Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Banca Poliedro 2013 Matemática e suas Tecnologias Linguagens, Códigos e suas Tecnologias Redação Prova 2 Verifique se este caderno de questões contém um total de 95 questões, sendo 45 questões de Matemática e suas Tecnologias, 50 questões de Linguagens, Códigos e suas Tecnologias, e 1 Proposta de Redação. ATENÇÃO: Cada aluno deverá escolher apenas 1 língua estrangeira (Inglês OU Espanhol) e marcar as respostas de acordo com a numeração da língua escolhida (86 a 90 – Inglês OU 91 a 95 – Espanhol), deixando em branco, na folha de respostas, os campos que NÃO corresponderem à prova escolhida. Independentemente da opção de língua estrangeira feita pelo aluno, qualquer marcação na prova de Inglês fará com que esta prova – e somente esta – seja considerada no momento da correção. Para cada questão, existe apenas uma resposta correta. Você deve ler cuidadosamente cada uma das questões e escolher a alternativa que corresponda à resposta correta. Essa alternativa (a, b, c, d ou e) deve ser preenchida completamente no item correspondente na folha de respostas que você recebeu, segundo o modelo abaixo. Observe: Não será permitida nenhuma espécie de CONSULTA nem o uso de máquina calculadora ou de dispositivos eletrônicos, tais quais celulares, pagers e similares. É proibido pedir ou emprestar qualquer material durante a realização da prova. Você terá cinco horas e trinta minutos para responder a todas as questões e preencher a folha de respostas. Não é permitida a saída antes de duas horas de duração da prova. A ERRADO ERRADO ERRADO CORRETO A A A 1 2 3 4 5 6 7 8 Boa prova! Instruções para a prova Ciclo 4 MT - 2° dia | Ciclo 4 - Página 2 2013 2013 matemática e suas tecnologias QuestÕes De 1 a 45 QuestÃo 1 Na matemática, um conjunto é uma coleção de ne- nhum ou mais elementos. Uma exemplificação desse conceito é quando adicionamos produtos de um super- mercado ao carrinho de compras ou quando vamos a uma feira de comércio popular e colocamos frutas em uma sacola, formando, assim, um conjunto. Considerando o exposto e com base na Teoria dos Conjuntos, é correto afirmar que todos os produtos disponíveis para compra em um supermercado e um carrinho de compras sem nenhum produto estão rela- cionados, respectivamente, com: a o conjunto união, e com o conjunto interseção dos produtos disponíveis no supermercado e na feira popular. B o conjunto união dos produtos disponíveis no super- mercado e na feira popular, e com o conjunto vazio. c o conjunto vazio, e com o conjunto universal dos produtos disponíveis no supermercado e na feira popular. D o conjunto universo, e com o conjunto vazio dos produtos disponíveis no supermercado para um comprador. e o conjunto universo, e com o conjunto unitário dos produtos disponíveis no supermercado para um comprador. QuestÃo 2 A Teoria dos Conjuntos facilita a resolução de proble- mas matemáticos que envolvem o comportamento de certos grupos, especialmente quando estes se inter- secionam, isto é, quando um elemento se comporta de acordo com dois ou mais grupos. Considere, como exemplo, o seguinte caso. Em uma escola, foi realizada uma pesquisa para coletar, entre todos os alunos, a preferência pelo Facebook, Twitter e/ou Instagram. Os resultados obtidos foram os seguintes: • 200 alunos gostam do Facebook. • 40 alunos gostam das três redes sociais. • 60 alunos gostam do Facebook e do Instagram. • 50 alunos gostam do Facebook e do Twitter. • 20 alunos gostam somente do Twitter. • 120 alunos gostam do Instagram. • Todos os alunos gostam de pelo menos uma rede social. Com base nos dados obtidos na pesquisa e por meio da Teoria dos Conjuntos, é correto afirmar que há, nessa escola: a 230 alunos. B 240 alunos. c 250 alunos. D 270 alunos. e 280 alunos. MT - 2° dia | Ciclo 4 - Página 3 2013 2013 QuestÃo 3 Um empresário precisa defi nir o logotipo de uma nova marca de um produto que será lançando no mercado. Porém, ele está em dúvida entre três opções com as seguintes características: I. 10 10 α α II. 12 12 60° 60° III. 9 15 12 20 Para facilitar a decisão, ele estabeleceu que o logotipo deveria apresentar dois triângulos congruentes. Dessa forma, dentre as fi guras apresentadas, ele poderia usar apenas: a I. B II. c III. D I e II. e II e III. MT - 2° dia | Ciclo 4 - Página 4 2013 2013 QuestÃo 4 A equação de Clapeyron é um modelo teórico para ga- ses perfeitos que relaciona pressão (P), volume (V) e temperatura (T) para uma quantidade (n) de gás. Essa relação é dada por PV = nRT, em que R é a constante universal dos gases perfeitos. Considere certa quantidade de um gás perfeito cuja relação entre pressão e temperatura é dada no gráfico a seguir. 1,6 1,5 1,4 1,3 P re ss ão ( at m ) 1,2 1,1 1 0,9 190 200 210 220 230 240 Temperatura (Kelvin) 250 260 270 280 290 300 310 Com base nessas informações, pode-se afirmar corre- tamente que se trata de uma função de grau 1 (afim) em que n R V ⋅ é igual a: a 0,005 atm/K B 0,010 atm/K c 0,050 atm/K D 200 atm/K e 100 atm/K MT - 2° dia | Ciclo 4 - Página 5 2013 2013 QuestÃo 5 Uma faixa de azulejos decorativos será colocada no meio das paredes da cozinha de um restaurante cha- mado Del’a Hull. Eles serão encaixados de dois em dois, sendo o primeiro um hexágono regular, e o se- gundo um octógono regular, conforme a figura a seguir. Del´a x Hull Del´a Hull Com base nos dados apresentados, assinale a alter- nativa que indica o valor correto de x. a 90° B 105° c 120° D 135° e 255° QuestÃo 6 A prefeitura de uma cidade solicitou a uma empresa de construção civil o serviço de pintura para uma escola mu- nicipal, com área de 4.950 m2, a ser realizado em um prazo de 12 dias. O responsável pela obra contratou 10 pintores, que, em 3 dias, pintaram somente 900 m2. Ao perceber que havia cometido um equívoco de planeja- mento, o responsável contratou mais pintores igualmente eficientes aos que foram contratados inicialmente, e os quais começavam o trabalho já no quarto dia, permitindo, assim, que a obra fosse terminada exatamente no prazo. Considerando as informações dadas, assinale a alter- nativa que indica corretamente o número de pintores a mais que foram contratados. a 2 pintores. B 5 pintores. c 8 pintores. D 10 pintores. e 15 pintores. MT - 2° dia | Ciclo 4 - Página 6 2013 2013 QuestÃo 7 Uma praça de uma cidade, que tinha o formato circular, passou por uma reforma e agora tem todos os bancos e brinquedos em uma região com formato triangular, como ilustra a figura a seguir. No ponto O, centro da praça, será instalada uma grande torre, que garantirá a iluminação desse espaço público. O O local onde será fixada a base da torre também é conhecido como: a mediana. B mediatriz. c baricentro. D ortocentro. e circuncentro. QuestÃo 8 Segundo algumas pesquisas, o Facebook, a maior rede social do mundo, com mais de 1 bilhão de usuá- rios, ficou em primeiro lugar no ranking brasileiro, em julho de 2012, com 55% de participação nos acessos – crescimento expressivo em relação aos 18% regis- trados no mesmo período em 2011. Se aproximarmos o crescimento percentual do Facebook, com base nos dados apresentados, por meio de uma função afim, em que 2011 é a origem das abscissas, o coeficiente linear dessa função será, aproximadamente: a 0,12 B 0,14 c 0,16 D 0,18 e 0,20 MT - 2° dia | Ciclo 4 - Página 7 2013 2013 QuestÃo 9 Uma toalha de banho retangular, com dimensões ini- ciais de 70 cm × 140 cm, como indica a fi gura, sofrerá um encolhimento após a primeira lavagem, o qual será proporcional às dimensões iniciais, ou seja, o formato e a proporção da toalha serão mantidos. 70 cm 140 cm Sendo x cm o encolhimento da largura da toalha após a primeira lavagem, a área fi nal da toalha será expressa, em centímetros quadrados, por: a Af = 2(x – 70)2 B Af = 2(x – 7)2 c Af = x2 – 280x + 9.800 D Af = x2 – 28x + 9.800 e Af = x2 – 140x + 4.900 QuestÃo 10 Os jogos de futebolinvadiram o mundo dos games desde a década de 1990. Hoje em dia, com os gráfi cos em 3D, é possível aproximar a brincadeira à realidade. Alguns consoles apresentam experiências mais emo- cionantes, como bolas que simulam o chute ao gol. Assim, quem joga fi ca cada vez mais desligado do fato de que está participando de algo projetado para imitar a realidade. Para gerar essas sensações, os criadores dos jogos se preocupam com cada detalhe do que será experimentado e aplicam a matemática necessária para alcançar os resultados. Em determinado jogo de video game, por trás do que está representado na tela, está o seguinte campo de futebol, em que ABCD formam um paralelogramo e MN//AD//BC, conforme a fi gura. A 120° 25° α BM D CN Sabendo que DB é uma diagonal do paralelogramo, o valor do ângulo a, indicado na fi gura, é: a 25° B 35° c 50° D 70° e 120° MT - 2° dia | Ciclo 4 - Página 8 2013 2013 QuestÃo 11 Dois testes, com notas de 0 a 10, foram aplicados a um grupo de 10 pessoas; as notas obtidas estão relacio- nadas na tabela a seguir. teste 1 6,0 6,0 5,0 7,0 6,0 6,0 6,0 6,0 5,0 6,0 teste 2 10 9,0 1,0 0 2,0 10,0 9,0 8,0 7,0 3,0 Pode-se observar que os comportamentos do grupo nos dois testes não foram iguais. Assinale a alternativa que justifica corretamente essa diferença de comporta- mento entre os testes. a A variância das notas do teste 1 foi maior. B O desvio padrão das notas do teste 1 foi maior. c O desvio padrão das notas foi exatamente o mesmo. D A variância das notas do teste 2 foi maior. e O desvio padrão das notas do teste 2 foi menor. MT - 2° dia | Ciclo 4 - Página 9 2013 2013 QuestÃo 12 Alguns cientistas realizaram um experimento contro- lando o crescimento de uma população de coelhos. Com isso, constataram que, no 1° ano, a população não se alterou; no 2°, a população triplicou; e a popula- ção foi aumentando nos anos seguintes, como indica a sequência da tabela a seguir. Ano População 1° x 2° 3x 3° 7x 4° 13x 5° 21x É correto afirmar que a população de coelhos do 10° ano será maior que a população inicial em: a 41 vezes. B 47 vezes. c 51 vezes. D 63 vezes. e 91 vezes. Gráfico para as questões 13 e 14 60% 48% 36% 24% P er ce nt ua l d e vi si ta s Crescimento das redes sociais de Julho/11 a Julho/12 12% 0% Ju l 1 1 A go 1 1 S et 1 1 O ut 1 1 N ov 1 1 D ez 1 1 Ja n 12 F ev 1 2 M ar 1 2 A br 1 2 M ai 1 2 Ju n 12 Ju l 1 2 Facebook Youtube Orkut Fonte: <http://idgnow.uol.com.br/internet/2012/08/22/facebook-consolida- dominio-e-orkut-despenca-no-brasil-aponta-pesquisa/>. Acesso em: maio 2013. MT - 2° dia | Ciclo 4 - Página 10 2013 2013 QuestÃo 13 Aproximando-se os crescimentos percentuais de visi- tas do Facebook, do YouTube e do Orkut a uma função afim, respectivamente, f1, f2 e f3, é correto afirmar que o coeficiente: a angular de f1 é menor que o de f2, porém o coefi- ciente linear de f1 é igual ao de f2. B linear de f1 é menor que o de f3, porém o coeficiente angular de f1 é maior que o de f3. c linear de f1 é maior que o de f3, porém o coeficiente angular de f1 é menor que o de f3. D linear de f1 é maior que o de f3, e o coeficiente angular de f1 é maior que o de f3. e linear de f1 é menor que o de f3, e o coeficiente angular de f1 é menor que o de f3. QuestÃo 14 Acredita-se que o YouTube foi a segunda rede social no país que mais teve acessos em julho de 2012, com 18% das visitas, enquanto o Orkut ficou em terceiro lugar – com 12% dos acessos –, uma participação bem diferente dos 45% de um ano antes, no Brasil. Mode- lando, por aproximação, o desempenho do Orkut no período de julho/2011 a julho/2012 com uma função afim, o percentual de acessos a essa mesma rede, em janeiro de 2012, foi de aproximadamente: a 23% B 25% c 27% D 29% e 31% MT - 2° dia | Ciclo 4 - Página 11 2013 2013 QuestÃo 15 Acidente com césio-137 em Goiânia completa 25 anos; vítimas relatam preconceito e abandono Na manhã de 13 de setembro de 1987, um domin- go, os catadores de materiais recicláveis [...] foram ao antigo Instituto Goiano de Radiologia, abandonado na região central de Goiânia, e levaram um aparelho ra- diológico de mais de 100 kg, de onde seriam retirados chumbo e outros elementos [...]. Cinco dias depois, parte do equipamento foi levada para o ferro-velho de Devair Alves Ferreira [...]. Dentre as peças estava a cápsula do césio-137, já violada. Ele (Devair) chegou a revender parte do objeto para outro ferro-velho. En- cantado com o brilho azul, também levou o material para dentro de casa [...]. A Associação de Vítimas do Césio-137 estima que mais de 6.000 pessoas foram atingidas pela radiação, e que pelo menos 60 já morre- ram em decorrência do acidente. Rafhael Borges. UOL Notícias, 13 set. 2012. Disponível em: <http://noticias. uol.com.br/cotidiano/ultimas-noticias/2012/09/13/acidente-com-o-cesio-137- em-goiania-completa-25-anos-vitimas-relatam-preconceito-e-abandono.htm>. Acesso em: maio 2013. (Adapt.). O intervalo de tempo para que a massa de uma amostra radioativa se reduza à metade é chamado de meia-vida. Com base nessa informação, para que 1.024 g de césio-137 se reduzam a 0,25 g, seriam necessárias: a 9 meias-vidas. B 10 meias-vidas. c 11 meias-vidas. D 12 meias-vidas. e 13 meias-vidas. MT - 2° dia | Ciclo 4 - Página 12 2013 2013 QuestÃo 16 World Village of Women Sports – Malmo – Suécia O escritório de arquitetura BIG, da Dinamarca, em colaboração com o escritório de engenharia e estrutu- ras AKT, os consultores Tyréns e a equipe de engenha- ria climática Transsolar venceram o concurso (por con- vite) para a Vila Mundial de Esportes Femininos (World Village of Women Sports). Trata-se de um projeto com cerca de 100.000 m² a ser construído na área central de Malmo, na Suécia, planejado para ser um centro de pesquisa, educação e treinamento dedicado ao esporte feminino. Segundo BjarkeIngels, arquiteto responsável pelo BIG, considerando as demandas especiais das mulheres de todas as culturas e idades, procuramos dar uma atenção especial ao projeto, criando um sentimen- to de intimidade e bem-estar, pouco usuais nos comple- xos esportivos – de caráter industrial – do esporte mas- culino, que em geral são como fábricas para o exercício físico, ao invés de templos para o corpo e a mente. Disponível em: <http://concursosdeprojeto.org/2009/11/07/womensports- malmo-big>. Acesso em: maio 2013. Suponha que uma das laterais de um prédio como este seja representada conforme a figura a seguir. A B Altura do prédio C 30 m 60° Considerando que cada andar desse prédio tenha cerca de 3 metros de altura, assinale a alternativa que corresponde ao número de andares desse edifício. a 9 B 12 c 17 D 51 e 100 MT - 2° dia | Ciclo 4 - Página 13 2013 2013 QuestÃo 17 Um professor utiliza matrizes para registrar as notas de seus alunos. As matrizes são nomeadas de acordo com o nome das disciplinas que ele ministra, sendo M para Matemática e F para Física. Cada linha da ma- triz corresponde a um aluno diferente, e cada coluna a um simulado aplicado; já as notas de determinado aluno nos simulados estão representadas pela linha i em ambas as matrizes. A seguir, tem-se fragmentos dessas matrizes. M F = = 8 0 8 5 3 5 10 5 5 6 5 15 9 5 10 9 0 4 0 9 0 6 0 8 , , , , , , , , , , , , 55 4 5 7 0 6 5 7 5 5 5 8 5 8 0 9 0 8 0 7 0 , , , , , , , , , , Assinale a alternativa que corresponde à operação que o professor deve realizar entre as matrizes para obter as médias dos alunos, nessas disciplinas, em cada simulado. a M F+( ) ⋅ 1 2 B M F M F +( ) ⋅ ⋅ 1 c M F+ ⋅1 2 D 1 2 ⋅ ⋅M F e M F− +( ) ⋅1 12 MT - 2° dia | Ciclo 4 - Página 14 2013 2013 QuestÃo 18 Leia o texto a seguir. São demais os perigos dessa vida para quem tem cartão [...] Os números assustam, o cartão de crédito, mo- dalidade mais usada por brasileiros, segundo relatórioda Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade referente a dezembro 2012, com os assombrosos 9,37% ao mês, equivalen- te a – pasmem – 193% ao ano. Esse número é de ti- rar qualquer numerólogo do sério, ainda mais, quando comparado com os míseros 7,25% ao ano da Selic ou os 5,08% ao ano da poupança. Para ilustrar o estrago de uma dívida no cartão, tanto a tabela como o gráfico a seguir fazem uma comparação da evolução de R$ 1.000 reais investidos na poupança contra uma dívida de mesmo valor no cartão de crédito no decorrer de 60 meses. [...] R$ 230.000,00 R$ 220.000,00 R$ 210.000,00 R$ 200.000,00 R$ 190.000,00 R$ 180.000,00 R$ 170.000,00 R$ 160.000,00 R$ 150.000,00 R$ 140.000,00 R$ 130.000,00 R$ 120.000,00 R$ 110.000,00 R$ 100.000,00 R$ 90.000,00 R$ 80.000,00 R$ 70.000,00 R$ 60.000,00 R$ 50.000,00 R$ 40.000,00 R$ 30.000,00 R$ 20.000,00 R$ 10.000,00 R$ – 0 10 20 30 40 50 60 Poupança Cartão meses Poupança cartão 0 R$ 1.000,00 R$ 1.000,00 12 R$ 1.050,75 R$ 2.929,00 24 R$ 1.104,08 R$ 8.581,38 36 R$ 1.160,11 R$ 25.138,28 48 R$ 1.218,98 R$ 73.640,07 60 R$ 1.280,85 R$ 215.721,15 Fonte: Folha de S.Paulo, 16 jan. 2013. Disponível em: <http://carodinheiro. blogfolha.uol.com.br/2013/01/16/sao-demais-os-perigos-dessa-vida-para- quem-tem-cartao>. Acesso em: mar. 2013. É correto afirmar que a evolução dos montantes mos- trada no gráfico e na tabela são funções: a do primeiro grau. B do segundo grau. c polinomiais. D exponenciais. e logarítmicas. MT - 2° dia | Ciclo 4 - Página 15 2013 2013 QuestÃo 19 Considere uma situação em que as taxas de juros da poupança e do cartão de crédito sejam, respec- tivamente, 5% e 194% ao ano. O valor inicial a ser aplicado na poupança para que, em dois anos, uma pessoa obtivesse o mesmo valor de uma dívida de R$ 1.000,00 no cartão de crédito, também com dois anos de evolução, deveria ser: a R$ 7.840,00 B R$ 10.320,00 c R$ 20.640,00 D R$ 30.980,00 e R$ 40.160,00 QuestÃo 20 Para confeccionar uma peça de máquinas de cortes industriais, uma empresa recebeu uma imagem, ilus- trada a seguir, que servirá de parâmetro para o modelo produzido. A peça precisa ter três furos distintos, loca- lizados nos pontos A, B e C, conforme o esquema, em que outras medidas também podem ser visualizadas. A B 20°80° y C O funcionário responsável por produzir a peça-modelo concluiu que o ângulo y vale: a 50° B 60° c 65° D 100° e 130° MT - 2° dia | Ciclo 4 - Página 16 2013 2013 QUESTÃO 22 A computação gráfica utiliza duas matrizes inversíveis que são extremamente úteis para suas operações: a matriz de rotação (R) e a matriz de translação (T). A primeira rotaciona um ponto, escrito matricialmente, de certo ângulo, e a segunda desloca esse ponto, am- bas em relação a um referencial. Assim, por meio de sucessivas transformações com essas matrizes, uma imagem ganha movimento. Considere uma matriz P referente às coordenadas de certo ponto. Se um programador de jogos eletrônicos realizasse a transformação: P’ = PRTR, em que P’ é o ponto obtido pela transformação, a transformação in- versa seria: A P = R–1 T–1 R–1 P’ B P = R–1 R–1 T–1 P’ C P = P’ R–1 R–1 T–1 D P = P’ T–1 R–1 R–1 E P = P’ R–1 T–1 R–1 QUESTÃO 21 Uma empresa de brinquedos está confeccionando uma roda para suas novas bicicletas. Para tanto, foi feito um desenho representando a roda e a calota, que tem o formato de um triângulo equilátero com um cír- culo inscrito, como indica a figura a seguir. A B 20 cm R r C Sendo R o raio da roda e r cm= 21 o raio do círculo inscrito no triângulo, o diâmetro da roda desse brin- quedo vale: A 7,5 cm B 15 cm C 20 cm D 22 cm E 25 cm MT - 2° dia | Ciclo 4 - Página 17 2013 2013 QuestÃo 23 Um investidor, desejando aumentar seus rendimentos, aplicou um capital a juros simples, durante três anos, sob uma taxa de 20% ao ano. Ao final desse período, a aplicação rendeu juros de R$ 15.000,00. Dessa forma, pode-se afirmar corretamente que o capital aplicado foi de: a R$ 18.000,00 B R$ 20.000,00 c R$ 22.500,00 D R$ 25.000,00 e R$ 25.250,00 QuestÃo 24 Um investidor deseja que, ao final de quatro anos, R$ 1.000,00 evoluam para R$ 100.000,00. Dessa for- ma, considerando que esse investidor seja muito habi- lidoso, ele conseguirá tal feito se a taxa anual de juros compostos do seu investimento for: a 10 1− B 10 13 − c 10 14 − D 10 15 − e 10 16 − MT - 2° dia | Ciclo 4 - Página 18 2013 2013 QuestÃo 25 O círculo trigonométrico, mostrado a seguir, é um cír- culo centrado na origem do plano cartesiano e de raio unitário, no qual certas relações trigonométricas são facilmente caracterizadas e definidas. O segmento de reta (OP), que define, com o eixo das abscissas (OX), um arco de ângulo (a) nesse círculo, é tal que sua pro- jeção ortogonal (OA) nesse eixo é igual ao módulo do cosseno desse ângulo (cos a), e a projeção ortogonal no eixo das abscissas é igual ao módulo do seno des- se ângulo (sen a). Se traçarmos uma reta tangente ao círculo trigonomé- trico e ortogonal à abscissa, essa reta interceptará o círculo em apenas um ponto (E); e o prolongamento do segmento de reta OP interceptará a reta tangente em um único ponto (C). A distância (CE) desse pon- to ao ponto E é igual à tangente desse ângulo (tg a). Finalmente, se traçarmos uma reta tangente ao círcu- lo trigonométrico e ortogonal ao eixo das ordenadas (OY), essa reta interceptará o círculo em apenas um ponto (F); e o prolongamento do segmento de reta OP interceptará essa reta tangente em um único ponto (D). A distância (DF) desse ponto ao ponto F é igual à cotangente desse ângulo (cotg a). Portanto, para todo ângulo, tem-se: II-Q I-Q III-Q IV-Q Eixo das cotangentes y F1 B O A E x 1 cossenos Eixo dos Eixo dos senos Eixo das tangentes −1 −1 cotg α tg α sen α cos α α CP D Disponível em: <www.educ.fc.ul.pt/icm/icm2000/icm22/circulo_trigonometrico.htm>. Acesso em: maio 2013. O plano cartesiano divide o círculo trigonométrico em quatro partes iguais, chamadas quadrantes: I-Q, II-Q, III-Q e IV-Q, conforme a figura. Dentre as alternativas a seguir, assinale a que apresenta o quadrante em que os cossenos e os senos dos ângulos são negativos e o menor ângulo não negativo de tangente nula. a I-Q e 0 rad. B II-Q e π 2 rad. c III-Q e 0 rad. D IV-Q e π 2 rad. e IV-Q e 0 rad. MT - 2° dia | Ciclo 4 - Página 19 2013 2013 QuestÃo 26 Após uma enquete feita com 1.200 pessoas, nas ruas da capital paulista, sobre os tipos mais frequentes de alimentos ingeridos pela população atualmente, elabo- rou-se o seguinte gráfico. 40% 15% 15% 21% 9% Sanduíches Sopas Frutas Saladas Sobremesas Assinale a alternativa que apresenta o número de pes- soas que corresponde a cada um dos setores do grá- fico da pesquisa. a alimento nº de pessoas Sanduíches 480 Sopas 180 Frutas 108 Saladas 252 Sobremesas 180 B alimento nº de pessoas Sanduíches 420 Sopas 250 Frutas 180 Saladas 150 Sobremesas 200 c alimento nº de pessoas Sanduíches 220 Sopas 120 Frutas 400 Saladas 125 Sobremesas 135 D alimento nº de pessoas Sanduíches 480 Sopas 180 Frutas 225 Saladas 252 Sobremesas 180 e alimento nº de pessoas Sanduíches 480 Sopas 180 Frutas 252 Saladas 108 Sobremesas 115 MT - 2° dia | Ciclo 4 - Página 20 2013 2013 QuestÃo 27 A tabela a seguir apresenta o número de casos de ma- lária registrados no município de Humaitá, no Amazo- nas, no primeiro trimestre de 2012, segundo dados da Coordenação de Vigilância em Saúde da cidade. número de casos ano Janeiro Fevereiro março 2011 107 112 134 2012 76 53 68 Fonte: Boletim Informativo da Malária. Ed. 04/2012. Coordenação de Vigilância em Saúde. Disponível em: <http://vigilanciaemsaudehumaita. blogspot.com.br/2012/04/edicao-042012-boletim-informativo-da_30.html>. Assinale, dentre as alternativas a seguir, a que traz a correta representação dos dados da tabela. a 160 140 120 100 80 60 40 20 0 Jan Fev Mar2011 2012 B 160 140 120 100 80 60 40 20 0 Jan Fev Mar 2011 2012 c 160 140 120 100 80 60 40 20 0 Jan Fev Mar 2011 2012 D 160 140 120 100 80 60 40 20 0 Jan Fev Mar 2011 2012 e 160 140 120 100 80 60 40 20 0 Jan Fev Mar 2011 2012 MT - 2° dia | Ciclo 4 - Página 21 2013 2013 QuestÃo 28 Leia o texto a seguir. Relação fundamental da trigonometria A relação fundamental da trigonometria advém da aplicação do Teorema de Pitágoras a um triângulo OAP, retângulo em A, com O sendo o centro de uma circunferência de raio unitário. O teorema nos garan- te que a hipotenusa ao quadrado é igual à soma dos quadrados dos catetos; ora, os catetos são iguais a cos AÔP e sen AÔP e a hipotenusa é igual a 1, portanto: 1 12 2 2 2 2= + → + =cos cosα α α αsen sen Disponível em: <www.educ.fc.ul.pt/icm/icm2000/icm22/circulo_trigonometrico. htm>. Acesso em: maio 2013. (Adapt.). Mesmo desconhecendo os valores de seno e cosseno de certos ângulos, é possível simplificar expressões utilizando a relação fundamental da trigonometria, como no seguinte caso: tg tg sen tg g180 45 50 50 50 50° ° ° ° ° °+ +( )⋅ cos cot , cuja simplificação resulta em: a 0 B 1 c 2 D sen 50° e cos 50° MT - 2° dia | Ciclo 4 - Página 22 2013 2013 QuestÃo 29 Para realizar um desenho de um novo produto, um desenhista fez o seguinte esboço, em que A e B são centros das circunferências. BA Se o comprimento da circunferência de centro A mede 157 cm, e o da de centro B mede 31,4 cm, a diferença en- tre os raios das cincunferências é de, aproximadamente: a 5 cm B 10 cm c 15 cm D 20 cm e 25 cm QuestÃo 30 Uma ilha situada no ponto P, indicado na figura seguir, está a 600 m de distância da costa A e a 1.000 m de distância da costa B. D A B C P Sendo D um navio situado a 3.000 m de A, a distância entre as ilhas P e C é: a 400 m B 1.440 m c 1.600 m D 2.040 m e 2.400 m MT - 2° dia | Ciclo 4 - Página 23 2013 2013 QuestÃo 31 Uma artesã deve construir uma caixa de chá, enco- mendada por uma de suas melhores clientes; porém, diferentemente do comum, a caixa de chá deverá ser confeccionada na forma de um triângulo. Para come- çar o trabalho, a artesã pensou em criar um desenho que representasse a estrutura inicial da encomenda, ou seja, a base da caixa que servirá para confeccionar todo o restante. A figura a seguir mostra a base da cai- xa representada em uma malha quadriculada, a qual a própria artesã usa para identificar as medidas de suas criações. A C B Sendo A = (0; 1), B = (4; 0) e C = (3; 4) vértices do triângulo ABC, a área da base da caixa confeccionada pela artesã vale: a 5,0 u.a. B 7,5 u.a. c 10,0 u.a. D 12,5 u.a. e 15,0 u.a. QuestÃo 32 O serviço meteorológico de uma cidade mediu, nos últimos meses, as variações de temperatura sofridas durante o dia, com o objetivo de identificar o tipo de predominância climática da cidade. O serviço, então, começou as medidas no dia 05 de janeiro e terminou no dia 05 de março, anotando apenas os dias em que a variação era superior a 10 °C. Os resultados obtidos estão relacionados na tabela a seguir. Data menor temperatura (em °c) maior temperatura (em °c) 06/01/13 20 35 07/01/13 19 33 15/01/13 21 35 18/01/13 15 28 20/01/13 18 29 26/01/13 21 32 27/01/13 24 36 30/01/13 22 36 05/02/13 20 31 06/02/13 23 35 15/02/13 23 35 20/02/13 24 36 21/02/13 21 32 28/02/13 21 32 03/03/13 20 31 05/03/13 18 29 Considerando os dados apresentados, assinale a al- ternativa que indica o intervalo que contempla todas as possíveis variações diárias de temperatura no período. a [12, 15[ B ]12, 15] c [11, 15] D ]11, 15[ e [10, 15[ MT - 2° dia | Ciclo 4 - Página 24 2013 2013 QuestÃo 33 No antigo Egito, os conhecimentos matemáticos eram escritos em papiros. O papiro de Rhind, um documento datado de cerca de 1650 a.C., contém um problema chamado “Olho de Hórus”. Nele, estão descritos sím- bolos que lembram as partes do olho do deus Hórus, que foi despedaçado pelo deus Seth e, posteriormen- te, reconstituído pelo deus Toth. a1 a4 1 4 1 8 1 64 1 32 Sabendo que esses símbolos hieróglifos lembram as partes do olho de Hórus e formam a sequência a a1 4 1 4 1 8 1 32 1 64 , , , , , , assinale a alternativa que cor- responde aos corretos valores de a1, a4 e da razão q, respectivamente. a 1 1 2 1, e . B 1 1 2 , 2 e . c 1, 1 e 2. D 1 2 1 16 1 2 , e . e 1 2 1 16 1, e . a5 6 1 32 1 64 = = . 1 4 1 8 , MT - 2° dia | Ciclo 4 - Página 25 2013 2013 QuestÃo 34 Produção de café cai de 4 milhões para 800 mil sacas por ano, em RO A queda na produção cafeeira de Rondônia tem preocupado autoridades estaduais de agricultura. Na década de 90 a colheita de café no estado chegava a 4 milhões de sacas por ano, atualmente, 800 mil sacas são produzidas anualmente na região, de acordo com o superintendente federal de Agricultura de Rondônia, Valterlins Calaça. Um dos motivos apontados como causa da queda é a migração dos produtores para ou- tras culturas. “Na época, as famílias vieram e começa- ram a produzir o grão. Após 20 anos, com a desvalo- rização do preço do café, os fi lhos dessas famílias se casaram e foram morar na cidade, o que representou uma queda no número de potenciais produtores”, ex- plica o superintendente. [...] Disponível em: <http://g1.globo.com/ro/rondonia/noticia/2013/03/producao-de- cafe-cai-de-4-milhoes-para-800-mil-sacas-por-ano-em-ro.html>. Acesso em: mar. 2013. Um produtor de café tem sua produção, em kg, e seus gastos, em reais, descritos de acordo com a função f(p) = –p² + 80p – 425, em que f(p) refere-se aos gas- tos da produção (p). É correto afi rmar que, para esse produtor, seu maior gasto possível será: a R$ 80,00 B R$ 425,00 c R$ 1.000,00 D R$ 1.175,00 e R$ 8.100,00 QuestÃo 35 Para o planejamento da nova produção de lanches de sua fábrica de congelados, Alexandre preparou o se- guinte esboço gráfi co para mostrar aos seus sócios a variação de custo de certo ingrediente. V al or R $ (m il) 2 −3 4 Quantidade (milhares) Com base no gráfi co, pode-se afi rmar corretamente que o maior gasto com esse ingrediente será no valor de: a R$ 300,00 B R$ 375,00 c R$ 475,00 D R$ 800,00 e R$ 1.000,00 MT - 2° dia | Ciclo 4 - Página 26 2013 2013 QuestÃo 36 Um organizador de festas quer contratar um DJ e, para isso, comparou dois orçamentos. Na tabela a seguir estão relacionados os valores que cada DJ cobra pela locação de material de som e iluminação e também pelo tempo de animação da festa. Valor do serviço (R$/hora) Valor da locação do material (R$) DJ 1 400 1.500 DJ 2 280 2.000 Sabe-se que ambos os DJs cobram por “hora cheia”, ou seja, caso animem a festa por 2 horas e 20 minu- tos, vão cobrar por 3 horas de serviço. Desse modo, a duração máxima da festa para que fique mais barato contratar o DJ 1 em vez do DJ 2 deverá ser de: a 3 horas. B 4 horas. c 5 horas. D 6 horas. e 7 horas. QuestÃo 37 O gráfico a seguir ilustra a proporção de população po- bre no Brasil durante o período de 1992 a 2009, exceto nos anos de 2002 e 2008. Proporção de população pobre (%) 38 33 28 23 18 8 19 92 34 ,9 6 35 ,0 3 28 ,8 2 26 ,8 8 28 ,6 5 28 ,3 7 28 ,7 1 27 ,5 4 25 ,4 0 28 ,1 2 22 ,8 0 19 ,3 2 18 ,2 6 15 ,3 2 19 93 19 95 19 96 19 97 19 98 19 99 20 01 20 02 20 03 20 04 20 05 20 06 20 07 20 08 20 09 13 Fonte: <www.cps.fgv.br/ibrecps/ncm2010/NCM_Pesquisa_FORMATADA. pdf>. Acesso em: 15 jan. 2013. Embora as informações referentes aos anos de 2002 e 2008 tenham sido apagadas, sabe-se que a mediana dos dados entre 1992 e 2009 é 27,1% e que a média dos quatro anos com menor proporção de população pobre é 17,23%. Desse modo, a proporção de popu- lação pobre nos anos de 2002 e 2008 corresponde, respectivamente, a: a 27,1% e 17,23%. B 26,66% e 17,02%. c 27,83% e 17,02%. D 27,34% e 15,57%. e 26,66% e 16,02%. MT - 2° dia | Ciclo 4 - Página 27 2013 2013 QuestÃo38 Em uma construção, os pedreiros necessitavam cons- truir uma rampa para acessar o segundo andar, que se encontra a 7 metros de altura. Para tanto, construíram um muro de 2 metros, no qual parte da rampa ficaria apoiada, assim como mostra a imagem a seguir. 3 m 2 m 7 m Imagem fora de escala. x O valor de x para que a rampa saia do solo e atinja exatamente o segundo andar é: a 5,0 m B 7,5 m c 10,0 m D 12,5 m e 15,0 m MT - 2° dia | Ciclo 4 - Página 28 2013 2013 QuestÃo 39 Um grupo de amigos ganhou uma casa na árvore; e nomearam-na de COAB. Para marcarem a inaugu- ração da casa, decidiram pendurar em sua janela uma bandeira, que teria as seguintes características: B C A O Sabendo que o menor arco formado pelos pontos A e B é 3 vezes menor que o restante da circunferên- cia, é correto afirmar que a medida do ângulo ACB é: a 45° B 60° c 90° D 120° e 180° QuestÃo 40 Leia o texto a seguir. Frequências de ondas de rádio, como as utilizadas por telefones celulares, são um risco à saúde? Atualmente, existem várias discussões sobre os efeitos de baixos índices de exposição a campos mag- néticos. Artigos sobre eletricidade estática, campos magnéticos e saúde humana e possíveis danos à saú- de devido à exposição elétrica da residência e campos magnéticos (em inglês) oferecem muitas informações sobre o assunto. Sobre torres de rádio e celular, saiba que: • as torres de celular transmitem em baixa potência para que possam limitar seu alcance. O nível de potência da torre não é muito diferente do que se usa em rádios comunitárias; • se você está preocupado com as ondas de rádio emitidas pelas torres de celular, saiba que quem mais deveria estar preocupado com isso são os usuários de telefones móveis, pois os transmisso- res estão a centímetros da cabeça ao invés de vá- rios metros acima do chão. Disponível em: <http://ciencia.hsw.uol.com.br/questao4.htm>. Acesso em: abr. 2013. O gráfico a seguir mostra uma onda de rádio repre- sentada por uma função trigonométrica, denominada função seno, descrita como f(x) = 1 + 2sen (x). 3 x’ x” −1 Para essa função, os valores de x’ e x”, quando y = 3 e y = –1, são, respectivamente: a 2π e 6π. B 6π e 2π. c π e 3π. D π π 3 2 3 e . e π π 2 3 2 e . MT - 2° dia | Ciclo 4 - Página 29 2013 2013 QuestÃo 41 Segundo reportagem publicada no site do G1, a Fede- ração Nacional de Distribuição de Veículos Automoto- res (Fenabrave) divulgou que o mês de junho de 2012 foi considerado o melhor mês de junho da história do setor automobilístico. Esse resultado ocorreu devido à determinação do Governo Federal com relação ao desconto do imposto sobre produtos industrializados (conhecido por IPI). Assim, só em junho de 2012 fo- ram emplacados 340.706 veículos e comerciais leves, contra 274.368 do mês anterior, como indicado pelo gráfico a seguir. 400.000 244.833 274.368 340.706 350.000 300.000 250.000 200.000 150.000 100.000 50.000 0 Abr/12 Mai/12 Veículos e comerciais leves Jun/12 Veículos e comerciais leves Fonte: <http://g1.globo.com/carros/noticia/2012/07/vendas-de-carros-em- junho-fecham-com-3407-mil-unidades.html>. Acesso em: abr. 2013. (Adapt.). Segundo o que se pode observar do gráfico, a porcen- tagem de venda de carros subiu, de maio para junho, aproximadamente: a 15,98% B 22,74% c 24,18% D 25,12% e 25,39% 2013 2013 MT - 2° dia | Ciclo 4 - Página 30 2013 2013 QuestÃo 42 O esboço a seguir representa o mapa de um aeroporto que está para ser inaugurado. 12 11 10 9 8 7 6 P ista de decolagem 5 4 3 2 1 12 13 400 m 400 m 11109876543 E C H 21 0 H O ponto H representa a sala de espera, e o ponto E o local de embarque. Os passageiros saem da sala de espera, seguem até o ponto C, onde mostram a iden- tifi cação da viagem e, em seguida, caminham até o ponto de embarque, totalizando um percurso de: a 0,8 km B 1,6 km c 2,0 km D 2,8 km e 5,0 km 2013 2013 MT - 2° dia | Ciclo 4 - Página 31 2013 2013 QuestÃo 43 O mapa a seguir representa algumas ruas do bairro Santa Cruz, em um plano cartesiano. R . A lo ns o C el so R. Loefgreen Unicoba Indústria e Comércio Colégio Lumen A B C R. Jorge Tibiriçá R . D r. U lis se s R . J ai m e V ia na R . P ro f. Tr an qu ill i R. Eng. José Sá Rocha R . J oe l J or ge d e M el o Hospital Santa Cruz No ponto A (6, 6), situado na esquina da Rua Jorge Tibiriçá com a Rua Joel Jorge de Melo, mora Marcelo. Sua amiga Ana mora no ponto B (8, 4), na esquina da Rua Eng. José Sá Rocha com a Dr. Ulisses, e seu amigo Joaquim mora no ponto C (9, k), na esquina da Rua Loefgreen com a Rua Jaime Viana. Dessa forma, o valor de k, para que os pontos estejam alinhados, é igual a: a 1 B 2 c 3 D 4 e 5 2013 2013 MT - 2° dia | Ciclo 4 - Página 32 2013 2013 QuestÃo 44 Leia o texto a seguir. Combate à resistência microbiana é tema do Dia Mundial da Saúde A proliferação das bactérias e de outros microrga- nismos resistentes à maior parte dos medicamentos requer atenção por parte dos governos e das autori- dades médicas. É com esse alerta que a Organização Mundial da Saúde (OMS) elegeu o combate à resistên- cia microbiana como tema do Dia Mundial da Saúde de 2011, comemorado no dia 07 de abril. Para a Organização das Nações Unidas (ONU), o avanço desses microrganismos ameaça a eficácia de vários tratamentos e cirurgias, como o de câncer e o transplante de órgãos. Além disso, a resistência microbiana deixa as pessoas doentes por mais tempo, eleva o risco de morte e torna os tratamentos caros. No ano de 2010, foram registrados, pelo menos, 440 mil casos de tuberculose multirresistente e 150 mil mortes em mais de 60 países. O uso indiscriminado dos antibióticos é apontado como a causa principal para o surgimento das super- bactérias. Desde a descoberta da penicilina, o antibi- ótico é a grande arma da medicina contra as doenças causadas por bactérias. Com o uso intenso e frequen- te desse tipo de remédio, as bactérias criaram meca- nismos para contornar a ação do remédio, que passa a ser incapaz de matá-la, como explica o imunologista e pesquisador da Universidade de São Paulo (USP) Glacus Brito. [...] Disponível em: <http://agenciabrasil.ebc.com.br/noticia/2011-04-07/combate- resistencia-microbiana-e-tema-do-dia-mundial-da-saude>. Acesso em: maio 2013. (Adapt.). Sabe-se que a população de determinada espécie de bactéria cresce de acordo com o tempo, segundo a função P = t² + 0,5t, em que P é a população em milhares de bactérias, e t o tempo em dias. Após 30 dias do início da contagem, o número de bactérias dessa população será: a 91,5 B 915 c 9.150 D 91.500 e 915.000 2013 2013 MT - 2° dia | Ciclo 4 - Página 33 2013 2013 QuestÃo 45 O fantasma do racionamento de energia voltou a rondar o país devido à alta no consumo, justamente em um mo- mento em que os reservatórios das hidrelétricas estão no nível mais baixo da última década, segundo dados de uma pesquisa feita no início deste ano, cujos resultados estão ilustrados no infográfico a seguir. O mar virou sertão Reservatórios brasileiros chegam em janeiro com níveis críticos 63,363,3 40,4 08 09 10 11 12 2013* 40,4% Sul 90,0 30,0 40,5 08 09 10 11 12 2013* 40,5% Norte Média histórica de janeiro Em % 76,2 50,8 28,5 08 09 10 11 12 2013* 28,5% Sudeste/ Centro-Oeste 71,7 30,6 31,0 08 09 10 11 12 2013* 31,0% Nordeste Fonte: <www1.folha.uol.com.br/mercado/1211495-termicas-geram-menos-energia-eletrica-por-falta-de-gas-natural.shtml>. Acesso em: 8 jan. 2013. (Adapt.). Considerando os dados em questão, assinale a alternativa correta. a O nível médio dos reservatórios, em janeiro de 2013, entre as regiões Norte e Nordeste, foi de 35,1%. B Apenas a região Norte apresentou em 2013 uma situação menos crítica que em 2008. c Em relação a 2012, a menor queda percentual foi obtida na região Nordeste. D O nível médio nacional dos reservatórios em janeiro de 2013 foi de 35,1%. e Os reservatórios daregião Norte apresentaram em 2012 os níveis mais críticos do país. LC - 2 ° dia | Ciclo 4 - Página 34 2013 2013 linguagens, cÓDigos e suas tecnologias QuestÕes De 46 a 95 QuestÃo 46 Observe a publicidade reproduzida a seguir. O anúncio publicitário traz uma mensagem de cons- cientização da população por um trânsito mais seguro. Considerando-se o contexto da propaganda, para en- tender plenamente a mensagem veiculada por ela, é necessário que o leitor: a perceba a sátira aos comerciais de bebidas alcoóli- cas, que sempre usam a expressão “se beber, não dirija”. B identifique a polissemia presente no verbo dirigir, que se refere tanto a conduzir o carro quanto a tomar decisões. c reconheça a ironia feita ao Código de Trânsito Bra- sileiro, já que os carros é que são dirigidos, e não as pessoas. D faça uma inferência quanto ao sentido da palavra vida, que, no contexto, não teve seu sentido escla- recido. e identifique a presença de um ditado popular que dialoga com a frase central da imagem. QuestÃo 47 Leia a tira a seguir. Na tirinha, o efeito de sentido é provocado pela combi- nação de informações visuais e recursos linguísticos. Ambos estão exemplifi cados na tira, respectivamente: a pela progressão de imagens, que no último quadri- nho denota o cotidiano, e pela paronomásia. B pela mudança das características físicas do ho- mem e pela polissemia. c pelo desenho humorado e pela homonímia. D pela ausência de movimento e pela paronomásia. e pela presença de movimento e pela homonímia. LC - 2° dia | Ciclo 4 - Página 35 2013 2013 QuestÃo 48 Leia o fragmento a seguir. Em recuperação após cirurgia, Ganso vai se arriscar no polo Quase dez dias depois de passar por uma artrosco- pia no joelho direito, [...] Paulo Henrique Ganso, 22, vai se arriscar [...] como jogador de polo, em Indaiatuba, interior de São Paulo. O meia [...] está em tratamento de recuperação. Ele passou pela cirurgia para retirar resíduos de outras in- tervenções que já havia sofrido no joelho direito. A previsão de retorno aos gramados é de um mês [...]. Disponível em: <www1.folha.uol.com.br/esporte/1099422-em-recuperacao- apos-cirurgia-ganso-vai-se-arriscar-no-polo.shtml>. Acesso em: 25 mar. 2013. (Adapt.). A notícia apresentada traz um tema recorrente no mundo esportivo: um atleta profissional em processo de recu- peração física. Para se recuperar fisicamente de forma adequada, o atleta procurou outra modalidade esportiva antes de voltar a jogar profissionalmente. Essa ação é necessária, com relação ao esporte de alta performance, porque: a o atleta não estava treinando com a sobrecarga adequada, e o polo é um jogo que exige força físi- ca muito maior. B não há outra modalidade melhor que o polo, caso contrário o atleta não estaria descansando de for- ma adequada para sua recuperação. c devido ao princípio da especificidade, o atleta só voltará a jogar bem se treinar duas modalidades diferentes para melhorar seu rendimento físico. D cada pessoa tem um desenvolvimento diferente, e o atleta citado precisa experimentar outras modali- dades para ver se ainda pode jogar futebol. e o atleta precisa recolocar o corpo no ritmo da ativi- dade física, já que ele ficou um tempo sem treinar devido à cirurgia. LC - 2 ° dia | Ciclo 4 - Página 36 2013 2013 Texto para as questões de 49 a 52 Satélite Fim de tarde. No céu plúmbeo1 A Lua baça2 Paira Muito cosmograficamente Satélite. Desmetaforizada, Desmitificada, Despojada do velho segredo de melancolia, Não é agora o golfão de cismas, O astro dos loucos e dos enamorados, Mas tão-somente Satélite. Ah Lua deste fim de tarde, Demissionária de atribuições românticas, Sem show para as disponibilidades sentimentais! Fatigado de mais-valia, Gosto de ti, assim: Coisa em si, – Satélite. Manuel Bandeira. “Estrela da tarde”. In: Estrela da vida inteira. 12 ed. Rio de Janeiro: José Olympio, 1986. 1plúmbeo: relativo a chumbo; que é feito de chumbo ou tem sua cor; 2baça: sem brilho. QuestÃo 49 O poema de Manuel Bandeira pode ser classificado como antirromântico. No entanto, há uma expressão no texto que não contribui para caracterizar esse ideal. Assinale a alternativa que traz essa expressão. a “Fim de tarde.” B “Desmetaforizada.” c “Desmitificada.” D “Despojada do velho segredo de melancolia.” e “Demissionária de atribuições românticas.” QuestÃo 50 No contexto do poema, cria-se uma relação entre Lua e satélite, a qual se constitui em: a causa e consequência, tendo o eu lírico mudado sua visão sobre a Lua devido às desilusões amorosas. B oposição, visto que, em contraponto ao termo Lua, sa- télite denota uma visão não idealizada da realidade. c complementação, pois a Lua só existe se também for vista como satélite. D cronologia, pois, com o passar do tempo, a Lua perde seu encanto e se torna apenas satélite. e contraditória, porque um mesmo objeto pode ser Lua e satélite ao mesmo tempo. LC - 2° dia | Ciclo 4 - Página 37 2013 2013 QuestÃo 51 Um dos recursos que contribuem para alcançar o efeito expressivo e emotivo pretendido pelo eu lírico é: a a opção pelo uso de versos decassílabos. B o emprego do travessão, no último verso. c a predominância de verbos de ação. D o esquema rímico regular. e a predominância de frases nominais. QuestÃo 52 No texto, o eu lírico, ao apresentar sua visão sobre a Lua: a faz uma crítica aos poetas do Romantismo, pois estes são incapazes de entendê-la como elemento natural. B dialoga com a percepção da qual não gosta, para, em seguida, reafirmar sua posição. c desenvolve uma refutação, isto é, apresenta uma visão com a qual concorda, mas depois defende um ponto de vista contrário. D ironiza qualquer tentativa de se criar uma visão a respeito dela, considerando-a objeto impassível de análise. e faz apelo doutrinário de como a poesia deve in- terpretar elementos simbólicos à literatura, como a Lua. LC - 2 ° dia | Ciclo 4 - Página 38 2013 2013 QuestÃo 53 O texto a seguir apresenta tipos de composição musi- cal recorrentes no Período Clássico. A sonata Nessa época criou-se a sonata. Sonata é o termo que designa, desde o século XVIII, uma composição instrumental para um ou mais instrumentos de forma ternária (exposição, desenvolvimento, reexposição), construída sobre dois temas e obedecendo a um plano que afirma o princípio da tonalidade. a sinfonia A sinfonia é, na realidade, uma sonata para orques- tra. Seu número de movimentos passa a ser quatro: rápido − lento − minueto − muito rápido. Haydn e Mozart foram os maiores compositores de sinfonias do Classicismo. o concerto O concerto consiste em uma composição para um instrumento solista contra a massa orquestral. Tem três movimentos: rápido − lento − rápido. o quarteto de cordas Joseph Haydn inventou o quarteto de cordas (dois violinos, viola e violoncelo), uma combinação soberba de música de câmara. Disponível em: <http://seisoitavascp2.blogspot.com.br/2012/03/periodo- classico-o-termo-classico-em.html>. Acesso em: 26 mar. 2013. Pela descrição dos tipos de composição apresenta- dos, pode-se afirmar corretamente que, no Período Clássico, a música: a vocal começa a abandonar o seu papel decorativo para se estabelecer como expressão artística de grande destaque, tendo como grandes nomes Vivaldi e Mozart. B instrumental começa a abandonar o seu papel de- corativo para se estabelecer como expressão ar- tística de primeira grandeza, tendo como grandes nomes Haydn e Mozart. c vocal começa a perder seu papel decorativo para se estabelecer como expressão artística das esfe- ras mais populares da época, tendo como grandes nomes Haydn e Vivaldi. D instrumental começa a ganhar o seu papel decora- tivo para se estabelecer como expressão artística das esferas mais populares da época, tendo como grandes nomes Haydn e Mozart. e orquestral começa a abandonar o seu papel de destaque para se estabelecer como expressão po- pular de primeira grandeza, tendo como grandes nomesBach e Vivaldi. Texto para as questões de 54 a 56 Eu, etiqueta Em minha calça está grudado um nome Que não é meu de batismo ou de cartório, Um nome... estranho. Meu blusão traz lembrete de bebida Que jamais pus na boca, nessa vida. Em minha camiseta, a marca de cigarro Que não fumo, até hoje não fumei. Minhas meias falam de produtos Que nunca experimentei Mas são comunicados a meus pés. Meu tênis é proclama colorido De alguma coisa não provada Por este provador de longa idade. [...] Carlos Drummond de Andrade. Disponível em: <www.sociologia.seed.pr.gov. br/arquivos/File/eu_etiqueta.pdf>. LC - 2° dia | Ciclo 4 - Página 39 2013 2013 QuestÃo 54 Na literatura, é bastante comum o uso da pontuação de maneira criativa e inesperada. No texto de Drummond, na primeira estrofe, o efeito produzido pelas reticências: a cria uma expectativa para o leitor, que espera an- siosamente que se diga um nome fora do habitual. B evidencia autocontrole por parte do eu lírico, uma vez que não é permitido que ele revele o nome ao qual se refere. c manipula o leitor, pois o eu lírico deseja que seu interlocutor reflita sobre qual seria o nome que está na calça, desenvolvendo, assim, um claro diálogo entre ambos. D indica a frustração, a revolta e a tristeza do eu lírico ao observar que em sua própria roupa estão gra- vados nomes que não são o seu. e contribui para um duplo sentido, que pode ser tan- to a existência de um nome que não é do eu lírico, como a estranheza da situação de carregar na cal- ça um nome que não lhe pertence. QuestÃo 55 É comum a poesia dialogar com seu contexto histórico; algo que marca a obra literária de diversos autores brasileiros. Considerando o fragmento do poema drummondiano apresentado, é correto inferir que: a muitas vontades do indivíduo estão profundamen- te vinculadas ao seu desejo de consumo, indepen- dentemente das consequências. B o contexto social do eu lírico é capaz de transfor- má-lo em mercadoria; no caso, uma etiqueta, o que fica evidente no título do poema. c a desigualdade social tem como consequência uma contradição; por exemplo, o empregado de uma empresa de bebida muitas vezes não tem recursos financeiros para consumir o produto com o qual trabalha. D o eu lírico combate o apelo ao consumo de produ- tos que fazem mal à saúde; no caso do poema, é contrário à bebida. e existem forças sociais que impelem o indivíduo ao consumo, o que pode ser combatido por meio da poesia; logo, o texto defende a função social da literatura. LC - 2 ° dia | Ciclo 4 - Página 40 2013 2013 QuestÃo 56 Considerando a construção sintática que se repete no texto, a vírgula usada no verso “Em minha camiseta, a marca de cigarro”: a separa palavras de valor sintático semelhantes. B provoca expectativa no leitor. c denota a preocupação do autor com o português coloquial. D indica a elipse de um verbo. e faz uma quebra sintática para dar início a uma nova ideia. Texto para as questões 57 e 58 O que não sabemos da nossa língua? Dia desses, uma das minhas assinantes no Facebook me perguntou o que nós, brasileiros em geral, não sa- bemos sobre a nossa língua. Respondi, brevemente, mas acho que valeria a pena discorrer um pouco mais a respeito do tema. É que, de fato, a ignorância geral quando o assunto é língua deixa qualquer especia- lista na área de cabelo em pé. Já avançamos tanto em outros campos da vida social, política, cultural. Já abandonamos tantos mitos e superstições que preju- dicavam o bom convívio em sociedade, mas quando se trata das línguas em geral e da nossa em particular ainda vivemos em plena Idade Média. [...] Marcos Bagno. Revista Caros Amigos, jan. 2013. Disponível em: <http://carosamigos.terra.com.br/index/index.php/component/ content/article/215-revista/edicao-190/2943-o-que-nao-sabemos-da-nossa- lingua-por-marcos-bagno>. QuestÃo 57 No português, existem diversas construções linguísti- cas cristalizadas que só podem ser entendidas no seu sentido figurado, sem considerar o sentido literal; são denominadas expressões idiomáticas. Considerando o texto em questão, assinale a alternativa que aponta uma expressão idiomática encontrada no texto. a “nós, brasileiros em geral”. B “discorrer um pouco mais”. c “deixa [...] de cabelo em pé”. D “bom convívio em sociedade”. e “prejudicavam o bom convívio [...], mas quando se trata [...]”. LC - 2° dia | Ciclo 4 - Página 41 2013 2013 QuestÃo 58 O autor do texto, em sua argumentação, faz uma men- ção em comparação à época da Idade Média. Consi- derando o exposto, é correto afirmar que: a a língua tem sofrido constantes críticas por parte de representantes da alta sociedade, que ainda enca- ram o fenômeno da linguagem sob o viés medieval. B a Idade Média foi um contexto em que a linguagem esteve subordinada às determinações das autori- dades eclesiásticas, sem que houvesse reflexão sobre seu uso. c em contraste com tantos avanços de diversas esferas da sociedade, a língua ainda é encarada como algo estático e imutável, visão semelhante à do contexto medieval. D vários especialistas em língua portuguesa sentem- -se incomodados com argumentos medievais que são contrários ao desenvolver do uso da língua. e os avanços que marcam o século XXI também ocorrem no campo da linguagem, embora ainda permaneçam alguns resquícios medievais, como superstições e mitos. QuestÃo 59 Leia o texto a seguir. A palavra filosofia A palavra filosofia é grega. É composta de duas outras: philo e sophia. Philo deriva-se de philia, que significa amizade, amor fraterno, respeito entre os iguais. Sophia quer dizer sabedoria e dela vem a palavra sophos, sábio. Filosofia significa, portanto, amizade pela sabedo- ria, amor e respeito pelo saber. Filósofo: o que ama a sabedoria, tem amizade pelo saber, deseja saber. Assim, filosofia indica um estado de espírito, o da pessoa que ama, isto é, deseja o conhecimento, o es- tima, o procura e o respeita. Marilena Chaui. Convite à Filosofia. São Paulo: Ática, 2000. (Adapt.). Assinale a alternativa que aponta corretamente o obje- tivo central do texto. a Incentivar os leitores ao aprendizado da filosofia e suas teorias, para que assim tenham relações sociais mais amistosas. B Mostrar a etimologia do termo filosofia, indicando, em paralelo, o sentido do termo como o anseio ao conhecimento. c Esclarecer conceitos errôneos cometidos frequen- temente por estudantes de cursos de Filosofia e ciências humanas em geral. D Vincular a filosofia ao lado espiritual do ser huma- no, apontando que o termo tem, em sua etimolo- gia, algum aspecto sobrenatural. e Contrapor dois termos que são frequentemente confundidos, tanto por estudantes como por leito- res: filosofia e filósofo. LC - 2 ° dia | Ciclo 4 - Página 42 2013 2013 QuestÃo 60 O fragmento a seguir pertence ao “Sermão da Sexa- gésima”, de Padre Antônio Vieira (1608-1697), grande sermonário que se destacou no Período Barroco. Fazer pouco fruto a palavra de Deus no Mundo, pode proceder de um de três princípios: ou da parte do pregador, ou da parte do ouvinte, ou da parte de Deus. Para uma alma se converter por meio de um sermão, há-de haver três concursos: há-de concorrer o prega- dor com a doutrina, persuadindo; há-de concorrer o ouvinte com o entendimento, percebendo; há-de con- correr Deus com a graça, alumiando. Para um homem se ver a si mesmo, são necessárias três coisas: olhos, espelho e luz. Se tem espelho e é cego, não se pode ver por falta de olhos; se tem espelho e olhos, e é de noite, não se pode ver por falta de luz. Logo, há mister luz, há mister espelho e há mister olhos. Que coisa é a conversão de uma alma, senão entrar um homem dentro em si e ver-se a si mesmo? Para esta vista são necessários olhos, e necessária luz e é necessário es- pelho. O pregador concorre com o espelho, que é a doutrina; Deus concorre com a luz, que é a graça; o homem concorre com os olhos, que é o conhecimento. Ora, suposto que a conversão das almaspor meio da pregação depende destes três concursos: de Deus, do pregador e do ouvinte, por qual deles devemos enten- der que falta? Por parte do ouvinte, ou por parte do pregador, ou por parte de Deus? Disponível em: <www.dominiopublico.gov.br/download/texto/bv000034.pdf>. Acesso em: 4 mar. 2013. Considerando o fragmento, assinale a alternativa correta. a O pregador investiga por que faz pouco fruto a pa- lavra de Deus no mundo; para ele, a culpa é do ouvinte, que não emprega o que escuta. B O pregador, para construir seu raciocínio, utiliza várias repetições, que encadeiam sua argumenta- ção, o que conduz o entendimento do ouvinte. c Padre Vieira utiliza comparações para criar um raciocínio simples; por exemplo: “Se tem espelho e é cego, não se pode ver por falta de olhos”. D Padre Vieira evitava o uso de figuras de linguagem em seu texto, a fim de garantir a clareza e o enten- dimento de todos os que o ouvissem. e O texto foi proferido por Padre Vieira para questio- nar a palavra de Deus na conversão dos homens: “Que coisa é a conversão de uma alma, senão en- trar um homem dentro em si”. LC - 2° dia | Ciclo 4 - Página 43 2013 2013 QuestÃo 61 Os fragmentos a seguir pertencem a diferentes poe- mas de Gregório de Matos Guerra, o mais expressivo poeta barroco brasileiro. I. Se basta a vos irar tanto um pecado, A abrandar-vos sobeja um só gemido: Que a mesma culpa que vos há ofendido, Vos tem para o perdão lisonjeado. II. Discreta e formosíssima Maria, Enquanto estamos vendo a qualquer hora Em tuas faces a rosada Aurora, Em teus olhos, e boca o Sol, e o dia. III. Porém se acaba o Sol, por que nascia? Se formosa a luz é, por que não dura? Como a beleza assim se transfigura? Como o gosto da pena assim se fia? IV. Casou-se nesta terra esta e aquele. Aquele um gozo filho de cadela, Esta uma donzelíssima donzela, Que muito antes do parto o sabia ele. V. A cada canto um grande conselheiro, Que nos quer governar cabana e vinha; Não sabem governar sua cozinha, E podem governar o mundo inteiro. Disponível em: <www.sonetos.com.br/famosos.php>. Acesso em: 4 mar. 2013. Considerando os fragmentos em questão, assinale a alternativa correta. a O fragmento I é um exemplo do dualismo do perío- do, representado pelo perdão e pelo pecado, cons- tantes nas poesias amorosas. B A poesia filosófica (III), com seus questionamen- tos, destaca-se das outras, pois o poeta retoma os ideais clássicos. c Sua poética crítica (V) é mordaz e direta, atingindo principalmente o clero, mas poupando os nobres e os governantes. D Tanto a poesia amorosa (II) quanto a erótica (IV) têm o mesmo valor, pois o poeta apresenta voca- bulário refinado. e Toda a poética do autor apresenta a intensidade do estilo da época da qual ele faz parte, em qualquer tema. LC - 2 ° dia | Ciclo 4 - Página 44 2013 2013 QuestÃo 62 Bocage foi um grande poeta árcade português. Sua obra apresentou três fases: a arcádica propriamente dita, a satírica e a pré-romântica. O poema a seguir é um exemplar da última fase. Meu ser evaporei na luta insana Do tropel de paixões que me arrastava: Ah! cego eu cria, ah! mísero eu sonhava Em mim quase imortal a essência humana! De que inúmeros sóis a mente ufana Existência falaz me não dourava! Mas eis sucumbe Natureza escrava Ao mal, que a vida em sua origem dana. Prazeres, sócios meus, e meus tiranos! Esta alma, que sedenta em si não coube, No abismo vos sumiu dos desenganos Deus, ó Deus!... quando a morte a luz me roube, Ganhe um momento o que perderam anos, Saiba morrer o que viver não soube. Disponível em: <www.sonetos.com.br/sonetos.php?n=924>. Acesso em: 4 mar. 2013. Apesar de apresentar um tema romântico, o uso racio- nal da estrutura de soneto e o da métrica são arcádi- cos por excelência. Considerando o texto em questão, é correto afirmar que, ao fazer uma reflexão acerca de sua vida, o eu lírico: a pensava ser imortal, vivendo cada paixão intensa- mente até acabar adoecendo; na hora da morte, então, pede a Deus, com humildade, que lhe dê mais uma chance. B sente-se envelhecido e, com medo da morte que se aproxima, revê sua vida e as coisas erradas que fez; decide, então, pedir perdão a Deus, pensando em sua vida eterna. c olha para o passado e vê que desperdiçou seu tempo com prazeres mundanos, arrependendo-se; então, pede a Deus que o momento antes da mor- te possa ser de dignidade. D percebe que era cego e mísero quando se achava imortal; considerando sua existência falsa, pede a Deus que lhe dê mais uma chance. e vive pensamentos negativos no fim da vida, acu- sando paixões e prazeres que o arrastavam para o abismo dos desenganos; então, pede mais anos de vida para viver corretamente. LC - 2° dia | Ciclo 4 - Página 45 2013 2013 QuestÃo 63 O poema a seguir, “Marília de Dirceu” (1792), de auto- ria de Tomás Antônio Gonzaga, é considerado a obra- -prima do Arcadismo brasileiro. Leia-o. Minha bela Marília, tudo passa; A sorte deste mundo é mal segura; Se vem depois dos males a ventura, Vem depois dos prazeres a desgraça. Estão os mesmos Deuses Sujeitos ao poder ímpio Fado: Apolo já fugiu do Céu brilhante, Já foi Pastor de gado. A devorante mão da negra Morte Acaba de roubar o bem, que temos; Até na triste campa não podemos Zombar do braço da inconstante sorte. Qual fica no sepulcro, Que seus avós ergueram, descansado; Qual no campo, e lhe arranca os brancos ossos Ferro do torto arado. Ah! enquanto os Destinos impiedosos Não voltam contra nós a face irada, Façamos, sim façamos, doce amada, Os nossos breves dias mais ditosos. Um coração, que frouxo A grata posse de seu bem difere, A si, Marília, a si próprio rouba, E a si próprio fere. Ornemos nossas testas com as flores. E façamos de feno um brando leito, Prendamo-nos, Marília, em laço estreito, Gozemos do prazer de sãos Amores. Sobre as nossas cabeças, Sem que o possam deter, o tempo corre; E para nós o tempo, que se passa, Também, Marília, morre. Disponível em: <www.dominiopublico.gov.br/download/texto/bv000301.pdf>. Acesso em: 5 mar. 2013. No fragmento apresentado, nota-se a valorização: a da temática da morte, constante na poética árcade, haja vista que uma estrofe inteira é dedicada ao tema: “A devorante mão da negra Morte/Acaba de roubar o bem, que temos”. B da mulher homenageada pelo poeta, Marília (nome dado ao título), antecipando uma postura de ideali- zação que seria valorizada pelo Romantismo. c do carpe diem, um dos lemas árcades, exemplifi- cado pelos versos “Ah! enquanto os Destinos im- piedosos/Não voltam contra nós a face irada”. D do bucolismo e do pastoralismo, características importantes do Arcadismo, presentes na ambien- tação que o eu lírico constrói para explorar o tema principal do fragmento. e do destino (fado) impiedoso, que determina como será a vida de cada ser; por sua falta de piedade, geralmente determina desenlaces negativos: tris- tezas, desventuras, morte etc. LC - 2 ° dia | Ciclo 4 - Página 46 2013 2013 QuestÃo 64 Leia os textos a seguir, que pertencem, respectiva- mente, à primeira e à segunda fase do Romantismo no Brasil. Texto I Se se morre de amor! Se se morre de amor! − Não, não se morre, Quando é fascinação que nos surpreende De ruidoso sarau entre os festejos; Quando luzes, calor, orquestra e flores Assomos de prazer nos raiam n’alma, Que embelezada e solta em tal ambiente No que ouve, e no que vê prazer alcança! [...] Compr’ender o infinito, a imensidade, E a natureza e Deus; gostar dos campos, D’aves, flores, murmúrios solitários; Buscar tristeza, a soledade, o ermo, E ter o coração em riso e festa; E à branda festa, ao riso da nossa alma Fontes de pranto intercalar sem custo; Conhecer o prazer e a desventura No mesmo tempo, e ser no mesmo ponto O ditoso, o misérrimo dos entes; Isso é amor, e desse amor se morre! [...] Gonçalves Dias. Texto II VIII O pobre leito meu, desfeito ainda, A febre aponta da noturna insônia. Aqui lânguido à noite debati-me Emvãos delírios anelando um beijo... E a donzela ideal nos róseos lábios, No doce berço do moreno seio Minha vida embalou estremecendo... Foram sonhos contudo! A minha vida Se esgota em ilusões. E quando a fada Que diviniza meu pensar ardente Um instante em seus braços me descansa E roça a medo em meus ardentes lábios Um beijo que de amor me turva os olhos... Me ateia o sangue, me enlanguece a fronte... Um espírito negro me desperta, O encanto do meu sonho se evapora... E das nuvens de nácar da ventura Rolo tremendo à solidão da vida! Álvares de Azevedo. Há uma diferença entre a postura lírico-amorosa da poesia da 1ª fase e a da 2ª fase do Romantis- mo brasileiro. É correto afirmar que, ao comparar ambos os textos, a principal diferença que se pode observar é: a a presença de uma alegria tímida na poesia lírica de 2ª fase, metaforizada em imagens diáfanas e vaporosas; enquanto a poesia de 1ª fase é explíci- ta na apresentação das emoções. B a apresentação do amor na poesia lírico-amorosa de 1ª fase sob uma ótica positiva, ainda que cheia de excessos e arroubos românticos; já na de 2ª fase, há uma visão soturna, mórbida, triste. c a presença de felicidade na poesia da 2ª fase e sua ausência na da 1ª, embora a abordagem feita em ambas as fases revele uma tendência à morbidez, já que o eu lírico se concentra na ideia de morte. D o tratamento lírico dado ao amor na poesia de 1ª fase, pois na de 2ª o sentimento é visto sob um ponto de vista racional, lembrando a poesia árcade. e o fascínio pelo amor na 1ª fase, na qual mesmo a tristeza é apenas mais uma forma de vivenciá-lo; já para a 2ª, tudo são doces sonhos e ilusões, o amor é menos importante. LC - 2° dia | Ciclo 4 - Página 47 2013 2013 QuestÃo 65 Em Viagens na minha terra (1846), Almeida Garret narra sua viagem de Lisboa a Santarém, cruzando o Rio Tejo. Em meio à narrativa, ele conta a trágica his- tória do casal de primos Carlos e Joaninha, que vivia em condições muito simples com a avó. Na história, há também Frei Dinis, figura austera que afirmava muito dever àquela família, principalmente a Carlos. Leia um diálogo áspero, ocorrido momentos antes do desfecho, entre Frei Dinis e a avó. – Dinis!... Padre!... Padre Frei Dinis, que horrorosas palavras saem da sua boca!... Meu neto, o meu Carlos não é capaz... ó meu Deus!... − Seu neto detesta-me... e tem... tem razão. − Não sabe a verdade ele... Carlos está enganado, cuida... não sabe senão meia verdade: e eu, eu hei de − custe o que me custar − eu hei de... − Há de o quê? − Hei de desenganá-lo, hei de lhe dizer a verdade toda. Hei de prostrar-me na sua presença, hei de hu- milhar-me diante do filho da minha filha, hei de arrastar na poeira de seus pés estas cãs e estas rugas... mor- rerei de vergonha e de remorsos diante de meu filho, mas ele há de saber a verdade. [...] − Se tal fizesse, mulher, a minha maldição, a maldi- ção eterna de Deus cairia sobre sua cabeça para sem- pre!... Ó mulher, pois não basta que ele me aborreça − não lhe basta que seu neto lhe perdesse o amor... quer... quer também que nos despreze? A velha gemeu profundamente e, por um jeito de antiga reminiscência, levou as mãos aos olhos como se os tapasse para não ver. Então disse com descon- soladas lágrimas na voz: − A vontade de Deus seja feita! Disponível em: <www.dominiopublico.gov.br/download/texto/ua00014a.pdf>. Acesso em: 6 mar. 2013. Considerando os padrões do Romantismo e o trecho em questão, assinale a alternativa correta. a Próprio do caráter libertário do Romantismo, o ro- mance romântico é uma “obra aberta”, deixando para o leitor o seu desfecho. Assim, aponta-se um mistério que não é solucionado. B É característico do romance romântico instigar a curiosidade do leitor, por isso a denúncia da existência de um segredo nesse trecho, mistério notadamente guardado pela avó e desconhecido pelo frei. c Há uma elevação de tom no tipo de discussão que se estabeleceu entre a avó dos jovens e Frei Dinis, o que indica ser esse o momento de clímax do romance. D Na intenção de revelar ao leitor curioso o misté- rio da trama, o texto apresenta elementos como a insinuação do segredo, a enganação dos primos e a maldição. e O tipo de discussão que se estabeleceu entre as personagens e o tom de mistério aí existente são bem característicos das obras românticas, como uma preparação para o clímax. LC - 2 ° dia | Ciclo 4 - Página 48 2013 2013 QuestÃo 66 Leia o texto a seguir. Estudo relaciona consumo de álcool com vítimas de trânsito e de agressão Uma em cada cinco vítimas de trânsito atendidas em prontos-socorros públicos no país confirmou ter ingerido bebida alcoólica ou apresenta sinais de em- briaguez. Já entre os brasileiros atendidos após epi- sódios de agressão, esse percentual sobe para 49%. É o que indica o estudo Viva, divulgado pelo Ministério da Saúde com base em dados colhidos em outubro de 2011 em 71 prontos-socorros públicos distribuídos nas 27 capitais. Ao total, o ministério avaliou a situação de 47,5 mil vítimas atendidas no SUS (Sistema Único de Saúde). Os dados detalhados mostram que o álcool foi vin- culado a 22,3% dos condutores atendidos, 21,4% dos pedestres e a 17,7% dos passageiros. Quem bebeu momentos antes do acidente ficou mais sujeito a ser hospitalizado e a morrer, aponta o estudo. Entre os casos estudados, 56,8% dos acidentados atendidos se locomoviam em motocicletas. Entre as vítimas de agressão, é mais alto o percentual de vinculação ao ál- cool: 49% das pessoas atendidas após uma agressão informaram ter ingerido bebida alcoólica ou demons- travam sinais de embriaguez. Para o Ministro Alexandre Padilha (Saúde), esse dado afasta a ideia de que o álcool está ligado apenas a quem agride. Em ambas as situações – tanto álcool quanto agressão –, o maior número de vítimas se con- centra na faixa de 20 a 39 anos. [...] Disponível em: <www.folhape.com.br/cms/opencms/folhape/pt/ edicaoimpressa/arquivos/2013/02/20_02_2013/0088.html>. Acesso em: 25 mar. 2013. Ultimamente, a mídia tem discutido muito os efeitos da ingestão de álcool no comportamento de seus usuá- rios, principalmente devido às consequências de suas atitudes por conta desse comportamento alterado. Se- gundo o texto, um dos principais problemas dessa si- tuação para a saúde pública é: a o grande número de ocorrências em hospitais relacionadas direta ou indiretamente ao consumo de álcool. B a falta de profissionais de saúde preparados para atender cada vez mais casos de acidentes. c a falta de agentes de segurança pública que fisca- lizem se as pessoas dirigem sob o efeito de álcool. D o excesso de pessoas que procuram hospitais para curar a ressaca provocada pelo consumo exa- gerado de bebida. e a consequência negativa para a faixa etária afeta- da pelo vício (20 a 39 anos), pois esses indivíduos terão problemas no fígado futuramente. LC - 2° dia | Ciclo 4 - Página 49 2013 2013 QuestÃo 67 A carta que Pero Vaz de Caminha escreveu a D. Ma- nuel, rei de Portugal, por ocasião do descobrimento do Brasil, traz importantes informações sobre a rea- lidade da terra recém-descoberta. Leia os seguintes fragmentos. A feição deles é serem pardos, maneira de aver- melhados, de bons rostos e bons narizes, bem-feitos. Andam nus, sem nenhuma cobertura. Nem estimam de cobrir ou de mostrar suas vergonhas; e nisso têm tanta inocência como em mostrar o rosto. [...] Esta terra, Senhor, me parece que da ponta que mais contra o sul vimos até à outra ponta que contra o norte vem, de que nós deste porto houvemos vista, será tamanha que haverá nela bem vinte ou vinte e cinco léguas por costa. Tem, ao longo do mar, nalgumas partes, grandes barreiras, delas vermelhas, delas brancas; e a terra por cima toda chã e muito cheia de grandes arvoredos. De ponta a ponta, é toda praia parma, muito chã e muito formosa. [...] Nela, até agora, não pudemos saber que haja ouro, nem prata, nem coisa alguma de metal ou ferro; nem lho vimos.A leitura dos fragmentos permite inferir que os temas neles tratados demostram uma preocupação do euro- peu com a: a catequização. B civilização. c exploração. D reflexão. e sabedoria. LC - 2 ° dia | Ciclo 4 - Página 50 2013 2013 QuestÃo 68 A literatura dos jesuítas visava à catequese dos índios, tendo no Padre José de Anchieta um dos jesuítas mais atuantes do período. O fragmento a seguir pertence ao poema “A Santa Inês”, de sua autoria. A Santa Inês [...] Ela é mezinha1 Com que sara o povo Que com vossa vinda Terá trigo novo. [...] Não se vende em praça, Este pão da vida, Porque é comida Que se dá de graça. Oh preciosa massa! Oh que pão tão novo Que com vossa vinda Quer Deus dar ao povo!” [...] Disponível em: <www.soliteratura.com.br/biblioteca_virtual/biblioteca05.php>. 1mezinha: sinônimo de remédio, geralmente caseiro. Sabendo que, a princípio, os índios não falavam portu- guês, um dos recursos usados por Anchieta para faci- litar o aprendizado dos índios foi: a o uso de seu livro Gramática do Tupi, já que os recursos de versificação eram dispensáveis, pois os índios já conseguiam assimilar as palavras do poema, o que agilizou o processo de alfabetização. B o uso de redondilhos maiores em “A Santa Inês”, resultando em uma batida marcante aos ouvidos dos índios, que não tinham dificuldade para memo- rizar o vocabulário. c a versificação, como o redondilho menor e as ri- mas, que produziam um som de fácil memorização para os índios, com o entendimento das palavras ocorrendo aos poucos. D a falta de métrica, para que os índios não ficassem presos a uma estrutura predefinida e não se inti- midassem caso não conseguissem entender todas as palavras. e a referência aos símbolos sagrados, suficientes para que o índio, já em processo de catequese, percebesse o contexto e entendesse o sentido de todo o poema. LC - 2° dia | Ciclo 4 - Página 51 2013 2013 QuestÃo 69 Alexandre Herculano foi um importante escritor da fase histórica do Romantismo em Portugal. Em seu li- vro Eurico, o presbítero (1844), ele volta à Baixa Idade Média, contando as aventuras e desventuras de Eurico e Hermengarda. Leia o trecho a seguir. O presbítero Eurico era o pastor da pobre paróquia de Carteia. Descendente de uma antiga família bárbara, gardingo na corte de Vítiza, depois de ter sido tufado ou milenário do exército visigótico vivera os ligeiros dias da mocidade no meio dos deleites da opulenta Toletum. Rico, poderoso, gentil, o amor viera, apesar disso, que- brar a cadeia brilhante da sua felicidade. Namorado de Hermengarda, filha de Favila, duque de Cantábria, e irmã do valoroso e depois tão célebre Pelágio, o seu amor fora infeliz. O orgulhoso Favila não consentira que o menos nobre gardingo pusesse tão alto a mira dos seus desejos. Depois de mil provas de um afeto imenso, de uma paixão ardente, o moço guerreiro vira submer- gir todas as suas esperanças. Eurico era uma destas almas ricas de sublime poesia a que o mundo deu o nome de imaginações desregradas, porque não é para o mundo entendê-las. Desventurado, o seu coração de fogo queimou-lhe o viço da existência ao despertar dos sonhos do amor que o tinham embalado. A ingratidão de Hermengarda, que parecera ceder sem resistência à vontade de seu pai, e o orgulho insultuoso do velho prócer deram em terra com aquele ânimo, que o aspec- to da morte não seria capaz de abater. A melancolia que o devorava, consumindo-lhe as forças, fê-lo cair em lon- ga e perigosa enfermidade, e, quando a energia de uma constituição vigorosa o arrancou das bordas do túmulo, semelhante ao anjo rebelde, os toques belos e puros do seu gesto formoso e varonil transpareciam-lhe a custo através do véu de muda tristeza que lhe entenebrecia a fronte. O cedro pendia fulminado pelo fogo do céu. Disponível em: <www.dominiopublico.gov.br/download/texto/ua00010a.pdf>. Acesso em: 7 mar. 2013. Considerando o fragmento e com base em conheci- mentos sobre a literatura romântica portuguesa, assi- nale a alternativa correta. a A resposta de Hermengarda à separação de seu namorado, imposta por seu pai, confirma os com- portamentos românticos da personagem. B As referências históricas do texto (exército visigóti- co, Dom Pelágio – líder desse exército) marcam a retomada do apogeu português, pós-navegações. c Essa obra pertence à segunda fase do Romantismo português, apresentando uma retomada do passado medieval desse povo (com bárbaros, por exemplo). D O comportamento de Eurico em relação ao de Hermengarda, ao serem impedidos de ficar juntos, está de acordo com os preceitos românticos. e O narrador utiliza figuras de linguagem (como “co- ração de fogo”, “cedro fulminado pelo fogo do céu”) para representar as dores de Hermengarda. LC - 2 ° dia | Ciclo 4 - Página 52 2013 2013 QuestÃo 70 Leia a seguir um fragmento de Amor de Perdição (1862), de Camilo Castelo Branco, um dos exemplares mais representativos do Ultrarromantismo português. Ao romper d’alva dum domingo de junho de 1803, foi Teresa chamada para ir com seu pai à primeira mis- sa da igreja paroquial. Vestiu-se a menina, assustada, e encontrou o velho na antecâmara a recebê-la com muito agrado, perguntando-lhe se ela se erguia de bons humores para dar ao autor de seus dias um resto de velhice feliz. O silêncio de Teresa era interrogador. − Vais hoje dar a mão de esposa a teu primo Baltasar, minha filha. É preciso que te deixes cegamente levar pela mão de teu pai. Logo que deres este passo difícil, conhe- cerás que a tua felicidade é daquelas que precisam ser impostas pela violência. Mas repara, minha querida filha, que a violência dum pai é sempre amor. Amor tem sido a minha condescendência e brandura para contigo. Outro teria subjugado a tua desobediência com maus-tratos, com os rigores do convento, e talvez com o desfalque do teu grande patrimônio. Eu, não. Esperei que o tempo te aclarasse o juízo, e felicito-me de te julgar desassom- brada do diabólico prestígio do maldito que acordou o teu inocente coração. Não te consultei outra vez sobre este casamento, por temer que a reflexão fizesse mal ao zelo de boa filha com que tu vais abraçar teu pai, e agradecer- -lhe a prudência com que ele respeitou o teu gênio, ve- lando sempre a honra de te encontrar digna do seu amor. Teresa não desfitou os olhos do pai; mas tão abs- traída estava que escassamente lhe ouviu as primeiras palavras, e nada das últimas. − Não me respondes, Teresa?! − tornou Tadeu, to- mando-lhe cariciosamente as mãos. − Que hei de eu responder-lhe, meu pai? − balbuciou ela. − Dá-me o que te peço? Enches de contentamento os poucos dias que me restam? − E será o pai feliz com o meu sacrifício? − Não digas sacrifício, Teresa... Amanhã a estas horas verás que transfiguração se fez na tua alma. Teu primo é um composto de todas as virtudes; nem a qua- lidade de ser um gentil moço lhe falta, como se a rique- za, a ciência e as virtudes não bastassem a formar um marido excelente. − E ele quer-me. Depois de eu me ter negado? − disse ela com amargura. − Se ele está apaixonado, filha!... e tem bastante confiança em si para crer que tu hás de amá-lo muito!... − E não será mais certo odiá-lo eu sempre?! Eu agora mesmo o abomino como nunca pensei que se pudesse abominar! Meu pai... − continuou ela, choran- do, com as mãos erguidas − mate-me; mas não me force a casar com meu primo! É escusada a violência, porque eu não caso! Tadeu mudou de aspecto, e disse irado: − Hás de casar! −Quero que cases! Quero!... Quando não, amaldiçoada serás para sempre, Teresa! Morrerás num convento! Esta casa irá para teu primo! Nenhum in- fame há de aqui pôr pé nas alcatifas de meus avós. Se és uma alma vil, não me pertences, não és minha filha, não podes herdar apelidos honrosos, que foram pela primei- ra vez insultados pelo pai desse miserável que tu amas! Maldita sejas! Entra nesse quarto, e espera que daí te arranquem para outro, onde não verás um raio de Sol. Disponível para: <www.dominiopublico.gov.br/download/texto/ua00063a.pdf>.
Compartilhar