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@gabiviieira Infecções de vias aéreas superiores Ø Vias aéreas superiores: nariz, cavidades nasais, faringe e laringe. - Tonsila faringe (adenoide), palatina e lingual. Ø Epitélios que revestem essas estruturas: epitélio pavimentoso estratificado (orofaringe e nasofaringe) e epitélio colunar ciliado (seios paranasais, orelha média e vias aéreas localizadas abaixo da epiglote). - Graus de hipertrofia amigdaliana Ø Seios da face: à Infeccoes de vias aereas superiores • Rinofaringite aguda ou resfriado comum • Síndrome gripal/síndrome respiratória aguda grave • Rinossinusopatia aguda ou rinossinusite aguda • Tonsilite aguda • Laringite aguda ou “crupe” • Epiglotite • Otite média aguda @gabiviieira è Caso clinico à Resfriado comum • Ou rinofaringite aguda • É o processo inflamatório agudo de etiologia viral. • Acomete a cavidade nasal, faringe e seios da face. • Frequente em: o Lactentes e pré-escolares 7 a 12 episódios/ano o Escolares 6 a 10 episódios/ano o Adolescentes de 2 a 4 episódios/ano o Crianças que frequentam creches ou berçários apresentam risco maior de apresentar resfriados de repetição. • Etiologia: o Rinovírus 30-50% o Adenovírus < 5% o VSR 5% o Influenza 5-15% o Parainfluenza 5% o Corona vírus 10-15% • Diagnóstico: o CLÍNICO o Sinais e sintomas - Febre, tosse, coriza, obstrução nasal, cefaleia, mialgia, inapetência, irritabilidade, odinofagia, sensação de plenitude nos ouvidos. o Exame físico - Secreção clara e hialina - Hiperemia orofaringe e orelha média - Roncos a ausculta pulmonar o Evolução e história natural - Aparecimento dos sintomas 12h – 7 dias após exposição - Duração pode variar de 2 a 14 dias • Tratamento: o Suporte - Antitérmicos e analgésicos - Lavagem nasal/inalação com SF - Aumento da ingesta hídrica o Prevenção - Lavagem de mãos - Contato interpessoal - Contato com secreções • Complicações: o Quando suspeitar: - Aparecimento de febre persistente - Piora do estado geral - Secreção amarelada e persistente com tosse secretiva principalmente a noite. è Caso clinico 2 Sibilância recorrente @gabiviieira à Sindrome gripal • A influenza sazonal é uma doença infecciosa das vias aéreas febril e aguda. • Em grupos vulneráveis e com maior risco para complicações, a doença pode evoluir para formas mais graves como a síndrome respiratória aguda grave (SRAG) que pode ter como desfecho o óbito. • Para o correto manejo clínico da influenza, é preciso considerar e diferenciar os casos de síndrome gripal (SG) e síndrome respiratória aguda grave (SRAG). • Definição: • Manejo clínico: o Uso do antiviral específico em SG/SRAG em pacientes suspeitos para influenzae com fatores de risco para complicações: - Grávidas e puérperas - Adultos >= 60 anos - Crianças < 5 anos (em especial < 2 anos) - População indígena aldeada - Indivíduos < 19 anos em uso prolongado AAS (Sd. De Reye) - Comorbidades: § Pneumopatias (incluindo asma); § Cardiovasculopatias (excluindo HAS); § Nefropatias; Hepatopatias; § Doenças hematológicas; § Distúrbios metabólicos; § Transtornos neurológicos. o Fosfato de Oseltamivir: - Inibidor seletivo da neuraminidase - Impede a entrada do vírus em células não infectadas - Impede a liberação das partículas virais formadas nas células infectadas e a expansão do vírus no organismo - Tratamento oportuno 48 hs • Prevenção o Vacina contra influenza: composta por cepas inativadas do vírus influenza A (H1N1, H3N2) e influenza B. - Recomendada pelo calendário da Sociedade Brasileira de Pediatria - 1ª dose: 6 meses (primovacinação em menores de 9 anos deve ser com 2 doses com intervalo de 1 mês entre as doses) - Reforço: anual @gabiviieira è Continuacao caso è Caso clinico 3 - Hipótese diagnóstica: rinossinusite aguda ou otite média aguda (?) à Otite media aguda • Inflamação da mucosa que reveste a cavidade timpânica • Doença de início súbito, caracterizada pela presença de sinais e sintomas sugestivos de inflamação aguda no ouvido • Presença de efusão em ouvido médio: seroso, mucoide e purulento. • Epidemiologia: o 60 a 80% das crianças apresentam ao menos 1 episódio de OMA no 1º ano de vida o 90% das crianças apresentam o primeiro episódio de OMA antes de completar 5 anos de idade • Fatores de risco: o IVAS de repetição: 25 a 50% das crianças < 3 anos de idade: OMA (complicação) o Berçários e creches o Aleitamento materno: 3 meses diminui o risco da infecção em até 13% o Uso de chupetas: seu uso contínuo pode aumentar em até 25% o risco de OMA, principalmente de 6 a 12 meses de idade. o Exposição ao tabaco e ambientes poluídos aumenta o risco de OMA recorrente na infância. o Outros fatores: historia familiar, fatores genéticos, baixas condições socioeconômicas, alterações imunológicas, comorbidades (sd. De down, lábio leporino, fenda palatina, rinite alérgica, RGE, hipertrofia de adenoite) • Etiologia: • Diagnóstico: o Sinais e sintomas: - Início súbito, otalgia, febre, irritabilidade, vômitos, anorexia, cefaleia e otorreia o Abaulamento (hiperemiado) @gabiviieira o Efusão em ouvido médio • Tratamento: à Rinossinusite aguda • É a inflamação da mucosa que reveste os seios paranasais • Epidemiologia semelhante e proporcional às síndromes respiratórias virais • Fatores de risco semelhantes a OMA • Diagnóstico o Sinais e sintomas - Febre, tosse, coriza, obstrução nasal, cefaleia, inapetência, irritabilidade, halitose, náuseas e vômitos. o Exame físico - Coriza persistente - Secreção posterior • Vírus ou bactéria? o Parte de uma síndrome respiratória aguda (resfriado comum, síndrome gripal) -> rinossinusite viral (rinovírus, influenza, parainfluenza, VSR) o Complicação bacteriana de uma síndrome respiratória viral -> rinossinusite bacteriana (S. pneumoniae, H. influenzae não tipável, M. catarrhalis, S. aureus e anaeróbios) • Tratamento: • Complicações: o São muito raras o Orbitárias - Celulite pré-septal ou periorbitária - Celulite pós septal ou orbitária o Intracranianas - Abscesso @gabiviieira o Diagnóstico: § Clínico -> Toxemia, persistência ou recrudescimento da febre. -> Sinais focais no exame Físico. § Radiológico -> TC crânio -> TC seios da face -------- As TC têm: - Alta sensibilidade e baixa especificidade; - 25-50% da população das grandes cidades tem alteração nos seios da face sem sintomas - Resfriado comum – 87% de alterações em seio maxilar -------- Quando indicar: - Suspeita de complicações ou tumores - Avaliação para conduta cirúrgica à Crupe (laringite aguda viral) • Conjunto de doenças que acometem as VAS e se manifestam clinicamente o Rouquidão o Tosse ladrante o Estridor, predominantemente inspiratório. • Na maioria das situações sé de etiologia viral – “Crupe viral” • Grau de extensão do acomentimento das VAS o Laringe o Laringe e traqueia • Epidemiologia o É a principal causa de OVAS em criança o Responsável por 90% dos casos de estridor o Acomete crianças 1-6 anos de idade - Pico de incidência: 18 meses - Mais comum em meninos - Em menores de 2 anos – 8% necessitam internação hospitalar e 1% UTI o Ocorre, predominantemente, no outono e inverno, mas pode acontecer durante o ano inteiro. • Etiologia o Parainfluenza (1,2,3) o Influenza o VSR • Patogênese @gabiviieira • Diagnóstico o Sinais e sintomas - Febre, tosse rouca e abafada, coriza, obstrução nasal e choro rouco/abafado.o Exame físico - Estridor inspiratório - Piora clínica com agitação - Aumento da FR, FC e do esforço respiratório - Agitação - Sonolência - Cianose o Evolução - 3-7 dias - Pode durar até 14 dias o Clínico o Radiológico – Rx de coluna cervical - Sinal da ponta de lápis ou torre de igreja - Até 50% das crianças podem apresentar pelo estreitamento da região subglótica - DX – aspiração CE • Tratamento: o Corticosteróides - Dexametasona VO x IM (0,15-0,16mg/kg dose única) - Prednisolona (1-2mg/kg) - Budesonida (2mg/dia 12/12h 5 dias) – casos leves. o Epinefrina inalatória - Vasoconstrição local (alfa-adrenégico) o Suporte ventilatório • Diagnósticos diferenciais o Etiologia infecciosa - Supraglotite – epiglotite - Traqueíte bacteriana o Etiologia não infecciosa - Aspiração CE - Anafilaxia à Tonsilite aguda • Queixa frequente: 1,3-20% dos atendimentos em serviços de emergência pediátrica. • Causas: vírus x Estreptococo beta- hemolítico do grupo A: 15-30% • Difícil diferencias pelo quadro clínico • Diagnóstico: o Sinais e sintomas - Febre, tosse, coriza, obstrução nasal, cefaleia, inapetência, halitose, náuseas, vômitos e dor abdominal. o Exame físico • Vírus ou bactéria? o Diagnóstico: métodos microbiológicos - Cultura de orofaringe – padrão ouro - Desvantagem – 48 h p/ leitura (40% falso negativo < 24h) @gabiviieira - Prova rápida para detecção EBHGA = imunoensaio para detecção qualitativa do carboidrato A da membrana do antígeno -> especificidade (95-100% e sensibilidade (62% - 96,7%) - Se prova rápida negativa: colher cultura de orofaringe. • Tratamento: o Não-estreptocócica: sintomáticos o Causada por EBHGA: - Penicilina benzatina 50.000U/Kg (dose única - IM) - Amoxicilina 50 mg/kg/dia por 10 dias (1- 2x/dia - VO) - Se alergia a penicilina: Azitromicina, Cefalosporinas 1ª geração