Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
U N IV E R SI DA D E FE DE R AL DO A MA ZON A S I N STIT U T O DE CI ÊN C IA S EX AT A S E TE C NOL OGIA - I C ET CURSO DE LIC. EM CIÊNCIAS: QUÍMICA E BIOLOGIA Físico-Química Experimental RELATÓRIO DE PRÁTICA CALOR DE DISSOLUÇÃO ITACOATIARA – AM 2022 U N IV E R SI DA D E FE DE R AL DO A MA ZON A S I N STIT U T O DE CI ÊN C IA S EX AT A S E TE C NOL OGIA - I C ET CURSO DE LIC. EM CIÊNCIAS: QUÍMICA E BIOLOGIA Físico-Química Experimental KELLY CRISTINA LOPES DA SILVA SIDRAC SADOC ROSAS BARBOSA RELATÓRIO DE PRÁTICA CALOR DE DISSOLUÇÃO Relatório de prática do Calor de Dissolução da disciplina de Físico- Química Experimental apresentada como nota parcial ao professor doutor Elson Almeida de Souza. ITACOATIARA – AM 2022 U N IV E R SI DA D E FE DE R AL DO A MA ZON A S I N STIT U T O DE CI ÊN C IA S EX AT A S E TE C NOL OGIA - I C ET CURSO DE LIC. EM CIÊNCIAS: QUÍMICA E BIOLOGIA Físico-Química Experimental RESUMO o calor de dissolução é a variação de entalpia observada na dissolução de 1 mol da substância (soluto) em solvente suficiente para se considerar a solução como diluída. É importante por indicar o calor integral e diferencial da dissolução, no qual o primeiro é o calor absorvido ou liberado quando 1 mol de soluto se dissolve numa quantidade de solvente adequada para uma dissolução de concentração desejada. Para determinar o calor de dissolução do ácido benzóico a partir das medidas de sua solubilidade em solução aquosa a diferentes temperaturas tais com: 25°, 35º e 45ºC. Nas duas primeiras titulações utilizamos temperaturas mais baixas na qual a titulação de base na concentração de 0,049 mol/L e na última temperatura de 45º graus utilizamos uma base de 0,097 mol/L, obtivemos uma média de volume de 15,5 na primeira titulação, 20,0 na segunda e 12,25 na terceira com intervalo de 10ºC entre as temperaturas. Com a ionização do ácido benzoico foi possível calcular a concentração das soluções geradas após a dissolução. Temos a 25ºC – M1 = 0,0379 mol/l, 35ºC – M1 = 0,049 mol/l e a 45ºC – M1 = 0,0594 mol/l. Com os valores dessas molaridades podemos calcular a massa do ácido benzoico que foi dissolvida em cada uma das amostras, em 25ºC – M = 0,4628g, 35ºC – M = 0,5983g e a 45ºC – M = 0,7253g. A partir desses dados pode-se calcular o calor de dissolução através da inclinação do gráfico LogS x 1/T (K ^-1), foi possível observar que a reta decrescente, tendo um valor negativo de -1388,2. Com a inclinação da reta foi possível calcular o calor de dissolução do ácido benzoico, sendo este, ∆Hdissol = 11,542 KJ/mol. Concluímos que apesar da distância do valor encontrado na literatura (30,26 KJ/mol), o resultado foi coerente e comprovou-se que o experimento foi realizado de forma correta. U N IV E R SI DA D E FE DE R AL DO A MA ZON A S I N STIT U T O DE CI ÊN C IA S EX AT A S E TE C NOL OGIA - I C ET CURSO DE LIC. EM CIÊNCIAS: QUÍMICA E BIOLOGIA Físico-Química Experimental SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO.............................................................................................. 04 2. PARTE EXPERIMENTAL.......................................................................... 05 2.1 material e Reagente................................................................................. 05 3. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL...................................................... 06 4. RESULTADO E DISCUSSÃO..................................................................... 06 4.1 Determinação da concentração de ácido benzóico para 25º,35º e 45ºC ........ 07 4.2 Determinação da massa dissolvida em 100g de água ........................... 08 4.3 Determinar o calor de dissolução ∆dissol ............................................. 09 5. CONCLUSÃO............................................................................................... 11 6. REFERENCIA BIBIOGRAFICA............................................................... 12 4 INTRODUÇÃO O estudo da energia e de suas transformações é conhecido como termodinâmica, ou seja, o calor absorvido ou liberado nas reações químicas empregadas. Este campo de estudo surgiu durante a Revolução Industrial, quando foram desenvolvidas as relações entre calor, trabalho e combustíveis em motores a vapor. A parte da termodinâmica que estuda as relações existentes entre as reações químicas e as variações de energia que envolve calor é denominada termoquímica. (BROWN et al, 2005). Nesse sentido as reações químicas sempre estão acompanhadas de uma liberação ou absorção de energia. Se a energia dos produtos for menor que a energia dos reagentes, então o sistema libera energia na forma de calor (reação exotérmica), causando aumento na temperatura do meio. Por outro lado, se a energia dos produtos for maior que a energia dos reagentes, o sistema absorve energia durante a reação (reação endotérmica), retirando calor do meio e consequentemente diminuindo a temperatura do sistema. (UFJF, 2018). Só existe transferência de calor quando há uma diferença de temperatura entre dois sistemas. Para UFMA (2020), o calor de dissolução é a variação de entalpia observada na dissolução de 1 mol da substância (soluto) em solvente suficiente para se considerar a solução como diluída. É importante por indicar o calor integral e diferencial da dissolução, no qual o primeiro é o calor absorvido ou liberado quando 1 mol de soluto se dissolve numa quantidade de solvente adequada para uma dissolução de concentração desejada. 5 O processo de solubilização de uma substância química resulta da interação entre a espécie que se deseja solubilizar (soluto) e a substância que a dissolve (solvente), e pode ser definida como a quantidade de soluto que dissolve em uma determinada quantidade de solvente, em condições de equilíbrio. (MARTINS et al, 2018). Segundo MARTINS (et al, 2018) ressalta que a dissolução de um sólido ou de um líquido em outro líquido é um processo que requer energia necessária para vencer as atrações existentes entre as moléculas que constituem o soluto, bem como vencer as forças existentes entre as próprias moléculas do solvente. Ou seja, as forças de atração entre as moléculas do soluto e do solvente devem ser intensas o suficiente para compensar o rompimento das forças de atração entre as moléculas do soluto e entre as moléculas do solvente. Portanto o processo de dissolução de qualquer espécie é explicado de maneira adequada através da análise da energia que surge do estabelecimento de novas interações entre soluto e solvente, além dos fatores relacionados à variação de entropia (DS). Como o fator entropia favorece a formação das soluções, estas serão formadas se a variação da entalpia que acompanha o processo for negativa, zero ou fracamente positiva. No entanto, se a variação de entalpia for muito positiva, a variação da entropia não será suficiente para resultar uma variação de energia livre menor que zero, sendo o processo de dissolução não espontâneo. (MARTINS et al, 2018). Diante disso, esse relatório teve como objetivo determinar o calor de dissolução do ácido benzóico a partir das medidas de sua solubilidade em solução aquosa a diferentes temperaturas. PARTE EXPERIMENTAL Material e reagentes • 4 Erlenmeyers de125 mL; • Chapa aquecedora; • 1 Termômetro; • Balões volumétricos de 250 mL; • 1 Pipeta volumétrica de 20 mL; • 250 mL de solução NaOH (KOH) 0,1 N; 6 • 1 Bureta de 25 ou 50 mL; • 500 mL de solução NaOH (KOH) 0,05 N; • 1 Proveta de 100 mL; • Ácido Benzóico p.a; • 1 Béquer de 500 mL; • Fenolftaleína; • Bastão de vidro; • Termostato.4. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL Colocou-se 2 g de ácido benzóico (p.a.) em um dos erlenmeyers. Em seguida adicionou-se 100 mL de água destilada e quente, em torno de 70ºC. Posteriormente mergulhou-se o erlenmeyer com a solução no termostato a 25ºC. Aguardou-se até que o equilíbrio térmico seja atingido (o tempo é da ordem de 10 minutos, se a solução for agitada periodicamente). Dando continuidade no experimento, deixou-se o sólido em repouso. Pipetou-se 20 mL do sobrenadante (esta operação deve ser rápida; não permitir o ingresso voluntário de partículas sólidas dentro da pipeta; para prevenir a cristalização do ácido no interior da pipeta, esta deve estar numa temperatura ligeiramente acima da temperatura da solução). Em seguida transferiu-se a amostra a outro erlenmeyer (qualquer ácido benzóico cristalizado dentro da pipeta deve ser levado para dentro do erlenmeyer com água quente). Titulou-se a amostra com uma solução padronizada de hidróxido de sódio 0,05 N (padronizada). Utilizou-se a fenolftaleína como indicador. E por fim repetiu-se o procedimento anterior com o termostato a 35ºC e 45ºC. As amostras da solução de ácido benzoico a alta temperatura (45ºC) devem ser tituladas com hidróxido de sódio 0,1 mol/L (padronizada). Se houver tempo faça pelo menos duas determinações em cada temperatura. RESULTADOS E DISCUSSÃO No decorrer do experimento podemos observar que ao titular soluções de ácido benzóico oriundas da dissolução do material em água para diferentes 7 temperaturas, em torno de 25º, 35º e 45º graus, havendo um intervalo de 10º graus entre cada temperatura. Nas duas primeiras titulações utilizamos temperaturas mais baixas na qual a titulação de base na concentração de 0,049 mol/L e na última temperatura de 45º graus utilizamos uma base de 0,097 mol/L, obtivemos uma média de volume de 15,5 na primeira titulação, 20,0 na segunda e 12,25 na terceira como descrito na tabela abaixo: Tabela 1- Dados obtidos no experimento T (C) Conc. Da Base (mol/L) Vbase (mL) 25ºC 0,049 15,5 ml 35ºC 0,049 20,0 ml 45ºC 0,097 12,25 ml Fonte: Próprio autor (2022). Com base nos dados, obtivemos uma completa ionização do ácido benzóico, foi possível calcular a concentração das soluções de ácido benzóico geradas através da dissolução. Determinação da concentração de ácido benzóico em diferentes temperaturas. Através dos cálculos, foi possível constatar que houve um aumento de concentração, a cada temperatura, deste modo, fazendo o ácido benzóico ser dissolvido 25ºC M1.V1 = M2.V2 M1.20 = 0,049.15.5 M1.20 = 0,759 M1 = 0,759/20 M1 = 0,0379 mol/L. 35ºC M1.V1 = M2.V2 M1.20 = 0,049.20,0 M1.20 = 0,98 M1 = 0,98/20 M1 = 0,049 mol/L. 45ºC M1.V1 = M2.V2 M1.20 = 0,097.20,0 M1.20 = 1,188 M1 = 1,188/20 M1 = 0,0594 mol/L. 8 ainda mais, conforme visto na literatura. Visto essas molaridades, podemos calcular a massa do ácido benzóico que foi dissolvida em cada experimento a partir das seguintes equações: Determinação da massa dissolvida em 100g de água. 25°C M = m.m x v (l) M = 0,0379 (mol/l).122,12 (g/mol).0,1(l) M = 0,4628g. 35°C M = m.m x v (l) M = 0,049 (mol/l).122,12 (g/mol).0,1(l) M = 0,5983g. 45°C M = m.m x v (l) M = 0,0594 (mol/l).122,12 (g/mol).0,1(l) M = 0,7253g. Com os cálculos obtidos, foi possível ver uma certa coerência no resultado, pois na massa dissolvida (se houver um aumento na temperatura haverá um aumento processo de dissolução). A partir das massas que foram solubilizadas, foi possível obter os seguintes dados prescrito na tabela a seguir: Tabela 2 – Dados obtidos no experimento T (C) Conc. Da Base (mol/L) Vbase (mL) Conc. Do ácido (mol/L) Massa dissolvida em 100g de H2O (g) 25ºC 0,049 15,5 ml 0,0379 mol/L 0,4628g. 35ºC 0,049 20,0 ml 0,049 mol/L 0,5983g 45ºC 0,097 12,25 ml 0,0594 mol/L 0,7253g Fonte: Próprio autor (2022). 9 Determinar o calor de dissolução ∆dissol. Para Saber os valores de 1/T (K -1) e InS, fizemos os seguintes cálculos: 1/T (K -1) 273,15+25 = 298,15 1/298.15 = 3,35x10-3 1/308.15 = 3,24x10-3 1/318,15 = 3,14x10-3 InS Log (0,4628) = - 0,42; Log (0,5983) = - 0,22; Log (0,7253) = - 0,13. Com base nesses dados pode-se calcular o valor de dissolução a partir da inclinação do gráfico LogS x 1/T (K^ -1) cujos os dados estão explanados na tabela 3 que antecede o gráfico em questão: Tabela 3 – Dados obtidos no experimento T (C) 1/T (K ^-1) Conc. Da Base (mol/L) Vbase (mL) Conc. Do ácido (mol/L) Massa dissolvida em 100g de H2O (g) InS 25ºC 3,35x10-3 0,049 15,5 ml 0,0379 mol/L 0,4628g. - 0,42 35ºC 3,24x10-3 0,049 20,0 ml 0,049 mol/L 0,5983g - 0,22 45ºC 3,14x10-3 0,097 12,25 ml 0,0594 mol/L 0,7253g - 0,13 Fonte: Próprio autor (2022). Gráfico 1 – LogS x 1/T (K ^-1) 10 Fonte: Próprio autor (2022). Através do gráfico foi possível observar que a reta decrescente, tendo um valor negativo de -1388,2. Tendo em vista a inclinação da reta é possível calcular o calor de dissolução do ácido benzóico. dlnS/d(1/T) = ∆Hdissol/R -1388,2K = ∆Hdissol / 8,31451 ∆Hdissol = 1388,2 x 8,31451 ∆Hdissol = 11,542 KJ/mol Tabela 4. Entalpia de dissolução (ΔHdissol) experimental M ΔHdissol -1388,2K 11,542 KJ/mol Fonte: Próprio autor (2022). O valor encontrado para entalpia de dissolução mostra-se um processo endotérmico, com absorção de calor e com diminuição da energia aplicada, observou-se que um processo com resultado acima de 0, ou se for comparado com o valor descrito na literatura de 30,26 KJ/mol, apresentou um desvio padrão de 13,23 KJ/mol, sendo um valor menor que o esperado, mas que está coerente com o que se esperava no experimento. -0.42 -0.22 -0.13 y = -1388.2x + 4.2458 R² = 0.965 3.10E-03 3.15E-03 3.20E-03 3.25E-03 3.30E-03 3.35E-03 3.40E-03 LN S 1/T(K^-1) LOgs x 1/T (K^-1) 11 CONCLUSÃO Concluímos que através do experimento e mediante aos conhecimentos prévios e teóricos, foi possível medir o calor de dissolução do ácido benzóico na qual o resultado mostrou-se bastante satisfatório. Apesar da distância do valor encontrado na literatura, o resultado foi coerente e comprovou-se que o experimento foi realizado de forma correta. 12 REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA BROWN, T.L.; LEMAY Jr., H.E.; BURSTEN, B.E.; BURDGE, J.R. Química – A Ciência Central, 9ª ed., Pearson Education do Brasil Ltda: São Paulo, 2005. Itens. 5.4 a 5.7, p. 150-165. MARTINS, Cláudia Rocha; LOPES, Wilson Araújo; ANDRADE, Jailson Bittencourt de. Solubilidade das substâncias orgânicas. Química Nova, v. 36, n. 8, p. 1248-1255, 2013. Disponível em: <https://www.ufjf.br/quimica/files/2015/06/AULA-9.pdf>, Acesso: 08/03/2022 às 18:38h. UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO. Calor de dissolução. Relatório de Físico-Química Experimental. Maranhão, 2020. https://www.ufjf.br/quimica/files/2015/06/AULA-9.pdf
Compartilhar