentivirus, Retroviridae · A via de infecção mais importante é a oral, pela ingestão de colostro · A via respiratória e o contato com o sangue também são considerados fundamentais · O vírus CAE penetra no organismo pela mucosa GI ou pelas vias respiratórias, onde ocorre sua primeira replicação, e em seguida sua disseminação · Vírus com tropismo por células do sistema monocítico fagocitário – meio de distribuição e replicação viral · Como o vírus se liga a células do sistema imune, ele acaba promovendo a ocorrência de infecções crônicas · Maioria das infecções são subclínicas · Sinais clínicos – articular em animais adultos e neurológica em animais jovens · Articular – artrite degenerativa crônica · Respiratória – dispneia, pesa da condição corporal; pneumonia intersticial focal ou difusa; hiperemia e espessamento dos septos interalveolares · Mastite aguda ou crônica · Neurológicos – torcicolo, perda de equilíbrio, paresia e paralisia de maneira progressiva · Jovens – leucoencefalomielite · Inflamação leucocítica da substância branca do encéfalo e da medula; essa inflamação vai se traduzir nos sinais clínicos · Morte em 3 a 8 meses; também podem sobreviver por anos · Micro – infiltração e hiperplasia linfoide; acúmulo de plasmócitos em articulações, pulmões, SNC e glândula mamária · Infiltração de células inflamatórias mononucleares na substância branca e desmielinização · Evolução de forma lente e progressiva, com lesões inflamatórias crônicas ou processos degenerativos do órgão ou sistema infectado · É fácil identificar essas alterações quando o animal está morto, na microscopia. O complicado de fechar o diagnóstico é se não tiver um quadro neurológico, como no caso dos animais adultos pois o animal terá só artrite e pneumonia e aí as causas são múltiplas. · Diagnóstico por testes sorológico – IDGA, ELISA, histopatológico não é conclusivo, imuno-histoquímica, PCR · PERITONINE INFECCIOSA FELINA (PIF) · Doença viral, imunomediada, fatal, de distribuição mundial · Acomete gatos de qualquer idade – mais entre 6 e 24 meses e acima de 13 anos · Coronavírus felino, família Coronaviridae · Possui duas apresentações clínicas – tem a ver apenas com características clínicas, se o animal vai acumular líquido ascético/torácico ou não · PIF exsudativa ou úmida – reação humoral intensa, com reação celular fraca; formação sistêmica de imunocomplexos; vasculite, alteração da permeabilidade vascular, intensa exsudação cavitária; peritonite e/ou pleurite difusas · Quantidades variáveis de líquido viscoso, amarelado e translúcido, eventualmente contendo flocos de fibrina; · Deposição de exsudato esbranquiçado nas serosas parietais e viscerais, e de placas necróticas disseminadas · Micro – inflamação fibrinosa, com camada variável de fibrina que sobrepõe neutrófilos, linfócitos, macrófagos · PIF seca ou não exsudativa – lesões piogranulomatosas em diversos órgãos · Macro – múltiplos nódulos salientes · Micro – granulomas ou piogranulomas perivasculares, associados à vasculite ou trombovasculite sistêmica · A manifestação de PIF é esporádica, acontecendo mais em animais com a resposta imune celular ineficiente · Transmissão do vírus por ingestão ou por aerossóis; transmissão transplacentária também é citada · Após a infecção, o vírus se replica nas tonsilas ou no epitélio do topo das vilosidades intestinais, e a partir daí, infecta os macrófagos; Depois, se dissemina via sistema monocítico fagocitário, alcançando o fígado, baço e os linfonodos viscerais · Vírus tem predileção por vasos · Manifestação da doença vai serinfluenciada por favores como a amostra, carga viral, rota de infecção, idade e imunocompetência do hospedeiro · Epidemiologia marcada por alta densidade populacional, porque o vírus é disseminado pelas fezes · O envolvimento do SNC está presente em 60% dos casos da forma não efusiva da pif · Lesões piogranulomatosas nas leptomeninges, na substância branca e na medula · Pode lesar os vasos do SNC – primeiro quadro convulsivo, depois comatoso · CINOMOSE · Vírus da cinomose canina – CDV (Morbilivirus, Paramyxoviridae) – envelopado e pouco resistente no meio ambiente · Essa subfamília é a única que faz corpúsculo de inclusão tanto nuclear, no encéfalo, quanto citoplasmática (resto do corpo) · Vírus Panepiteliotrópico – atração por todos os epitélios · Tem uma afinidade particular pelos tecidos linfoides e epiteliais, pelo SNC e pelo olho · Marcada linfopenia e depressão da atividade macrofágica · Propagado entre os cães por aerossóis · Infecção dos macrófagos locais da mucosa nasal · Tratamento pode ser feito com RIBAVIRINA + tratamento de suporte · Outras lesões – hipoplasia do esmalte dentário e hiperplasia dos coxins plantares (hiperceratose); pneumonia bronquiointersticial · Atingem cães de qualquer idade, porém 90% dos casos os cães têm até 1 ano de idade · A doença sistêmica é caracterizada pelas lesões em diversos epitélios – dermatite pustular, conjuntivite, gastrenterite, broncopneumonia mucopurolentas · Provoca encefalopatia desmielinizante – pode ser aguda após doenças sistêmicas em cães jovens ou crônica em animais adultos e idosos · O quadro clínico depende do estado imunológico, da idade do animal e da estirpe do vírus · Sinais clínicos neurológicos – Mioclonias, ataxia, convulsão, salivação excessiva, incoordenação, andar em círculos, torcicolo · Os cães infectados desenvolvem sinais clínicos e lesões respiratórias gastrintestinais, dermatológicas, oftalmológicas e neurológicas, que podem ocorrer, sequencialmente, simultaneamente ou isoladamente · O vírus se replica nos oligodendrócitos, o que explica uma demielinização inicial – fase degenerativa aguda da doença · A reação crônica (bystander) consiste em provoca uma reação autoimune contra componentes da bainha de mielina · Os animais afetados pela forma nervosa manifestam sinais variáveis de ataxia e incoordenação motora – Miclonias dos músculos faciais, mastigatórios, cervicais e dos membros · Em alguns casos, os cães podem ter convulsões · Lesões macroscópicas – amolecimento e aspecto pálido ou acastanhado até francas áreas de hemorragia · Sempre colher pulmão, estômago, bexiga – procurar corpúsculos de inclusão · Micro – desmielinização, mieloencefalite não supurativa com manguitos perivasculares linfohistioplasmocitários, glicose, astrocitose, malácia, corpúsculos de inclusão eosinofílicos intranucleares · Diagnóstico pode ser feito por imuno-histoquímica ENCEFALITES BACTERIANAS · LISTERIOSE · Doença bacteriana ubíqua e zoonótica · Bactéria gram positiva do gênero Listeria – L. monocytogenes; preferência por locais com matéria vegeral em degradação · Pode provocar mastite, aborto, meningite, meningoencefalite (devido à septicemia) · A principal via de transmissão é a contaminação por alimentos · A bactéria vai entrar no animal por algum trauma – castração, capim, medicação · Acomete principalmente pequenos ruminantes · Acontece principalmente no fim do inverso e início da primeira, em animais alimentados com silagem de má qualidade – isso não acontece muito no brasil · A epidemiologia brasileira está mais envolvida com surtos · PI – 3 semanas · Período que ela leva para chegar no tronco encefálico a partir de fluxo axonal retrogrado, que é de onde saem os nervos cranianos. Assim, os sinais clínicos vão variar a depender dos nervos acometeidos · A bactéria migra, através de axônio sensoriais por fluxo axonal retrógrado para o gânglio trigeminal, e então para dentro do cérebro/medula; ou por via axônios motores diretamente para o mesencéfalo e medula · Evolução – 7 a 14 dias, em geral 10 · Acomete aniamis de todas as idades · Sinais clínicos – depressão, fechamento assimétrico da mandíbula, estrabismo, ptose palpebral, paralisia facial, nistagmo, andar em círculos, disfagia, paresia e paralisia da língua, queda da orelha e pálpebra, paralisia do lábio superior; hipersalivação e dificuldade de apreender, mastigar e deglutir os alimentos · São sinais assimétricos · Micro – Inflamação por células mononucleares · Microabcessos – acúmulo de células sem membrana piogênica · Macro – meninges hiperêmicas e opacas, LCR turvo; pode haver áreas de malácia · Diagnóstico por sinais clínicos, dados epidemiológicos e análise do LCR (hiperptroteinemia e pleocitose de mononucleares · BOTULISMO · Doença grave decorrente de intoxicação alimentar por exotoxinas do Clostridium botulinum · Bacilo anaeróbio, gram positivo, formador de esporos · Amplamente distribuído na natureza · Proliferação em material orgânico · As espécies mais acometidas são bovinos, aves e equinos · Bovinos se contaminam com lambedura de ossos em pastagens, ingestão de resto de cadáveres e de água com matéria orgânica, forragens e cama de aviário – pode ser decorrente da deficiência de fósforo. · Caracterizado por uma paralisia flácida causada pelas neurotoxinas que vão de A-G, tendo como mais importante a C e D · Quando a toxina é ingerida, ela bloqueia a ligação a ACh com o receptor na junção neuromuscular, provocando uma paralisia flácida – animal encontrado em decúbito esternal · Epidemiologia envolvendo aves silvestres, carência de fósforo e alimentos contaminados · Sinais clínicos – horas ou dias pós contaminação; curso pode variar a depender da dose ingerida · Fase inicial – incoordenação, ataxia, anorexia, paralisia flácida progressiva, decúbito e respiração abdominal · Dificuldade de respiração e deglutição · Língua pode ficar exposta · Acúmulo de alimentos na boca e sialorreia · Morte pode ser em menos de 2 dias, e prolongar a 7 dias ou mais · Não há lesão específica · TÉTANO · Caracterizada por graves espasmos musculares paralisantes causada pela toxina produzida pelo Clostridium tetani, que possui ampla distribuição pelo ambiente · O início do processo ocorre em ferimentos, decorrentes de ação traumática, com instalação do bacilo. · Se houver um ferimento profundo, certamente haverá ambiente de anaerobiose, que favorece o desenvolvimento do clostridio · Multiplicação bacteriana e posterior esporulação · Liberação das toxinas bacterianas – absorção local · A neurotoxina liga-se a terminações nervosas e segue fluxo retrógrado, adentrando o SNC · Tetanoespasmina – impede a liberação do GABA e glicina, impedindo a inibição de estímulo, levando a uma contração muscular, rigidez e tetania · O tempo de instalação é variável – geralmente 7 a 21 dias · Evolução do quadro acontece em poucos dias · Sinais clínicos – posição do animal em cavalete, hiperexcitabilidade, trisma mandibular, andar cambaleante, protusão de terceira pálpebra, midríase, sudorese, hipertermia, narinas dilatadas, cauda em bandeira, sorriso sardônico · Timpanismo, opistótono · Morte por insuficiência respiratória · Necropsia – consequências da rigidez muscular, protusão de terceira pálpebra e talvez o ferimento; cianose das mucosas · Não são encontradas alterações macroscópicas e histológicas no sistema nervoso · Outras toxinas · Tetanoespasmina – espasmo muscular · Tetanolisina – aumento da quantidade de necrose tecidual · ABCESSOS CEREBRAIS · Acontece principalmente em animais jovens, em geral com menos de 1 ano de idade – deficiência da imunidade · As espécies mais acometidas são os ruminantes, porém suínos e potros também podem ser afetados · As bactérias podem fazer abcessos no encéfalo, secundário a um foco inicial em qualquer parte do corpo · Vias · Hematógena · Lesões penetrantes · Extensão lesão supurativa adjacente · Via de nervo periférico · Divisão em intrameningeos e extrameningeos – abaixo ou fora da meninge; os que estão fora, normalmente vem da compreensão externa · Bactérias – Truepurellapyogenes, Staphylococcus aureus, E. coli, Streptococcus spp., Fusobacterium necrophorum, Pseudomonas spp. · Pode ser secundário a corte de cauda, oestrus ovis, tabuleta nasal, onfaloflebite · A infiltração bacteriana desencadeia hiperemia, infiltração de neutrófilos e necrose focal; posteriormente há linfócitos e macrófagos · Sinais clínicos – depressão, incoordenação, ataxia, opistótono, decúbito e pedalagem · Necropsia – pus dentro do encéfalo, exsudato amarelo semi-sólido, abcesso na pituitária, proliferação de tecido conjuntivo · POLIENCEFALOMALACIA EM RUMINANTES · Necrose da substância cinzenta · Pode estar associada à deficiência de tiamina; enxofre e sulfato em excesso, intoxicação por chumbo, privação de água (intoxicação por sódio), deficiência de cobalto, ingestão de cadáveres, BHV-5, Intoxicação superaguda por Phalaris spp., Ingestão de melaço · Para ruminantes, dietas ricas em carboidratos, provenientes de grãos e melaço, e dieta que contenha altos níveis de ureia, podem levar a um aumento na concentração de tiaminase, levando a uma baixa na concentração de tiamina · Ou em qualquer situação que o rúmen não funcione direito – timpanismo, acidose · Sinais clínicos – cegueira total ou parcial (compreesão do quisma óptico), andar incoordenado, paralisia da língua, opistotono e nistagmo, agressividade e excitação, decúbito · Necropsia – edema de encéfalo (Achatamento das circunvolução e expulsão do cerebelo ou erniação cerebelar) · Diagnóstico por achados histopatológicos, epidemiologia, quadro clínico, necropsia, resposta a tratamento com tiamina · LEUCOENCEFALOMALACIA DOS EQUINOS · Necrose da substância branca · Doença grave e fatal · Decorrente da ingestão de alimentos, em geral milho, que contenham a micotoxina fumonesina B1, produzida pelo fungo Fusarium verticillioides · Inibição da ceramida-sintetase · Rompimento de esfingolipídeos · A instalação de sinais clínicos é súbita, havendo rápido agravamento das manifestações clínicas e morte dentro de poucas horas, e até 3 ou 4 dias · Sinais clínicos – febre, icterícia, sinais neurológicos, ataxia, sonolência, fraqueza, cambaleio, andar em círculo, paralisia faríngea parcial ou total, apoio da cabeça em objetos, disfagia, dificuldade de se alimentar · Necrose da substância branca e edema – achatamento das circunvoluções · Amolecimento do encéfalo · Pode ter lesões também no tronco encefálico, cerebelo e medula espinal · INTOXICAÇÃO POR SAL EM SUÍNOS · Alta ingestão de soro de leite – tem grande quantidade de sal · Principalmente em situações com privação de água · Fatores pré-disponentes · Ingestão de quantidades excessivas de cloreto de sódio · Ingestão de concentrações normais, com privação de água · Altos níveis de sódio no líquor – edema encefálico · Complicações devido ao edema cerebral · Os altos níveis de sódio no SNC levam ao acontecimento de glicólise anaeróbia · Compressão das circunvoluções do cérebro · Necrose e herniação cerebral · Geralmente acontece em lote · Começo com sinais corticais · Evolução clínica de 2 dias – morte em 2 dias · Dificuldade de resolução – já houve morte dos neurônios e não tem como tirar o sal de dentro, só o líquido · Eosinofilia cerebrocortical – Meningoencefalite eosinofílica · Necrose laminar neuronal + edema · PLANTAS TÓXICAS · Acúmulo lizossomal · Lizossomo – centro metabólico da célula; plantas interferem na digestão lizossomal · Geralmente em situações de fome · Animais se tremem, não conseguem se locomover, caem e morre; ataxia · Solanum fastigiatum – jurubeba; acúmulo de gordura · Sida carpinifolia – vassoura preta · Ipamoea carnea e I. sericophyla, I. ridelli – acúmulo de oligossacarídeos · Sida acuta · Turbina cordata · Animais com tremor de tensão · Prasopis juliflora – algaroba; quando a dieta é mais de 50% de algaroba por 6 meses; doença da cara torta, problemas no masseter; degenera nervo facial; perda de peso, não consegue se alimentar · Ipomoea asarifolia · Só é tóxica para caprino · Doença termogênica – animais ficam tremendo · Morte · Micro – acúmulo lizossomal PATOLOGIA DO SISTEMA RESPIRATÓRIO · ESTRUTURA E FUNÇÃO · Sistema condutor – cavidade nasal, seios paranasais, faringe, laringe (filtração mecânica e aquecimento), traqueia, brônquios · Sistema de transição – Formado por bronquíolos que servem como zona de transição entre o sistema condutor (ciliado) e o sistema de troca de gases (alveolar) · Sistema de troca de gases – Formado por dutos alveolares e alvéolos; Revestido por dois tipos de células epiteliais (pneumócitos tipo I (membranoso) e tipo II (granular)) · MECANISMO DE DEFESA · Tosse e espirro – Mecanismos e reflexos que proporcionam a eliminação mecânica de partículas estranhas · Lençol mucociliar (traqueia, brônquio, bronquíolos) – recobre o sistema de condução com uma camada de muco, a qual se move no sentido da laringe através do movimento dos cílios das células ciliadas do SR · Macrófagos alveolares, macrófagos intravasculares – fagocitam e removem bactérias, pó, pólen, esporos, carvão, eritrócitos oriundos de hemorragia intraalveolar · Tecido linfoide associado aos brônquios – Produzem anticorpos e facilitam o processo de fagocitose de agentes infecciosos pela opsonização · LESÕES – Vias de acesso · Aerógena – tudo que venha por via aérea · Lesão hematógena – capilares são finos e prováveis de ser comprimidos · Por extensão direta · ANOMALIAS CONGÊNITAS · Palatosquise · Queilosquise · ALTERAÇÕES CADAVÉRICAS · Sangue ou digesta DOENÇAS DA CAVIDADE NASAL · Alterações circulatórias · Comuns devido à irrigação intensa da mucosa nasal · A hiperemia da mucosa nasal não deve ser considerada patológica, a menos que esteja associada ao acúmulo de exsudato, a erosões ou a ulcerações da mucosa · Epistaxe – hemorragia nasal, com provável causa do trato superior; normalmente é unilateral; doença da veia cava · Possíveis causas – trauma, exercício intenso em equídeos, inflamação, neoplasias, diáteses hemorrágicas, micose da bolsa gutural, trombose da veia cava caudal em bovinos · Hemorragias nasais também podem estar associadas à trombocitopenia, deficiência de vitamina K, intoxicação por dicumarínicos, intoxicação aguda por samambaia, septicemias · A origem do sangue não é necessariamente da cavidade nasal · Síndrome da veia cava · Acidose lática – Ruminite – F. necrophorum e A. pyogenes – Abcessos hepáticos – Infiltram a parede da veia cava – Êmbolos sépticos – Pulmão por circulação – Êmbolos menores, abcessos, arterite – Associados a hipertensão resultam em aneurisma – Aneurismas rompem – Hemoptise fatal · Micose por Aspergillus sp. na bolsa gutural de equinos pode resultar em intensa hemorragia e epistaxe, que pode levar à morte por choque hipovolêmico · Hemoptise – tosse com sangue; cuspe com sangue; trato respiratório inferior; tuberculose · Hematoma etmoidal – cavalo velho, idiopático; Sangramento pela narina; hematoma no etmoide; morte · RINITES · Curso – Agudas, crônicas, crônica ativas · Agudas – exsudação · Crônica – alterações proliferativas; pode resultar na formação de pólipos nasais · Exsudato – serosa, catarral, catarral-purulenta, purulenta, hemorrágica, fibrinosa, fibrinonecrótica e granulomatosa · Serosa – exsudato translúcido e líquido; desconforto respiratório e espirro; mucosa nasal hiperêmica e edemaciada · Catarral – exsudato mais viscose, rico e muco; hiperemia e edema na mucosa · Catarral purulenta – casos de cinomose · Purulenta – grande acúmulo de neutrófilos e células epiteliais de descamação; geralmente associada a casos com infecção bacteriana; erosão e hiperplasia regenerativa do epitélio e até ulceração da mucosa; Garrotilho em equinos · Hemorrágica – quando tem sangue no exsudato inflamatório · Fibrinosa – formação de placa de fibrina, células inflamatórias e restos celulares; Vírus da rinotraqueíte infecciosa bovina (herpes-vírus bovino tipo 1); rinite viral em leitões lactentes, causada por citomegalovírus · Fibrinonecrótica – placa de fibrina aderida à mucosa ulcerada; Difteria dos bezerros causada por Fusobacterium necrophorum · Granulomatosa– processo inflamatório crônico, geralmente associada a fibrose; Conidiobolus spp. (material de aspecto granular, friável, amarelado na região etmoidal, que pode se estender até a órbita, placa cribiforme e seio frontal, causadndo exoftalmia e assimetria craniofacial); Aspergilose, criptococose e tuberculose bovina · ALTERAÇÕES INFLAMATÓRIAS VIRAIS – RINITES VIRAIS · Infecções discretas e transitórias · Apatia, febre, tosse, corrimento nasal · Dificilmente leva à morte · Fêmeas prenhas e animais jovens – imunossuprimidos · Doenças de pouca importância clínica respiratória · Rinotraqueite infecciosa bovina (BoHV-1) · Mais importância reprodutiva · Fibrina e muco · Influenza equina (Ortomixovírus) · Rinopneumonite viral equina (EHV-1 e EHV-4) · Rinite com corpúsculo de inclusão em suíno (citomegalovírus) · Rinotraqueíte viral felina (FHV-1) · Cinomose – doença panepiteliotrópica · ALTERAÇÕES INFLAMATÓRIAS BACTERIANAS · Garrotilho por Streptococcus equi · Caracterizada por inflamação do trato respiratório superior e abscedação dos linfonodos regionais (mandibulares e retrofaríngeo) · Em alguns casos pode ocorrer o envolvimento do trato respiratório inferior, com o desenvolvimento de broncopneumonia supurada · Patogênese – aderência e internalização do patógeno em células epiteliais; intensa quimiotaxia de neutrófilos · A infecção ocorre quando equinos suscetíveis entram em contato por inalação com o alimento, exsudato ou gotículas de ar que contenham a bactéria · Lesões macro – grande quantidade de exsudato mucopurulento na cavidade nasal com hiperemia acentuada da cavidade nasal · Pus contaminado com bactérias · Período de verão, com bastante poeira · Principalmente animais jovens – 2 anos · Contato direto e contaminação ambiental (alimento, água, cama, utensílios) · Envolvido com estresse, superlotação, má nutrição, infecções virais, parasitismo · Rinite e linfadenite purulenta · Febre, Anorexia, depressão e corrimento nasal (seroso – purulento), região cervical dolorida e aumentada de tamanho · Complicação – epiema (pus) na bolsa gutural; pode levar a cavalo roncador; pode fazer disseminação hematógena · Outras – miocardide e púrpura hemorrágica · Disseminação hematógena – abcessos pastardos metastáticos em órgãos como pulmões, fígado, baço, rins, encéfalo e articulações · Alguns animais podem sofrer infecção e permanecer assintomáticos e sem o desenvolvimento de lesões – importantes para a manutenção do agente · Podem continuar eliminando por vários meses · Sequelas comuns – broncopneumonia por aspiração do exsudato, hemiplegia laríngea, paralisia fácil · Evolução média de 10 dias · Tratamento com antibióticos · Facilmente confundida com outras doenças · Relacionamento com alta temperatura · Corrimento nasal seroso · MORMO · Burkholdelia mallei – Bacilo, Gram-negativo · Doença crônica caquetizante · Acomete principalmente equídeos, mas também pode acometer felinos, caninos, carnívoros selvagens (ingestão de carcaça contaminada) · É uma zoonose · Fatores predisponentes – Aglomeração, higiene, má nutrição, excesso de trabalho, estresse, parasitismo, doenças concomitantes, asininos · A principal via de transmissão é a digestiva – animais ingerem secreção contaminada de outro animal; principalmente em situações de cocho coletivo · Transmissão pelo ar é pouco significativa · Via de eliminação é nasal · Lesões – começam como nódulos piogranulomatosos na submucosa, que ulceram e liberam grandes quantidades de exsudato com a bactérias · Depois, essas lesões curam e são substituídas por cicatrizes fibrosas tipicamente estreladas · Cicatriz estrelada no septo nasal – lesão patognomônico · Em alguns casos, os pulmões também contêm numerosos nódulos miliares pequenos, cinzentos, firmes distribuídos aleatoriamente em um ou mais lobos pulmonares através da corrente sanguínea · Cápsula de oligossacarídeos · Pouco resistente aos fatores ambientais – sobrevive de 1 a 2 meses no ambiente · Notificação obrigatória, sacrifício obrigatório sem indenização; a carcaça deve ser incinerada · Linfagite supurativa – lesão em rosário; pode ter úlcera · O pulmão sempre é acometido · Quem manifesta os sinais clínicos são os imunossuprimidos · Pode haver curso da doença de forma assintomático · Nódulos piogranulomatosos e úlceras na mucosa respiratória com corrimento nasal purulento · Cavalo ronca muito, tem febre · TESTES · Maleína – pouco sensível, e inespecífico · Fixação de complemento – exame de triagem · Weistein blot – teste mais evoluído; precisa ser repetido 3x caso dê negativo · Diagnóstico · Bacteriológico – material coletado de nódulos recentes · Provas sorológicas – fixação do complemento (possível de muito problema, sensibilidade de 70%) e do ELISA, westein blot · Provas moleculares – PCR · Teste de maleína – OIE · Alergena inoculado intradermo-palpebral · A aplicação subcutânea interfere no diagnóstico sorológico · RINITE ATRÓFICA DOS SUÍNOS · Bodertella bronchiseptica – começa a lesão e permite a proliferação da pasteurella · Pasteurella multocida D e A – prolifera e promove ação osteoblástica · Fatores como infecção pelo citomegalovírus (rinite viral dos suínos), ambiente adverso, gases nocivos e deficiência de cálcio · Atrofia dos septos nasais – Atrofia das conchas ou cornetos nasais · Desvio e encurtamento do nariz e dos ossos faciais · Cara torta · Corte entre 1º e 2º pré-molar – melhor método de diagnóstico · Desvio de septo · Espirros, tosse, descarga nasal · Microscopia – hiperplasia osteoclástica e osteopenia dos corneto · Doenças fúngicas · CONIDIOBOLOMICOSE EM OVINOS – Carcinoma etmoidal enzoótico · Retrovirus · Regiões secas ao redor de açude; índice pluviométrico de 1000 a 1600 · Surto · Até 40 % podem ser acometidos · 100% fatal – evolução pode levar até um mês · Na lesão rinofaringeana – dificuldade de respirar · Corrimento nasal serosanguinolento com pouco pus · Assimetria da cabeça – cabeça torta · Pode ter exolftalmia – fungo acomete linfonodo retrobulbar · Também pode provocar surdez do animal; além disso, pode acometer a placa cribiforme, levando a problemas neurológicos · Perda de peso, Febre · Disseminação por via hematógena · Lesão granulomatosa no fundo da cavidade nasal · Recomendação de remover os animais do pasto · PITIOSE RINOFACIAL · Provocada por um omíseto · Acomete cavidade nasal de ovinos · Ocorre de forma esporádica · Rinofacial · Não tem exoftalmia · Assimetria de cabeça · CRIPTOCOCOSE em Gatos · Cryptococcus neoformans e C. gati – C. gati não precisa que os animais estejam imunossuprimidos e está associado a matas de eucaliptos · Rinite granulomatosa em gatos – esporadicamente em cães e equinos · Macro – nódulos polipoides ou massas difusas com aspecto gelatinoso · Micro – intenso infiltrado inflamatório piogranulomatoso (macrófagos e linfócitos) · Comumente ocorre envolvimento pulmonar, como o desenvolvimento de nódulos friáveis de aspecto gelatinoso com distribuição multifocal no parênquima pulmonar · Pode estar associado a broncopneumonia supurada decorrente de infecção bacteriana secundária · Frequentemente há envolvimento de SNC, com desenvolvimento de meningoencefalomielite com abundância do organismo, e eventual envolvimento de outros órgãos · É uma zoonose · Lesão na cavidade nasal – usualmente em gatos e cães · Fungo é inalado · Fezes de pombos e morcegos · Produção de osteoblastos na cavidade nasal · Diferencial com CCE e esporotricose · Difícil tratamento – longo, dispendioso e pouco eficiente · Gatos sempre são positivos para FelV e FIv · Contaminação com fezes de pombo · DOENÇAS PARASITÁRIAS · Oestrose · Oestrus ovis · Não mata, mas gera inquietação · Provoca uma perda de peso · Ovos na cavidade nasal – ciclo direto · Não há inflamação associada · Praticamente impossível de tirar do ambiente · DOENÇA NEOPLÁSICA · Ossos – osteoma, osteossarcoma · Cartilagens – condroma, condrossarcoma · Tecido conjuntivo – fibroma, fibrossarcoma · Vasos sanguíneos – hemangioma, hemangiossarcoma · Tecido epitelial · São raros, mas estão mais associados à idade · Sinais clínicos· Corrimento nasal · Lacrimejamento · Deformidades faciais · Exoftalmia · Perda de dentes · Dificuldade respiratória · Pode desenvolver outros tipos de problemas respiratórios como sinusite e pneumonia · ALTERAÇÕES PROLIFERATIVAS · Hematoma etmoidal progressivo · Localmente destrutivo, mas não tem natureza neoplásica · Lesões líticas nos tecidos adjacentes FARINGE, BOLSA GUTURAL, LARINGE e TRAQUEIA · Corpo estranho – leva ao colapso respiratório · ANOMALIAS CONGÊNITAS · Síndrome das vias aéreas dos braquicefálicos · Refere-se à dificuldade respiratória causada pela estenose das narinas externas e pelo comprimento excessivo do palato mole · Bulldog, Boxer, Terrier de boston, Pug, Piquinês · Sequelas – edema nasal e laríngeo causado pela inspiração forçada, que levam à obstrução grave das vias aéreas superiores, à angústia respiratória e à intolerância ao exercício · Colapso e Estenose de traqueia – achatamento dorsoventral da traqueia · DOENÇAS DEGENERATIVAS · Edema de glote · Reação de anafilaxia · Reação alérgica · Morte por colapso respiratório · Hipersensibilidade do tipo I · Hemiplegia laríngea dos cavalos · Lesão no nervo laringo-recorrente – epiema de bolsa gutural, inflamação crônica, guturicistite micótica, traumática · Atrofia · Gordura e fibrose · Cavalo roncador – perda de desempenho · ALTERAÇÕES CIRCULATÓRIAS · Hemorragia – geralmente do tipo petequial · Associado com frequência a doenças septicêmicas como a salmonelose e peste suína clássica · Também pode ser vista em quadros de hemorragia generalizada · Edema – acontece em casos de inflamação aguda, doença do edema em suínos (E. coli) e anafilaxia ou hipersensibilidade do tipo I (picada de abelha ou inalação de substâncias irritantes) · DOENÇAS INFLAMATÓRIAS · Importante por obstruir fluxo de ar e causar pneumonia aspirativa · A hiperemia da mucosa faringiana geralmente está associada à fase inicial ou aguda dos processos inflamatórios dessa região · Laringite necrosante · Fusarium necrophorum – por adm de vermífugos em bezerros · Guturocistite micótica · Aspergillus fumigatus · Sangramento por rompimento da carótida comum · Ingestão de feno com o fungo · Pode levar a epistaxe · Devido ao angiotropismo do agente, frequentemente ocorre necrose profunda com invasão de vasos sanguíneos pelo fungo, causando erosão vascular, epistaxe, e em alguns casos, tromboses, aneurismas e até ruptura da artéria carótida interna · Epiema · Secundário a garrotilho · Comprometimento do nervo laríngeo recorrente · Traqueobronquite infecciosa canina – tosse dos canis · Impressão costal · Pneumonia viral intersticial · Tosse dos canis – cachorros que vivem aglomerados · Infecto-contagiosa · Tosse seca – pneumonia intersticial; não produtiva · Bordetella bronchiseptica, adenovírus canino 2, vírus da parainfluenza canina · Acontece em surto · Letalidade muito baixa · Pode haver até uma traqueobronquite mucopurulenta · Uma causa importante de laringite em bovinos e suínos é a extensão da necrobacilose oral, causada pela infecção por Fusobacterium necrophorum – superfície amarela ou acinzentada, e circundada por área de hiperemia da mucosa · Em alguns casos, o processo inflamatório é de origem não infecciosa, na laringite necrótica iatrogênica, provocada por sonda, e nas traqueítes, decorrentes de traqueostomia · Neoplasias · Muito raro · Relacionado com proprietários tabagistas · Sinal clínico apenas quando obstruir respiração · Intoxicação por samambaia PULMÕES · NÃO LESÃO · Melanose · Linfonodos hemais · Bovino e cavalo – pleura mais espessa cranialmente · Aspiração agônica · LESÃO SEM SIGNIFICADO · Enfisema intersticial agonal – animal sofreu para morrer · Ruptura dos alvéolos · Antracose – acúmulo de carbono · Hipostase cadavérica · Respiração agônica · Colapso pulmonar devido à falta da pressão negativa no momento da necropsia · CORPOS ESTRANHOS – A aspiração ante morten de corpos estranhos está associada a alterações circulatórias na mucosa brônquica, como hiperemia, e em alguns casos, edema · ANORMALIDADES DA INFLAMAÇÃO PULMONAR · Atelectasia – congênita e adquirida · Hepatização pulmonar · Congênita – difusa, atelectasia pulmonar total, animais natimortos, pulmão não flutua na água · Adquirida – perda de pressão negativa do tórax; decorre da obstrução total de uma determinada via respiratória, quando a ventilação colateral não é suficiente; mais comum em bovinos · Compressiva – causada por lesões pleurais, mediastinais ou pulmonares que ocupam espaço na cavidade torácica, e consequentemente comprimem o parênquima pulmonar – hidrotórax, hemotórax, quilitórax, pleurite exsudativa com piotórax, neoplasias, pneumotórax · Morfologicamente é caracterizada pela condição na qual os alvéolos pulmonares encontram-se sem ar e sem nenhum outro conteúdo em seu interior · A área atelectásica tem consistência flácida com ausência completa de crepitação à palpação · Síndrome da aspiração de mecônio – obstrução de vias aéreas · Teste de boiar o pulmão · Adquirida · Compressiva – abcessos, tumores, timpanismo, hidrotórax, hemotórax, quilotórax, pneumotórax · Obstrutiva – diminuição do diâmetro das vias aéreas, edema e inflamação da mucosa, obstrução por tampões de muco, exsudato, material estranho, vermes pulmonares · Pulmão hipocrepitante e normal · Hemotórax – acúmulo de sangue na cavidade torácica · Hidrotórax – acúmulo de líquidos na cavidade torácica · ALTERAÇÕES CIRCULATÓRIAS · Congestão – secundário a ICC esquerda · Isquemia – pode ser decorrente de enfisema ou fibrose, e pode estar associada a à redução grave do volume sanguíneo; extremamente raro · Hiperemia – geralmente associada a processos inflamatórios agudos · Hemorragia – pode ser de fase agônica, principalmente perto da traqueia; observar resto do corpo; hipervolemia inatrogênica · Aumento da permeabilidade – inflamação, dano ao endotélio · Diminuição da pressão oncótica do sangue – má nutrição, hepatopatias, nefropatias, enteropatias, parasitismos · Redução da drenagem linfática – linfadenite, linfoma · São geralmente do tipo petequial · Causas – diáteses hemorrágicas, septicemias, toxemias, congestão intensa, ruptura de aneurisma, traumas, migração de larvas de ciclo hepatotraqueal, erosão de vasos em casos de processos de tromboembolismo séptico · Induzida por exercício em equinos · Edema pulmonar – cirrose, hipoalbunemia; devido ao soro intravenoso em altas quantidades, diminuição da pressão oncótica, obstrução da drenagem linfática · Embolia – devido à extensa rede capilar e grande aporte sanguíneo · As consequências do embolismo pulmonar dependem da natureza do material embólico · Trombose – em decorrência do embolismo, hipercoagulabilidade, estase sanguínea ou lesão do endotélio vascular; Mannheimia Haemolytica em bovinos · ALTERAÇÕES INFLAMATÓRIAS – PNEUMONIA · O curso da bronquite depende da natureza e persistência do agente causador, e pode ocorrer resolução completa, com reepitelização e ausência de fibrose · Na maioria dos casos, as consequências são discretas, mas podendo evoluir para broncopneumonia, broncoestenose ou bronquiectasia · Classificação das pneumonias – textura, aparência, distribuição e exsudação; usada para predizer a provável causa, porta de entrada e sequelas possíveis · BRONCOPNEUMONIA · Tipo mais comum de pneumonia · Comum em locais com alta densidade de animais; devido a qualquer fator que comprometa os mecanismos de defesa do pulmão, desidratação, frio excessivo, infecções virais, gases tóxicos, inanição, uremia, acidose, imunossupressão, doenças crônicas do pulmão e do coração · Origem do processo inflamatório na junção bronquíolo-alvéolo · Lesão ocorre na luz dos brônquios, bronquíolos e alvéolos – tosse produtiva · Caracterizada pela CONSOLIDAÇÃO CRANIOVENTRAL · Usualmente causada por bactérias e broncoaspiração · Frequentemente, infecções pulmonares virais sofrem complicação devido à infecção bacteriana secundária, e assim começam com pneumonia intersticial, e podem provocar uma broncopneumonia associada à pneumonia intersticial · As lesões mais crônicas sãocaracterizadas por maior quantidade de macrófagos e proliferação de pneumócitos tipo 2 · SUPURATIVA – sem presença de fibrina · FIBRINOSA – consolidação com presença de fibrina · MANHEIMIOSE PNEUMÔNICA · Febre dos transportes – associados com eventos estressantes · Bovinos e ovinos · O evento estressante permite a proliferação da Mannheimia haemolytica · Anorexia, tosse, secreção, febre e dispneia · Lesão vascular e produção de fibrina · Produz toxinas que necrosa os tecidos e mata os leucócitos – promove a formação de áreas de sequestro · Potencialmente fatal · Consolidação cranioventral · Evolução de 5 a 7 dias · Fibrina pode se desenvolver em fibrose, promovendo aderência e desenvolvendo problemas na respiração · Pode ter virose como fator predisponentes · Leucócitos em formato de grão de aveia · PLEUROPNEUMONIA SUÍNA · Formação de fibrina · Animais com dificuldade respiratória · Tosse, dispneia, anorexia, febre, sepse · Refugagem – febre, depressão · Actinobaccilus pleuropneumoniae · Disseminada por via respiratória · Áreas de sequestro – leucócitos e outras células · PNEUMONIA INTERSTICIAL · Lesão em parede alveolar (endotélio, epitélio e membrana basal) · O processo tem início nos septos alveolares, não ocorrendo envolvimento das vias respiratórias · Curso da doença é crônico, embora ocorra um estágio inicial agudo · Via de entrada – hematógena e aerógena · Inalação de gases tóxicos, fumaça, infecção virais · CID, endotoxinas, vírus · Áreas de consolidação difusa por todo o pulmão, principalmente nas porções dorsocaudais · Sequência de lesões – lesões difusas das paredes alveolares, breve período de exsudação, estabelecimento da fase crônica caracterizada por uma resposta proliferativa e fibrinótica · Ausência de exsudato – tosse seca não produtiva · Impressões das costelas · Vírus da cinomose (paramixovírus), vírus da PIF (coronavírus), vírus respiratório sincicial bovino, salmonelose septicêmica, toxoplasmose, vermes pulmonares, larvas de ascarídeos, lentivírus (CAE) · Não colapsa à abertura do tórax · Vermelho a cinza-pálido · INTOXICAÇÃO POR BATATA DOCE – Fungo da batata · Fusarium solani · Dispeneia, traquipneia, dificuldade respiratória, respiração rápida e curta · Tosse, sialorreia, dilatação das narinas · Morte em 3 dias · Posição ortopneica · Intersticio alveolar se rompe – Enfisema pulmonar · DICTIOCAULUS VIVIPARUS · Parasita que provoca inflamação da traqueia e interstício do pulmão · Bovinos e equinos · Ciclo direto · Ingestão de L3 · Dificuldade respiratória, posição ortopneica, febre, perda de peso · Tratamento com vermífugo simples · CINOMOSE · PNEUMONIA EMBÓLICA · Lesão hematógena · Arteríolas e capilares · Ocorre devido ao aprisionamento de êmbolos sépticos · Consequência da fixação de êmbolos sépticos provenientes de processos inflamatórios e infecciosos em outros órgãos, que atingem os pulmões por via hematogênica · Causas mais comuns – ruptura, abcessos hepáticos, onfaloflebite, endocardite valvular e linfadenite caseosa · Halo hiperêmico com centro pálido · SÍNDROME DA VEIA CAVA · Epistaxe · Começa com abcesso hepático · PNEUMONIA GRANULOMATOSA · Via hematógena ou aerógena · Microorganismos resistentes à fagocitose – inflamação crônica · Pulmões com aspecto nodular · Causas comuns – doenças, fúngicas, virais e bacterianas · Nódulos de tamanhos variáveis distribuídos pelo parênquima pulmonar · Micro – abundância de macrófagos com aspecto epitelioide, e frequentemente, células gigantes multinucleadas; quantidade variável de infiltrado linfocitário e fibrose · Curso crônico · TUBERCULOSE · É razão para eutanásia – ninguém morre de tuberculose · Zoonose · Mycobacterium bovis, M. avium, M. tuberculosis · Via de transmissão – respiratória · Locais com muita circulação de bovinos · Lesão granulomatosa nos linfonodos – bronquiais, mediastínicos e pulmão · As porções centrais dos nódulos contêm material necrótico caseoso, e às vezes, mineralizado · Deposição de cálcio – granuloma caseocalcário pulmonar · Teste da tuberculina – oficial · Ingestão – linfonodos mediastinicos são acometidos; múltiplos granulomas no fígado · Pode ter sinal neurológico · Maioria não tem sinal clínico · Perda de peso, debilidade, febre, anorexia, dispneia, tosse, corrimento nasal seroso/purulento · Linfadenomegalia · Queda de produção · Tratamento caro · Meios de diagnósticos · Tuberculinização · Cultura e isolamento · ELISA · PCR · Histologia / Necropsia · RODOCOCOSE · Lesão Piogranuloma pulmonar · Centro dos nódulos, que se assemelham com abcessos, contém grande quantidade de neutrófilos, enquanto, na periferia da lesão há predominância de macrófagos epitelioides e células gigantes com abundantes quantidades do organimsmo · Via aerógena · Rodococcus equi · Mais casos no verão · Tosse, deglute a bactéria – lesão intestinal · Atraso no desenvolvimento, febre · Bactéria reside no macrófago · Formação de pus · Principalmente pus · NEOPLASIAS · Principalmente metastático – quantidade de capilares · Carcinoma bronquialveolar – raro na veterinárai