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Teoria Geral da Constituição Conceito de Direito Constitucional e suas relações com ouros ramos do Direito: • Para Luís Roberto Barroso o Direito Constitucional, é uma das vertentes do Direito Público que estuda as normas fundamentais acerca da instituição do Estado e da via em sociedade, compondo a Constituição. • O Direito Público constitui um conjunto de ramos do conhecimento jurídico que envolve a relação entre o Estado e sociedade. O centro do conceito de Direito Constitucional é o estudo das normas constitucionais e suas teorias de base. Objetos de estudo do Direito Constitucional 1. Direito Constitucional positivo (ou especial) É o estudo das normas constitucionais positivadas em determinado ordenamento jurídico. 2. Direito Constitucional comparado É o estudo comparativo entre a Constituição brasileira e a de outros países, a fim de compreender o contexto do Brasil e dos seus institutos jurídicos. 3. Direito Constitucional Geral É o estudo da teoria do Direito Constitucional especialmente dos conceitos e institutos que fundamentam essa disciplina. A Constituição é a norma base do ordenamento jurídico. Todas as leis e todos os atos normativos devem observara constituição, sob pena de inconstitucionalidade. Constitucionalismo O Constitucionalismo foi o movimento ocorrido no mundo inteiro de criação de Constituições, que são normas bases para o convívio em sociedade. Fases do constitucionalismo: Antigo: maioria não escrita; povo hebreu; limitava o poder político do Estado democrático. Moderno: Revolução Francesa e Norte Americana; escrita; orientação liberal e limitação do Estado para garantir a liberdade. Contemporâneo: ampliação das Constituições na garantia de direitos. DIREITO CONSTITUCIONAL Neocontitucionalismo Configura uma nova abordagem do papel institucional da Constituição. A partir do neoconstitucionalismo, a Constituição deve ser observada como parâmetro máximo do ordenamento jurídico não apenas do ponto de vista de sua literalidade, mas também dos seus valores. Marcos do neoconstitucionalismo: Histórico: desenvolvimento do Estado Constitucional no pós-guerra. Filosófico: pós-positivismo; direitos fundamentais e direito e ética. Teórico: mudanças que contribuíram para a nova interpretação constitucional. Resumo: O Constitucionalismo foi um movimento jurídico e político destinado a limitar o poder do Estado, criando uma Constituição para dar direito às pessoas. O Neoconstitucionalismo como vimos, é uma nova vertente do Direito Constitucional que surgiu na metade do século XX, e tem o importante papel de atribui força normativa à norma Constitucional, trazendo-a para o centro jurídico. Supremacia da Constituição - Normas Constitucionais - Legislação Art. 59 - Regulamento Espécies de Normas Constitucionais - Não estão concentradas unicamente no texto da Constituição. - A Constituição possui a maior parte dos tópicos relevantes para a vida em sociedade. - Ao longo do tempo as Emendas Constitucionais transformaram o texto constitucional como uma nova reação, elas incluem ou retiram artigos. - A Constituição em sua parte final, também tem as normas constitucionais nos atos das disposições constitucionais transitórias que não estão abaixo da Constituição em nível hierárquica. Eficácia e efetividade das normas Normas de eficácia plena: se aplicam de maneira mediata, direta e integral, pois não dependem de nenhuma norma que as regulamente ou resguarde. Normas de eficácia contida: imediatamente aplicável, mas pode sofrer restrições futuras (por lei, regulamentos ou conceitos éticos jurídicos). Normas de eficácia limita: não possuem eficácia plena imediata. Interpretação Jurídica e Constitucional A interpretação jurídica e estudada no âmbito da hermenêutica: Não pode ser feita de qualquer forma. Existem princípios e métodos a serem seguidos. Princípios e métodos de interpretação Os princípios são diretrizes que o intérprete pode se valer para decidir o sentido a dar a norma, enquanto o método é o caminho para se chegar à conclusão. Princípios de interpretação constitucional A interpretação Constitucional é orientada por princípios que devem ser levados em consideração no momento da atribuição significado pelo intérprete. 1. Princípio da supremacia da Constituição Todas as outras normas devem obediência a constituição. 2. Princípio da interpretação conforme a Constituição Orienta que a aplicação das normas infraconstitucionais deve observar a seguir uma interpretação compatível com o texto constitucional. 3. Princípio da presunção de constitucionalidade das leis Pressupõe que todas as leis vigentes sejam constitucionais. O intérprete deve considerar que as leis editadas contam com uma presunção de compatibilidade com as normas constitucionais. Tal princípio não é absoluto. O poder Judiciário. Poderá declarar inconstitucionalidade de leis ou atos normativos. 4. Princípio da unidade de Constituição Destaca que a norma constitucional deve ser compreendida como um todo unitário, harmônico, sistematizado e ordenado. 5. Princípio da concordância prática ou harmonização Ligado ao da unidade da Constituição e estabelece que o intérprete deverá tentar harmonizar os bens constitucionais protegidos, buscando ao máximo, conciliar a garantia de todos e evitar a negação de alguma garantia do texto Constitucional. 6. Princípio da força normativa Orienta em dar primazia à interpretação que confia concretude à norma Constitucional, atualizando e garantindo eficácia e permanência da Constituição. 7. Princípio da máxima efetividade ou eficiência Aplicação das normas Constitucionais sem modificação ou do seu teor. 8. Princípio do efeito integrador ou da eficácia integradora Promove a integração social e a unidade política visando garantir uma coesão do sistema. 9. Princípio da conformidade funcional ou da justiça Prevê que a interpretação deve resguardar a estrutura organizacional do estado de acordo com os três poderes. 10. Princípio da proporcionalidade e da razoabilidade Extraídos do devido processo legal que pode ser formal e material. Método de interpretação Constitucional 1. Método jurídico ou hermenêutico clássico Utilização de técnicas tradicionais da teoria geral do Direito; método lógico, histórico, teológico etc. 2. Método Tópico – Problemático Problemas que nascem de caso concreto e que devem ser objeto de diálogo pelo intérprete até encontrar a solução mais adequada entre os possíveis. 3. Método Hermenêutico – concretizador Considera que o intérprete tenha preconcepção, e por isso, é preciso partir da Constituição para caso concreto, limitando a liberdade do intérprete a partir da norma. 4. Método Científico – espiritual O intérprete deve levar em consideração o contexto científico e espiritual vivenciado pela sociedade no momento da interpretação. A interpretação não deve ser feita, mas sempre considera o contexto. 5. Método normativo estruturante O intérprete deve considerar a estruturação da norma para viabilizar sua aplicação prática. 6. Método de comparação constitucional Comparação de outros ordenamentos jurídicos de outros países que podem ser utilizados.
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