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Henrique Cardoso 
1 
Roteiro 3 AES 10 
 
Objetivo 1: área motora primária (Martini, Bears) 
▪ O córtex motor é uma região circunscrita do lobo frontal. A área 4 
situa-se na região anterior ao sulco central, no giro pré-central, e 
a área 6 situa-se anteriormente à área 4 
▪ A área 4 é, atualmente, denominada córtex motor primário, ou M1 
▪ área 4, no giro pré-central, desencadeia uma contração dos 
músculos em uma determinada região do corpo no lado 
contralateral. 
▪ Investigações sistemáticas dessa região estabeleceram que há́ uma 
organização somatotópica no giro pré-central humano 
▪ A estimulação elétrica da área 6 poderia evocar movimentos 
complexos de ambos os lados do corpo. 
 
▪ Uma região lateral, que chamou de área pré-motora (APM), 
e outro em uma região medial, chamada de área motora 
suplementar (AMS) 
▪ Enquanto a AMS envia axônios que inervam diretamente 
unidades motoras distais, a APM conecta-se principalmente 
com neurônios reticulospinais que inervam unidades 
motoras proximais. 
▪ Há contribuição do córtex parietal posterior e do córtex 
somatossensorial (pois, antes de realizar qualquer movimento, 
precisamos estar cientes da nossa localização/distribuição no 
espaço e como se relaciona com o ambiente em volta do corpo) 
▪ A importância do córtex pré-frontal juntamente ao córtex 
parietal posterior se dá pela capacidade de “tomada de 
decisões” e previsão das consequências das nossas ações e 
movimentos, logo, possuem como função: organização do 
movimento mais apropriado para o momento, se deve ser 
realizado ou não e de que maneira deve acontecer. 
 
 
 
OBJETIVO 2: Núcleos da base ou gânglios da Base 
▪ Os núcleos da base consistem em núcleo estriado (caudado + putâmen) , globo pálido (formado pelo 
segmento interno, GPi, e segmento externo, GPe) e o núcleo subtalâmico. Além disso, podemos adicionar a 
substância nigra, uma estrutura mesencefálica conectada reciprocamente aos núcleos da base situados no 
prosencéfalo. 
 
Síndrome da Negligência: lesão decorrente de acidente vascular encefálico nas regiões do lobo parietal 
(principalmente nas áreas 5 e 7) que ocasionam distúrbios na noção de autoimagem corporal e situação no 
espaço. incapacidade do doente detectar, referir, orientar-se ou responder a estímulos 
apresentados do lado contralateral à lesão cerebral, na ausência de perturbações sensitivo-
sensoriais ou motoras elementares. 
 
Henrique Cardoso 
2 
▪ Estriado: separado pela capsula interna em putâmen e caudado. 
▪ Caudado: núcleo mais superior, contato íntimo com o ventrículo 
lateral, separado inferiormente do putâmen pela cápsula interna 
▪ Putâmen: núcleo mais lateralizado, localizado lateralmente ao 
segmento lateral ou externo do globo pálido 
▪ Globo pálido: núcleo medial ao putâmen, é dividido em dois 
segmentos: lateral ou externo (GPe) e medial ou interno (GPi) 
▪ Subtalâmico: localizado entre a substância nigra e o tálamo 
▪ Substância Nigra: localizado abaixo do núcleo subtalâmico 
 
 
 
 
 
 
Conexões do núcleo da base com o tálamo, vias e alças 
❖ Aferente 
• Os componentes dos núcleos da base podem ser divididos em três categorias: entrada, saída e núcleos 
intrínsecos 
• Os núcleos aferentes (núcleo estriado, composto pelos núcleos caudado, putâmen e accumbens) recebem 
conexões aferentes de regiões do cérebro (exceto dos núcleos da base), em particular o córtex cerebral, 
e, por sua vez, projetam para núcleos intrínsecos e de saída. 
• A maior parte do núcleo caudado participa no controle dos movimentos dos olhos e na cognição, 
enquanto o putame participa, na maior parte, do controle dos movimentos do tronco e dos membros 
 
❖ Eferente 
• Os núcleos eferentes projetam para regiões do diencéfalo e do tronco encefálico que não são parte dos 
núcleos da base. 
• Existem três núcleos de saída dos núcleos da base: o segmento interno do globo pálido, associado 
principalmente ao putame e ao controle do tronco e dos membros; a parte reticular da substância negra, 
principalmente envolvida na cognição e no movimento conjugado dos olhos com o núcleo caudado; e a 
porção anterior do pálido, importante para as emoções com o estriado anterior 
 
❖ Intrínsecos 
• Os núcleos intrínsecos são também localizados profundamente dentro da base do cérebro; as conexões 
deles são muito restritas para os núcleos da base 
• Os núcleos da base têm cinco núcleos intrínsecos: o segmento externo do globo pálido, a porção do pálido 
anterior (separada da parte de saída), o núcleo subtalâmico, a parte compacta da substância negra e a área 
tegmental anterior 
• Essas conexões são intimamente relacionadas com as entradas e saídas dos núcleos. 
 
Via Direta da Ação Motora 
• A via direta permite que os núcleos da base estimulem a iniciação de movimentos desejados 
• as sinapses das células corticais excitam células no putâmen, que fazem sinapses inibitórias em 
neurônios no globo pálido, que, por sua vez, fazem conexões inibitórias com as células do VLo 
• O neurotransmissor excitatório glutamato é usado nos neurônios corticoestriatais 
• o principal neurotransmissor dos núcleos da base é o ácido y-aminobutírico, ou GABA, que é inibitório 
• A ativação cortical do putâmen leva à excitação da AMS pelo VL 
• Os neurônios no segmento interno do globo pálido são espontaneamente ativos em repouso e, portanto, 
inibem tonicamente o VL. 
O núcleo lentiforme é a união do putâmen e 
do globo pálido (GPe e GPi) 
 
Henrique Cardoso 
3 
Já a ativação cortical, ou projeção dopaminérgica da substância negra compacta: 
1. excita os neurônios do putâmen 
2. inibem os neurônios GPi, 
3. liberando as células do VLo de sua inibição e tornando-as ativas. 
4. A atividade no VLo impulsiona a MAS 
5. Movimento voluntário acontece 
 
Via indireta da ação motora 
• Há também uma complexa via indireta através dos núcleos da base que tende a antagonizar as funções 
motoras da via direta 
• A particularidade da via indireta são o GPe e o núcleo subtalâmico 
• Os neurônios do estriado inibem as células do GPe, cuja função é inibir as células de ambos GPi e núcleo 
subtalâmico (também é estimulado por axônios oriundos do córtex, e suas projeções excitam os 
neurônios do GPi que, como se sabe, inibem os neurônios talâmicos) 
• Embora a ativação cortical da via direta tenda a facilitar o tálamo e a informação que por ele passa, a 
ativação cortical da via indireta tende a inibir o tálamo 
• Em geral, a via direta é capaz de auxiliar a selecionar certas ações motoras, enquanto a via indireta, 
simultaneamente, suprime programas motores que competem e que são inapropriados. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Medula e movimentos distais e proximais 
Cada neurônio motor inferior inerva fibras musculares de um único músculo, e todos os neurônios motores 
que inervam um único músculo (denominado conjunto de neurônios motores para aquele músculo) formam 
aglomerados em forma de bastão que correm paralelamente ao longo do eixo da medula espinhal por um ou mais 
segmentos 
• Quanto mais lateral e distal a estrutura muscular, mais lateralmente estará localizado o grupo neuronal 
responsável por sua inervação na medula espinal 
• Neurônios que inervam a musculatura axial (i. e., os músculos posturais do tronco) estão localizados 
medialmente na medula espinhal 
• Lateralmente, estão os conjuntos de neurônios motores que inervam músculos localizados em regiões 
progressivamente mais laterais do corpo. 
• Dessa forma, conjuntos de neurônios motores mediais responsáveis pelo controle postural e pela 
manutenção do equilíbrio recebem influências de áreas motoras superiores. Percorrem pormeio da 
substância branca medial e anterior (ventral) 
 
Henrique Cardoso 
4 
• O conjunto mais lateral de neurônios motores que inervam as extremidades distais está mais 
relacionado com a execução de comportamentos elaborados. Percorrem ao longo da substância 
branca 
 
Lateral da medula espinhal 
Existem dois tipos de neurônios motores inferiores: 
• Neurônios motores γ inervam fibras musculares especializadas que, em combinação com suas 
aferências nervosas, são na verdade receptores sensoriais denominados fusos musculares. As fibras 
musculares intrafusais também são inervadas por axônios sensoriais que enviam informações ao tronco 
encefálico e à medula sobre o comprimento do músculo. A função dos neurônios motores γ é regular 
essa entrada sensorial, ajustando as fibras musculares intrafusais a um determinado comprimento 
• Neurônio motores α, inerva as fibras musculares extrafusais, que são as fibras musculares estriadas que 
realmente geram as forças necessárias para a postura e movimento. 
 
Reflexo de estiramento 
• O sinal sensorial para o reflexo de estiramento se origina nos fusos musculares, receptores sensoriais 
encapsulados dentro da maioria dos músculos 
• O estiramento imposto sobre o músculo deforma as fibras musculares intrafusais que, por sua vez, 
desencadeiam potenciais de ação por ativarem canais iônicos abertos mecanicamente nos axônios 
aferentes enrolados no fuso 
• O arco reflexo de estiramento é uma alça de retroalimentação negativa utilizada para manter o 
comprimento muscular em um valor desejado 
• Desvios do comprimento desejado são detectados pelos fusos musculares, já que aumentos ou 
diminuições no estiramento das fibras intrafusais alteram o nível de atividade nas fibras sensoriais que 
inervam os fusos 
• Essas alterações levam, por sua vez, a ajustes na atividade dos neurônios motores α, fazendo o músculo 
retornar ao comprimento desejado, contraindo o 
músculo estirado e relaxando o grupo muscular 
oposto, restaurando, assim, o nível de atividade do 
fuso como anteriormente. 
• Essas alterações levam, por sua vez, a ajustes 
na atividade dos neurônios motores α, fazendo o 
músculo retornar ao comprimento desejado, 
contraindo o músculo estirado e relaxando o grupo 
muscular oposto, restaurando, assim, o nível de 
atividade do fuso como anteriormente. 
• Quando o músculo é estirado, o fuso também 
é estirado, e a taxa de descarga nas fibras aferentes 
aumenta. 
• Quando o músculo encurta, contudo, o fuso é li berado da tensão, ou “descarregado”, e espera-se que os 
axônios sensoriais que inervam o fuso fiquem silenciosos durante a contração 
• Outro receptor sensorial que é importante na regulação reflexa da atividade da unidade muscular é o órgão 
tendinoso de Golgi 
• Quando um músculo é passivamente estirado, grande parte da alteração do comprimento ocorre nas 
fibras musculares, pois são mais elásticas do que as fibrilas do tendão. 
• Quando um músculo se contrai ativamente, a força atua diretamente no tendão, levando a um aumento 
na tensão das fibrilas de colágeno no órgão tendinoso e à compressão dos receptores sensoriais ali 
entrelaçados. Como resultado, os órgãos tendinosos de Golgi são especialmente sensíveis aos aumentos 
da tensão muscular 
 
Henrique Cardoso 
5 
• O circuito tendinoso de Golgi é, assim, um sistema de retroalimentação negativa que regula a tensão 
muscular. 
• Ele diminui a ativação do músculo quando forças excepcionalmente grandes são geradas, o que protege a 
integridade do músculo 
• O sistema de fuso muscular é considerado um sistema de retroalimentação que monitora e mantém o 
comprimento muscular, e o siste ma tendinoso de Golgi é um sistema de retroalimentação que monitora 
e man tém a força muscular. 
 
3°objetivo: Vias eferentes 
Vias piramidais (córticoespinais e corticobulbares) 
• Os neurônios motores superiores do córtex cerebral residem em várias áreas adjacentes e altamente 
interconectadas no lobo frontal posterior 
• realizam o planejamento e o início das sequências temporais complexas de movimentos voluntários. 
• O córtex motor primário pode ser distinguido de um complexo mosaico das áreas “pré-motoras” adjacentes 
tanto pela arquitetura (é a área 4 na nomenclatura de Brodmann) como pela baixa intensidade de corrente 
necessária para desencadear movimentos nessa região 
• A via dos movimentos voluntários e complexos descende pelos tratos corticoespinal e corticobulbar 
 
Trato corticoespinal Lateral 
• É uma via lateral 
• Originado no neocórtex, é o mais longo e um dos maiores tractos do sistema nervoso central (SNC) –Dois 
terços dos axônios desse tracto têm origem nas áreas 4 e 6 do lobo frontal, denominado coletivamente de 
córtex motor. 
• Os axônios oriundos do córtex passam através da cápsula interna, fazendo uma ponte entre o telencéfalo 
e o tálamo, cruzam a base do pedúnculo cerebral, uma grande coleção de axônios no mesencéfalo, e, então, 
passam através da ponte e se reúnem para formar um tracto na base do bulbo 
• O tracto forma uma protuberância, chamada de pirâmide bulbar, que passa sobre a superfície ventral bulbar. 
Onde ocorre a decussação, logo, nesse nível o controle dos lados corporais é contralateral 
• É responsável pelo movimento voluntário dos membros, e do movimento refinado (fracionado) – 
capacidade de realizar uma gama de movimentos individuais em vários grupos musculares, exemplo: mexer 
somente um dedo da mão. 
• Em casos de AVE e lesões: Há uma perda do controle voluntário e fraqueza, denominada paresia, que pode 
fazer com que ficar de pé seja impossível sem assistência. Há também perda da habilidade de mover um 
dedo independentemente dos outros, habilidade denominada fracionação 
• Esta via termina fundamentalmente nas porções laterais da zona intermediária e do corno anterior da 
medula cervical e lombossacral, as localizações dos neurônios que controlam braço e perna. 
 
Trato Corticoespinal anterior 
• É uma via medial 
• origina-se do córtex motor primário e de várias áreas pré-motoras (incluindo área motora suplementar, área 
motora cingulada e córtex pré-motor) e descende ao bulbo juntamente com o trato corticospinal lateral. 
No entanto, o trato corticospinal anterior permanece não cruzado e descende na coluna anterior 
ipsilateral da medula espinal 
• Não decussa no bulbo, logo, o controle do lado corporal é ipsilateral 
• É responsável pelo: movimento bilateral muscular axial e das cinturas, porém o trato corticospinal 
anterior projeta-se somente para a medula cervical e torácica superior; assim, ele é preferencialmente 
en- volvido no controle dos músculos do pescoço, ombro e tronco superior 
• Este trato termina na substância cinzenta medial, fazendo sinapse nos neurônios motores no corno 
anterior medial e em interneurônios na zona intermediária. 
 
 
Henrique Cardoso 
6 
Trato corticobulbar 
• O trato corticobulbar origina-se no córtex motor primário do lobo frontal , logo superior à fissura lateral e 
rostral ao sulco central no giro pré - central ( área de Brodmann 4 ) 
• O trato desce através da coroa radiata e joelho da cápsula interna, à medida que passa do córtex para o 
mesencéfalo. No mesencéfalo, a cápsula interna torna-se os pedúnculos cerebrais. A substância branca 
está localizada na porção ventral dos pedúnculos cerebrais, chamada crus cerebri. O terço médio da crus 
cerebri contém as fibras corticobulbar e corticospinais. As fibras corticobulbares saem no nível apropriado 
do tronco cerebral para fazer sinapses nos neurônios motores inferiores dos nervos cranianos. 
• Apenas 50% das fibras decussam 
• O trato corticobulbar é composto pelos neurônios motores superiores dos nervos cranianos. Os músculos 
da face, cabeça e pescoço são controlados pelo sistema corticobulbar, que termina nos neurônios motores 
dentro dos núcleos motores do tronco cerebral. Motoresdos nervos cranianos não oculomotores. O trato 
corticobulbar inerva os núcleos motores cranianos bilateralmente, com exceção dos núcleos faciais 
inferiores (que inervam os músculos faciais abaixo dos olhos) 
 
 
Vias extrapiramidais (rubroespinal, Tectoespinal, reticuloespinal, vestibuloespinal) 
• Não passam pelas pirâmides bulbares 
 
Trato Vestibuloespinal 
• os núcleos vestibulares são o alvo mais importante dos axônios que formam a divisão vestibular do 
oitavo par craniano; como tal, recebem informação sensorial dos canais semicirculares e dos órgãos 
otolíticos que percebem a posição e a aceleração angular da cabeça 
 
Henrique Cardoso 
7 
• Muitas das células dos núcleos vestibulares que recebem essa informação são neurônios motores 
superiores com axônios descendentes que terminam na região medial (controle proximal de membros) da 
substância cinzenta da medula espinhal 
 
Trato vestibuloespinal Medial 
• Neurônios do núcleo vestibular medial dão origem ao tracto vestibuloespinhal medial que termina 
bilateralmente no corno ventral medial da medula cervical. Esse tracto regula a posição da cabeça por 
ativação reflexa dos músculos do pescoço, em resposta à estimulação dos canais semicirculares, em 
função da aceleração rotacional da cabeça 
 
Trato vestibuloespinal lateral 
• Neurônios do núcleo vestibular lateral dão origem ao tracto vestibuloespinhal lateral que cursa ao longo da 
substância branca anterior da medula espinhal, em uma posição levemente mais lateral em relação ao 
tracto vestibuloespinhal medial. 
• Apesar da inferência no nome, o tracto vestibuloespinhal lateral faz sinapse com um conjunto de 
neurônios motores inferiores mediais que controla os músculos proximais dos membros. Esse tracto 
ativa os extensores dos membros (antigravitacionais) quando os órgãos otolíticos sinalizam desvios do 
estado de equilíbrio estável e da postura ortostática. 
• Outros neurônios motores superiores nos núcleos vestibulares projetam-se a neurônios motores 
inferiores dos nervos cranianos que controlam os movimentos oculares (os núcleos dos 3º, 4º e 6º nervos 
cranianos). Essa via controla os movimentos dos olhos para manter a fixação do olhar enquanto a cabeça 
se movimenta (o reflexo vestíbulo-ocular) 
 
Trato Reticuloespinal 
• A formação reticular é uma complicada rede de circuitos localizada no centro do tronco encefálico que se 
estende do mesencéfalo rostral até a porção mais caudal do bulbo. 
• Os neurônios da formação reticular possuem uma variedade de funções, incluindo o controle 
cardiovascular e respiratório, a organização dos movi mentos dos olhos, a regulação do sono e da vigília e, 
o mais importante para os propósitos deste capítulo, a coordenação temporoespacial dos movimentos do 
tronco e dos membros. 
• As vias descendentes do controle 
motor da formação reticular até a medula 
espinhal são similares às dos núcleos 
vestibulares. Elas terminam nas porções 
mediais da substância cinzenta, onde 
influenciam os neurônios de circuito local que 
coordenam os músculos axiais e proximais 
dos membros. Tanto os núcleos 
vestibulares como a formação reticular fornecem informação para a medula espinhal que mantém a 
postura em resposta a distúrbios ambientais (ou autoinduzidos) da posição e da estabilidade corporal. 
• Na formação reticular, iniciam ajustes que estabilizam a postura durante a manutenção momento a 
momento dos movimentos. 
 
Trato rubroespinal 
• As aferências são as mesmas do trato corticoespinal, ou seja, o córtex motor primário. Origina-se no núcleo 
rubro do mesencéfalo (divisão magnocelular) 
• Íntima relação com o trato corticoespinal 
• Os axônios do núcleo rubro decussam logo adiante, na ponte, e se reúnem com aqueles do tracto 
corticospinal na coluna lateral da medula 
• Juntamente com o trato corticoespinal, trabalha na motricidade dos músculos distais dos membros 
 
Henrique Cardoso 
8 
Trato tetospinal 
• Originado principalmente a partir de neurônios localizados nas camadas profundas do colículo superior, é 
também chamado de teto 
• Axônios que se originam nas camadas profundas do colículo superior projetam-se através do tracto 
tetoespinhal (coliculoespinhal) para grupos celulares mediais da medula cervical, onde influenciam 
circuitos de neurônios motores inferiores que controlam a musculatura axial do pescoço. Essas projeções 
são particularmente importantes na geração de movimentos de orientação da cabeça 
• o trato tetospinal contribui em coordenar os movimentos da cabeça com os movimentos dos olhos. 
 
Objetivo 4: coma e pupilas do coma 
• Coma é um estado de perda da consciência que difere do sono pelo fato de ser um déficit neurológico e 
de não ser prontamente revertido. 
• A captação cerebral de oxigênio (taxa metabólica cerebral de oxigênio [CMRO2]) é normal no sono e a 
atividade elétrica cerebral passa pelos estágios organizados de atividade sincronizada no 
eletroencefalograma (EEG). 
• No coma, a CMRO2 está anormalmente reduzida e a atividade no EEG progressivamente torna-se mais 
lenta e atenuada, com perda da reatividade normal aos estímulos sensoriais. 
• O coma é definido clinicamente pelo exame neurológico, sobretudo as respostas aos estímulos externos. 
Termos como letargia, obnubilação, torpor e coma dependem, em geral, da resposta do paciente a 
estímulos verbais normais, gritos, sacudidas ou dor. 
• Torpor e coma: agudos; estado de vigília sem resposta, estado vegetativo persistente e estado 
minimamente consciente: crônicos 
 
Movimentos motores 
• O paciente é observado durante a avaliação da respiração, da posição dos membros e dos movimentos 
espontâneos. 
• A avaliação do tônus motor é crucial no exame do indivíduo em coma. Tônus muscular assimétrico sugere 
lesão estrutural, mas nem sempre é evidente qual lado é anormal 
• Paratonia (gegenhalten) consiste em resistência variável à mobilização passiva que frequentemente se 
exacerba com o aumento da velocidade do movimento (disfunção prosencefálica) 
• Rigidez ocorre em toda a amplitude de movimento, indica disfunção dos núcleos da base (p. ex., 
parkinsonismo) ou hidrocefalia sintomática. 
• A espasticidade apresenta um “alentecimento” no ponto médio da mobilização passiva e indica disfunção 
da via corticoespinal. 
• As respostas motoras aos estímulos podem ser apropriadas, inapropriadas ou ausentes. Mesmo quando 
os pacientes não estão plenamente lúcidos, eles podem ser acordados para obedecer a comandos verbais 
simples. 
• Alguns pacientes que respondem apenas a estímulos nocivos (p. ex., pressão exercida no esterno ou na 
crista supraorbital; beliscão no pescoço ou nos membros ou compressão de músculo, tendão ou leitos 
ungueais) apresentam respostas voluntárias de afastamento. 
 
Para a descrição das principais posturas de coma, utiliza-se os termos descerebração e decorticação 
• Rigidez de Decorticação: os membros superiores estão flexionados, aduzidos e rodados internamente e 
os membros inferiores estão estendidos. Lesão mais rostral, melhor prognóstico. Também denominada 
de rigidez flexora 
• Rigidez de Descerebração: os membros superiores e inferiores estão estendidos. Apresenta pior 
prognóstico. Também denominada de rigidez extensora. 
 
 
 
Henrique Cardoso 
9 
Respiração 
• Na respiração de Cheyne-Stokes há 
alternância de períodos de hiperventilação e apneia 
em crescendo-decrescendo 
• A respiração de Cheyne-Stokes de ciclo longo, 
com breves períodos de apneia ocorrendo a cada 1 a 
2 minutos, é um padrão respiratório estável e não 
implica parada respiratória iminente. 
• A respiração de Cheyne-Stokes de ciclo curto 
com alternância mais brusca de períodos de hiperpneia e apneia é, com frequência, um sinal funesto de 
lesão na fossa posterior ou elevação perigosa da pressão intracerebral. 
• A respiração apnêustica, que consiste em longas pausas inspiratórias, ocorre em lesões pontinas 
• Arespiração com frequência e amplitude variavelmente irregulares (respiração atáxica) indica lesão na 
medula oblonga (bulbo) 
• A perda da respiração automática associada a preservação da respiração voluntária (maldição de Ondina) 
ocorre nas lesões da medula oblonga e, à medida que o paciente se torna menos alerta, a apneia pode ser 
fatal. 
 
Pupila 
• As anormalidades pupilares no coma refletem um desequilíbrio entre o aporte (input) das partes 
parassimpática e simpática do sistema nervoso ou lesões das mesmas. 
• Embora muitas pessoas apresentem discreta desigualdade pupilar, a anisocoria deve ser considerada 
patológica no paciente comatoso. 
• As lesões parassimpáticas provocam dilatação pupilar e, por fim, dilatação total associada à perda da 
fotorreatividade. 
• As lesões simpáticas, provocam síndrome de Horner com miose. 
• Quando os dois sistemas são comprometidos, uma ou as duas pupilas estão na posição média e não são 
fotorreativas. 
• Pupilas pequenas, mas fotorreativas, após hemorragia pontina resultam de lesão das vias simpáticas 
intra-axiais descendentes. 
• Pupilas dilatadas e fixas após anoxia-isquemia difusa implicam mau prognóstico. Agentes 
anticolinérgicos, inclusive glutetimida, amitriptilina e antiparkinsonianos abolem a fotorreatividade das 
pupilas. 
• Hipotermia e intoxicação grave por barbitúricos provoca não apenas pupilas fixas, mas também um quadro 
reversível que simula morte cerebral. 
• Dilatação pupilar unilateral ou bilateral e ausência de fotorreatividade ocorrem durante (ou por um breve 
período depois) uma crise epiléptica. 
• Na superdosagem de opiáceos, a miose pode ser tão intensa que são necessários um foco de luz forte e 
uma lupa para detectar a fotorreatividade. 
 
	Objetivo 1: área motora primária (Martini, Bears)
	OBJETIVO 2: Núcleos da base ou gânglios da Base
	Conexões do núcleo da base com o tálamo, vias e alças
	Via Direta da Ação Motora
	Via indireta da ação motora
	Reflexo de estiramento
	3 objetivo: Vias eferentes
	Vias piramidais (córticoespinais e corticobulbares)
	Trato corticoespinal Lateral
	Trato Corticoespinal anterior
	Vias extrapiramidais (rubroespinal, Tectoespinal, reticuloespinal, vestibuloespinal)
	Trato Vestibuloespinal
	Trato vestibuloespinal Medial
	Trato vestibuloespinal lateral
	Trato Reticuloespinal
	Trato rubroespinal
	Trato tetospinal
	Objetivo 4: coma e pupilas do coma

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