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Enem Prova 2 - Ciclo 4 - Apagada

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Banca Poliedro
2013
Matemática e suas Tecnologias
 Linguagens, Códigos e suas Tecnologias 
Redação
Prova 2
Verifique se este caderno de questões contém um total de 95 questões, sendo 45 questões de Matemática e suas Tecnologias, 
50 questões de Linguagens, Códigos e suas Tecnologias, e 1 Proposta de Redação. 
ATENÇÃO: Cada aluno deverá escolher apenas 1 língua estrangeira (Inglês OU Espanhol) e marcar as respostas de 
acordo com a numeração da língua escolhida (86 a 90 – Inglês OU 91 a 95 – Espanhol), deixando em branco, na folha de 
respostas, os campos que NÃO corresponderem à prova escolhida. Independentemente da opção de língua estrangeira 
feita pelo aluno, qualquer marcação na prova de Inglês fará com que esta prova – e somente esta – seja considerada no 
momento da correção.
Para cada questão, existe apenas uma resposta correta.
Você deve ler cuidadosamente cada uma das questões e escolher a alternativa que corresponda à resposta correta. Essa 
alternativa (a, b, c, d ou e) deve ser preenchida completamente no item correspondente na folha de respostas que você 
recebeu, segundo o modelo abaixo. Observe:
Não será permitida nenhuma espécie de CONSULTA nem o uso de máquina calculadora ou de dispositivos eletrônicos, 
tais quais celulares, pagers e similares.
É proibido pedir ou emprestar qualquer material durante a realização da prova.
Você terá cinco horas e trinta minutos para responder a todas as questões e preencher a folha de respostas.
Não é permitida a saída antes de duas horas de duração da prova.
A
ERRADO ERRADO ERRADO CORRETO
A A A
1
2
3
4
5
6
7
8 Boa prova! 
Instruções para a prova
Ciclo 4
MT - 2° dia | Ciclo 4 - Página 2
2013 2013
matemática e suas tecnologias
QuestÕes De 1 a 45
QuestÃo 1 
Na matemática, um conjunto é uma coleção de ne-
nhum ou mais elementos. Uma exemplificação desse 
conceito é quando adicionamos produtos de um super-
mercado ao carrinho de compras ou quando vamos a 
uma feira de comércio popular e colocamos frutas em 
uma sacola, formando, assim, um conjunto. 
Considerando o exposto e com base na Teoria dos 
Conjuntos, é correto afirmar que todos os produtos 
disponíveis para compra em um supermercado e um 
carrinho de compras sem nenhum produto estão rela-
cionados, respectivamente, com: 
a o conjunto união, e com o conjunto interseção dos 
produtos disponíveis no supermercado e na feira 
popular.
B o conjunto união dos produtos disponíveis no super-
mercado e na feira popular, e com o conjunto vazio.
c o conjunto vazio, e com o conjunto universal dos 
produtos disponíveis no supermercado e na feira 
popular.
D o conjunto universo, e com o conjunto vazio dos 
produtos disponíveis no supermercado para um 
comprador.
e o conjunto universo, e com o conjunto unitário dos 
produtos disponíveis no supermercado para um 
comprador.
QuestÃo 2 
A Teoria dos Conjuntos facilita a resolução de proble-
mas matemáticos que envolvem o comportamento de 
certos grupos, especialmente quando estes se inter-
secionam, isto é, quando um elemento se comporta 
de acordo com dois ou mais grupos. Considere, como 
exemplo, o seguinte caso. 
Em uma escola, foi realizada uma pesquisa para coletar, 
entre todos os alunos, a preferência pelo Facebook, 
Twitter e/ou Instagram. Os resultados obtidos foram os 
seguintes:
• 200 alunos gostam do Facebook.
• 40 alunos gostam das três redes sociais.
• 60 alunos gostam do Facebook e do Instagram.
• 50 alunos gostam do Facebook e do Twitter.
• 20 alunos gostam somente do Twitter.
• 120 alunos gostam do Instagram.
• Todos os alunos gostam de pelo menos uma rede
social.
Com base nos dados obtidos na pesquisa e por meio 
da Teoria dos Conjuntos, é correto afirmar que há, nessa 
escola:
a 230 alunos. 
B 240 alunos. 
c 250 alunos. 
D 270 alunos. 
e 280 alunos. 
MT - 2° dia | Ciclo 4 - Página 3
2013 2013
QuestÃo 3 
Um empresário precisa defi nir o logotipo de uma nova 
marca de um produto que será lançando no mercado. 
Porém, ele está em dúvida entre três opções com as 
seguintes características:
I. 
10
10
α
α
II. 
12 12
60° 60°
III. 
9
15
12
20
Para facilitar a decisão, ele estabeleceu que o logotipo 
deveria apresentar dois triângulos congruentes. Dessa 
forma, dentre as fi guras apresentadas, ele poderia 
usar apenas:
a I.
B II.
c III.
D I e II.
e II e III.
MT - 2° dia | Ciclo 4 - Página 4
2013 2013
QuestÃo 4 
A equação de Clapeyron é um modelo teórico para ga-
ses perfeitos que relaciona pressão (P), volume (V) e 
temperatura (T) para uma quantidade (n) de gás. Essa 
relação é dada por PV = nRT, em que R é a constante 
universal dos gases perfeitos. 
Considere certa quantidade de um gás perfeito cuja 
relação entre pressão e temperatura é dada no gráfico 
a seguir. 
1,6
1,5
1,4
1,3
P
re
ss
ão
 (
at
m
)
1,2
1,1
1
0,9
190 200 210 220 230 240
Temperatura (Kelvin)
250 260 270 280 290 300 310
Com base nessas informações, pode-se afirmar corre-
tamente que se trata de uma função de grau 1 (afim) 
em que n R
V
⋅ é igual a: 
a 0,005 atm/K
B 0,010 atm/K
c 0,050 atm/K
D 200 atm/K
e 100 atm/K
MT - 2° dia | Ciclo 4 - Página 5
2013 2013
QuestÃo 5 
Uma faixa de azulejos decorativos será colocada no 
meio das paredes da cozinha de um restaurante cha-
mado Del’a Hull. Eles serão encaixados de dois em 
dois, sendo o primeiro um hexágono regular, e o se-
gundo um octógono regular, conforme a figura a seguir.
Del´a
x
Hull Del´a Hull
Com base nos dados apresentados, assinale a alter-
nativa que indica o valor correto de x.
a 90°
B 105°
c 120°
D 135° 
e 255° 
QuestÃo 6 
A prefeitura de uma cidade solicitou a uma empresa de 
construção civil o serviço de pintura para uma escola mu-
nicipal, com área de 4.950 m2, a ser realizado em um 
prazo de 12 dias. O responsável pela obra contratou 
10 pintores, que, em 3 dias, pintaram somente 900 m2. 
Ao perceber que havia cometido um equívoco de planeja-
mento, o responsável contratou mais pintores igualmente 
eficientes aos que foram contratados inicialmente, e os 
quais começavam o trabalho já no quarto dia, permitindo, 
assim, que a obra fosse terminada exatamente no prazo. 
Considerando as informações dadas, assinale a alter-
nativa que indica corretamente o número de pintores a 
mais que foram contratados. 
a 2 pintores.
B 5 pintores.
c 8 pintores.
D 10 pintores.
e 15 pintores.
MT - 2° dia | Ciclo 4 - Página 6
2013 2013
QuestÃo 7 
Uma praça de uma cidade, que tinha o formato circular, 
passou por uma reforma e agora tem todos os bancos 
e brinquedos em uma região com formato triangular, 
como ilustra a figura a seguir. No ponto O, centro da 
praça, será instalada uma grande torre, que garantirá 
a iluminação desse espaço público. 
O
O local onde será fixada a base da torre também é 
conhecido como: 
a mediana.
B mediatriz.
c baricentro. 
D ortocentro.
e circuncentro.
QuestÃo 8 
Segundo algumas pesquisas, o Facebook, a maior 
rede social do mundo, com mais de 1 bilhão de usuá-
rios, ficou em primeiro lugar no ranking brasileiro, em 
julho de 2012, com 55% de participação nos acessos 
– crescimento expressivo em relação aos 18% regis-
trados no mesmo período em 2011.
Se aproximarmos o crescimento percentual do 
Facebook, com base nos dados apresentados, por 
meio de uma função afim, em que 2011 é a origem 
das abscissas, o coeficiente linear dessa função será, 
aproximadamente:
a 0,12
B 0,14
c 0,16
D 0,18
e 0,20
MT - 2° dia | Ciclo 4 - Página 7
2013 2013
QuestÃo 9 
Uma toalha de banho retangular, com dimensões ini-
ciais de 70 cm × 140 cm, como indica a fi gura, sofrerá 
um encolhimento após a primeira lavagem, o qual será 
proporcional às dimensões iniciais, ou seja, o formato e 
a proporção da toalha serão mantidos.
70 cm
140 cm
Sendo x cm o encolhimento da largura da toalha após 
a primeira lavagem, a área fi nal da toalha será expressa, 
em centímetros quadrados, por:
a Af = 2(x – 70)2
B Af = 2(x – 7)2
c Af = x2 – 280x + 9.800
D Af = x2 – 28x + 9.800
e Af = x2 – 140x + 4.900
QuestÃo 10 
Os jogos de futebolinvadiram o mundo dos games 
desde a década de 1990. Hoje em dia, com os gráfi cos 
em 3D, é possível aproximar a brincadeira à realidade. 
Alguns consoles apresentam experiências mais emo-
cionantes, como bolas que simulam o chute ao gol. 
Assim, quem joga fi ca cada vez mais desligado do fato 
de que está participando de algo projetado para imitar 
a realidade. Para gerar essas sensações, os criadores 
dos jogos se preocupam com cada detalhe do que será 
experimentado e aplicam a matemática necessária para 
alcançar os resultados.
Em determinado jogo de video game, por trás do que 
está representado na tela, está o seguinte campo de 
futebol, em que ABCD formam um paralelogramo e 
MN//AD//BC, conforme a fi gura.
A
120°
25°
α
BM
D CN
Sabendo que DB é uma diagonal do paralelogramo, o 
valor do ângulo a, indicado na fi gura, é:
a 25°
B 35°
c 50°
D 70°
e 120°
MT - 2° dia | Ciclo 4 - Página 8
2013 2013
QuestÃo 11 
Dois testes, com notas de 0 a 10, foram aplicados a um 
grupo de 10 pessoas; as notas obtidas estão relacio-
nadas na tabela a seguir. 
teste 1 6,0 6,0 5,0 7,0 6,0 6,0 6,0 6,0 5,0 6,0
teste 2 10 9,0 1,0 0 2,0 10,0 9,0 8,0 7,0 3,0
Pode-se observar que os comportamentos do grupo 
nos dois testes não foram iguais. Assinale a alternativa 
que justifica corretamente essa diferença de comporta-
mento entre os testes.
a A variância das notas do teste 1 foi maior.
B O desvio padrão das notas do teste 1 foi maior.
c O desvio padrão das notas foi exatamente o mesmo. 
D A variância das notas do teste 2 foi maior.
e O desvio padrão das notas do teste 2 foi menor.
MT - 2° dia | Ciclo 4 - Página 9
2013 2013
QuestÃo 12 
Alguns cientistas realizaram um experimento contro-
lando o crescimento de uma população de coelhos. 
Com isso, constataram que, no 1° ano, a população 
não se alterou; no 2°, a população triplicou; e a popula-
ção foi aumentando nos anos seguintes, como indica a 
sequência da tabela a seguir. 
Ano População
1° x
2° 3x
3° 7x
4° 13x
5° 21x
 
É correto afirmar que a população de coelhos do 
10° ano será maior que a população inicial em: 
a 41 vezes.
B 47 vezes.
c 51 vezes.
D 63 vezes.
e 91 vezes.
Gráfico para as questões 13 e 14
60%
48%
36%
24%
P
er
ce
nt
ua
l d
e 
vi
si
ta
s
Crescimento das redes sociais de
Julho/11 a Julho/12
12%
0%
Ju
l 1
1
A
go
 1
1
S
et
 1
1
O
ut
 1
1
N
ov
 1
1
D
ez
 1
1
Ja
n 
12
F
ev
 1
2
M
ar
 1
2
A
br
 1
2
M
ai
 1
2
Ju
n 
12
Ju
l 1
2
Facebook Youtube Orkut
Fonte: <http://idgnow.uol.com.br/internet/2012/08/22/facebook-consolida-
dominio-e-orkut-despenca-no-brasil-aponta-pesquisa/>. Acesso em: maio 2013.
MT - 2° dia | Ciclo 4 - Página 10
2013 2013
QuestÃo 13 
Aproximando-se os crescimentos percentuais de visi-
tas do Facebook, do YouTube e do Orkut a uma função 
afim, respectivamente, f1, f2 e f3, é correto afirmar que 
o coeficiente:
a angular de f1 é menor que o de f2, porém o coefi-
ciente linear de f1 é igual ao de f2.
B linear de f1 é menor que o de f3, porém o coeficiente 
angular de f1 é maior que o de f3.
c linear de f1 é maior que o de f3, porém o coeficiente 
angular de f1 é menor que o de f3.
D linear de f1 é maior que o de f3, e o coeficiente 
angular de f1 é maior que o de f3.
e linear de f1 é menor que o de f3, e o coeficiente 
angular de f1 é menor que o de f3.
QuestÃo 14 
Acredita-se que o YouTube foi a segunda rede social 
no país que mais teve acessos em julho de 2012, com 
18% das visitas, enquanto o Orkut ficou em terceiro 
lugar – com 12% dos acessos –, uma participação bem 
diferente dos 45% de um ano antes, no Brasil. Mode-
lando, por aproximação, o desempenho do Orkut no 
período de julho/2011 a julho/2012 com uma função 
afim, o percentual de acessos a essa mesma rede, em 
janeiro de 2012, foi de aproximadamente:
a 23%
B 25%
c 27%
D 29%
e 31%
MT - 2° dia | Ciclo 4 - Página 11
2013 2013
QuestÃo 15 
Acidente com césio-137 em Goiânia 
completa 25 anos; vítimas relatam 
preconceito e abandono 
Na manhã de 13 de setembro de 1987, um domin-
go, os catadores de materiais recicláveis [...] foram ao 
antigo Instituto Goiano de Radiologia, abandonado na 
região central de Goiânia, e levaram um aparelho ra-
diológico de mais de 100 kg, de onde seriam retirados 
chumbo e outros elementos [...]. Cinco dias depois, 
parte do equipamento foi levada para o ferro-velho de 
Devair Alves Ferreira [...]. Dentre as peças estava a 
cápsula do césio-137, já violada. Ele (Devair) chegou 
a revender parte do objeto para outro ferro-velho. En-
cantado com o brilho azul, também levou o material 
para dentro de casa [...]. A Associação de Vítimas do 
Césio-137 estima que mais de 6.000 pessoas foram 
atingidas pela radiação, e que pelo menos 60 já morre-
ram em decorrência do acidente. 
Rafhael Borges. UOL Notícias, 13 set. 2012. Disponível em: <http://noticias.
uol.com.br/cotidiano/ultimas-noticias/2012/09/13/acidente-com-o-cesio-137-
em-goiania-completa-25-anos-vitimas-relatam-preconceito-e-abandono.htm>. 
Acesso em: maio 2013. (Adapt.).
O intervalo de tempo para que a massa de uma 
amostra radioativa se reduza à metade é chamado 
de meia-vida. Com base nessa informação, para que 
1.024 g de césio-137 se reduzam a 0,25 g, seriam 
necessárias: 
a 9 meias-vidas.
B 10 meias-vidas.
c 11 meias-vidas.
D 12 meias-vidas.
e 13 meias-vidas.
MT - 2° dia | Ciclo 4 - Página 12
2013 2013
QuestÃo 16 
World Village of Women 
Sports – Malmo – Suécia
O escritório de arquitetura BIG, da Dinamarca, em 
colaboração com o escritório de engenharia e estrutu-
ras AKT, os consultores Tyréns e a equipe de engenha-
ria climática Transsolar venceram o concurso (por con-
vite) para a Vila Mundial de Esportes Femininos (World 
Village of Women Sports). Trata-se de um projeto com 
cerca de 100.000 m² a ser construído na área central 
de Malmo, na Suécia, planejado para ser um centro de 
pesquisa, educação e treinamento dedicado ao esporte 
feminino. Segundo BjarkeIngels, arquiteto responsável 
pelo BIG, considerando as demandas especiais das 
mulheres de todas as culturas e idades, procuramos dar 
uma atenção especial ao projeto, criando um sentimen-
to de intimidade e bem-estar, pouco usuais nos comple-
xos esportivos – de caráter industrial – do esporte mas-
culino, que em geral são como fábricas para o exercício 
físico, ao invés de templos para o corpo e a mente.
Disponível em: <http://concursosdeprojeto.org/2009/11/07/womensports-
malmo-big>. Acesso em: maio 2013.
Suponha que uma das laterais de um prédio como este 
seja representada conforme a figura a seguir.
A
B
Altura
do prédio
C 30 m
60°
Considerando que cada andar desse prédio tenha 
cerca de 3 metros de altura, assinale a alternativa que 
corresponde ao número de andares desse edifício. 
a 9
B 12
c 17
D 51
e 100
MT - 2° dia | Ciclo 4 - Página 13
2013 2013
QuestÃo 17 
Um professor utiliza matrizes para registrar as notas 
de seus alunos. As matrizes são nomeadas de acordo 
com o nome das disciplinas que ele ministra, sendo M 
para Matemática e F para Física. Cada linha da ma-
triz corresponde a um aluno diferente, e cada coluna 
a um simulado aplicado; já as notas de determinado 
aluno nos simulados estão representadas pela linha i 
em ambas as matrizes. A seguir, tem-se fragmentos 
dessas matrizes. 
M
 
 
F
=












=
8 0 8 5 3 5 10
5 5 6 5 15 9 5
10 9 0 4 0 9 0
6 0 8
, , ,
, , , ,
, , ,
, ,

55 4 5 7 0
6 5 7 5 5 5 8 5
8 0 9 0 8 0 7 0
, ,
, , , ,
, , , ,













Assinale a alternativa que corresponde à operação 
que o professor deve realizar entre as matrizes para 
obter as médias dos alunos, nessas disciplinas, em 
cada simulado. 
a M F+( ) ⋅ 1
2
B M F
M F
+( ) ⋅
⋅
1
c M F+ ⋅1
2
D 
1
2
⋅ ⋅M F
e M F− +( ) ⋅1 12
MT - 2° dia | Ciclo 4 - Página 14
2013 2013
QuestÃo 18 
Leia o texto a seguir.
São demais os perigos dessa 
vida para quem tem cartão
[...] Os números assustam, o cartão de crédito, mo-
dalidade mais usada por brasileiros, segundo relatórioda Associação Nacional dos Executivos de Finanças, 
Administração e Contabilidade referente a dezembro 
2012, com os assombrosos 9,37% ao mês, equivalen-
te a – pasmem – 193% ao ano. Esse número é de ti-
rar qualquer numerólogo do sério, ainda mais, quando 
comparado com os míseros 7,25% ao ano da Selic ou 
os 5,08% ao ano da poupança.
Para ilustrar o estrago de uma dívida no cartão, 
tanto a tabela como o gráfico a seguir fazem uma 
comparação da evolução de R$ 1.000 reais investidos 
na poupança contra uma dívida de mesmo valor no 
cartão de crédito no decorrer de 60 meses. [...]
R$ 230.000,00
R$ 220.000,00
R$ 210.000,00
R$ 200.000,00
R$ 190.000,00
R$ 180.000,00
R$ 170.000,00
R$ 160.000,00
R$ 150.000,00
R$ 140.000,00
R$ 130.000,00
R$ 120.000,00
R$ 110.000,00
R$ 100.000,00
R$ 90.000,00
R$ 80.000,00
R$ 70.000,00
R$ 60.000,00
R$ 50.000,00
R$ 40.000,00
R$ 30.000,00
R$ 20.000,00
R$ 10.000,00
R$ –
0 10 20 30 40 50 60
Poupança Cartão
meses Poupança cartão
0 R$ 1.000,00 R$ 1.000,00
12 R$ 1.050,75 R$ 2.929,00
24 R$ 1.104,08 R$ 8.581,38
36 R$ 1.160,11 R$ 25.138,28
48 R$ 1.218,98 R$ 73.640,07
60 R$ 1.280,85 R$ 215.721,15
Fonte: Folha de S.Paulo, 16 jan. 2013. Disponível em: <http://carodinheiro.
blogfolha.uol.com.br/2013/01/16/sao-demais-os-perigos-dessa-vida-para-
quem-tem-cartao>. Acesso em: mar. 2013.
É correto afirmar que a evolução dos montantes mos-
trada no gráfico e na tabela são funções:
a do primeiro grau.
B do segundo grau.
c polinomiais.
D exponenciais.
e logarítmicas.
MT - 2° dia | Ciclo 4 - Página 15
2013 2013
QuestÃo 19 
Considere uma situação em que as taxas de juros 
da poupança e do cartão de crédito sejam, respec-
tivamente, 5% e 194% ao ano. O valor inicial a ser 
aplicado na poupança para que, em dois anos, uma 
pessoa obtivesse o mesmo valor de uma dívida de 
R$ 1.000,00 no cartão de crédito, também com dois 
anos de evolução, deveria ser: 
a R$ 7.840,00
B R$ 10.320,00
c R$ 20.640,00
D R$ 30.980,00
e R$ 40.160,00
QuestÃo 20 
Para confeccionar uma peça de máquinas de cortes 
industriais, uma empresa recebeu uma imagem, ilus-
trada a seguir, que servirá de parâmetro para o modelo 
produzido. A peça precisa ter três furos distintos, loca-
lizados nos pontos A, B e C, conforme o esquema, em 
que outras medidas também podem ser visualizadas. 
A
B
20°80°
y
C
O funcionário responsável por produzir a peça-modelo 
concluiu que o ângulo y vale:
a 50°
B 60°
c 65°
D 100°
e 130°
MT - 2° dia | Ciclo 4 - Página 16
2013 2013
QUESTÃO 22 
A computação gráfica utiliza duas matrizes inversíveis 
que são extremamente úteis para suas operações: a 
matriz de rotação (R) e a matriz de translação (T). A 
primeira rotaciona um ponto, escrito matricialmente, 
de certo ângulo, e a segunda desloca esse ponto, am-
bas em relação a um referencial. Assim, por meio de 
sucessivas transformações com essas matrizes, uma 
imagem ganha movimento. 
Considere uma matriz P referente às coordenadas de 
certo ponto. Se um programador de jogos eletrônicos 
realizasse a transformação: P’ = PRTR, em que P’ é o 
ponto obtido pela transformação, a transformação in-
versa seria:
A P = R–1 T–1 R–1 P’
B P = R–1 R–1 T–1 P’
C P = P’ R–1 R–1 T–1
D P = P’ T–1 R–1 R–1
E P = P’ R–1 T–1 R–1
QUESTÃO 21 
Uma empresa de brinquedos está confeccionando 
uma roda para suas novas bicicletas. Para tanto, foi 
feito um desenho representando a roda e a calota, que 
tem o formato de um triângulo equilátero com um cír-
culo inscrito, como indica a figura a seguir.
A
B
20 cm
R
r
C
Sendo R o raio da roda e r cm= 21 o raio do círculo 
inscrito no triângulo, o diâmetro da roda desse brin-
quedo vale: 
A 7,5 cm
B 15 cm 
C 20 cm 
D 22 cm 
E 25 cm 
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2013 2013
QuestÃo 23 
Um investidor, desejando aumentar seus rendimentos, 
aplicou um capital a juros simples, durante três anos, 
sob uma taxa de 20% ao ano. Ao final desse período, a 
aplicação rendeu juros de R$ 15.000,00. Dessa forma, 
pode-se afirmar corretamente que o capital aplicado foi de:
a R$ 18.000,00
B R$ 20.000,00
c R$ 22.500,00
D R$ 25.000,00
e R$ 25.250,00
QuestÃo 24 
Um investidor deseja que, ao final de quatro anos, 
R$ 1.000,00 evoluam para R$ 100.000,00. Dessa for-
ma, considerando que esse investidor seja muito habi-
lidoso, ele conseguirá tal feito se a taxa anual de juros 
compostos do seu investimento for:
a 10 1−
B 10 13 −
c 10 14 −
D 10 15 −
e 10 16 −
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2013 2013
QuestÃo 25 
O círculo trigonométrico, mostrado a seguir, é um cír-
culo centrado na origem do plano cartesiano e de raio 
unitário, no qual certas relações trigonométricas são 
facilmente caracterizadas e definidas. O segmento de 
reta (OP), que define, com o eixo das abscissas (OX), 
um arco de ângulo (a) nesse círculo, é tal que sua pro-
jeção ortogonal (OA) nesse eixo é igual ao módulo do 
cosseno desse ângulo (cos a), e a projeção ortogonal 
no eixo das abscissas é igual ao módulo do seno des-
se ângulo (sen a).
Se traçarmos uma reta tangente ao círculo trigonomé-
trico e ortogonal à abscissa, essa reta interceptará o 
círculo em apenas um ponto (E); e o prolongamento 
do segmento de reta OP interceptará a reta tangente 
em um único ponto (C). A distância (CE) desse pon-
to ao ponto E é igual à tangente desse ângulo (tg a). 
Finalmente, se traçarmos uma reta tangente ao círcu-
lo trigonométrico e ortogonal ao eixo das ordenadas 
(OY), essa reta interceptará o círculo em apenas um 
ponto (F); e o prolongamento do segmento de reta OP 
interceptará essa reta tangente em um único ponto 
(D). A distância (DF) desse ponto ao ponto F é igual à 
cotangente desse ângulo (cotg a). Portanto, para todo 
ângulo, tem-se: 
II-Q I-Q
III-Q IV-Q
Eixo das cotangentes
y
F1
B
O A E x
1
cossenos
Eixo dos
Eixo dos senos Eixo das tangentes
−1
−1
cotg α
tg α
sen α
cos α
α
CP
D
Disponível em: <www.educ.fc.ul.pt/icm/icm2000/icm22/circulo_trigonometrico.htm>. 
Acesso em: maio 2013. 
O plano cartesiano divide o círculo trigonométrico 
em quatro partes iguais, chamadas quadrantes: I-Q, 
II-Q, III-Q e IV-Q, conforme a figura. 
Dentre as alternativas a seguir, assinale a que apresenta 
o quadrante em que os cossenos e os senos dos ângulos
são negativos e o menor ângulo não negativo de tangente 
nula. 
a I-Q e 0 rad.
B II-Q e π
2
 rad.
c III-Q e 0 rad.
D IV-Q e π
2
 rad.
e IV-Q e 0 rad.
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2013 2013
QuestÃo 26 
Após uma enquete feita com 1.200 pessoas, nas ruas 
da capital paulista, sobre os tipos mais frequentes de 
alimentos ingeridos pela população atualmente, elabo-
rou-se o seguinte gráfico.
40%
15%
15%
21%
9%
Sanduíches
Sopas
Frutas
Saladas
Sobremesas
Assinale a alternativa que apresenta o número de pes-
soas que corresponde a cada um dos setores do grá-
fico da pesquisa. 
a 
alimento nº de pessoas
Sanduíches 480
Sopas 180
Frutas 108
Saladas 252
Sobremesas 180
B 
alimento nº de pessoas
Sanduíches 420
Sopas 250
Frutas 180
Saladas 150
Sobremesas 200
c 
alimento nº de pessoas
Sanduíches 220
Sopas 120
Frutas 400
Saladas 125
Sobremesas 135
D 
alimento nº de pessoas
Sanduíches 480
Sopas 180
Frutas 225
Saladas 252
Sobremesas 180
e 
alimento nº de pessoas
Sanduíches 480
Sopas 180
Frutas 252
Saladas 108
Sobremesas 115
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2013 2013
QuestÃo 27 
A tabela a seguir apresenta o número de casos de ma-
lária registrados no município de Humaitá, no Amazo-
nas, no primeiro trimestre de 2012, segundo dados da 
Coordenação de Vigilância em Saúde da cidade. 
número de casos
ano Janeiro Fevereiro março
2011 107 112 134
2012 76 53 68
Fonte: Boletim Informativo da Malária. Ed. 04/2012. Coordenação de 
Vigilância em Saúde. Disponível em: <http://vigilanciaemsaudehumaita.
blogspot.com.br/2012/04/edicao-042012-boletim-informativo-da_30.html>. 
Assinale, dentre as alternativas a seguir, a que traz a 
correta representação dos dados da tabela. 
a 
160
140
120
100
80
60
40
20
0
Jan Fev Mar2011
2012
B 
160
140
120
100
80
60
40
20
0
Jan Fev Mar
2011
2012
c 
160
140
120
100
80
60
40
20
0
Jan Fev Mar
2011
2012
D 
160
140
120
100
80
60
40
20
0
Jan Fev Mar
2011
2012
e 
160
140
120
100
80
60
40
20
0
Jan Fev Mar
2011
2012
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2013 2013
QuestÃo 28 
Leia o texto a seguir. 
Relação fundamental da trigonometria
A relação fundamental da trigonometria advém da 
aplicação do Teorema de Pitágoras a um triângulo 
OAP, retângulo em A, com O sendo o centro de uma 
circunferência de raio unitário. O teorema nos garan-
te que a hipotenusa ao quadrado é igual à soma dos 
quadrados dos catetos; ora, os catetos são iguais a 
cos AÔP e sen AÔP e a hipotenusa é igual a 1, portanto:
1 12 2 2 2 2= + → + =cos cosα α α αsen sen
Disponível em: <www.educ.fc.ul.pt/icm/icm2000/icm22/circulo_trigonometrico.
htm>. Acesso em: maio 2013. (Adapt.).
Mesmo desconhecendo os valores de seno e cosseno de 
certos ângulos, é possível simplificar expressões utilizando 
a relação fundamental da trigonometria, como no seguinte 
caso: tg
tg
sen tg g180
45
50 50 50 50°
°
° ° ° °+ +( )⋅ cos cot , cuja
simplificação resulta em:
a 0
B 1
c 2
D sen 50°
e cos 50°
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2013 2013
QuestÃo 29 
Para realizar um desenho de um novo produto, um 
desenhista fez o seguinte esboço, em que A e B são 
centros das circunferências. 
BA
Se o comprimento da circunferência de centro A mede 
157 cm, e o da de centro B mede 31,4 cm, a diferença en-
tre os raios das cincunferências é de, aproximadamente:
a 5 cm 
B 10 cm 
c 15 cm 
D 20 cm 
e 25 cm 
QuestÃo 30 
Uma ilha situada no ponto P, indicado na figura seguir, 
está a 600 m de distância da costa A e a 1.000 m de 
distância da costa B. 
D
A
B
C
P
Sendo D um navio situado a 3.000 m de A, a distância 
entre as ilhas P e C é:
a 400 m
B 1.440 m 
c 1.600 m 
D 2.040 m
e 2.400 m
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2013 2013
QuestÃo 31 
Uma artesã deve construir uma caixa de chá, enco-
mendada por uma de suas melhores clientes; porém, 
diferentemente do comum, a caixa de chá deverá ser 
confeccionada na forma de um triângulo. Para come-
çar o trabalho, a artesã pensou em criar um desenho 
que representasse a estrutura inicial da encomenda, 
ou seja, a base da caixa que servirá para confeccionar 
todo o restante. A figura a seguir mostra a base da cai-
xa representada em uma malha quadriculada, a qual a 
própria artesã usa para identificar as medidas de suas 
criações. 
A
C
B
Sendo A = (0; 1), B = (4; 0) e C = (3; 4) vértices do 
triângulo ABC, a área da base da caixa confeccionada 
pela artesã vale:
a 5,0 u.a.
B 7,5 u.a.
c 10,0 u.a.
D 12,5 u.a.
e 15,0 u.a.
QuestÃo 32 
O serviço meteorológico de uma cidade mediu, nos 
últimos meses, as variações de temperatura sofridas 
durante o dia, com o objetivo de identificar o tipo de 
predominância climática da cidade. O serviço, então, 
começou as medidas no dia 05 de janeiro e terminou 
no dia 05 de março, anotando apenas os dias em que 
a variação era superior a 10 °C. Os resultados obtidos 
estão relacionados na tabela a seguir. 
Data menor temperatura (em °c)
maior temperatura 
(em °c)
06/01/13 20 35
07/01/13 19 33
15/01/13 21 35
18/01/13 15 28
20/01/13 18 29
26/01/13 21 32
27/01/13 24 36
30/01/13 22 36
05/02/13 20 31
06/02/13 23 35
15/02/13 23 35
20/02/13 24 36
21/02/13 21 32
28/02/13 21 32
03/03/13 20 31
05/03/13 18 29
Considerando os dados apresentados, assinale a al-
ternativa que indica o intervalo que contempla todas as 
possíveis variações diárias de temperatura no período.
a [12, 15[
B ]12, 15]
c [11, 15]
D ]11, 15[
e [10, 15[
MT - 2° dia | Ciclo 4 - Página 24
2013 2013
QuestÃo 33 
No antigo Egito, os conhecimentos matemáticos eram 
escritos em papiros. O papiro de Rhind, um documento 
datado de cerca de 1650 a.C., contém um problema 
chamado “Olho de Hórus”. Nele, estão descritos sím-
bolos que lembram as partes do olho do deus Hórus, 
que foi despedaçado pelo deus Seth e, posteriormen-
te, reconstituído pelo deus Toth. 
a1 a4
1
4
1
8
1
64
1
32
Sabendo que esses símbolos hieróglifos lembram 
as partes do olho de Hórus e formam a sequência 
a a1 4
1
4
1
8
1
32
1
64
, , , , , , assinale a alternativa que cor-
responde aos corretos valores de a1, a4 e da razão q, 
respectivamente. 
a 1 1
2
1, e .
B 1 1
2
, 2 e .
c 1, 1 e 2.
D 
1
2
1
16
1
2
, e .
e 
1
2
1
16
1, e .
a5 6
1
32
1
64
= = .
1
4
1
8
, 
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2013 2013
QuestÃo 34 
Produção de café cai de 4 milhões 
para 800 mil sacas por ano, em RO
A queda na produção cafeeira de Rondônia tem 
preocupado autoridades estaduais de agricultura. Na 
década de 90 a colheita de café no estado chegava a 
4 milhões de sacas por ano, atualmente, 800 mil sacas 
são produzidas anualmente na região, de acordo com 
o superintendente federal de Agricultura de Rondônia,
Valterlins Calaça. Um dos motivos apontados como 
causa da queda é a migração dos produtores para ou-
tras culturas. “Na época, as famílias vieram e começa-
ram a produzir o grão. Após 20 anos, com a desvalo-
rização do preço do café, os fi lhos dessas famílias se 
casaram e foram morar na cidade, o que representou 
uma queda no número de potenciais produtores”, ex-
plica o superintendente. [...]
Disponível em: <http://g1.globo.com/ro/rondonia/noticia/2013/03/producao-de-
cafe-cai-de-4-milhoes-para-800-mil-sacas-por-ano-em-ro.html>. 
Acesso em: mar. 2013.
Um produtor de café tem sua produção, em kg, e seus 
gastos, em reais, descritos de acordo com a função 
f(p) = –p² + 80p – 425, em que f(p) refere-se aos gas-
tos da produção (p). É correto afi rmar que, para esse 
produtor, seu maior gasto possível será: 
a R$ 80,00 
B R$ 425,00
c R$ 1.000,00
D R$ 1.175,00
e R$ 8.100,00
QuestÃo 35 
Para o planejamento da nova produção de lanches de 
sua fábrica de congelados, Alexandre preparou o se-
guinte esboço gráfi co para mostrar aos seus sócios a 
variação de custo de certo ingrediente.
V
al
or
 R
$ 
(m
il)
2
−3
4 Quantidade (milhares)
Com base no gráfi co, pode-se afi rmar corretamente que 
o maior gasto com esse ingrediente será no valor de:
a R$ 300,00
B R$ 375,00
c R$ 475,00
D R$ 800,00
e R$ 1.000,00
MT - 2° dia | Ciclo 4 - Página 26
2013 2013
QuestÃo 36 
Um organizador de festas quer contratar um DJ e, para 
isso, comparou dois orçamentos. Na tabela a seguir 
estão relacionados os valores que cada DJ cobra pela 
locação de material de som e iluminação e também 
pelo tempo de animação da festa. 
Valor do serviço
(R$/hora)
Valor da locação do 
material (R$)
DJ 1 400 1.500
DJ 2 280 2.000
Sabe-se que ambos os DJs cobram por “hora cheia”, 
ou seja, caso animem a festa por 2 horas e 20 minu-
tos, vão cobrar por 3 horas de serviço. Desse modo, a 
duração máxima da festa para que fique mais barato 
contratar o DJ 1 em vez do DJ 2 deverá ser de:
a 3 horas.
B 4 horas.
c 5 horas.
D 6 horas.
e 7 horas.
QuestÃo 37 
O gráfico a seguir ilustra a proporção de população po-
bre no Brasil durante o período de 1992 a 2009, exceto 
nos anos de 2002 e 2008.
Proporção de população pobre (%)
38
33
28
23
18
8
19
92
34
,9
6
35
,0
3
28
,8
2
26
,8
8
28
,6
5
28
,3
7
28
,7
1
27
,5
4
25
,4
0
28
,1
2
22
,8
0
19
,3
2
18
,2
6
15
,3
2
19
93
19
95
19
96
19
97
19
98
19
99
20
01
20
02
20
03
20
04
20
05
20
06
20
07
20
08
20
09
13
Fonte: <www.cps.fgv.br/ibrecps/ncm2010/NCM_Pesquisa_FORMATADA.
pdf>. Acesso em: 15 jan. 2013.
Embora as informações referentes aos anos de 2002 e 
2008 tenham sido apagadas, sabe-se que a mediana 
dos dados entre 1992 e 2009 é 27,1% e que a média 
dos quatro anos com menor proporção de população 
pobre é 17,23%. Desse modo, a proporção de popu-
lação pobre nos anos de 2002 e 2008 corresponde, 
respectivamente, a:
a 27,1% e 17,23%.
B 26,66% e 17,02%.
c 27,83% e 17,02%.
D 27,34% e 15,57%.
e 26,66% e 16,02%.
MT - 2° dia | Ciclo 4 - Página 27
2013 2013
QuestÃo38 
Em uma construção, os pedreiros necessitavam cons-
truir uma rampa para acessar o segundo andar, que se 
encontra a 7 metros de altura. Para tanto, construíram 
um muro de 2 metros, no qual parte da rampa ficaria 
apoiada, assim como mostra a imagem a seguir.
3 m
2 m
7 m
Imagem fora de escala.
x
O valor de x para que a rampa saia do solo e atinja 
exatamente o segundo andar é: 
a 5,0 m
B 7,5 m
c 10,0 m
D 12,5 m
e 15,0 m
MT - 2° dia | Ciclo 4 - Página 28
2013 2013
QuestÃo 39 
Um grupo de amigos ganhou uma casa na árvore; 
e nomearam-na de COAB. Para marcarem a inaugu-
ração da casa, decidiram pendurar em sua janela uma 
bandeira, que teria as seguintes características: 
B
C
A
O
Sabendo que o menor arco formado pelos pontos 
A e B é 3 vezes menor que o restante da circunferên-
cia, é correto afirmar que a medida do ângulo ACB é:
a 45°
B 60°
c 90°
D 120°
e 180°
QuestÃo 40 
Leia o texto a seguir.
Frequências de ondas de rádio, 
como as utilizadas por telefones 
celulares, são um risco à saúde?
Atualmente, existem várias discussões sobre os 
efeitos de baixos índices de exposição a campos mag-
néticos. Artigos sobre eletricidade estática, campos 
magnéticos e saúde humana e possíveis danos à saú-
de devido à exposição elétrica da residência e campos 
magnéticos (em inglês) oferecem muitas informações 
sobre o assunto. Sobre torres de rádio e celular, saiba 
que: 
• as torres de celular transmitem em baixa potência
para que possam limitar seu alcance. O nível de 
potência da torre não é muito diferente do que se 
usa em rádios comunitárias; 
• se você está preocupado com as ondas de rádio
emitidas pelas torres de celular, saiba que quem 
mais deveria estar preocupado com isso são os 
usuários de telefones móveis, pois os transmisso-
res estão a centímetros da cabeça ao invés de vá-
rios metros acima do chão. 
Disponível em: <http://ciencia.hsw.uol.com.br/questao4.htm>. 
Acesso em: abr. 2013.
O gráfico a seguir mostra uma onda de rádio repre-
sentada por uma função trigonométrica, denominada 
função seno, descrita como f(x) = 1 + 2sen (x). 
3
x’
x”
−1
Para essa função, os valores de x’ e x”, quando y = 3 e 
y = –1, são, respectivamente:
a 2π e 6π.
B 6π e 2π.
c π e 3π.
D 
π π
3
2
3
 e .
e 
π π
2
3
2
 e .
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2013 2013
QuestÃo 41 
Segundo reportagem publicada no site do G1, a Fede-
ração Nacional de Distribuição de Veículos Automoto-
res (Fenabrave) divulgou que o mês de junho de 2012 
foi considerado o melhor mês de junho da história do 
setor automobilístico. Esse resultado ocorreu devido 
à determinação do Governo Federal com relação ao 
desconto do imposto sobre produtos industrializados 
(conhecido por IPI). Assim, só em junho de 2012 fo-
ram emplacados 340.706 veículos e comerciais leves, 
contra 274.368 do mês anterior, como indicado pelo 
gráfico a seguir. 
400.000
244.833
274.368
340.706
350.000
300.000
250.000
200.000
150.000
100.000
50.000
0
Abr/12 Mai/12
Veículos e comerciais leves
Jun/12
Veículos e comerciais leves
Fonte: <http://g1.globo.com/carros/noticia/2012/07/vendas-de-carros-em-
junho-fecham-com-3407-mil-unidades.html>. Acesso em: abr. 2013. (Adapt.).
Segundo o que se pode observar do gráfico, a porcen-
tagem de venda de carros subiu, de maio para junho, 
aproximadamente:
a 15,98%
B 22,74%
c 24,18%
D 25,12%
e 25,39%
2013 2013
MT - 2° dia | Ciclo 4 - Página 30
2013 2013
QuestÃo 42 
O esboço a seguir representa o mapa de um aeroporto 
que está para ser inaugurado. 
12
11
10
9
8
7
6
P
ista de decolagem
5
4
3
2
1
12 13
400 m
400 m
11109876543
E
C
H
21
0
H
O ponto H representa a sala de espera, e o ponto E o 
local de embarque. Os passageiros saem da sala de 
espera, seguem até o ponto C, onde mostram a iden-
tifi cação da viagem e, em seguida, caminham até o 
ponto de embarque, totalizando um percurso de: 
a 0,8 km 
B 1,6 km
c 2,0 km
D 2,8 km
e 5,0 km
2013 2013
MT - 2° dia | Ciclo 4 - Página 31
2013 2013
QuestÃo 43 
O mapa a seguir representa algumas ruas do bairro Santa Cruz, em um plano cartesiano. 
R
. A
lo
ns
o 
C
el
so
R. Loefgreen
Unicoba Indústria
e Comércio
Colégio
Lumen A
B
C
R. Jorge Tibiriçá
R
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R. Eng. José Sá Rocha
R
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M
el
o
Hospital
Santa Cruz
No ponto A (6, 6), situado na esquina da Rua Jorge Tibiriçá com a Rua Joel Jorge de Melo, mora Marcelo. Sua amiga 
Ana mora no ponto B (8, 4), na esquina da Rua Eng. José Sá Rocha com a Dr. Ulisses, e seu amigo Joaquim mora no 
ponto C (9, k), na esquina da Rua Loefgreen com a Rua Jaime Viana. Dessa forma, o valor de k, para que os pontos 
estejam alinhados, é igual a:
a 1
B 2
c 3
D 4
e 5
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QuestÃo 44 
Leia o texto a seguir.
Combate à resistência microbiana 
é tema do Dia Mundial da Saúde
A proliferação das bactérias e de outros microrga-
nismos resistentes à maior parte dos medicamentos 
requer atenção por parte dos governos e das autori-
dades médicas. É com esse alerta que a Organização 
Mundial da Saúde (OMS) elegeu o combate à resistên-
cia microbiana como tema do Dia Mundial da Saúde de 
2011, comemorado no dia 07 de abril. 
Para a Organização das Nações Unidas (ONU), 
o avanço desses microrganismos ameaça a eficácia
de vários tratamentos e cirurgias, como o de câncer 
e o transplante de órgãos. Além disso, a resistência 
microbiana deixa as pessoas doentes por mais tempo, 
eleva o risco de morte e torna os tratamentos caros. 
No ano de 2010, foram registrados, pelo menos, 440 
mil casos de tuberculose multirresistente e 150 mil 
mortes em mais de 60 países. 
O uso indiscriminado dos antibióticos é apontado 
como a causa principal para o surgimento das super-
bactérias. Desde a descoberta da penicilina, o antibi-
ótico é a grande arma da medicina contra as doenças 
causadas por bactérias. Com o uso intenso e frequen-
te desse tipo de remédio, as bactérias criaram meca-
nismos para contornar a ação do remédio, que passa 
a ser incapaz de matá-la, como explica o imunologista 
e pesquisador da Universidade de São Paulo (USP) 
Glacus Brito. [...]
Disponível em: <http://agenciabrasil.ebc.com.br/noticia/2011-04-07/combate-
resistencia-microbiana-e-tema-do-dia-mundial-da-saude>. 
Acesso em: maio 2013. (Adapt.).
Sabe-se que a população de determinada espécie de 
bactéria cresce de acordo com o tempo, segundo a função 
P = t² + 0,5t, em que P é a população em milhares de 
bactérias, e t o tempo em dias. Após 30 dias do início da 
contagem, o número de bactérias dessa população será: 
a 91,5
B 915
c 9.150
D 91.500
e 915.000
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QuestÃo 45 
O fantasma do racionamento de energia voltou a rondar o país devido à alta no consumo, justamente em um mo-
mento em que os reservatórios das hidrelétricas estão no nível mais baixo da última década, segundo dados de 
uma pesquisa feita no início deste ano, cujos resultados estão ilustrados no infográfico a seguir. 
O mar virou sertão
Reservatórios brasileiros chegam em janeiro com níveis críticos
63,363,3
40,4
08 09 10 11 12 2013*
40,4%
Sul
90,0
30,0
40,5
08 09 10 11 12 2013*
40,5%
Norte
Média histórica de janeiro
Em %
76,2
50,8
28,5
08 09 10 11 12 2013*
28,5%
Sudeste/
Centro-Oeste
71,7
30,6 31,0
08 09 10 11 12 2013*
31,0%
Nordeste
Fonte: <www1.folha.uol.com.br/mercado/1211495-termicas-geram-menos-energia-eletrica-por-falta-de-gas-natural.shtml>. Acesso em: 8 jan. 2013. (Adapt.).
Considerando os dados em questão, assinale a alternativa correta. 
a O nível médio dos reservatórios, em janeiro de 2013, entre as regiões Norte e Nordeste, foi de 35,1%.
B Apenas a região Norte apresentou em 2013 uma situação menos crítica que em 2008.
c Em relação a 2012, a menor queda percentual foi obtida na região Nordeste.
D O nível médio nacional dos reservatórios em janeiro de 2013 foi de 35,1%.
e Os reservatórios daregião Norte apresentaram em 2012 os níveis mais críticos do país.
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linguagens, cÓDigos e suas 
tecnologias
QuestÕes De 46 a 95
QuestÃo 46 
Observe a publicidade reproduzida a seguir. 
O anúncio publicitário traz uma mensagem de cons-
cientização da população por um trânsito mais seguro. 
Considerando-se o contexto da propaganda, para en-
tender plenamente a mensagem veiculada por ela, é 
necessário que o leitor:
a perceba a sátira aos comerciais de bebidas alcoóli-
cas, que sempre usam a expressão “se beber, não 
dirija”.
B identifique a polissemia presente no verbo dirigir, 
que se refere tanto a conduzir o carro quanto a tomar 
decisões.
c reconheça a ironia feita ao Código de Trânsito Bra-
sileiro, já que os carros é que são dirigidos, e não 
as pessoas.
D faça uma inferência quanto ao sentido da palavra 
vida, que, no contexto, não teve seu sentido escla-
recido.
e identifique a presença de um ditado popular que 
dialoga com a frase central da imagem.
QuestÃo 47 
Leia a tira a seguir. 
Na tirinha, o efeito de sentido é provocado pela combi-
nação de informações visuais e recursos linguísticos. 
Ambos estão exemplifi cados na tira, respectivamente: 
a pela progressão de imagens, que no último quadri-
nho denota o cotidiano, e pela paronomásia.
B pela mudança das características físicas do ho-
mem e pela polissemia.
c pelo desenho humorado e pela homonímia.
D pela ausência de movimento e pela paronomásia.
e pela presença de movimento e pela homonímia.
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QuestÃo 48 
Leia o fragmento a seguir. 
Em recuperação após cirurgia, 
Ganso vai se arriscar no polo
Quase dez dias depois de passar por uma artrosco-
pia no joelho direito, [...] Paulo Henrique Ganso, 22, vai 
se arriscar [...] como jogador de polo, em Indaiatuba, 
interior de São Paulo.
O meia [...] está em tratamento de recuperação. Ele 
passou pela cirurgia para retirar resíduos de outras in-
tervenções que já havia sofrido no joelho direito.
A previsão de retorno aos gramados é de um mês [...].
Disponível em: <www1.folha.uol.com.br/esporte/1099422-em-recuperacao-
apos-cirurgia-ganso-vai-se-arriscar-no-polo.shtml>. 
Acesso em: 25 mar. 2013. (Adapt.).
A notícia apresentada traz um tema recorrente no mundo 
esportivo: um atleta profissional em processo de recu-
peração física. Para se recuperar fisicamente de forma 
adequada, o atleta procurou outra modalidade esportiva 
antes de voltar a jogar profissionalmente. Essa ação é 
necessária, com relação ao esporte de alta performance, 
porque: 
a o atleta não estava treinando com a sobrecarga 
adequada, e o polo é um jogo que exige força físi-
ca muito maior.
B não há outra modalidade melhor que o polo, caso 
contrário o atleta não estaria descansando de for-
ma adequada para sua recuperação.
c devido ao princípio da especificidade, o atleta só 
voltará a jogar bem se treinar duas modalidades 
diferentes para melhorar seu rendimento físico.
D cada pessoa tem um desenvolvimento diferente, e 
o atleta citado precisa experimentar outras modali-
dades para ver se ainda pode jogar futebol.
e o atleta precisa recolocar o corpo no ritmo da ativi-
dade física, já que ele ficou um tempo sem treinar 
devido à cirurgia.
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Texto para as questões de 49 a 52
Satélite
Fim de tarde.
No céu plúmbeo1
A Lua baça2
Paira
Muito cosmograficamente
Satélite.
Desmetaforizada,
Desmitificada,
Despojada do velho segredo de melancolia,
Não é agora o golfão de cismas,
O astro dos loucos e dos enamorados,
Mas tão-somente
Satélite.
Ah Lua deste fim de tarde,
Demissionária de atribuições românticas,
Sem show para as disponibilidades sentimentais!
Fatigado de mais-valia,
Gosto de ti, assim:
Coisa em si,
– Satélite.
Manuel Bandeira. “Estrela da tarde”. In: Estrela da vida inteira. 12 ed. 
Rio de Janeiro: José Olympio, 1986.
1plúmbeo: relativo a chumbo; que é feito de chumbo ou tem sua cor;
2baça: sem brilho.
QuestÃo 49 
O poema de Manuel Bandeira pode ser classificado como 
antirromântico. No entanto, há uma expressão no texto 
que não contribui para caracterizar esse ideal. Assinale a 
alternativa que traz essa expressão. 
a “Fim de tarde.”
B “Desmetaforizada.”
c “Desmitificada.”
D “Despojada do velho segredo de melancolia.”
e “Demissionária de atribuições românticas.”
QuestÃo 50 
No contexto do poema, cria-se uma relação entre Lua 
e satélite, a qual se constitui em:
a causa e consequência, tendo o eu lírico mudado sua 
visão sobre a Lua devido às desilusões amorosas.
B oposição, visto que, em contraponto ao termo Lua, sa-
télite denota uma visão não idealizada da realidade.
c complementação, pois a Lua só existe se também 
for vista como satélite.
D cronologia, pois, com o passar do tempo, a Lua 
perde seu encanto e se torna apenas satélite.
e contraditória, porque um mesmo objeto pode ser 
Lua e satélite ao mesmo tempo.
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QuestÃo 51 
Um dos recursos que contribuem para alcançar o efeito 
expressivo e emotivo pretendido pelo eu lírico é:
a a opção pelo uso de versos decassílabos. 
B o emprego do travessão, no último verso.
c a predominância de verbos de ação.
D o esquema rímico regular.
e a predominância de frases nominais.
QuestÃo 52 
No texto, o eu lírico, ao apresentar sua visão sobre a 
Lua: 
a faz uma crítica aos poetas do Romantismo, pois 
estes são incapazes de entendê-la como elemento 
natural.
B dialoga com a percepção da qual não gosta, para, 
em seguida, reafirmar sua posição.
c desenvolve uma refutação, isto é, apresenta uma 
visão com a qual concorda, mas depois defende 
um ponto de vista contrário.
D ironiza qualquer tentativa de se criar uma visão a 
respeito dela, considerando-a objeto impassível de 
análise.
e faz apelo doutrinário de como a poesia deve in-
terpretar elementos simbólicos à literatura, como 
a Lua.
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QuestÃo 53 
O texto a seguir apresenta tipos de composição musi-
cal recorrentes no Período Clássico.
A sonata
Nessa época criou-se a sonata. Sonata é o termo 
que designa, desde o século XVIII, uma composição 
instrumental para um ou mais instrumentos de forma 
ternária (exposição, desenvolvimento, reexposição), 
construída sobre dois temas e obedecendo a um plano 
que afirma o princípio da tonalidade.
a sinfonia
A sinfonia é, na realidade, uma sonata para orques-
tra. Seu número de movimentos passa a ser quatro: 
rápido − lento − minueto − muito rápido. Haydn e 
Mozart foram os maiores compositores de sinfonias 
do Classicismo.
o concerto
O concerto consiste em uma composição para um 
instrumento solista contra a massa orquestral. Tem 
três movimentos: rápido − lento − rápido.
o quarteto de cordas
Joseph Haydn inventou o quarteto de cordas (dois 
violinos, viola e violoncelo), uma combinação soberba 
de música de câmara.
Disponível em: <http://seisoitavascp2.blogspot.com.br/2012/03/periodo-
classico-o-termo-classico-em.html>. 
Acesso em: 26 mar. 2013.
Pela descrição dos tipos de composição apresenta-
dos, pode-se afirmar corretamente que, no Período 
Clássico, a música:
a vocal começa a abandonar o seu papel decorativo 
para se estabelecer como expressão artística de 
grande destaque, tendo como grandes nomes 
Vivaldi e Mozart.
B instrumental começa a abandonar o seu papel de-
corativo para se estabelecer como expressão ar-
tística de primeira grandeza, tendo como grandes 
nomes Haydn e Mozart.
c vocal começa a perder seu papel decorativo para 
se estabelecer como expressão artística das esfe-
ras mais populares da época, tendo como grandes 
nomes Haydn e Vivaldi.
D instrumental começa a ganhar o seu papel decora-
tivo para se estabelecer como expressão artística 
das esferas mais populares da época, tendo como 
grandes nomes Haydn e Mozart.
e orquestral começa a abandonar o seu papel de 
destaque para se estabelecer como expressão po-
pular de primeira grandeza, tendo como grandes 
nomesBach e Vivaldi.
Texto para as questões de 54 a 56
Eu, etiqueta
Em minha calça está grudado um nome 
Que não é meu de batismo ou de cartório, 
Um nome... estranho. 
Meu blusão traz lembrete de bebida 
Que jamais pus na boca, nessa vida. 
Em minha camiseta, a marca de cigarro 
Que não fumo, até hoje não fumei.
Minhas meias falam de produtos
Que nunca experimentei
Mas são comunicados a meus pés.
Meu tênis é proclama colorido
De alguma coisa não provada
Por este provador de longa idade.
[...]
Carlos Drummond de Andrade. Disponível em: <www.sociologia.seed.pr.gov.
br/arquivos/File/eu_etiqueta.pdf>. 
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QuestÃo 54 
Na literatura, é bastante comum o uso da pontuação de 
maneira criativa e inesperada. No texto de Drummond, 
na primeira estrofe, o efeito produzido pelas reticências:
a cria uma expectativa para o leitor, que espera an-
siosamente que se diga um nome fora do habitual.
B evidencia autocontrole por parte do eu lírico, uma 
vez que não é permitido que ele revele o nome ao 
qual se refere.
c manipula o leitor, pois o eu lírico deseja que seu 
interlocutor reflita sobre qual seria o nome que está 
na calça, desenvolvendo, assim, um claro diálogo 
entre ambos.
D indica a frustração, a revolta e a tristeza do eu lírico 
ao observar que em sua própria roupa estão gra-
vados nomes que não são o seu.
e contribui para um duplo sentido, que pode ser tan-
to a existência de um nome que não é do eu lírico, 
como a estranheza da situação de carregar na cal-
ça um nome que não lhe pertence.
QuestÃo 55 
É comum a poesia dialogar com seu contexto histórico; 
algo que marca a obra literária de diversos autores 
brasileiros. Considerando o fragmento do poema 
drummondiano apresentado, é correto inferir que:
a muitas vontades do indivíduo estão profundamen-
te vinculadas ao seu desejo de consumo, indepen-
dentemente das consequências.
B o contexto social do eu lírico é capaz de transfor-
má-lo em mercadoria; no caso, uma etiqueta, o 
que fica evidente no título do poema.
c a desigualdade social tem como consequência 
uma contradição; por exemplo, o empregado de uma 
empresa de bebida muitas vezes não tem recursos 
financeiros para consumir o produto com o qual 
trabalha.
D o eu lírico combate o apelo ao consumo de produ-
tos que fazem mal à saúde; no caso do poema, é 
contrário à bebida.
e existem forças sociais que impelem o indivíduo ao 
consumo, o que pode ser combatido por meio da 
poesia; logo, o texto defende a função social da 
literatura.
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QuestÃo 56 
Considerando a construção sintática que se repete no 
texto, a vírgula usada no verso “Em minha camiseta, a 
marca de cigarro”:
a separa palavras de valor sintático semelhantes.
B provoca expectativa no leitor. 
c denota a preocupação do autor com o português 
coloquial.
D indica a elipse de um verbo.
e faz uma quebra sintática para dar início a uma 
nova ideia.
Texto para as questões 57 e 58
O que não sabemos da nossa língua?
Dia desses, uma das minhas assinantes no Facebook 
me perguntou o que nós, brasileiros em geral, não sa-
bemos sobre a nossa língua. Respondi, brevemente, 
mas acho que valeria a pena discorrer um pouco mais 
a respeito do tema. É que, de fato, a ignorância geral 
quando o assunto é língua deixa qualquer especia-
lista na área de cabelo em pé. Já avançamos tanto 
em outros campos da vida social, política, cultural. Já 
abandonamos tantos mitos e superstições que preju-
dicavam o bom convívio em sociedade, mas quando 
se trata das línguas em geral e da nossa em particular 
ainda vivemos em plena Idade Média. [...]
Marcos Bagno. Revista Caros Amigos, jan. 2013. 
Disponível em: <http://carosamigos.terra.com.br/index/index.php/component/
content/article/215-revista/edicao-190/2943-o-que-nao-sabemos-da-nossa-
lingua-por-marcos-bagno>.
QuestÃo 57 
No português, existem diversas construções linguísti-
cas cristalizadas que só podem ser entendidas no seu 
sentido figurado, sem considerar o sentido literal; são 
denominadas expressões idiomáticas. Considerando 
o texto em questão, assinale a alternativa que aponta
uma expressão idiomática encontrada no texto. 
a “nós, brasileiros em geral”.
B “discorrer um pouco mais”.
c “deixa [...] de cabelo em pé”.
D “bom convívio em sociedade”.
e “prejudicavam o bom convívio [...], mas quando se 
trata [...]”.
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QuestÃo 58 
O autor do texto, em sua argumentação, faz uma men-
ção em comparação à época da Idade Média. Consi-
derando o exposto, é correto afirmar que:
a a língua tem sofrido constantes críticas por parte de 
representantes da alta sociedade, que ainda enca-
ram o fenômeno da linguagem sob o viés medieval.
B a Idade Média foi um contexto em que a linguagem 
esteve subordinada às determinações das autori-
dades eclesiásticas, sem que houvesse reflexão 
sobre seu uso.
c em contraste com tantos avanços de diversas 
esferas da sociedade, a língua ainda é encarada 
como algo estático e imutável, visão semelhante à 
do contexto medieval.
D vários especialistas em língua portuguesa sentem-
-se incomodados com argumentos medievais que 
são contrários ao desenvolver do uso da língua.
e os avanços que marcam o século XXI também 
ocorrem no campo da linguagem, embora ainda 
permaneçam alguns resquícios medievais, como 
superstições e mitos.
QuestÃo 59 
Leia o texto a seguir.
A palavra filosofia
A palavra filosofia é grega. É composta de duas 
outras: philo e sophia. Philo deriva-se de philia, que 
significa amizade, amor fraterno, respeito entre os 
iguais. Sophia quer dizer sabedoria e dela vem a 
palavra sophos, sábio.
Filosofia significa, portanto, amizade pela sabedo-
ria, amor e respeito pelo saber.
Filósofo: o que ama a sabedoria, tem amizade pelo 
saber, deseja saber.
Assim, filosofia indica um estado de espírito, o da 
pessoa que ama, isto é, deseja o conhecimento, o es-
tima, o procura e o respeita.
Marilena Chaui. Convite à Filosofia. São Paulo: Ática, 2000. (Adapt.).
Assinale a alternativa que aponta corretamente o obje-
tivo central do texto. 
a Incentivar os leitores ao aprendizado da filosofia 
e suas teorias, para que assim tenham relações 
sociais mais amistosas.
B Mostrar a etimologia do termo filosofia, indicando, 
em paralelo, o sentido do termo como o anseio ao 
conhecimento.
c Esclarecer conceitos errôneos cometidos frequen-
temente por estudantes de cursos de Filosofia e 
ciências humanas em geral.
D Vincular a filosofia ao lado espiritual do ser huma-
no, apontando que o termo tem, em sua etimolo-
gia, algum aspecto sobrenatural.
e Contrapor dois termos que são frequentemente 
confundidos, tanto por estudantes como por leito-
res: filosofia e filósofo.
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QuestÃo 60 
O fragmento a seguir pertence ao “Sermão da Sexa-
gésima”, de Padre Antônio Vieira (1608-1697), grande 
sermonário que se destacou no Período Barroco. 
Fazer pouco fruto a palavra de Deus no Mundo, 
pode proceder de um de três princípios: ou da parte do 
pregador, ou da parte do ouvinte, ou da parte de Deus. 
Para uma alma se converter por meio de um sermão, 
há-de haver três concursos: há-de concorrer o prega-
dor com a doutrina, persuadindo; há-de concorrer o 
ouvinte com o entendimento, percebendo; há-de con-
correr Deus com a graça, alumiando. Para um homem 
se ver a si mesmo, são necessárias três coisas: olhos, 
espelho e luz. Se tem espelho e é cego, não se pode 
ver por falta de olhos; se tem espelho e olhos, e é de 
noite, não se pode ver por falta de luz. Logo, há mister 
luz, há mister espelho e há mister olhos. Que coisa é 
a conversão de uma alma, senão entrar um homem 
dentro em si e ver-se a si mesmo? Para esta vista são 
necessários olhos, e necessária luz e é necessário es-
pelho. O pregador concorre com o espelho, que é a 
doutrina; Deus concorre com a luz, que é a graça; o 
homem concorre com os olhos, que é o conhecimento. 
Ora, suposto que a conversão das almaspor meio da 
pregação depende destes três concursos: de Deus, do 
pregador e do ouvinte, por qual deles devemos enten-
der que falta? Por parte do ouvinte, ou por parte do 
pregador, ou por parte de Deus?
Disponível em: <www.dominiopublico.gov.br/download/texto/bv000034.pdf>. 
Acesso em: 4 mar. 2013.
Considerando o fragmento, assinale a alternativa correta. 
a O pregador investiga por que faz pouco fruto a pa-
lavra de Deus no mundo; para ele, a culpa é do 
ouvinte, que não emprega o que escuta.
B O pregador, para construir seu raciocínio, utiliza 
várias repetições, que encadeiam sua argumenta-
ção, o que conduz o entendimento do ouvinte.
c Padre Vieira utiliza comparações para criar um 
raciocínio simples; por exemplo: “Se tem espelho e 
é cego, não se pode ver por falta de olhos”.
D Padre Vieira evitava o uso de figuras de linguagem 
em seu texto, a fim de garantir a clareza e o enten-
dimento de todos os que o ouvissem.
e O texto foi proferido por Padre Vieira para questio-
nar a palavra de Deus na conversão dos homens: 
“Que coisa é a conversão de uma alma, senão en-
trar um homem dentro em si”. 
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QuestÃo 61 
Os fragmentos a seguir pertencem a diferentes poe-
mas de Gregório de Matos Guerra, o mais expressivo 
poeta barroco brasileiro. 
I. Se basta a vos irar tanto um pecado, 
A abrandar-vos sobeja um só gemido:
Que a mesma culpa que vos há ofendido,
Vos tem para o perdão lisonjeado.
II. Discreta e formosíssima Maria,
Enquanto estamos vendo a qualquer hora
Em tuas faces a rosada Aurora,
Em teus olhos, e boca o Sol, e o dia.
III. Porém se acaba o Sol, por que nascia?
Se formosa a luz é, por que não dura?
Como a beleza assim se transfigura?
Como o gosto da pena assim se fia?
IV. Casou-se nesta terra esta e aquele.
Aquele um gozo filho de cadela,
Esta uma donzelíssima donzela,
Que muito antes do parto o sabia ele.
V. A cada canto um grande conselheiro,
Que nos quer governar cabana e vinha;
Não sabem governar sua cozinha,
E podem governar o mundo inteiro.
Disponível em: <www.sonetos.com.br/famosos.php>. Acesso em: 4 mar. 2013.
Considerando os fragmentos em questão, assinale a 
alternativa correta. 
a O fragmento I é um exemplo do dualismo do perío-
do, representado pelo perdão e pelo pecado, cons-
tantes nas poesias amorosas.
B A poesia filosófica (III), com seus questionamen-
tos, destaca-se das outras, pois o poeta retoma os 
ideais clássicos.
c Sua poética crítica (V) é mordaz e direta, atingindo 
principalmente o clero, mas poupando os nobres e 
os governantes.
D Tanto a poesia amorosa (II) quanto a erótica (IV) 
têm o mesmo valor, pois o poeta apresenta voca-
bulário refinado.
e Toda a poética do autor apresenta a intensidade do 
estilo da época da qual ele faz parte, em qualquer 
tema.
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QuestÃo 62 
Bocage foi um grande poeta árcade português. Sua 
obra apresentou três fases: a arcádica propriamente 
dita, a satírica e a pré-romântica. O poema a seguir é 
um exemplar da última fase.
Meu ser evaporei na luta insana 
Do tropel de paixões que me arrastava: 
Ah! cego eu cria, ah! mísero eu sonhava 
Em mim quase imortal a essência humana!
De que inúmeros sóis a mente ufana 
Existência falaz me não dourava! 
Mas eis sucumbe Natureza escrava 
Ao mal, que a vida em sua origem dana.
Prazeres, sócios meus, e meus tiranos! 
Esta alma, que sedenta em si não coube, 
No abismo vos sumiu dos desenganos
Deus, ó Deus!... quando a morte a luz me roube, 
Ganhe um momento o que perderam anos, 
Saiba morrer o que viver não soube.
Disponível em: <www.sonetos.com.br/sonetos.php?n=924>. 
Acesso em: 4 mar. 2013.
Apesar de apresentar um tema romântico, o uso racio-
nal da estrutura de soneto e o da métrica são arcádi-
cos por excelência. Considerando o texto em questão, 
é correto afirmar que, ao fazer uma reflexão acerca de 
sua vida, o eu lírico:
a pensava ser imortal, vivendo cada paixão intensa-
mente até acabar adoecendo; na hora da morte, 
então, pede a Deus, com humildade, que lhe dê 
mais uma chance.
B sente-se envelhecido e, com medo da morte que 
se aproxima, revê sua vida e as coisas erradas que 
fez; decide, então, pedir perdão a Deus, pensando 
em sua vida eterna.
c olha para o passado e vê que desperdiçou seu 
tempo com prazeres mundanos, arrependendo-se; 
então, pede a Deus que o momento antes da mor-
te possa ser de dignidade.
D percebe que era cego e mísero quando se achava 
imortal; considerando sua existência falsa, pede a 
Deus que lhe dê mais uma chance.
e vive pensamentos negativos no fim da vida, acu-
sando paixões e prazeres que o arrastavam para 
o abismo dos desenganos; então, pede mais anos
de vida para viver corretamente.
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QuestÃo 63 
O poema a seguir, “Marília de Dirceu” (1792), de auto-
ria de Tomás Antônio Gonzaga, é considerado a obra-
-prima do Arcadismo brasileiro. Leia-o.
Minha bela Marília, tudo passa;
A sorte deste mundo é mal segura;
Se vem depois dos males a ventura, 
Vem depois dos prazeres a desgraça.
Estão os mesmos Deuses
Sujeitos ao poder ímpio Fado:
Apolo já fugiu do Céu brilhante,
Já foi Pastor de gado.
A devorante mão da negra Morte
Acaba de roubar o bem, que temos;
Até na triste campa não podemos
Zombar do braço da inconstante sorte.
Qual fica no sepulcro,
Que seus avós ergueram, descansado;
Qual no campo, e lhe arranca os brancos ossos
Ferro do torto arado.
Ah! enquanto os Destinos impiedosos
Não voltam contra nós a face irada,
Façamos, sim façamos, doce amada,
Os nossos breves dias mais ditosos.
Um coração, que frouxo
A grata posse de seu bem difere,
A si, Marília, a si próprio rouba,
E a si próprio fere.
Ornemos nossas testas com as flores.
E façamos de feno um brando leito,
Prendamo-nos, Marília, em laço estreito,
Gozemos do prazer de sãos Amores.
 Sobre as nossas cabeças,
Sem que o possam deter, o tempo corre;
E para nós o tempo, que se passa,
 Também, Marília, morre.
Disponível em: <www.dominiopublico.gov.br/download/texto/bv000301.pdf>. 
Acesso em: 5 mar. 2013.
No fragmento apresentado, nota-se a valorização: 
a da temática da morte, constante na poética árcade, 
haja vista que uma estrofe inteira é dedicada ao 
tema: “A devorante mão da negra Morte/Acaba de 
roubar o bem, que temos”.
B da mulher homenageada pelo poeta, Marília (nome 
dado ao título), antecipando uma postura de ideali-
zação que seria valorizada pelo Romantismo.
c do carpe diem, um dos lemas árcades, exemplifi-
cado pelos versos “Ah! enquanto os Destinos im-
piedosos/Não voltam contra nós a face irada”.
D do bucolismo e do pastoralismo, características 
importantes do Arcadismo, presentes na ambien-
tação que o eu lírico constrói para explorar o tema 
principal do fragmento.
e do destino (fado) impiedoso, que determina como 
será a vida de cada ser; por sua falta de piedade, 
geralmente determina desenlaces negativos: tris-
tezas, desventuras, morte etc.
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QuestÃo 64 
Leia os textos a seguir, que pertencem, respectiva-
mente, à primeira e à segunda fase do Romantismo 
no Brasil. 
Texto I
Se se morre de amor! 
Se se morre de amor! − Não, não se morre,
Quando é fascinação que nos surpreende
De ruidoso sarau entre os festejos;
Quando luzes, calor, orquestra e flores
Assomos de prazer nos raiam n’alma,
Que embelezada e solta em tal ambiente
No que ouve, e no que vê prazer alcança! 
[...]
Compr’ender o infinito, a imensidade,
E a natureza e Deus; gostar dos campos,
D’aves, flores, murmúrios solitários;
Buscar tristeza, a soledade, o ermo,
E ter o coração em riso e festa;
E à branda festa, ao riso da nossa alma
Fontes de pranto intercalar sem custo;
Conhecer o prazer e a desventura
No mesmo tempo, e ser no mesmo ponto
O ditoso, o misérrimo dos entes;
Isso é amor, e desse amor se morre! [...]
Gonçalves Dias. 
Texto II 
VIII
O pobre leito meu, desfeito ainda,
A febre aponta da noturna insônia.
Aqui lânguido à noite debati-me
Emvãos delírios anelando um beijo...
E a donzela ideal nos róseos lábios,
No doce berço do moreno seio
Minha vida embalou estremecendo...
Foram sonhos contudo! A minha vida
Se esgota em ilusões. E quando a fada
Que diviniza meu pensar ardente
Um instante em seus braços me descansa
E roça a medo em meus ardentes lábios
Um beijo que de amor me turva os olhos...
Me ateia o sangue, me enlanguece a fronte...
Um espírito negro me desperta,
O encanto do meu sonho se evapora...
E das nuvens de nácar da ventura
Rolo tremendo à solidão da vida!
Álvares de Azevedo.
Há uma diferença entre a postura lírico-amorosa 
da poesia da 1ª fase e a da 2ª fase do Romantis-
mo brasileiro. É correto afirmar que, ao comparar 
ambos os textos, a principal diferença que se pode 
observar é:
a a presença de uma alegria tímida na poesia lírica 
de 2ª fase, metaforizada em imagens diáfanas e 
vaporosas; enquanto a poesia de 1ª fase é explíci-
ta na apresentação das emoções.
B a apresentação do amor na poesia lírico-amorosa 
de 1ª fase sob uma ótica positiva, ainda que cheia 
de excessos e arroubos românticos; já na de 
2ª fase, há uma visão soturna, mórbida, triste.
c a presença de felicidade na poesia da 2ª fase e sua 
ausência na da 1ª, embora a abordagem feita em 
ambas as fases revele uma tendência à morbidez, 
já que o eu lírico se concentra na ideia de morte.
D o tratamento lírico dado ao amor na poesia de 
1ª fase, pois na de 2ª o sentimento é visto sob um 
ponto de vista racional, lembrando a poesia árcade.
e o fascínio pelo amor na 1ª fase, na qual mesmo a 
tristeza é apenas mais uma forma de vivenciá-lo; já 
para a 2ª, tudo são doces sonhos e ilusões, o amor 
é menos importante.
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QuestÃo 65 
Em Viagens na minha terra (1846), Almeida Garret 
narra sua viagem de Lisboa a Santarém, cruzando o 
Rio Tejo. Em meio à narrativa, ele conta a trágica his-
tória do casal de primos Carlos e Joaninha, que vivia 
em condições muito simples com a avó. Na história, há 
também Frei Dinis, figura austera que afirmava muito 
dever àquela família, principalmente a Carlos. Leia um 
diálogo áspero, ocorrido momentos antes do desfecho, 
entre Frei Dinis e a avó.
– Dinis!... Padre!... Padre Frei Dinis, que horrorosas
palavras saem da sua boca!... Meu neto, o meu Carlos 
não é capaz... ó meu Deus!...
− Seu neto detesta-me... e tem... tem razão.
− Não sabe a verdade ele... Carlos está enganado, 
cuida... não sabe senão meia verdade: e eu, eu hei de 
− custe o que me custar − eu hei de...
− Há de o quê?
− Hei de desenganá-lo, hei de lhe dizer a verdade 
toda. Hei de prostrar-me na sua presença, hei de hu-
milhar-me diante do filho da minha filha, hei de arrastar 
na poeira de seus pés estas cãs e estas rugas... mor-
rerei de vergonha e de remorsos diante de meu filho, 
mas ele há de saber a verdade.
[...]
− Se tal fizesse, mulher, a minha maldição, a maldi-
ção eterna de Deus cairia sobre sua cabeça para sem-
pre!... Ó mulher, pois não basta que ele me aborreça 
− não lhe basta que seu neto lhe perdesse o amor... 
quer... quer também que nos despreze?
A velha gemeu profundamente e, por um jeito de 
antiga reminiscência, levou as mãos aos olhos como 
se os tapasse para não ver. Então disse com descon-
soladas lágrimas na voz:
− A vontade de Deus seja feita!
Disponível em: <www.dominiopublico.gov.br/download/texto/ua00014a.pdf>. 
Acesso em: 6 mar. 2013.
Considerando os padrões do Romantismo e o trecho 
em questão, assinale a alternativa correta. 
a Próprio do caráter libertário do Romantismo, o ro-
mance romântico é uma “obra aberta”, deixando 
para o leitor o seu desfecho. Assim, aponta-se um 
mistério que não é solucionado.
B É característico do romance romântico instigar 
a curiosidade do leitor, por isso a denúncia da 
existência de um segredo nesse trecho, mistério 
notadamente guardado pela avó e desconhecido 
pelo frei.
c Há uma elevação de tom no tipo de discussão 
que se estabeleceu entre a avó dos jovens e Frei 
Dinis, o que indica ser esse o momento de clímax 
do romance.
D Na intenção de revelar ao leitor curioso o misté-
rio da trama, o texto apresenta elementos como a 
insinuação do segredo, a enganação dos primos 
e a maldição.
e O tipo de discussão que se estabeleceu entre as 
personagens e o tom de mistério aí existente são 
bem característicos das obras românticas, como 
uma preparação para o clímax.
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QuestÃo 66 
Leia o texto a seguir. 
Estudo relaciona consumo de álcool 
com vítimas de trânsito e de agressão
Uma em cada cinco vítimas de trânsito atendidas 
em prontos-socorros públicos no país confirmou ter 
ingerido bebida alcoólica ou apresenta sinais de em-
briaguez. Já entre os brasileiros atendidos após epi-
sódios de agressão, esse percentual sobe para 49%. 
É o que indica o estudo Viva, divulgado pelo Ministério 
da Saúde com base em dados colhidos em outubro de 
2011 em 71 prontos-socorros públicos distribuídos nas 
27 capitais. Ao total, o ministério avaliou a situação de 
47,5 mil vítimas atendidas no SUS (Sistema Único de 
Saúde).
Os dados detalhados mostram que o álcool foi vin-
culado a 22,3% dos condutores atendidos, 21,4% dos 
pedestres e a 17,7% dos passageiros. Quem bebeu 
momentos antes do acidente ficou mais sujeito a ser 
hospitalizado e a morrer, aponta o estudo. Entre os 
casos estudados, 56,8% dos acidentados atendidos 
se locomoviam em motocicletas. Entre as vítimas de 
agressão, é mais alto o percentual de vinculação ao ál-
cool: 49% das pessoas atendidas após uma agressão 
informaram ter ingerido bebida alcoólica ou demons-
travam sinais de embriaguez.
Para o Ministro Alexandre Padilha (Saúde), esse 
dado afasta a ideia de que o álcool está ligado apenas 
a quem agride. Em ambas as situações – tanto álcool 
quanto agressão –, o maior número de vítimas se con-
centra na faixa de 20 a 39 anos. [...]
Disponível em: <www.folhape.com.br/cms/opencms/folhape/pt/
edicaoimpressa/arquivos/2013/02/20_02_2013/0088.html>. 
Acesso em: 25 mar. 2013.
Ultimamente, a mídia tem discutido muito os efeitos da 
ingestão de álcool no comportamento de seus usuá-
rios, principalmente devido às consequências de suas 
atitudes por conta desse comportamento alterado. Se-
gundo o texto, um dos principais problemas dessa si-
tuação para a saúde pública é:
a o grande número de ocorrências em hospitais 
relacionadas direta ou indiretamente ao consumo 
de álcool.
B a falta de profissionais de saúde preparados para 
atender cada vez mais casos de acidentes.
c a falta de agentes de segurança pública que fisca-
lizem se as pessoas dirigem sob o efeito de álcool.
D o excesso de pessoas que procuram hospitais 
para curar a ressaca provocada pelo consumo exa-
gerado de bebida.
e a consequência negativa para a faixa etária afeta-
da pelo vício (20 a 39 anos), pois esses indivíduos 
terão problemas no fígado futuramente.
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QuestÃo 67 
A carta que Pero Vaz de Caminha escreveu a D. Ma-
nuel, rei de Portugal, por ocasião do descobrimento 
do Brasil, traz importantes informações sobre a rea-
lidade da terra recém-descoberta. Leia os seguintes 
fragmentos.
A feição deles é serem pardos, maneira de aver-
melhados, de bons rostos e bons narizes, bem-feitos. 
Andam nus, sem nenhuma cobertura. Nem estimam 
de cobrir ou de mostrar suas vergonhas; e nisso têm 
tanta inocência como em mostrar o rosto.
[...]
Esta terra, Senhor, me parece que da ponta que 
mais contra o sul vimos até à outra ponta que contra 
o norte vem, de que nós deste porto houvemos vista,
será tamanha que haverá nela bem vinte ou vinte 
e cinco léguas por costa. Tem, ao longo do mar, 
nalgumas partes, grandes barreiras, delas vermelhas, 
delas brancas; e a terra por cima toda chã e muito 
cheia de grandes arvoredos. De ponta a ponta, é toda 
praia parma, muito chã e muito formosa.
[...]
Nela, até agora, não pudemos saber que haja ouro, 
nem prata, nem coisa alguma de metal ou ferro; nem 
lho vimos.A leitura dos fragmentos permite inferir que os temas 
neles tratados demostram uma preocupação do euro-
peu com a: 
a catequização.
B civilização.
c exploração.
D reflexão.
e sabedoria.
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QuestÃo 68 
A literatura dos jesuítas visava à catequese dos índios, 
tendo no Padre José de Anchieta um dos jesuítas mais 
atuantes do período. O fragmento a seguir pertence ao 
poema “A Santa Inês”, de sua autoria.
A Santa Inês 
[...]
Ela é mezinha1
Com que sara o povo 
Que com vossa vinda
Terá trigo novo.
[...]
Não se vende em praça, 
Este pão da vida, 
Porque é comida
Que se dá de graça.
Oh preciosa massa!
Oh que pão tão novo
Que com vossa vinda
Quer Deus dar ao povo!”
[...]
Disponível em: <www.soliteratura.com.br/biblioteca_virtual/biblioteca05.php>.
1mezinha: sinônimo de remédio, geralmente caseiro.
Sabendo que, a princípio, os índios não falavam portu-
guês, um dos recursos usados por Anchieta para faci-
litar o aprendizado dos índios foi:
a o uso de seu livro Gramática do Tupi, já que os 
recursos de versificação eram dispensáveis, pois 
os índios já conseguiam assimilar as palavras do 
poema, o que agilizou o processo de alfabetização.
B o uso de redondilhos maiores em “A Santa Inês”, 
resultando em uma batida marcante aos ouvidos 
dos índios, que não tinham dificuldade para memo-
rizar o vocabulário.
c a versificação, como o redondilho menor e as ri-
mas, que produziam um som de fácil memorização 
para os índios, com o entendimento das palavras 
ocorrendo aos poucos.
D a falta de métrica, para que os índios não ficassem 
presos a uma estrutura predefinida e não se inti-
midassem caso não conseguissem entender todas 
as palavras.
e a referência aos símbolos sagrados, suficientes 
para que o índio, já em processo de catequese, 
percebesse o contexto e entendesse o sentido de 
todo o poema.
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QuestÃo 69 
Alexandre Herculano foi um importante escritor da 
fase histórica do Romantismo em Portugal. Em seu li-
vro Eurico, o presbítero (1844), ele volta à Baixa Idade 
Média, contando as aventuras e desventuras de Eurico 
e Hermengarda. Leia o trecho a seguir.
O presbítero Eurico era o pastor da pobre paróquia 
de Carteia. Descendente de uma antiga família bárbara, 
gardingo na corte de Vítiza, depois de ter sido tufado 
ou milenário do exército visigótico vivera os ligeiros dias 
da mocidade no meio dos deleites da opulenta Toletum. 
Rico, poderoso, gentil, o amor viera, apesar disso, que-
brar a cadeia brilhante da sua felicidade. Namorado de 
Hermengarda, filha de Favila, duque de Cantábria, e 
irmã do valoroso e depois tão célebre Pelágio, o seu 
amor fora infeliz. O orgulhoso Favila não consentira que 
o menos nobre gardingo pusesse tão alto a mira dos
seus desejos. Depois de mil provas de um afeto imenso, 
de uma paixão ardente, o moço guerreiro vira submer-
gir todas as suas esperanças. Eurico era uma destas 
almas ricas de sublime poesia a que o mundo deu o 
nome de imaginações desregradas, porque não é para 
o mundo entendê-las. Desventurado, o seu coração de
fogo queimou-lhe o viço da existência ao despertar dos 
sonhos do amor que o tinham embalado. A ingratidão 
de Hermengarda, que parecera ceder sem resistência 
à vontade de seu pai, e o orgulho insultuoso do velho 
prócer deram em terra com aquele ânimo, que o aspec-
to da morte não seria capaz de abater. A melancolia que 
o devorava, consumindo-lhe as forças, fê-lo cair em lon-
ga e perigosa enfermidade, e, quando a energia de uma 
constituição vigorosa o arrancou das bordas do túmulo, 
semelhante ao anjo rebelde, os toques belos e puros do 
seu gesto formoso e varonil transpareciam-lhe a custo 
através do véu de muda tristeza que lhe entenebrecia a 
fronte. O cedro pendia fulminado pelo fogo do céu.
Disponível em: <www.dominiopublico.gov.br/download/texto/ua00010a.pdf>. 
Acesso em: 7 mar. 2013.
Considerando o fragmento e com base em conheci-
mentos sobre a literatura romântica portuguesa, assi-
nale a alternativa correta.
a A resposta de Hermengarda à separação de seu 
namorado, imposta por seu pai, confirma os com-
portamentos românticos da personagem.
B As referências históricas do texto (exército visigóti-
co, Dom Pelágio – líder desse exército) marcam a 
retomada do apogeu português, pós-navegações.
c Essa obra pertence à segunda fase do Romantismo 
português, apresentando uma retomada do passado 
medieval desse povo (com bárbaros, por exemplo).
D O comportamento de Eurico em relação ao de 
Hermengarda, ao serem impedidos de ficar juntos, 
está de acordo com os preceitos românticos. 
e O narrador utiliza figuras de linguagem (como “co-
ração de fogo”, “cedro fulminado pelo fogo do céu”) 
para representar as dores de Hermengarda.
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QuestÃo 70 
Leia a seguir um fragmento de Amor de Perdição 
(1862), de Camilo Castelo Branco, um dos exemplares 
mais representativos do Ultrarromantismo português.
Ao romper d’alva dum domingo de junho de 1803, 
foi Teresa chamada para ir com seu pai à primeira mis-
sa da igreja paroquial. Vestiu-se a menina, assustada, 
e encontrou o velho na antecâmara a recebê-la com 
muito agrado, perguntando-lhe se ela se erguia de 
bons humores para dar ao autor de seus dias um resto 
de velhice feliz. O silêncio de Teresa era interrogador.
− Vais hoje dar a mão de esposa a teu primo Baltasar, 
minha filha. É preciso que te deixes cegamente levar pela 
mão de teu pai. Logo que deres este passo difícil, conhe-
cerás que a tua felicidade é daquelas que precisam ser 
impostas pela violência. Mas repara, minha querida filha, 
que a violência dum pai é sempre amor. Amor tem sido a 
minha condescendência e brandura para contigo. Outro 
teria subjugado a tua desobediência com maus-tratos, 
com os rigores do convento, e talvez com o desfalque 
do teu grande patrimônio. Eu, não. Esperei que o tempo 
te aclarasse o juízo, e felicito-me de te julgar desassom-
brada do diabólico prestígio do maldito que acordou o teu 
inocente coração. Não te consultei outra vez sobre este 
casamento, por temer que a reflexão fizesse mal ao zelo 
de boa filha com que tu vais abraçar teu pai, e agradecer-
-lhe a prudência com que ele respeitou o teu gênio, ve-
lando sempre a honra de te encontrar digna do seu amor.
Teresa não desfitou os olhos do pai; mas tão abs-
traída estava que escassamente lhe ouviu as primeiras 
palavras, e nada das últimas.
− Não me respondes, Teresa?! − tornou Tadeu, to-
mando-lhe cariciosamente as mãos.
− Que hei de eu responder-lhe, meu pai? − balbuciou 
ela.
− Dá-me o que te peço? Enches de contentamento 
os poucos dias que me restam?
− E será o pai feliz com o meu sacrifício?
− Não digas sacrifício, Teresa... Amanhã a estas 
horas verás que transfiguração se fez na tua alma. Teu 
primo é um composto de todas as virtudes; nem a qua-
lidade de ser um gentil moço lhe falta, como se a rique-
za, a ciência e as virtudes não bastassem a formar um 
marido excelente.
− E ele quer-me. Depois de eu me ter negado? − 
disse ela com amargura.
− Se ele está apaixonado, filha!... e tem bastante 
confiança em si para crer que tu hás de amá-lo muito!...
− E não será mais certo odiá-lo eu sempre?! Eu 
agora mesmo o abomino como nunca pensei que se 
pudesse abominar! Meu pai... − continuou ela, choran-
do, com as mãos erguidas − mate-me; mas não me 
force a casar com meu primo! É escusada a violência, 
porque eu não caso!
Tadeu mudou de aspecto, e disse irado:
− Hás de casar! −Quero que cases! Quero!... Quando 
não, amaldiçoada serás para sempre, Teresa! Morrerás 
num convento! Esta casa irá para teu primo! Nenhum in-
fame há de aqui pôr pé nas alcatifas de meus avós. Se és 
uma alma vil, não me pertences, não és minha filha, não 
podes herdar apelidos honrosos, que foram pela primei-
ra vez insultados pelo pai desse miserável que tu amas! 
Maldita sejas! Entra nesse quarto, e espera que daí te 
arranquem para outro, onde não verás um raio de Sol.
Disponível para: <www.dominiopublico.gov.br/download/texto/ua00063a.pdf>.

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