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Aula 21-10 Perda Precoce

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Perda Precoce, Manutenção e Recuperação 
de Espaço 
 
 
• Durante o desenvolvimento tem-se as trocas 
da dentições, que é muito bem feito pela 
natureza. Quando acontece a quebra da 
sequencia natural desse processo, terá 
alterações futuras e casos simples tornam-se 
complexos, e é onde a ortodontia irá atuar. 
• Quando há perdas precoces, é importante 
evitar que as estruturas adjacentes mudem de 
posição. E os dispositivos devem ser simples, 
economicamente viáveis, eficientes e 
resistentes (robustos), pois nem sempre a 
criança tem uma boa cooperação. 
 
Equilíbrio Ortodôntico 
Teoria do equilíbrio ortodôntico 
• Proposto inicialmente por Proffit (1977). 
• Atribui aos tecidos moles papel na etiologia da 
má-oclusão. 
• “A gente tem vetores de força, e a língua faz 
força contra os dentes, a musculatura dos lábios 
faz força no sentido oposto, o tempo todo há 
vetores de forças atuando sobre os dentes. 
Caso haja um desequilíbrio, terá alteração na 
posição dentária, suponha que o paciente tenha 
incompetência labial (não sela os lábios, é 
respirador bucal e a língua fica interposta) isso 
vai levar uma mordida aberta por ex”. O 
equilíbrio entre os vetores de força resultantes 
da interação entre dentes, língua e tecidos 
moles resulta na estabilidade ou não da posição 
dentária. 
 
 
 
• A quebra nesse equilíbrio resulta em instabilidade 
e movimento indesejado. 
• A quebra pode advir de: 
➢ Perdas dentárias (índice muito alto do CPDO-
D no Brasil). 
➢ Parafunções da língua ou tecidos periorais. 
➢ Alterações de desenvolvimento 
(crescimento excessivo de mandíbula ou 
maxila). 
➢ Alterações no comprimento de raízes ou 
nível ósseo alveolar (os incisivos começam a 
ter espaço). 
 
• A presença de todos os dentes na arcada é 
fator de equilíbrio dentário (exceto para casos 
que são extraídos para fins ortodônticos). 
• Isso é ainda mais importante na dentição 
decídua, pois alterações nessa dentadura podem 
levar a distúrbios de irrupção na dentição 
permanente. 
 
 
Perda Precoce de Dentes Decíduos 
Perda Precoce, Manutenção e Recuperação 
de Espaço 
 
• Há muitos casos de pacientes com dentição 
decídua (azul) e a dentição permanente vindo, 
entrando na fase da mista, e aí tem-se a perda 
de um dente decíduo. Com essa perda, o 1º 
molar permanente (um dos primeiro a 
irromper), leva junto com a perda a migração 
mesial do 2º molar decíduo, com isso o 2º pré 
permanente começa a ficar sem espaço. 
Quando isso acontece, é difícil de resolver, por 
isso a prevenção sempre é primordial. 
 
• Essa migração mesial é uma tendência na 
oclusão quando há a perdas de dentes, isso 
acontece em crianças e também pacientes 
adultos, raramente migra pra 
distal. 
Tendência de migração mesial 
• Os dentes apresentam um vetor resultante de 
forças oclusais no sentido mesial. Quando há a 
quebra do equilíbrio ortodôntico, geralmente 
vemos que os dentes posteriores se inclinam 
com angulação mesial. 
Tipos de perda de espaço 
• Perda de material dentário (esmalte) 
➢ Cáries (casos em que o pré fica achatado 
depois de restaurado, pois na hora da 
reabilitação não tem espaço) 
➢ Fraturas 
• Perda precoce. 
• Agenesia. (não formação do dente) 
• Iatrogênias (extrações inadequadas). 
 
Cáries e fraturas interproximais 
• Resultam em redução da dimensão mésio-distal 
dentária e encurtamento do perímetro da 
arcada e espaço livre de Nance. 
• É frequente inclinação mesial de primeiros 
molares permanentes quando há lesões nos 
segundos molares decíduos. 
 
Perdas precoces: 
• Extrações precoces de dentes decíduos são 
ainda uma realidade no Brasil. 
• Fatores correlatos: 
➢ Dieta rica em carboidratos. 
➢ Escovação deficiente dos dentes. 
➢ Cooperação reduzida. 
➢ Aspectos culturais. 
➢ Traumatismos. 
• Dentes decíduos atuam como mantenedores de 
espaço naturais para os dentes permanentes. 
• Sua esfoliação no estágio ideal (estágio 6 de 
Nolla) assegura que o permanente tenha espaço 
para irromper. 
• Se for extrair um dente decíduo (extensão 
cariosa muito grande) é importante observar se 
há reabsorção para extrair com segurança. Caso 
não, pode ser que seja necessário usar um 
mantenedor de espaço. 
 
• Quando realizada a extração antes, pode 
resultar em formação óssea entre o dente 
permanente em irrupção e a cavidade oral, 
atrasando o processo irruptivo. 
• Também pode ocorrer migração mesial de um 
dente posterior (geralmente primeiro molar), 
impactando o segundo pré-molar. 
Agenesias 
• Resulta em a não formação do germe dentário 
de um dente permanente (imagem – ausência 
dos pré inferiores e mesialização do molar). Para 
confirmar o diagnóstico deve realizar a 
radiografia. 
 
• Quando o paciente apresentar agenesias, deve 
manter o decíduo por maior tempo possível 
para servir como mantenedor de espaço até o 
paciente conseguir reabilitação. 
• Dependendo da idade do paciente, o tratamento 
consiste de implante (pode ser colocado no final 
do crescimento, para que não haja desvio da 
cervical), prótese, substituição ortodôntica ou 
manutenção do decíduo. 
• Toda extração de decíduo deve ser feita com 
avaliação radiográfica prévia. 
• Isso evita iatrogenias pelo não diagnóstico de 
agenesias. 
Esse paciente apresenta agenesia de lateral, pré 
superior e inferior (D e E). Nesses casos de 
agenesias múltiplas, pode ser usado como 
tratamento a “Placa de Hawley com dentes de 
estoque”, é um aparelho que possui uma base 
acrílica na palatina dos dentes, grampos, arco 
vestibular na região anterior para a fixação (que 
pode aplicar molas, dentes de estoque). É uma 
alternativa para manutenção de espaço para evitar 
que os dentes migrem, além de favorecer a 
estética. Conceito próximo ao de uma prótese 
removível, até a possibilidade do paciente poder 
realizar um implante. 
 
• Outra alternativa para casos de agenesia, é o 
uso da “Placa de acetato com dentes de 
estoque” (realizada em termoplastificadora – 
pode realizar os dentes com o uso de resina 
bisacrílica). Essa placa possui resistência menor 
quando comparada ao aparelho de acrílico, é 
mais indicada para casos mais curtos. 
 
• Outra opção, é a “Prótese provisória fixa 
individual”. Coloca-se um fio ortodôntico 020, 
fixado com resina no ambiente de estoque no 
dente permanente. 
 
• Em situações de agenesia, deve avaliar se o 
paciente está em fase de crescimento. Pois 
haverá o crescimento sagital, vertical, transverso. 
Se usar o dispositivo de hawley e a placa de 
acetato, durante esse período poderá afetar o 
crescimento transverso. Portanto, deve informar 
o paciente sobre a importância do 
acompanhamento. 
• Neste outro caso o paciente apresentava 
agenesia de lateral, foi preparado o espaço e 
colocou-se um mini implante ortodôntico 
(dispositivo que serve como dente de estoque 
até a possibilidade de fazer implante na fase 
adulta). É importante o acompanhamento do 
caso. 
 
 
Procedimento de manutenção de 
espaço 
• Um dos procedimentos ortodônticos mais 
importantes no âmbito preventivo-
interceptativo; 
• De baixo custo, pode evitar tratamentos 
ortodônticos corretivos longos, complexos e 
ccaros; 
• Deve ser trabalhado junto com a reeducação do 
paciente (evitar novas perdas). 
 
Características de um mantenedor de espaço 
• Manter a distância mésio distal e vertical 
correspondente ao dente removido; 
• Não deve lesar ou alterar dentes e tecidos 
circunjacentes; 
• De simples confecção e resistente a atividade 
mastigatória; 
• Facilmente higienizáveis; 
• Não devem impedir os crescimento e 
desenvolvimento dos arcos dentários. 
Manutenção de um dispositivo 
bandado 
• Necessita acompanhamento (ela desadapta, 
desloca, solta) – quando está solta, não exerce 
função; 
• Fácil de confeccionar, é resistente; 
• Um mantenedor dificilmente vai realizar sua 
função por mais de um ano sem ajustes; 
• Pacientedeve ser esclarecido sobre restrições 
alimentares (alimentos duros e puxentos); 
• Deve comparecer ao consultório caso o 
mantenedor se solte ou apresente mobilidade. 
 
1. Mantenedor banda-alça 
• Dispositivo de simples confecção e 
adaptação; 
• Evita mesialização de um dente individual; 
• Pode ser mantido por tempo considerável 
(até irrupção do dente permanente) ex. 
quando o paciente perde o dente aos 7 
anos, pode manter até os 10; 
• Mas deve ter acompanhamento frequente 
(semestral no mínimo); 
• É importante que a banda-alça tenha boa 
adaptação no dente do lado oposto a banda. 
O fio de aço não deve pressionar o tecido 
mole e a banda deve ter boa adaptação 
gengival. A banda alça no dente pré-molar é 
mais difícil. 
 
 
2. Arco-lingual 
• Utilizado em casos de perdas múltiplas e/ou 
bilaterais, ao invés de banda alça (usa duas 
bandas, e o aro passa abaixo da imagem cervical 
do dente, encostado na lingual dos arcos 
inferiores); 
• Pode ter um ômega (dobra em forma de u) que 
auxilia na adaptação e ajustes; 
• Deve trocar o terço cervical dos incisivos 
inferiores; 
• Indicado para o arco inferior, mas há situações 
da indicação para o superior. 
 
3. Coroa-alça 
• Adaptação da banda alça quando existe extensa 
destruição coronária do dente de suporte 
(quando a coroa está muito destruída faz a 
colocação dessa coroa e coloca o fio para fazer 
a manutenção de espaço).. 
 
4. Barra-transpalatina 
• Indicado no caso de perdas unilaterais de 
molares decíduos superiores; 
• Pode realizar pequenos movimentos em 
molares se colocada ativada; 
• Não tem eficiência de 100%. A vantagem é que 
ela faz pequenos movimentos. 
 
5. Botão de Nance 
• Mantenedor para o arco superior; 
• Perdas uni ou bilaterais; 
• Usa um botão acrílico adaptado na região de 
rugas palatinas (é uma barra transpalatina, que 
apoia sobre os tecidos moles); 
• Desvantagem: retém alimentos. Pode ter 
migração mesial, porém pode ser muito usado. 
 
Há casos que o paciente tem perdas precoce 
devido a traumatismos por ex, pode utilizar: botão 
de nance + peça protética (para favorecer a 
reabilitação estética). 
 
6. Mantenedor anterior telescópico 
• Indicado em perdas muito precoces; 
• Melhor que o botão de nance; 
• Função estética; 
• Apresenta sistema telescópico para não 
interferir no desenvolvimento transverso da 
maxila 
 
7. Mantenedor Distal 
• Evita a mesialização de primeiros molares 
permanentes quando na perda de segundos 
molares decíduos; 
• É uma cunha que se estende no tecido mole 
para criar um guia de irrupção para o molar. 
• Não é um dispositivo muito usado, pois é muito 
invasivo. 
 
8. Aparelhos removíveis 
• Muito utilizados no âmbito preventivo-
interceptativo; 
• Fácil confecção e adaptação a diferentes 
tipos de problemas (além de ser rápido, 
apenas 2 consultas); 
• Podem ser associados a outros recursos 
como planos posteriores, anteriores, tornos 
e alças; 
• Dependem da cooperação do pacientes; 
• Mais fácil desadaptação (com o crescimento, 
irrupção dos dentes). 
 
 
Aparelhos Removíveis 
• Hawley para manutenção de espaço (que há 
dois tipos). 
 
 
• Mantenedor com uso estético; 
• Recuperador de espaço (Benac); 
• Expansor (Torno); 
• Movimentos individualizados (molas digitais – 
para ser atividadas). 
Tecnologia CAD-CAM 
• O acesso a odontologia digital, utiliza-se 
softwares de planejamentos e impressoras 3D 
para fazer monofaturas e design. Neste caso foi 
utilizado com resina compatível, pra ser estético 
e servir como mantenedor de espaço 
 
 
Procedimentos de recuperação de 
espaço 
Manutenção x Recuperação do espaço 
• Extrações precoces de dentes decíduos são 
ainda uma realizada no Brasil; 
• Fatores que vão definir entre manter ou 
recuperar um espaço são: 
➢ Se já houve inclinação mesial do dente 
posterior à perda (faz a recuperação de 
espaço para levar a posição original); 
➢ Espaço disponível para irrupção do dente 
permanente (se for bom, faz a manutenção. 
Se for insuficiente, a recuperação); 
➢ Quantidade de inclinação do dente em 
direção à perda. 
Aparelhos recuperadores de espaço 
• Dispositivos usados na correção de pequenas 
perdas de espaço; 
• Seu uso pode ser importante evitando 
impacção de dentes permanente em casos de 
perda precoce. 
 
1. Molas Digitais 
• Usadas em placas de resina acrílica com 
grampos de retenção e presença de molar 
digitais para deixar os fios mais flexíveis; 
• Pode ser usada em todas as regiões (podendo 
ser ondulado em direção ao incisivo, helicóide 
em direção ao molar). O importante é ter o fio 
mais longo do que seria naturalmente para 
garantir flexibilidade; 
• Ativada por meio de alicates ortodônticos 
 
 
2. Mola de Benac 
• Indicado em regiões posteriores; 
• Trabalha bem verticalizando os molares que 
sofreram mésio angulação pela perda precoce 
do segundo molar decíduo. 
• Essa mola segue como se fosse uma gota na 
região de espaço, e encaixa no dente. 
Geralmente é colocada abaixo do equador 
protético. 
 
• A ativação é feita em pequenas quantidades 
para evitar desadaptação; 
• Ativar até a metade da coroa do dente a ser 
distalizado; 
• Usar alicate 139 ou meia cana 
 
3. Tornos 
• Torno anterior pode ser utilizado para 
vestibularizar incisivos, ou expandir uma arcada 
que perdeu largura pela falta de um dente; 
• Podem ser usados bi ou unilateralmente; 
• Deve-se ter em mente a unidade de 
ancoragem e unidade ativa; 
• Se colocar transversal (empurra e expande) e 
invertido 90º empurra para anterior; 
 
Tipos de utilização de tornos: 
• (a) Torno sendo utilizado em um dente cruzado, 
que foi colocado invertido somente na região do 
incisivo. O acrílico adaptado, é feito a abertura. E 
uma 1 vez a cada 10 dias, é feito ¼ de voltas; 
• É importante fazer um levante de mordida (c), 
para fazer a correção dos dentes cruzados 
(efeito que gera recessão gengival). 
 
Confecção de dispositivos de 
manutenção de espaço 
 
1. Banda ortodôntica 
• Acessório metálico cimentado ao dente “famoso 
anel” (com ionômero de vidro ou cimento 
resinoso que é menos sensível que o ionômero 
e demora mais a soltar); 
• Serve como interface entre a superfície do 
esmalte e o dispositivo ortodôntico (solda algo a 
ela, um mantenedor, mola, alça); 
• Apresenta alta resistência; 
• Simples confecção, prático, custo acessível; 
• Possibilidade de transferência para trabalhos 
laboratoriais mais complexos. 
 
Procedimento clínico para o mantenedor de 
espaço: 
1. Afastamento 
• Muito usado para quebrar o contato dos dentes 
e possibilitar a instalação da banda. Coloca-se um 
anel de borracha na mesial e distal do dente que 
causa uma pequena movimentação ortodôntica 
que permite o espaço para o encaixe da banda; 
• Antes de colocar, avisar o paciente que irá sentir 
um incômodo e pressão sobre o dente;. 
• Orientar a não passar o fio dental na região que 
ficar com o anel de borracha até o próximo 
retorno (1 semana). 
• Avisar o paciente ou responsável que pode 
haver dor nas próximas horas ao afastamento, 
durando em média 3 dias; 
• Em casos de muito incômodo prescrever 
analgésico; 
• Pedir o paciente para observar se a borrachinha 
ainda está mantida. 
 
2. Adaptação das bandas (bandagem) 
• Bandagem - Inserir o cimento resinoso na parte 
interna da banda e colocar no dente, utilizando 
o calcador (“rabo de peixe”) somente sobre a 
banda e posteriormente usar o mordedor de 
banda, retirar, pede ao paciente para morder 
com força. 
• Solicitar as bandas individuais na esterilização; 
• U (superior), L (inferior); 
• A banda deve estar justa ao dente, com o 
mínimo de espaço entre a coroa e a banda; 
• Não deve estar acima da crista interproximal; 
• Posicionar com a mão, conferindo a forma com 
o espelho oclusal. 
 
• No ponto mais alto, posicionar o calcador de 
ponta triangular sobre a banda; 
 
• Pedir parao paciente encostar os dentes 
levemente e, após se assegurar de que o 
calcador está firme, pressionar com força; 
 
• Após a banda estar na altura ideal, usar o 
calcador rabo de peixe para adaptar (brunir) a 
banda, pressionando-a horizontalmente contra o 
dente em regiões desadaptadas; 
 
3. Moldagem de transferência 
• Escolha da moldeira e verificação na boca do 
paciente; 
• Moldagem (manipulação do alginato + inserção 
na boca do paciente para pegar toda a região 
dos dentes + após o tempo de presa realizar 
um movimento só) 
 
• Desinfectar o molde; 
• Fixar a banda com alginato ou grampos (após 
remover a banda da boca do paciente); 
 
 
• Vazar o gesso comum manualmente (cuidado 
com o deslocamento da banda nesse 
momento); 
• Após o gesso tomar presa, usar uma espátula 
para auxiliar na remoção, batendo nos excessos 
do modelo para soltá-lo da moldeira 
 
4. Envio para o laboratório 
• Preencher o pedido do laboratório, 
especificando nome do paciente, do aluno 
responsável e tipo de aparelho (contato 
telefônico). Conferir com o professor 
responsável; 
• Entregar para a secretária da clínica (modelo e 
pedido); 
• Informar os responsáveis pelo paciente do 
motivo do uso do aparelho (diagnóstico e 
planejamento) e custos envolvidos; 
• Os pais devem repassar o valor ao laboratório 
responsável e enviar o comprovante para o 
aluno. O aluno deve enviar uma foto para o 
laboratório do pedido e do comprovante de 
pagamento 
 
5. Instalação do aparelho 
• Seguir as etapas de afastamento realizadas 
previamente; 
• Realizar profilaxia, isolamento relato e manter o 
ambiente seco; 
• Manipular ionômero de vidro de cimentação; 
• Passar na parte interna da banda, cervicalmente 
(fazer isolamento relativo); 
• Posicionar a banda e realizar a adaptação com 
calcador (mordedor); 
• Remoção dos excessos na oclusal; 
• Aguardo da presa do material; 
• Proteção com verniz cavitário ou esmalte 
dentário ou vaselina. 
1º consulta (plano de tratamento + planejamento + 
explicação para o paciente + afastamento + 
moldagem (se der tempo – quando não precisar 
afastar); 
2º consulta (afastador + adpta a banda) 
 
 
 
Biologia da 
Movimentação Dentária 
 
Movimentação ortodôntica 
• A ortodontia é a especialidade que atua por 
meio da aplicação de forças no processo de 
equilíbrio (homeostasia) do tecido conjuntivo 
peridental; 
• Ferramenta: dispositivos ortodônticos; 
• Método: através de aplicação de força; 
• Alvo: tecidos peridentais; 
• Objetivo: Movimentação dentária e correção de 
deformidades dentofaciais. 
Homeostasia 
• Propriedade do nosso organismo de buscar um 
estado de equilíbrio; 
• Processo de auto-regulação perante mudanças 
ambientais e locais. 
Força ortodôntica/ortopédica 
• Força aplicada intencionalmente aos ossos e 
dentes, visando a correção de alterações por 
meio da reorganização destas estruturas; 
• Causa uma quebra da homeostase; 
• Na busca por equilíbrio, se desencadeiam vários 
processos bioquímicos que causam, entre eles, 
inflamação (por isso o paciente sente dor); 
• Ao cessar a força aplicada, o corpo atinge 
novamente a homeostasia. 
Duas principais linhas de pensamento 
1. Teoria da deformação do osso alveolar; 
 
2. Teoria da pressão e tensão no ligamento 
periodontal (LP) 
• Sandstedt (1904), Oppenheim (1911) e Schawarz 
(1932); 
• O dente se move no espaço periodontal criando 
um lado de pressão e um de tensão; 
O que acontece? 
• Fez a aplicação de força e o dente movimenta 
para um lado. O lado que está sofrendo pressão 
vai fazer o recrutamento de osteoclastos que 
vão reabsorver o osso. E o lado que está 
sofrendo tensão, vai haver o recrutamento de 
osteoblastos que vão realizar a deposição óssea 
 
• No lado de compressão há o fechamento dos 
vasos sanguíneos e hipóxia (recrutamento de 
osteoclastos - reabsorção); 
• No lado de tensão há aumento de fluxo e 
replicação celular (recrutamento de 
osteoblastos). 
• Alguns fatores invalidam essa teoria: Por que se 
tem aplicação de força, tem a presença das 
mesmas células de um lado e do outro e a 
mesma intensidade de força não conseguiria 
explicar o porque de haver mediadores 
diferentes. Portanto, não seria somente a tensão 
e pressão fazendo isso acontecer, por que a 
Biologia da 
Movimentação Dentária 
única coisa que muda é a direção da força, 
ambos lados fenômenos bioquímicos 
semelhantes. 
Então surgiu uma adaptação, a partir da Lei de 
Wolff (1892): 
• O osso em uma pessoa saudável vai se adaptar 
perante as cargas sob o qual ele é submetido. 
Alguns estudos mostraram a mecanotransdução: 
• Processo em que sinais mecânicos são 
convertidos (a medida que são dissipados em 
nossos ossos) em sinais bioquímicos para 
sinalização celular; 
• A massa e arquitetura óssea é definida por 
padrões de carga mecânica (além da nossa 
genética – pacientes que possuem alterações 
de mordidas haverá diferentes distribuições de 
força que irão alterar o formato do rosto do 
paciente); 
• Essas mudanças dependem de: 
➢ Duração; 
➢ Magnitude; 
➢ Direção 
• Esse processo pode ocorrer em: 
➢ Osso; 
➢ Matriz extra-celular; 
➢ Medula óssea; 
➢ Ligamento periodontal; 
➢ Fáscias (envolve o rosto). 
 
Aplicação de força: 
• Estresse no osso alveolar em volta do dente; 
• Inflamação e desorganização do LP; 
• Respostas celulares (iniciadas por osteócitos); 
• Estímulos de recrutamento de osteoblastos e 
osteoclastos. 
Resposta celular: 
1. O estímulo irá causar uma resposta intracelular 
(osteócito irá fazer alteração; 
2. Sinalização intracelular; 
3. Transcrição do (mRNA) 
4. Tradução (proteína); 
5. Resposta celular; 
6. Efeito. 
 
Teoria do fluxo de fluídos 
A aplicação de carga no dente leva a: 
• Estresse da matriz óssea e aumento no fluxo de 
fluídos; 
• Estresse celular; 
• Ativação e diferenciação celular; 
• Remodelação tecidual 
 
Posso movimentar dente com doença 
periodontal? 
 
Movimentação ortodôntica x 
periodontite 
• Os mediadores da reabsorção óssea na 
movimentação ortodôntica desencadeiam uma 
resposta muito similar a doença periodontal; 
• Apesar de ser uma micro-inflamação, quando 
associada a DP pode exponencializar a 
morbidade, levando a perda óssea excessiva. 
Células envolvidas – Osteoblastos: 
• Células uni-nucleares formadoras de osso; 
• Origem mesenquimal; 
• Liberam Osteoprotegerina, que compete com 
o fator RANKL e inibe a ação osteoclástica 
 
 
Recrutamento de osteoblastos: 
 
 
• Osteócitos liberam fatores de recrutamento de 
osteoblastos; 
• Aumento de OPG e redução de RANKL; 
• Inibição de osteoblastos e consequentemente 
aumento de perda óssea; 
• O mesmo estímulo, mas com sentido oposto 
gera resposta completamente diferentes. 
 
• Em pacientes com do DP controlada o 
movimento ortodôntico pode ser feito, pois se 
a DP não estiver ativa, tem-se uma quebra na 
quantidade de recrutadores do osteoclasto. 
Com quanto tempo o dente 
movimenta? 
• Imediatamente após a aplicação de força ele já 
se movimenta comprimindo o LP; 
• O processo de recrutamento de osteoclastos 
leva em torno de 3 dias; 
• A partir desse período temos remodelação e 
movimento dentário (diminui a compressão e a 
dor na região); 
• Deve-se aguardar um tempo para que haja 
redução da infamação e reparo local (descanso). 
E se eu colocar muita força no 
aparelho? 
Pressão excessiva irá gerar: 
• Morte celular de todos osteócitos na região, 
formando uma área hialinizada (sem células); 
• Não causa osteoclastogênese; 
• Não causa reabsorção no local; 
• Reabsorção ocorre mais distante, onde a força 
já foi dissipada 
• -Reabsorção solapante (reabsorve o osso 
alveolar de longe) 
• Movimento de pulo do dente; 
• O paciente sente mais dor e efeitos colaterais. 
No corte histológico é possível notar a reabsorção 
excessiva, com reabsorção radicular. Parte branca 
(região hialinizada). Círculo maior(reabsorção 
solapante): 
 
Se reabsorve osso, reabsorve raiz? 
A camada de células que fica entre a raiz do dente 
e o ligamento periodontal é o cementoblasto, e 
quando há inflamação ele não consegue se 
comunicar com o osteoclasto e faz com que 
proteja a raiz do dente (reabsorve só o osso). 
 
Cementoblastos 
• Células do LP anexas ao cemento; 
• Depositam cemento celular e acelular sobre a 
dentina radicular; 
• Não possuem receptores para os processos de 
reabsorção. 
 
• O osteoclasto quer reabsorver dentina e o 
cementoblasto impede que isso aconteça. 
Porém, quando aplica força excessiva os 
cementoblastos são mortos e o osteoclasto 
consegue chegar na dentina. 
Reabsorção radicular 
• Perda de material na raiz dentária 
➢ Cemento; 
➢ Dentina 
• Ocasionado por compressão excessiva; 
• Sujeita a variação anatômica da raiz; 
• Morte dos cementoblastos; 
• Exposição da raiz à ação osteoclástica 
Pode acontecer: 
B. Ápice radicular (muito comum) 
 
Deve investigar os fatores da reabsorção 
• Todo mundo que já usou aparelho já teve 
reabsorção, faz parte da movimentação. É um 
efeito colateral. 
Quando faz a compressão da raiz, tem um osso 
desorganizado, células brancas (faixas brancas). 
Portanto, se reabsorve o osso pode reabsorver a 
raiz sim 
 
Mas a raiz reabsorvida volta? 
Reparo radicular acontece: 
• Se inicia com a cessação das forças; 
• Recuperação da camada cementoblástica; 
• Pequenos danos podem ser reparados; 
• Danos extensos se mantém. 
 
Tratamento de canal resolve 
reabsorção externa? 
• Cementoblastos são as células envolvidas na 
reabsorção externa; 
• Sua morte se dá por fatores externos ao canal 
radicular; 
• Se a reabsorção externa se manteve, algum 
outro fator esteve relacionado (trauma, má-
postura de língua, hábitos deletérios); 
• Endodontia nesse caso não é a solução. 
Este é um caso de reabsorção, que a paciente já 
tinha antes do tratamento (devido a mordida aberta 
e interposição de língua). Portanto, deve sempre 
tirar as radiografias antes do tratamento 
 
 
Qual aparelho causa menos 
reabsorção? 
• A célula do ligamento periodontal não tem olho 
para saber que aparelho está sendo usado; 
• Aparelhos geram força; 
• Células respondem a estímulos; 
• O aparelho A ou B vai gerar força de uma 
maneira ou de outra. Depende mais de quem 
está fazendo a ativação do que de qual 
material é usado. 
Posso tratar dentes já reabsorvidos? 
• Biologicamente sim. 
• Vai depender da predisposição genética ou 
local desfavorável (da quantidade que foi 
reabsorvido); 
• Forças devem ser muito reduzidas; 
• Espaçamento entre consultas; 
• Acompanhamento radiográfico (3 meses). 
Fatores que influenciam no 
tratamento ortodôntico 
• Genética; 
• Fármacos (pacientes que usam medicamentos 
para osteoporose pro ex pode ter alterações 
pois o osso é mais poroso e tem-se 
reabsorção radicular; 
• Doenças sistêmicas; 
• Anamnese e pesquisa são suas aliadas! 
Anti-inflamatórios x movimentação 
• Quando usa AINES atuam sobre a cadeia COX-
2 (mesma cadeia que atua na movimentação 
dentária) 
• Risco de inibir movimentação dentária; 
• Quando usa o acetominofeno (paracetamol) 
atua sobre COX-3, não relacionada à 
movimentação dentária. 
➢ Uso deve ser feito pontualmente; 
➢ Limitar dose; 
➢ Buscar outras alternativas para controle de 
dor; 
• Evidência moderada 
 
 A movimentação dentária sempre causa 
inflamação, e consequentemente gera dor. 
 A melhor recomendação é não prescrever 
medicamento! 
Dentes movimentam mais rápido em 
crianças do que em adultos? 
• Novamente, pela teoria de deformação do 
osso, sim; 
• Osso em crianças é menos mineralizado, 
menos denso; 
• Mais susceptível a deflexão e estimula os 
osteócitos a recrutar osteoclastos; 
• Maior velocidade do tratamento. 
Dentes movimentam mais rápido em 
locais de extração? 
• Sim, pela teoria de deformação do osso; 
• Locais de extração recente possuem osso em 
formação (osteóide); 
• No geral, há menos densidade e por isso, maior 
deflexão óssea

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