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4 - Trauma de coluna vertebral

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Traumatismos de 
coluna vertebral 
Introdução 
CONSIDERAÇÕES INICIAIS 
 
Lesões de coluna vertebral podem ocasionar a 
morte ou incapacidade permanente. 
 
Aproximadamente 10% das lesões medulares 
ocorrem por manipulação incorreta das vítimas 
de trauma por pessoas que prestam socorro ou 
intra-hospitalar. 
Introdução 
A lesão da medula espinhal ocorre em 
aproximadamente 15 a 20% das fraturas da 
coluna vertebral, com variação entre os 
diferentes países . 
No Brasil, estima-se a ocorrência de cerca de 40 
novos casos anuais por milhão de habitantes, 
somando de 6 a 8 mil casos por ano, com custo 
elevado ao Sistema de Saúde. 
Introdução 
Vasconcelos et al, 2011 
Na análise do segmento vertebral mais 
acometido, a coluna cervical predominou com 
45% dos pacientes estudados, seguida de 28% 
de traumas no segmento torácico e 25% no 
segmento lombar. 
Vasconcelos et al, 2011 
Introdução 
Introdução 
Introdução 
Introdução 
 
A proteção da coluna cervical é uma das 
prioridades do tratamento pré-hospitalar, a não 
ser que outra situação esteja produzindo risco 
de vida iminente. 
Causas 
Causas: acidentes automobilísticos, quedas, 
acidentes esportivos, acidentes de trabalho e 
ferimentos por armas de fogo. 
As lesões medulares podem ser classificadas do 
ponto de vista clínico em completas e 
incompletas. 
As completas resultam em perda total de 
função, ao exame o paciente não tem 
movimentação ou sensações abaixo do nível de 
lesão, nas incompletas há preservação de 
algumas funções. 
Mesmo algumas lesões que parecem 
completas podem reverter ao normal, deste 
modo todos os pacientes devem ser tratados 
com o máximo de cuidado para evitar o 
“Segundo Trauma” e danos secundários a 
medula espinhal. 
CONDUTA 
Indicar estabilização da 
coluna cervical em todos 
os pacientes com história 
de trauma acima das 
clavículas. 
Abrir as via aéreas com a 
manobra de elevação da 
mandíbula modificada. 
CONDUTA 
Imobilizar manualmente a cabeça e pescoço até 
a vítima estar fixada em dispositivo 
imobilizador. 
Estar preparado para lateralizar a prancha e 
efetuar a aspiração da via aérea em caso de 
necessidade. 
Ventilar com Ambu e oxigênio vítimas 
apresentando insuficiência respiratória. 
CONDUTA 
Colocar pacientes encontrados deitados sobre a 
prancha longa com estabilizador lateral de cabeça e 
colar cervical. 
Monitorizar o paciente com cardioscópio, oxímetro 
de pulso e monitor não invasivo da tensão arterial. 
Suspeitar sempre de hemorragias internas como 
causa da instabilidade, antes de atribuir a causa do 
choque a lesão medular 
CONDUTA 
Efetuar o cateterismo vesical com sistema 
fechado, em pacientes com depressão do nível 
de consciência, instabilidade hemodinâmica. 
Manter o ritmo cardíaco, oximetria e sinais 
vitais continuamente monitorizados. 
Manter a imobilização durante o transporte. 
Lesões da 
coluna 
cervical 
 
As lesões traumáticas da coluna cervical alta 
apresentam características próprias e são distintas 
das localizadas entre C3 e C7, sendo por isso 
estudadas separadamente. 
A morfologia e a função dos seus componentes 
(côndilos occipitais, atlas e áxis), denominados de 
complexo occipito-atlanto-axial, são diferentes das 
demais vértebras da coluna cervical, e influenciam 
na gênese dessas lesões. 
A amplitude dos movimentos da coluna cervical 
alta é relativamente limitada, com exceção da 
rotação ao nível da articulação atlanto-axial, 
que corresponde a cerca de 50% de toda a 
rotação da coluna cervical 
As lesões neurológicas são raras, devido à 
relação entre o diâmetro do canal vertebral e o 
espaço ocupado pela medula espinhal. 
No entanto, as lesões neurológicas na coluna 
cervical alta apresentam prognóstico diferente 
e podem ser fatais, devido à presença do centro 
medular da respiração nesse nível da medula 
espinhal. 
O mecanismo de trauma dessas lesões é 
indireto e as forças absorvidas pela cabeça são 
transmitidas para a coluna vertebral, devendo 
ser considerada de extrema importância para o 
diagnóstico a presença de lesões na face ou no 
couro cabeludo. 
O diagnóstico das lesões traumáticas da coluna 
cervical alta é muito difícil apenas com as 
informações fornecidas pelas radiografias 
simples. 
A tomografia computadorizada possibilitou a 
realização de diagnóstico em maior escala e 
também a identificação de lesões que não eram 
conhecidas. 
As fraturas do côndilo occipital, luxação atlanto-
occipital, fratura do atlas, lesão do ligamento 
transverso, luxação rotatória atlanto-axial, 
fratura do processo odontóide e 
espondilolistese traumática do áxis são as 
principais lesões desse segmento. 
FRATURA DO CÔNDILO OCCIPITAL 
As fraturas do côndilo occipital são lesões 
pouco frequentes ou raramente diagnosticadas 
e a menção a estas fraturas é feita na grande 
maioria por meio de relato de casos. 
 
As fraturas do côndilo occipital geralmente 
ocorrem associadas com outras fraturas, 
especialmente com as do atlas 
As fraturas do côndilo occipital foram 
classificadas por Anderson e Montesano 
(1988)em três tipos: 
 
Tipo I - fraturas cominutivas impactadas do 
côndilo occipital. 
Tipo II - fratura da base do crânio que se 
estende através do côndilo occipital. 
Tipo III - fratura por avulsão de fragmento ósseo 
do côndilo occipital conectado ao ligamento 
alar. 
As fraturas dos tipos I e II seriam causadas por 
compressão vertical. 
As fraturas do tipo II podem estar 
acompanhadas de lesão dos nervos cranianos 
(IX, XII) 
Enquanto as do tipo III seriam ocasionadas por 
mecanismos combinados de translação e 
rotação. 
A do tipo III, associadas com a luxação atlanto-
occipitocervical 
O tratamento das lesões dos tipos I e II é 
conservador, por meio de colar ou órtese 
cervical durante seis a oito semanas. 
 
As fraturas do tipo III requerem imobilização 
mais rígida, recomendando-se a utilização de 
halo-gesso por um período de oito a 12 
semanas, estando indicada a artrodese nos casos 
de instabilidade atlanto-occipital. 
LUXAÇÃO ATLANTO-OCCIPITAL 
As lesões atlanto-occipitais são extremamente 
raras e as informações acerca desse tipo têm sido 
fornecidas pelos relatos de casos esporádicos de 
pacientes que sobreviveram ou pela sua 
observação em vítimas fatais de atropelamento. 
Pacientes que sobreviveram com esse tipo de lesão 
apresentava déficit neurológico de diferentes 
graus, desde parada cardiorrespiratória, cuja 
sobrevivência ocorreu graças ao imediato suporte 
respiratório, até quadros variáveis de quadriplegia. 
A paralisia de nervos cranianos, especialmente 
do nervo abducente, tem sido também 
relatada. 
O déficit neurológico pode apresentar 
considerável melhora nos pacientes que 
sobrevivem. 
No entanto, o índice de óbito é alto durante a 
hospitalização, devido à gravidade das lesões 
associadas e à presença de déficit neurológico. 
A artrodese occipito-cervical, após a redução da 
lesão por meio de tração, é o tratamento de 
escolha devido à instabilidade desse tipo de 
lesão. 
LESÃO DO LIGAMENTO TRANSVERSO 
A lesão do ligamento transverso pode ocorrer 
por meio da rotura das suas fibras ou avulsão 
da sua inserção na massa lateral do atlas, com 
pequeno fragmento ósseo. 
 
Essa lesão é geralmente resultante do 
mecanismo de hiperflexão aguda da coluna 
cervical, provocada por queda ou trauma direto 
sobre o occipital. 
Nas lesões mais graves o paciente pode 
apresentar déficit neurológico e desvio visível 
nas radiografias, enquanto nas mais simples o 
quadro clínico é discreto, sem déficit 
neurológico, apenas com dor cervical, e os 
exames radiográficos são normais. 
As lesões com avulsão de fragmento ósseo da 
inserção do ligamento transverso podem ser 
tratadas por meio de imobilização com halo-
gesso, tendo sido observada consolidação em 
26% dos pacientes. 
Nos pacientes em que a consolidação não 
ocorre, a artrodese C1-C2
deve ser efetuada 
devido à instabilidade do atlas (C1), que 
apresenta potencial de lesão da medula 
espinhal. 
SUBLUXAÇÃO ROTATÓRIA 
O diagnóstico desse tipo de lesão é dificultado 
pelos seus sinais clínicos discretos, frequente 
ausência de déficit neurológico e dificuldade de 
obtenção de bons exames radiográficos. 
 Os pacientes geralmente apresentam dor e 
espasmo muscular na região cervical, ou torcicolo 
nos casos mais graves. 
A tomografia computadorizada facilita a realização 
do diagnóstico e avaliação do grau de desvio, 
sendo o exame de escolha nessas lesões. 
A lesão é puramente 
ligamentar e sua 
característica rotacional 
é devida à integridade 
do ligamento 
transverso, que permite 
a rotação do atlas sobre 
o processo odontóide. 
Fielding e Hawkins (1977) classificaram essas 
lesões em quatro tipos: 
 
Tipo 1 - luxação rotatória anterior com desvio 
< 3mm. 
Tipo 2 - luxação rotatória com desvio 3-5mm. 
Tipo 3 - luxação rotatória com desvio > 5mm. 
Tipo 4 - desvio posterior. 
O tratamento dessas lesões deve ser iniciado 
por meio de tração craniana para a redução da 
lesão, que deve ser imobilizada por meio de 
halo-gesso ou gesso minerva durante 12 
semanas, após a obtenção da redução. 
A redução pode ser de difícil obtenção em 
alguns casos, sendo necessárias manobras sob 
anestesia geral, que devem ser realizadas com 
muita cautela devido ao risco de lesão 
neurológica. 
FRATURAS DO ATLAS 
As fraturas do atlas são lesões raras e 
correspondem a cerca de 2% de todas as fraturas 
da coluna vertebral. 
 A associação da fratura do atlas com as do áxis é 
muito frequente e, apesar de rara, pode ocorrer 
lesão ou trombose da artéria vertebral, que deve 
ser presumida na presença de sintomas de 
insuficiência vertebrobasilar (tontura, vertigem, 
cefaléia, visão borrada, nistagmo) concomitantes à 
fratura do arco posterior do atlas. 
Com exceção das fraturas produzidas pelos 
projéteis de arma de fogo, as do atlas são 
resultantes de forças aplicadas sobre a cabeça; 
a energia do impacto é absorvida pelo atlas que 
se encontra encarcerado entre os côndilos 
occipitais e as facetas articulares superiores do 
áxis. 
Esse mecanismo de trauma explica a 
importância da procura de fraturas nos 
pacientes com ferimentos ou traumatismos da 
cabeça, couro cabeludo ou face. 
O tratamento das fraturas do atlas está 
diretamente relacionado com a sua 
estabilidade, presença de lesões associadas e 
estado geral do paciente. 
As fraturas isoladas do arco anterior ou 
posterior do atlas, as fraturas do processo 
transverso ou fraturas por avulsão do arco 
anterior são fraturas estáveis e podem ser 
tratadas por meio de órtese cervical por um 
período de seis a 12 semanas. 
Outra opção de tratamento das fraturas 
instáveis é a realização de artrodese entre C1 e 
C2, que pode ser efetuada na fase aguda da 
fratura ou após a tração com halo por um 
período de quatro a seis semanas. 
FRATURAS DO PROCESSO ODONTÓIDE 
As fraturas do processo odontóide representam 
7% a 15% das fraturas da coluna cervical. Essas 
fraturas apresentam características muito 
diferentes (incidência, epidemiologia, 
mecanismo de trauma, características clínicas e 
conduta terapêutica), de acordo com a idade 
dos pacientes, que diferenciam as fraturas da 
criança, do adulto jovem e idosos. 
Em crianças com idade inferior a sete anos, o 
processo odontóide está acometido em 75% dos 
traumatismos da coluna cervical, devido à 
interposição de sincondrose, entre o processo 
odontóide e o corpo de C2, sendo a parte da 
vértebra mais vulnerável às fraturas. 
A maior percentagem das fraturas do processo 
odontóide ocorre nos adultos; nos adultos jovens 
as fraturas são geralmente causadas por trauma de 
alta energia (acidente automobilístico, queda de 
grande altura, etc.), estando por isso associadas a 
outras lesões). Acima dos 70 anos de idade a 
fratura do processo odontóide é a mais frequente 
ao nível da coluna cervical. 
A classificação proposta por Anderson e 
D'Alonzo baseia-se na localização da linha da 
fratura e tem sido a mais utilizada e de maior 
aceitação. As fraturas foram divididas em três 
tipos: 
Tipo I - fratura obliqua através da parte próxima 
do processo odontóide. 
Tipo II - fratura na junção do processo 
odontóide com o corpo do áxis. 
Tipo III - fratura através do osso esponjoso do 
corpo do áxis. 
O tratamento conservador utilizando halo-gesso 
ou halo-vest apresenta consideráveis 
desvantagens nesse grupo de pacientes, devido 
ao alto índice de não consolidação das fraturas 
(25% a 30%) e complicações associadas ao seu 
uso. 
O repouso prolongado no leito é fator de risco 
para esses pacientes e a mortalidade é maior 
nos tratados conservadoramente, de modo que 
essa modalidade de tratamento para os idosos 
tem sido contra-indicada por alguns autores. 
O tratamento conservador utilizando halo-gesso 
apresenta consideráveis desvantagens nesse 
grupo de pacientes, devido ao alto índice de 
não consolidação das fraturas (25% a 30%) e 
complicações associadas ao seu uso. 
O repouso prolongado no leito é fator de risco 
para esses pacientes e a mortalidade é maior 
nos tratados conservadoramente, de modo que 
essa modalidade de tratamento para os idosos 
tem sido contra-indicada por alguns autores. 
TRAUMAS TORÁCICOS 
Trauma torácico é qualquer lesão 
física que ocorra no tórax e 
cavidade torácica. 
Há lesões que são fatais e ele é 
responsável por 25% de todas as 
lesões traumáticas. 
TRAUMAS TORÁCICOS 
TRAUMAS TORÁCICOS 
TRAUMAS TORÁCICOS 
 
As lesões de tórax são divididas naquelas que 
implicam em risco imediato à vida e que, 
portanto, devem ser pesquisadas no exame 
primário e naquelas que implicam em risco 
potencial à vida e que, portanto, são 
observadas durante o exame secundário. 
TRAUMAS TORÁCICOS 
 
Os métodos diagnósticos e terapêuticos devem 
ser precoces, para salvar a vida de um 
traumatizado torácico, não se necessita de 
grandes cirurgias, mas sim de um efetivo 
controle das vias aéreas, manutenção da 
ventilação, da volemia e da circulação. 
TRAUMAS TORÁCICOS 
 
Quanto ao Tipo de Lesão: 
 
● Aberto: São os ferimentos e fraturas expostas. 
● Fechado: São as contusões (observa-se 
hematomas e deformidades). 
TRAUMAS TORÁCICOS 
 
Quanto ao Agente Causal 
● FAF – Ferimento por arma de fogo 
● FAB – Ferimento por arma branca 
● Acidentes Automobilísticos 
● Quedas, golpes de luta ou choque com 
anteparo. 
TRAUMAS TORÁCICOS 
 
Quanto à Manifestação Clínica 
 
● Pneumotórax – ar (hipertensivo ou não) 
● Hemotórax - sangue 
● Contusão Pulmonar 
● Lesão de Grandes Vasos (aorta, artéria 
pulmonar, veias cavas) 
 
Mecanismos de lesão TRAUMA DIRETO 
 
A caixa torácica é golpeada por um objeto em 
movimento ou ela vai de encontro a uma estrutura 
fixa. 
Nesse caso, a parede torácica absorve o impacto e 
o transmite à víscera. 
Nesse tipo de trauma é frequente que o indivíduo, 
ao perceber que o trauma irá ocorrer, 
involuntariamente, inspire e feche a glote, o que 
poderá causar um pneumotórax. 
 
Mecanismos de lesão TRAUMA DE 
COMPRESSÃO 
 
Muito comum em desmoronamentos, 
construção civil, escavações, etc. Apresenta 
lesões mais difusas na caixa torácica, mal 
delimitadas e, se a compressão for prolongada, 
pode causar asfixia traumática, apresentando 
cianose cérvico-facial e hemorragia 
subconjuntival. 
Pode ser por mergulho (barotrauma) 
 
Mecanismos de lesão TRAUMA CONTUNDENTE 
 
Caracterizado por processo inflamatório em 
pulmão e/ou coração no local do impacto, 
causando edema e presença de infiltrado 
linfomonocitário o que caracterizará a contusão. 
Nesse tipo de trauma, o paciente terá dor local, 
porém sem alterações no momento do trauma. 
Após cerca de 24h, no entanto, o paciente 
apresentará atelectasia ou quadro semelhante à 
pneumonia 
 
Mecanismos de lesão TRAUMA CONTUNDENTE 
 
O choque frontal contra um obstáculo rígido,
como, por exemplo, o volante de um automóvel, 
causa à desaceleração rápida da caixa torácica com 
a continuação do movimento dos órgãos 
intratorácicos, pela lei da inércia. 
Isto leva a uma força de cisalhamento em pontos 
de fixação do órgão, causando ruptura da aorta 
logo após a emergência da artéria subclávia 
esquerda e do ligamento arterioso, que são seus 
pontos de fixação. 
 
Mecanismos de lesão TRAUMA PENETRANTE 
 
É o mecanismo mais comum de traumas 
abertos. Pode ser causado criminalmente ou 
acidentalmente por armas brancas, objetos 
pontiagudos, estilhaços de explosões, projéteis 
de arma de fogo etc. 
As armas brancas provocam lesões mais 
retilíneas e previsíveis, pela baixa energia 
cinética. 
Avaliação Inicial das Lesões Traumáticas Torácicas 
 
Vias aéreas – Aqui se deve certificar a 
permeabilidade das vias aéreas (a sensação tátil e 
ruidosa pelo nariz e boca do paciente nos orienta 
sobre distúrbios na troca gasosa). 
Também pode ser notado sinais de insuficiência 
respiratória, como tiragem de fúrcula, batimento 
da asa do nariz, etc. 
A orofaringe sempre deve ser examinada à procura 
de obstrução por corpos estranhos, 
particularmente em pacientes com alterações da 
consciência. 
Avaliação Inicial das Lesões Traumáticas Torácicas 
 
Respiração – Fazer uma rápida propedêutica do 
tórax, avaliando o padrão respiratório, através 
da amplitude dos movimentos torácicos, 
presença de movimentos paradoxais 
(afundamento torácico), simetria da 
expansibilidade, fraturas no gradeado costal, 
enfisema de subcutâneo, etc. 
Avaliação Inicial das Lesões Traumáticas Torácicas 
 
Circulação – Para sua avaliação faz-se a 
monitorização da pressão arterial, do pulso 
(qualidade, frequência, regularidade, etc. Ex: os 
pacientes hipovolêmicos podem apresentar 
ausência de pulsos radiais e pediosos), bem 
como de estase jugular e perfusão tecidual. 
Estes parâmetros são muito úteis para uma 
avaliação geral do sistema circulatório. 
 
Fraturas 
São as lesões mais comuns do tórax e assumem 
fundamental importância, pois a dor causada 
por elas dificulta a respiração e levam ao 
acúmulo de secreção. 
 
Fraturas 
 
As etiologias mais comuns das fraturas são o 
trauma direto e a compressão do tórax. 
Geralmente as lesões por trauma direto 
formam espículas que se direcionam para o 
interior do tórax, logo com maior 
potencialidade de lesar a cavidade pleural. 
 
Fraturas 
 
Nas lesões por compressão, as espículas se 
direcionam para fora, diminuindo a 
potencialidade de acometimento da cavidade 
pleural, porém, com maior chance de levar a 
um tórax instável e lesões de órgãos internos.. 
 
Fraturas 
 
As fraturas da caixa torácica dividem-se 
didaticamente em três tipos principais: 
fraturas simples de costelas 
afundamentos 
fraturas de esterno 
 
Fraturas de costelas 
É a mais comum das lesões ósseas da parede 
torácica, podendo ocorrer isoladamente ou 
associada a pneumotórax ou hemotórax. 
Fraturas dos últimos arcos costais podem se 
associar à lesão de fígado ou baço e a lesão dos 
primeiros arcos se associam a traumas graves 
com possíveis lesões vasculares 
 
Fraturas de costelas 
Diagnóstico 
● Dor e possível crepitação à palpação de ponto 
localizado (fraturado). 
● Nem sempre na radiografia simples mostra a 
fratura. Ela deve ser avaliada com bastante 
atenção, procurando-se bem a fratura e, nos 
casos de dúvida, repetir a radiografia em outras 
incidências. Lembramos que a porção anterior e 
cartilaginosa pode apresentar lesão não visível 
na radiografia. 
 
Fraturas de costelas 
Conduta Na fratura simples, não complicada, 
indicamos a sedação eficaz da dor com analgésicos. 
Se insuficiente, faz-se anestesia local no foco de 
fratura ou nos espaços intercostais adjacentes na 
porção mais posterior do tórax. 
Medidas como enfaixamento torácico devem ser 
evitadas, por serem pouco eficientes e por 
restringirem a mobilização torácica, dificultando a 
fisioterapia e predispondo a infecções pulmonares. 
 
Afundamentos (fraturas múltiplas de costelas) 
Estão associadas aos traumatismos mais graves do 
tórax e frequentemente também de outros órgãos. 
 
Define-se como fraturas múltiplas à fratura de dois 
ou mais arcos costais em mais de um local 
diferente, determinando perda da rigidez de parte 
ou de todo o envoltório ósseo torácico, fazendo 
com que essa parte do tórax possa se movimentar 
de uma maneira diferente do restante (movimento 
paradoxal do tórax). 
 
Afundamentos (fraturas múltiplas de costelas) 
Diagnóstico 
● À inspeção, presença de movimento paradoxal 
do tórax, isto é, depressão da região fraturada à 
inspiração e abaulamento à expiração. 
● À palpação nota-se crepitação nos arcos costais à 
respiração, com intensa dor. 
● Radiografia de tórax mostra os arcos fraturados 
(múltiplas soluções de continuidade), podendo-se 
ver a sua mudança de posição, da área flácida, 
conforme a radiografia for inspirada ou expirada. 
 
Afundamentos (fraturas múltiplas de costelas) 
O tratamento é feito pelo controle da dor e 
fisioterapia respiratória, sendo que nos casos mais 
graves é indicada a entubação orotraqueal com 
ventilação mecânica assistida, além de reposição 
volêmica. 
 
A terapêutica inicial inclui a correção da 
hipoventilação, oxigênio e a reposição volêmica. 
 
A terapia definitiva consiste em reexpandir o 
pulmão, garantir a oxigenação mais completa 
possível. 
 
Fraturas do Esterno 
São lesões raras, mas de 
alta mortalidade, devido à 
ocorrência de lesões 
associadas (contusão 
cardíaca, ruptura 
traqueobrônquica, 
ferimentos musculares) que 
devem ser pesquisadas 
concomitantemente. 
 
Fraturas do Esterno 
Indicação de fixação cirúrgica com fios de aço é 
mais frequente devido ao movimento paradoxal 
intenso e doloroso que pode ocorrer. 
A infiltração do foco de fratura esternal é 
conduta auxiliar de grande valor para o controle 
da dor. 
 
Pneumotórax (PTX) 
É a presença de ar na cavidade pleural, 
podendo levar à compressão do parênquima 
pulmonar e insuficiência respiratória. 
Nas contusões, dois mecanismos podem ser 
responsáveis pela lesão pulmonar com 
extravasamento de ar para a pleura, uma 
laceração do pulmão pela compressão aguda do 
tórax, ou uma espícula óssea, de uma costela 
fraturada, perfurando o pulmão. 
 
PNEUMOTÓRAX 
Se houver fístula de parênquima pulmonar com 
mecanismo valvulado o pneumotórax pode se 
tornar hipertensivo com desvio do mediastino 
para o lado contralateral, com torção das veias 
cavas e choque e se não for rapidamente 
tratado pode levar à morte. 
 
PNEUMOTÓRAX 
Diagnóstico 
● Dispnéia (relacionada ao grau de compressão do 
parênquima pulmonar). 
● Abaulamento do hemitórax afetado (mais nítido 
em crianças). 
● Ausência ou diminuição do murmúrio vesicular. 
● Nos casos de pneumotórax hipertensivo, 
aparecem sinais de choque com pressão venosa 
alta (estase jugular). 
● Radiografia de tórax revela a linha de pleura 
visceral afastada do gradeado costal. 
 
PNEUMOTÓRAX 
Diagnóstico 
● Dispnéia (relacionada ao grau de compressão do 
parênquima pulmonar). 
● Abaulamento do hemitórax afetado (mais nítido 
em crianças). 
● Ausência ou diminuição do murmúrio vesicular. 
● Nos casos de pneumotórax hipertensivo, 
aparecem sinais de choque com pressão venosa 
alta (estase jugular). 
● Radiografia de tórax revela a linha de pleura 
visceral afastada do gradeado costal. 
 
TRAUMA DA 
COLUNA 
LOMBAR 
 
 
 
TRAUMA DA COLUNA LOMBAR 
 
Trauma de alto impacto foi estatisticamente 
mais frequente e o mecanismo de lesão mais 
observado foi a queda de altura. 
 
Das vértebras acometidas, a 1ª lombar foi a 
mais afetada. Luxação foi diagnosticada em 
29,8% dos casos. 
 
 
TRAUMA DA COLUNA LOMBAR 
 
Acometem preferencialmente adultos jovens do 
sexo masculino. 
Esses traumatismos são acompanhados por 10 a 
30,0% de dano neurológico, que pode
dar-se no 
momento do trauma ou acontecer 
secundariamente. 
Serviços eficazes de resgate e de tratamento de 
pacientes com traumatismo raquimedular (TRM) 
são de vital importância para a diminuição das 
taxas de lesões secundárias. 
 
TRAUMA DA COLUNA LOMBAR 
 
40% dos casos, o trauma de coluna é causado 
por quedas. 
 Na sequência aparecem os acidentes de 
trânsito (23%), seguido de outros acidentes 
(20%) 
 
TRAUMA DA COLUNA LOMBAR 
 
Ocorre geralmente como resultado de traumas 
de alta energia (por exemplo, acidentes de 
trânsito e quedas de altura). 
Ele pode ocorrer espontaneamente em 
pacientes com distúrbios osteoporóticos, 
neoplásicos ou metabólicos da coluna. 
 
TRAUMA DA COLUNA LOMBAR 
 
É importante avaliar a fratura lombar quanto à 
instabilidade. 
 
Caso a decisão seja cirúrgica, quanto mais cedo 
ocorrer o procedimento, melhor. 
 
 
TRAUMA DA COLUNA LOMBAR 
 
Fraturas lombares são rupturas nas vértebras 
lombares da coluna vertebral. 
Elas podem estar associadas à ruptura dos 
complexos ligamentares e podem acarretar a 
instabilidade ou compressão de estruturas 
neurais. 
 
TRAUMA DA COLUNA LOMBAR 
 
As fraturas lombares são o desfecho usual de 
um trauma lombar. 
Outros desfechos incluem prolapso traumático 
do disco, lesão ligamentar e hematoma 
epidural, causando pressão na medula espinhal 
ou nas raízes nervosas; isso ocorre muito 
raramente sem uma fratura. 
 
TRAUMA DA COLUNA LOMBAR 
 
Fatores de risco: 
 
queda de uma altura 
acidente com veículo automotor 
idade >65 anos 
 
 
TRAUMA DA COLUNA LOMBAR 
 
Principais fatores diagnósticos: 
 
presença de fatores de risco 
dorsalgia 
hematomas 
dormência aguda/parestesia 
 
 
TRAUMA DA COLUNA LOMBAR 
 
Primeiras investigações a serem solicitadas: 
 
radiografia da coluna toracolombar (imagens 
anteroposterior e lateral) 
 
 
 
TRAUMA DA COLUNA LOMBAR 
 
Investigações a serem consideradas: 
 
tomografia computadorizada (TC) da coluna 
vertebral 
RNM da coluna vertebral 
mielotomografia 
 
 
 
TRAUMA DA COLUNA LOMBAR 
 
Os tipos mais comuns de fraturas que afetam a 
região lombar são as fraturas por compressão, que 
normalmente resultam de uma queda. 
Elas podem ser diagnosticadas através de uma 
radiografia. 
Na maioria das fraturas por compressão, repouso, 
fisioterapia, uso de coletes e cuidados médicos 
conservadores são eficazes. 
 
 
TRAUMA DA COLUNA LOMBAR 
 
No caso da osteoporose, as fraturas por 
compressão se desenvolvem frequentemente 
quando a densidade óssea diminui devido à 
osteoporose. As vértebras são especialmente 
suscetíveis aos efeitos da osteoporose. 
 
TRAUMA DA COLUNA LOMBAR 
 
As fraturas por compressão (que às vezes 
causam dor repentina e intensa nas costas) 
podem vir acompanhadas da compressão das 
raízes nervosas espinhais (que podem causar 
dor crônica nas costas). 
 
TRAUMA DA COLUNA LOMBAR 
 
Outro tipo de fratura comum é a fratura 
explosão, que decorre de compressão violenta, 
resultando em falha das vértebras. Neste caso, 
a altura vertebral é significativamente 
diminuída. Esta ruptura pode ser instável e 
necessitar estabilização imediata. 
 
TRAUMA DA COLUNA LOMBAR 
 
O tratamento da fratura de coluna lombar vai 
depender do tipo de lesão e da estabilidade. 
Para as lesões mais simples, o uso de 
medicação analgésica e anti-inflamatória 
associada ao repouso são medidas suficientes 
para a melhora do paciente. Já as fraturas ou 
lesões ligamentares devem ser avaliadas quanto 
à preservação ou não da estabilidade. 
 
TRAUMA DA COLUNA LOMBAR 
 
Lesões estáveis podem ser tratadas com o uso 
de colete de Jewet, usado em casos de fratura 
da coluna sem lesões na medula espinhal. 
Normalmente, este tipo de tratamento 
conservador é mantido por 8 a 12 semanas, até 
que as vértebras cicatrizem. 
 
TRAUMA DA COLUNA LOMBAR 
 
A lesão de determinadas estruturas pode gerar 
uma situação de instabilidade que consiste um 
critério de gravidade e necessita de tratamento 
cirúrgico adequado para readquirir essa 
propriedade. 
Normalmente, o tratamento envolve a 
descompressão dos nervos e estabilização 
cirúrgica da coluna. 
 
TRAUMA DA COLUNA LOMBAR 
 
Durante a recuperação, deve-se ficar de 
repouso relativo durante a primeira semana e 
iniciar lentamente as atividades diárias mais 
leves, como caminhar e sentar, evitando 
exercícios pesados, como correr, nadar ou 
levantar pesos. 
 
TRAUMA DA COLUNA LOMBAR 
Espondilolisteses 
 
TRAUMA DA COLUNA LOMBAR 
Espondilolisteses 
 
Espondilolistese significa escorregamento para 
frente de um corpo vertebral na coluna. 
O problema é mais comum na região lombar. 
Pacientes com espondilolistese podem ter dor, 
desvios posturais ou sintomas de compressão 
de nervo, irradiação e parestesias. 
 
TRAUMA DA COLUNA LOMBAR 
 
A espondilolistese degenerativa ocorre em 
decorrência do processo de osteoartrose 
causado pela degeneração discal levando há 
incompetência facetária. 
 
TRAUMA DA COLUNA LOMBAR 
 
A espondilolistese traumática é causada por 
fratura dos elementos posteriores, podendo ser 
em qualquer parte exceto na pars 
interarticularis, como por exemplo nos 
pedículos. 
 
TRAUMA DA COLUNA LOMBAR 
O fator causal da espondilolistese irá definir seu 
tipo: 
 
Diplásica (associada a defeito de formação) 
Ístimica (defeito vertebral por estresse mecânico, 
mais comum em crianças e adolescentes) 
Degenerativa (causada pelas alterações adaptativas 
da coluna ao processo de envelhecimento) 
Traumática (por quedas, acidentes) 
Patológica (relacionada à presença de tumores). 
 
TRAUMA DA COLUNA LOMBAR 
Fatores de risco 
 
Estresse por microtrauma de repetição do arco 
posterior como o que ocorre, por exemplo, em 
exercícios com movimentos de hiperlordose 
(hiperextensão) lombar. 
Os esportes de contato poderão causar lesão de 
um importante estabilizador vertebral, a pars 
interarticularis (estrutura que une os elementos 
posteriores da vértebra ao corpo vertebral). A 
lesão da pars interarticularis sem escorregamento 
vertebral é conhecida como espondilólise e é 
condição pré-escorregamento. 
 
TRAUMA DA COLUNA LOMBAR 
Sintomas de Espondilolistese 
Dor lombar, depressões da pele na região lombar, 
contratura da musculatura posterior da coxa (que 
pode causar dificuldade de marcha) e dor irradiada 
para os membros inferiores podem estar presentes 
independente do fator causal. 
Sintomas como dor noturna (na qual o paciente 
acorda durante a noite), perda de força ou 
sensibilidade nos membros inferiores são sintomas 
menos comuns, porém igualmente importantes. 
 
TRAUMA DA COLUNA LOMBAR 
 
 
Cerca de 80% da população geral deverá 
apresentar episódio de dor lombar ao decorrer 
da vida. No entanto, dor lombar persistente, 
que pode irradiar para os membros inferiores, é 
um sintoma que não deve ser deixado de lado 
 
TRAUMA DA COLUNA LOMBAR 
 
Diagnóstico de Espondilolistese 
Apesar de alguns dos sintomas serem 
indicadores indiretos de espondilolistese o 
diagnóstico é feito através de exames de 
radiografias simples, podendo ser 
complementado por tomografia 
computadorizada e ressonância magnética. 
 
TRAUMA DA COLUNA LOMBAR 
TRATAMENTO 
Nos casos mais graves de escorregamento ou nos 
quais o paciente tem dor refratária ao tratamento 
conservador como através de uso de 
medicamentos e fisioterapia, podem ser indicados 
procedimentos ambulatoriais ou cirúrgicos. 
Nos casos de espondilolistese associada à dor 
lombar e/ou radicular (aquela que irradia para os 
membros inferiores) é possível utilizar artifícios 
como bloqueios para alívio da dor precedendo o 
tratamento fisioterápico. 
 
TRAUMA DA COLUNA LOMBAR 
TRATAMENTO 
Nos casos de espondilolistese ístmica, aquela 
que ocorre mais frequentemente em crianças e 
adolescentes deverá fazer parte das orientações 
mudança no estilo de vida de acordo com a 
sintomatologia e o grau de escorregamento,
incluindo restrição de atividades esportivas de 
contato e uso de órtese lombar (que deverá ser 
prescrita pelo médico especialista). 
 
TRAUMA DA COLUNA LOMBAR 
 
Complicações possíveis 
As principais complicações no caso de demora 
no diagnóstico e tratamento são a dor, um 
aumento do grau de escorregamento e o mais 
preocupante que é o déficit neurológico (perda 
sensitiva e motora). 
 
TRAUMA DA PELVE 
 
Fraturas de pelve geralmente resultam 
de traumas de alta energia. Em cerca de 90% 
dos casos há outras lesões associadas, sendo o 
prognóstico destes doentes relacionado 
principalmente à gravidade dessas lesões . 
Lesões abdominais nos traumatizados com 
fraturas de bacia. 
 
 
 
TRAUMA DA PELVE 
 
 
 
 
TRAUMA DA PELVE 
 
 
 
 
TRAUMA DA PELVE 
 
 
 
 
TRAUMA DA PELVE 
 
 
 
 
TRAUMA DA PELVE 
 
 
 
 
TRAUMA DA PELVE 
 
 
 
 
TRAUMA DA PELVE 
 
 
 
 
TRAUMA DA PELVE 
 
As fraturas pélvicas podem comprometer a 
sínfise púbica, o acetábulo, articulação 
sacroilíaca ou o sacro. Elas variam de lesões 
estáveis com desvio mínimo causadas por 
quedas de baixo impacto a lesões instáveis com 
desvio drástico e que podem causar hemorragia 
maciça. 
 
 
TRAUMA DA PELVE 
 
Também podem ocorrer lesões geniturinárias, 
intestinais e neurológicas. O diagnóstico é por 
radiografia e geralmente TC. Fraturas estáveis 
leves só requerem tratamento sintomático. As 
fraturas instáveis e as fraturas com hemorragia 
significativa geralmente exigem fixação externa 
ou redução aberta com fixação interna. 
 
TRAUMA DA PELVE 
 
Os ossos pélvicos, com os ligamentos 
sacroilíacos anterior e posterior e as 
articulações fibrosas entre os ossos 
(sindesmose), formam um anel. 
A fratura pélvica pode ou não pode romper o 
anel; o rompimento do anel resulta de fraturas 
em ≥ 2 locais e provoca instabilidade. 
 
TRAUMA DA PELVE 
Complicações 
Muitas estruturas anatômicas importantes 
atravessam a pelve e muitas vezes são lesadas. 
Lesões vasculares (p. ex., lesões da veia ilíaca) 
podem ocorrer e causar hemorragia 
significativa, principalmente em fraturas 
pélvicas posteriores. 
A hemorragia pode ser externa (indicando 
fratura exposta) ou apenas interna; ambas 
podem causar choque hemorrágico . 
 
TRAUMA DA PELVE 
 
A maioria das fraturas pélvicas resulta de lesões 
de alta energia, mais comumente causadas por 
acidentes de trânsito (incluindo 
atropelamentos) ou queda de altura. 
Algumas (p. ex., fraturas do ramo sinfisário ou 
púbico) resultam de lesões menores ou de 
baixo impacto (p. ex., quedas em casa), 
especialmente em pacientes com osteoporose. 
 
TRAUMA DA PELVE 
 
Algumas fraturas pélvicas, geralmente em 
adolescentes com placas de crescimento 
abertas, são pequenas fraturas por avulsão da 
parte anterior da coluna vertebral ou da parte 
inferior ilíaca ou da tuberosidade isquiática. 
 
TRAUMA DA PELVE 
 
Sinais e sintomas 
A maioria dos pacientes com fratura pélvica tem 
dor na região inguinal e/ou dor lombar. A 
compressão da sínfise púbica ou a compressão 
simultânea de ambas as espinhas ilíacas 
anterossuperiores é normalmente dolorosa, em 
especial em fraturas graves, e podem indicar 
instabilidade. 
 
TRAUMA DA PELVE 
 
Lesões geniturinárias e/ou ginecológicas 
(geralmente vaginais) incluem: 
Sangue no meato uretral 
Hematoma escrotal ou perineal 
Hematúria - Anúria 
Próstata alta 
Sangramento vaginal 
 
TRAUMA DA PELVE 
 
Lesões intestinais ou retais podem causar: 
 
Dor abdominal ou pélvica 
Sangramento retal 
Peritonite tardia 
 
TRAUMA DA PELVE 
 
Lesões neurológicas podem causar: 
 
Fraqueza ou perda de sensibilidade e reflexos 
nos membros inferiores, no reto ou no períneo 
Incontinência - Retenção urinária 
A taxa de mortalidade é alta quando as fraturas 
são instáveis ou posteriores, ou ainda quando 
causam choque hemorrágico. 
 
TRAUMA DA PELVE 
 
Diagnóstico: 
Radiografias simples 
Geralmente, TC 
Deve-se considerar fratura pélvica se os 
pacientes tiverem dor na região pélvica ou no 
quadril ou tiveram trauma grave. Radiografia 
anteroposterior da pelve revela a maioria das 
fraturas. 
 
TRAUMA DA PELVE 
 
Diagnóstico: 
O desvio da fratura indica ruptura do anel 
pélvico, sugerindo outra fratura ou ruptura da 
sindesmose ou dos ligamentos. Podem ser 
necessárias incidências específicas. 
 
TRAUMA DA PELVE 
 
Os testes incluem: 
Exame de urina para verificar hematúria 
Exame neurológico 
Fazer exame pélvico nas mulheres para verificar 
lesão vaginal 
Uretrograma retrógrado para verificar se lesão 
uretral, se indicado 
 
TRAUMA DA PELVE 
 
Tratamento: 
Nas fraturas estáveis, normalmente somente 
tratamento sintomático 
Para fraturas instáveis, fixação externa ou 
redução aberta e fixação interna (RAFI) 
Em caso de hemorragia importante, a fixação 
externa ou, algumas vezes, embolização por 
angiografia ou estabilização pélvica 
 
TRAUMA DA PELVE 
 
Tratamento: 
 
Em geral, fraturas pélvicas estáveis só exigem 
tratamento sintomático, principalmente quando 
os pacientes conseguem caminhar sem ajuda. 
 
TRAUMA DA PELVE 
 
Tratamento: 
 
Em geral, fraturas pélvicas estáveis só exigem 
tratamento sintomático, principalmente quando 
os pacientes conseguem caminhar sem ajuda. 
 
TRAUMA DA PELVE 
 
Tratamento: 
 
A Fisioterapia inclui cinesioterapia, 
eletrotermofoto, hidroterapia e reeducação da 
marcha em casos mais relevantes onde o 
paciente fica muito tempo acamado.

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