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• Função da imagem na sociedade da informação 
• Exploração da fisionomia e do comportamento pessoal 
• A proteção a imagem para o direito ultrapassa o 
simples aspecto da reprodução gráfica dos aspectos 
físicos da pessoa 
• É um direito fundamental, presente no art. 5, p10 
 
Maria Celina Bodin de Moraes: além da imagem-retrato, ou 
seja, “o aspecto fisionômico, a forma plástica do sujeito”, o 
ordenamento protege também a imagem-atributo, que 
seria “o conjunto de características decorrentes 
do comportamento do indivíduo, de modo a compor a sua 
re presentação no meio social.” 
 
• Imagem retrato: é o aspecto fisionômico do sujeito 
• Imagem atributo: devido o comportamento do 
indivíduo em meio social no qual as pessoas projetam 
sobre os atributos e características do mesmo, é o 
conjunto de particularidades comportamentais que 
distinguem uma pessoa perante terceiros. 
 
A tutela da imagem no Código Civil de 2002 
Art. 20. Salvo se autorizadas, ou se necessárias 
à administração da justiça ou à manutenção da 
ordem pública, a divulgação de escritos, a transmissão 
da palavra, ou a publicação, a exposição ou a utilização 
da imagem de uma pessoa poderão ser proibidas, a 
seu requerimento e sem prejuízo da indenização 
que couber, se lhe atingirem a honra, a boa fama ou 
a respeitabilidade, ou se se destinarem a fins comerciais. 
→ Segundo o Código Civil, a imagem pode ser usada 
se: 
1. Houver a autorização do titular -> consentimento 
(livre, informado e prévio), pode ser emitido de 
forma escrita, de forma oral ou gestual 
2. Necessário à administração da justiça 
3. Necessário à manutenção da ordem pública 
 
Fora dessas 3 hipóteses: 
▪ A divulgação de escritos, a transmissão da palavra, 
ou a publicação, a exposição ou a utilização da 
imagem de uma pessoa poderão ser proibidas, a seu 
requerimento e sem prejuízo da indenização que 
couber, se lhe atingirem a honra, a boa fama ou a 
respeitabilidade, ou se se destinarem a fins comerciais. 
 
 
 
Uso comercial da imagem de terceiro 
Quando o uso da imagem se destinar a fim comercial, o 
seu titular não precisará provar que houve também uma 
lesão à honra para requerer uma compensação. Basta o 
uso indevido da imagem com fim comercial para nascer o 
direito. 
 
Súmula 403 do STJ - Independe de prova do prejuízo a 
indenização pela publicação não autorizada de imagem de 
pessoa com fins econômicos ou comerciais. 
 
‘’Dano moral in re ipsa’’ 
 
→ Em regra, a autorização para uso da imagem deve ser 
expressa; no entanto, a depender das circunstâncias, 
especialmente quando se trata de imagem 
de multidão, de pessoa famosa ou ocupante de cargo 
público, há julgados do STJ em que se admite o 
consentimento presumível, o qual deve ser analisado 
com extrema cautela e interpretado de forma restrita 
e excepcional. 
 
Consentimento para o uso da imagem 
→ Na legalidade constitucional, torna-se 
necessário valorizar a vontade do titular do direito, que 
deverá expressar o seu consentimento de 
forma livre e informada, para uma finalidade específica, 
podendo esse consentimento se dar de 
maneira expressa ou tácita e, preferencialmente, antes 
da utilização do bem por terceiro. 
 
→ A interpretação do consentimento deve ocorrer 
de forma restritiva, não podendo o intérprete estender 
a autorização concedida para o uso da imagem 
para outros meios além daqueles pactuados, 
para momento posterior, para fim diverso ou, ainda, 
para pessoa distinta daquela que recebeu a autorização. 
Limites ao direito à imagem 
Enunciado 279 do Conselho da Justiça Federal – “A 
proteção à imagem deve ser ponderada com outros 
interesses constitucionalmente tutelados, especialmente em 
face do direito de amplo acesso à informação e 
da liberdade de imprensa. Em caso de colisão, levar-se-á 
em conta a notoriedade do retratado e dos fatos 
abordados, bem como a veracidade destes e, ainda, as 
características de sua utilização (comercial, 
informativa, biográfica), privilegiando-se medidas que não 
restrinjam a divulgação de informações.” 
 Direito a imagem

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