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ISAÍAS PARA HOJE - EDITORA CRISTÃ EVANGÉLICA - SÉRIE PROFETAS 1 - ADULTOS

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Copyright © 2012,
Editora Cristã Evangélica
1ª reimpressão, 2015
Todos os direitos nacionais e internacionais desta edição reservados.
Nenhuma parte desta edição pode ser utilizada ou reproduzida – em qualquer meio ou forma, seja mecânico
ou eletrônico, fotocópia, gravação, etc. – nem apropriada ou estocada em sistema de banco de dados, sem a
expressa autorização da Editora Cristã Evangélica (lei nº 9.610 de 19/02/1998), salvo em breves citações,
com 
indicação da fonte.
As citações bíblicas foram extraídas da versão Almeida Revista e Atualizada (ARA), 2ª edição (Sociedade
Bíblica do Brasil), exceto indicações de outras versões.
Editora filiada à
Associação de Editores Cristãos
 
 
As citações bíblicas foram extraídas da versão Almeida Revista e Atualizada
(ARA), 2ª edição (Sociedade Bíblica do Brasil), exceto indicações de outras
versões.
 
 
Editora filiada à
Associação de Editores Cristãos
 
Rua Goiânia, 294 – Parque Industrial
12235-625 São José dos Campos-SP
comercial@editoracristaevangelica.com.br
mailto:comercial@editoracristaevangelica.com.br
www.editoracristaevangelica.com.br
Telefax: (12) 3202-1700
http://www.editoracristaevangelica.com.br/
A revista expõe trechos do livro de Isaías (entre os menos
conhecidos) que os autores consideram importante comentar numa
linguagem simples, aplicando-o à vida contemporânea e levando--
nos a uma reflexão séria sobre a nossa vida comprometida com o
Senhor, e o comportamento do crente face às pressões do mundo
em que vivemos.
Quem foi Isaías? Isaías era casado (Is 8.3) e teve dois filhos. Um
homem culto, Isaías foi tão grande estadista quanto profeta, e tomou
parte ativa nos negócios do Estado durante os reinados de Uzias,
Jotão, Acaz e Ezequias. Segundo a tradição, Isaías foi condenado à
morte por Manassés, sendo serrado em pedaços (Hb 11.37). Isaías,
com razão, é chamado “o Profeta Evangélico”, e “o mais ilustre dos
profetas” que escreveram. Isaías é o grande profeta da redenção.
No seu livro, os sofrimentos e a exaltação do Messias são
claramente declarados.
Quando Isaías profetizava? Quando Isaías surgiu em Judá, o reino
de Israel (as dez tribos do norte) estava prestes a ser destruído pela
Assíria. Todo esse período tumultuado para Israel e Judá está
descrito em 2Reis 15 a 21. É bom lembrar que esse foi o período
que antecedeu a queda do reino de Israel e a dispersão do povo
pela Assíria. Isaías profetizou por 55 anos, entre 742 e 687 a.C.
Qual é o valor do livro de Isaías? Não há dúvida de que Isaías é um
dos grandes livros da Bíblia – “a Bíblia em miniatura. Todas as
doutrinas se encontram ali, mesmo em forma embrionária”. J. Sidlow
Baxter, no seu comentário “Examinai as Escrituras” (Edições Vida
Nova), afirma: “Assim como o que Beethovem significa no campo da
música, o que Shakespeare significa no campo da literatura, o que
Spurgeon foi entre os pregadores vitorianos, assim é Isaías entre os
profetas. Como escritor, transcende todos os seus companheiros
profetas. É justo que a contribuição incomparável de sua pena seja
colocada na liderança dos dezessete livros proféticos”. Assim, para
nós, vale a pena estudá-lo.
Desafiamos o prezado aluno a fazer um plano de leitura do livro de
Isaías. São 66 capítulos para ler em 120 dias! Uma média de dois
dias por capítulo, e um capítulo nos domingos! Aceite esse desafio!
Quantos crentes nunca leram esse livro maravilhoso! A maioria
destas lições foi publicada na revista Jovens e Adultos da União das
Igrejas Evangélicas Congregacionais do Brasil, e reproduzida com a
devida permissão.
John D. Barnett
Livro recomendado
Isaías, Introdução e comentário, J. Ridderbos, Série Cultura Bíblica,
Edições Vida Nova.
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17
– Sumário –
Isaías e o Novo Testamento - I
Isaías e o Novo Testamento - II 
Chamado para ser servo: uma tarefa ingrata? 
A única opção, a palavra de Deus 
O problema da religiosidade e sua cura 
O reino do Messias 
Missões de maneira revolucionária 
O Apocalipse de Isaías 
Oração, sinal e cura - I 
Oração, sinal e cura - II 
A loucura da idolatria 
O Servo do Senhor - I 
O Servo do Senhor - II 
Missões, outra perspectiva 
Fé, obras e jejum 
A luta da fé 
Escatologia, outra perspectiva 
1
Isaías e o 
Novo Testamento - I
Dra. Joyce Elizabeth W. Every-Clayton
texto básico O Novo Testamento
texto devocional 2Timóteo 3.14-17
versículo-chave João 12.41
“Isaías viu a glória dele e falou a seu respeito”
alvo da lição
Demonstrar, embora de maneira incompleta, a grande importância do estudo do
livro de Isaías, vendo seu uso no Novo Testamento.
leia a Bíblia diariamente
seg At 8.26-39
ter Lc 24
qua Ap 21.9-27
qui Rm 9.27-33
sex 1Pe 2.1-10
sáb Jo 12.37-43
dom Rm 10.14-21
Isaías é o livro do Antigo Testamento mais citado no Novo
Testamento! É um dos maiores. Esse seu tamanho é interessante:
Isaías tem 66 capítulos, a Bíblia toda, 66 livros. Como veremos mais
adiante, Isaías começa com o pecado de Jerusalém e termina com
sua glorificação: semelhantemente, a Bíblia começa com o pecado
do homem e termina com a glorificação.
Isaías se divide naturalmente em duas grandes partes: capítulos 1-
39 e 40-66. A primeira traz uma mensagem mais negativa, de
condenação, enquanto a segunda marca um novo começo com sua
mensagem de esperança, de salvação.
A Bíblia também se divide em duas partes: 39 livros do AT e 27 no
NT – e há uma mudança radical de assunto entre os dois. De fato,
“Isaías é como se fosse a Bíblia em miniatura”. Todas as doutrinas
se encontram ali, mesmo em forma embriônária. Como disse o
reformador, Melancthon, em sua pregação na ocasião do culto
fúnebre de Lutero: “O evangelho puro foi pregado mais claramente
por cinco homens – Isaías, João Batista, Paulo, Agostinho e Lutero!”
Bem, posso até não querer limitar a lista a esses cinco, mas
concordo com a inclusão de Isaías!
Nesta lição introdutória, examinaremos alguns temas gerais, ligados
a Isaías, para melhor enfrentar este grande livro – e vale salientar
que não estudaremos todos os 66 capítulos neste quadrimestre,
somente alguns, entre os menos conhecidos.
I. A ligação entre os dois testamentos
(2Tm 3.14-17)
Uma das questões mais cruciais enfrentadas por teólogos cristãos
ao longo dos séculos gira em torno da validade do Antigo
Testamento: agora que Jesus já veio, precisamos desses 39 livros?
O Novo Testamento não os invalida automaticamente? Muitos
crentes (e pastores que quase nunca pregam o Antigo Testamento)
dão a impressão que sim. Mas estão equivocados, e é impossível
entender questões de história e linguagem, por exemplo, para não
falar nas coisas mais profundas de teologia, de doutrina, sem crer
na validade contínua, atual, da revelação de Deus que é o Antigo
Testamento.
Em 2Timóteo 3.14-17 Paulo mostra que cria dessa forma: ele só
possuía o Antigo Testamento, mas o valorizava como “sagradas
letras que podem tornar-te sábio para a salvação pela fé em Cristo
Jesus” (v.15). A parte grifada resume a essência dessa ligação entre
os Testamentos, o grande assunto da salvação por meio de Cristo,
para Quem “todos os profetas… todas as Escrituras” (Lc 24.27) sem
dúvida incluíam Isaías.
II. Jesus e Isaías
Jesus usou Isaías de três maneiras principais – para encontrar ali
predições que apontassem para Si mesmo, Sua própria pessoa e
obra messiânica; para falar da era messiânica em geral; e para
encontrar subsídios para Sua condenação do pecado do povo de
Deus.
1. Jesus e o Messias de Isaías
Isaías 35.5-6, juntamente com Isaías 61.1-2, foi muito usado por
Jesus (Mt 11.5; Lc 7.22; 4.18). Jesus, respondendo a João Batista,
estava afirmando ter chegado o Messias prometido.
2. Jesus e a era messiânica de Isaías
Como veremos mais adiante, Isaías 56.7 foi citado por Jesus por
ocasião da purificação do templo, um sinal messiânico claro. Ele
também citou Isaías 54.13 em João 6.45: 
“E serão todos ensinados pelo Senhor”. Tudo indica que Paulo tinha
esse mesmo trecho em mente em 1Tessalonicenses 4.9, e em
1Coríntios 13.12 nos quais conhecimento por meio da comunhão
direta como Senhor é algo futuro a ser desejado ardentemente.
3. Jesus, Isaías e a condenação de pecado
A vocação de Isaías era condenar o pecado do povo de Deus e
apontar para o perdão por meio do arrependimento sincero. Visto
que Jesus não foi diferente, não é de se admirar que Ele tenha
encontrado subsídios para Sua pregação em Isaías. Dois trechos
Lhe eram importantes: Isaías 6.9-10 e 29.13. Conferir Mateus 13.13-
15 (e, ainda, Jo 12.40 e At 28.25-27) em relação ao primeiro, e
Mateus 15.8-9 em relação ao segundo.
a. Como foi rejeitada a palavra profética de Isaías, também foi a
de Jesus.
b. Como foram condenados os judeus hipócritas, ritualistas e
endurecidos dos dias de Isaías, também foram os dos dias
de Jesus – e na mesma linguagem.
Isaías para hoje
E Isaías 53? Será examinado mais detalhadamente em outro momento. Por ora,
meditemos no seguinte: Jesus estava pensando nesse capítulo quando Ele fez a
pergunta de Mateus 26.54?
III. Paulo e Isaías
É interessante constatar que Paulo usou Isaías da mesma maneira
que Jesus.
1. Paulo e o Messias de Isaías
Paulo conhecia bem o livro de Isaías e via o Messias em muitos
trechos ali. Entendia que Jesus, o crucificado e ressurreto, era
cumprimento das promessas feitas a Davi (Is 55.3; At 13.34), pedra
de tropeço para os que se a recusaram crer Nele (Is 8.14; 28.16;
Rm 9.33), e salvação para os que creem (Is 28.16; Rm 10.11), até
os gentios (Is 49.6; At 13.47;26.23).
2. Paulo e a era messiânica de Isaías
Como Paulo entendia, a chegada de Jesus inaugurou a era
messiânica, “o dia da salvação” (Is 49.8; 2Co 6.2), da pregação do
evangelho (Is 52.7; Rm 10.15; Ef 6.15). 
O aspecto futuro distante, glorioso, interessava demais a Paulo, e
ele entendia que seria um futuro infinitamente melhor do que nossos
olhos viram até agora (Is 64.4; 1Co 2.9), com a derrota da própria
morte (Is 25.8; 1Co 15.54), todo joelho dobrado perante o Messias
(Is 45.23; Rm 14.11; Fp 2.10) e todo o Israel salvo (Is 59.20-21;
Rm 11.26).
3. Paulo, Isaías e a condenação do pecado
Suas muitas cartas às igrejas deram oportunidades para Paulo tratar
abertamente de questões de comportamento e pecado, e sem
dúvida, uma de suas preocupações foi evitar que o Nome de Deus
fosse blasfemado por judeus ou gentios (Is 52.5; Rm 2.24).
Evidentemente alguns incorreram no risco disso acontecer, pois não
hesitaram em derramar sangue (Is 59.7; Rm 3.15), enquanto outros
achavam a cruz uma loucura (Is 29.14; 1Co 1.19), ou usaram mal o
dom de línguas na igreja (Is 28.11; 1Co 14.21).
Isaías para hoje
Para tudo Paulo achava uma palavra em Isaías – você já pensou quanto Paulo estudou
esse livro! 
E nós? Estamos realmente estudando a palavra de Deus com o intuito de aplicá-la à
nossa situação ou problema?
Conclusão
Você é um crente neotestamentário? Não aprecia muito o Antigo
Testamento? Ore para Deus, o Autor das Escrituras, lhe conceder
um amor bem maior ao Antigo Testamento, e especialmente a
Isaías.
2
Isaías e o 
Novo Testamento - II
Dra. Joyce Elizabeth W. Every-Clayton
texto básico O Novo Testamento
texto devocional Apocalipse 21.9-27
versículo-chave Apocalipse 21.2
“Vi também a cidade santa, a nova Jerusalém, que descia do céu, da parte de
Deus, ataviada como noiva adornada para o seu esposo”
alvo da lição
Continuar o estudo acerca da importância de Isaías, e o uso feito do livro pelos
escritores do Novo Testamento.
leia a Bíblia diariamente
seg Ap 21.1-8
ter Ap 5.1-14
qua Ap 14.14-20
qui Ap 19.1-12
sex 1Pe 2.1-10
sáb Mt 21.33-46
dom Ap 21.9-27
Continuando a lição anterior, chegamos ao estudo do livro de
Apocalipse.
I. Apocalipse e Isaías
Como veremos em diversas lições, as ligações entre esses dois
livros são muitas e 
variadas. Podemos classificá-las em três grandes grupos, usando as
mesmas categorias vistas até agora.
1. Apocalipse e o Messias de Isaías
Sem dúvida, a grande ênfase de Apocalipse está num Messias
eterno, o Alfa e o Ômega (Is 44.6; 48.12; Ap 1.17; 22.13), que é, ao
mesmo tempo, “A raiz e a geração de Davi” (Is 11.10; Ap 5.5;
22.16), um Cordeiro (Is 53.7; Ap 5.6,12), o objeto de adoração
universal (Is 42.10; Ap 5.9), o Salvador e Galardoador dos Seus
(Is 62.11; Ap 22.12), mas Juiz terrível daqueles que O desprezam
(Is 30.33; Ap 19.20).
2. Apocalipse e a era messiânica de Isaías
Nem é preciso dizer que há tanto sobre o céu em Apocalipse que
nós não podemos jamais esgotar o assunto nesta breve introdução.
Tendo como fundamento as mais preciosas pedras (Is 54.11;
Ap 21.18) e portas que nunca são fechadas (Is 60.11; Ap 21.25), o
céu possui um trono (Is 6.1; Ap .2), é habitação dos justos (Is 61.10;
Ap 19.8), um lugar que dispensa a luz do sol (Is 24.23; Ap 21.23) e
que desconhece pecado (Is 52.1; Ap 21.27), choro e dor (Is 65.19;
Ap 21.4).
3. Apocalipse, Isaías e a condenação de pecadores e do próprio
pecado
O juízo divino previsto em Apocalipse inclui os seguintes elementos
encontrados também em Isaías. Efetuado por Aquele de cuja boca
sai uma afiada espada de dois gumes (Is 49.2; Ap 1.16), a ocasião
do juízo será motivo de terror para todos (Is 2.10; Ap 6.15-17),
apanharão o dragão (Is 27.1;Ap 12.3-4), Babilônia (Is 21.9; Ap 14.8;
18.2), a videira da terra(Is 63.3; Ap 14.19) e as nações (Is 11.4;
Ap 19.15), num processo que se fará acompanhar por sinais
notáveis, tais como escurecimento do sol (Is 50.3; Ap 6.12), a queda
das estrelas do seu lugar (Is 34.4; Ap 6.13) e fumaça perpétua
(Is 34.8-10; Ap 14.11).
Isaías para hoje
Você acredita que eu coloquei poucas referências paralelas nesses parágrafos? Nem fiz
a metade, mas você pode completar a tarefa, usando uma Bíblia com referências de
rodapé. Que tal começar hoje? Você vai precisar de um caderno também.
II. Duas figuras de linguagem: A vinha e a pedra
Jesus usou muitas figuras (as mesmas que Isaías) para falar de Si e
de Sua obra – luz, pão da vida, caminho, noivo, etc. Mas vamos nos
deter nestas duas, a vinha e a pedra.
1. A vinha
A frase conhecida, “Eu sou a videira verdadeira, e meu Pai é o
agricultor” (Jo 15.1), tem sua origem em Isaías 5.1-7, e a parábola
de Mateus 21.33-46 é um desdobramento desse mesmo trecho – e
ainda menciona a pedra no fim! Por que Jesus usou esse texto de
Isaías como ponto de partida? A resposta à pergunta por si só seria
uma lição completa, contudo podemos resumi-la da seguinte
maneira:
a. ambos os textos se dirigem ao povo de Deus;
b. o começo dos dois é igual – uma vinha bem plantada e
protegida, e a expectativa natural do dono de que ela desse
uvas;
c. uma decepção geral na hora de se buscar o fruto da vinha;
d. um castigo severo;
e. uma interpretação que realça a culpa do povo de Deus.
Perceba, porém, como Jesus acrescentou alguns elementos ao
ensino de Isaías:
a. o filho amado e sua morte nas mãos dos lavradores;
b. o castigo pessoal para estes;
c. a entrega da vinha a outros, “um povo que lhe produza os
respectivos frutos” (Mt 21.43).
De maneira maravilhosa e sem usar os termos abertamente, Jesus
conseguiu apresentar a obra (desprezada) dos profetas, Sua própria
morte nas mãos de judeus, a subtração das bênçãos espirituais dos
judeus e a transferência dessas mesmas bênçãos para os gentios.
Os ouvintes de Jesus “entenderam que era a respeito deles que
Jesus falava” (Mt 21.45), e começaram a caçá-Lo. Imagine se Ele
tivesse falado mais abertamente!
2. A pedra
Mateus 21.42 menciona também a pedra, mas Paulo e Pedro são os
que exploram bem mais a figura. Ela é oriunda de Isaías 8.14-15 e
28.16 (e do Salmo 118), mas tem um significado bem diferente em
cada referência.
Isaías 8.14-15 enfatiza que o Senhor é a pedra na qual Israel e Judá
tropeçariam. E é esse o uso da palavra em 1Pedro 2.6-8, pois Pedro
está falando dos “que tropeçam na palavra, sendo desobedientes”
(v.8). Igualmente em Mateus 21.44, a ênfase está em castigo por
meio da pedra.
Isaías 28.16 enfatiza que a pedra é qual um refúgio seguro contra a
tempestade, que crer nela é o suficiente. E é esse o uso da palavra
em Romanos 10.11 – crer em Cristo é segurança. Note como Paulo
combina os dois textos em Romanos9.33.
Conclusão
Que a nossa resposta a essas lições seja a do salmista: “Quanto
amo a Tua Lei! É a minha meditação todo o dia”(Sl 119.97).
3
Chamado para ser servo:
uma tarefa ingrata?
Dra. Joyce Elizabeth W. Every-Clayton
texto básico Isaías 6.1-13
texto devocional Isaías 6.1-13 e 1Reis
22.19
versículo-chave Isaías 6.9
“vai e dize a este povo”
alvo da lição
Mostrar que o chamado de Deus implica em ministério – e que este nem sempre
é fácil.
leia a Bíblia diariamente
seg Êx 3.7-12; 4.10-17
ter Jr 1.4-19
qua Ez 3.4-11
qui At 9.10-19
sex Mt 13.10-23
sáb Mt 10.16-22
dom Jo 12.37-43
Já se passaram cinco capítulos de pregação da parte de Isaías!
Como é que se explica que o chamado dele só tenha acontecido
agora? Comentaristas antigos, seguindo Calvino, entenderam que
Isaías pregava antes de ser chamado, e que, no caso, a ordem
nesta parte do livro é cronológica.
Hoje a maioria dos estudiosos defende a ideia de que a parte
cronológica do livro começa com o capítulo 6, e que os capítulos 1 a
5 são como um resumo, uma introdução ao livro e a todos os temas
nele trabalhados. Isso é possível. Os capítulos 1 a 5 levantam um
problema sério, o pecado do povo de Deus, e pergunta-se até que
ponto haverá solução para esse pecado. A resposta do capítulo 6 é
que há solução, sim – quando todo o povo se voltar para Deus em
arrependimento, como Isaías fez.
Ainda mais, os grandes temas desse capítulo – a santidade de
Deus, o pecado humano e a maneira de curá-lo, o uso por Deus de
um mensageiro, uma mensagem de condenação, a promessa de
um remanescente – todos são trabalhados no resto do livro de
Isaías.
Isaías para hoje
Será um bom exercício você tentar encontrar menção desses temas no resto do livro.
Além disso, reflita em como esses temas são a essência do evangelho.
I. Um momento de glória
(Is 6.1-4)
1. Uma visão de um trono terrestre
O longo reinado de Uzias – de uns 52 anos – foi um período de
glória e crescimento para Judá. Esse rei, chamado, às vezes, de
Azarias (2Rs 15.1-7), foi o melhor rei desde Salomão, mas, lá pelo
final da vida, cometeu um ato de sacrilégio, oferecendo incenso no
altar do templo (2Cr 26.1-15). Após uma dura repreensão, foi
acometido de lepra (2Cr 26.18-21) e morreu. Morreu imundo, não
purificado, e com sua morte iniciou-se um período de instabilidade e
crise no reino.
2. Uma visão de um alto e sublime trono
Então, morto o glorioso rei, Isaías foi ao templo e ali teve uma visão
de um Rei ainda mais glorioso que nunca morre. E mais, teve uma
percepção do estado de seu povo, Judá, imundo como Uzias,
morrendo do mesmo jeito. Ver Deus em Si era morrer (Gn 32.30), e
o profeta não descreve o Senhor, e sim Seu trono, Suas vestes,
Seus ajudantes, os serafins. Essa descrição nos dá uma impressão
clara da glória. Imaginemos como é o próprio Senhor!
A descrição dos serafins sugere reverência, movimento e atividade
contínuos – voando e cantando a santidade do Senhor o tempo
todo. E o templo (v.1), a terra (v.3) e a casa (v.4) se encheram dessa
glória. O título divino “o Santo de Israel” é muito comum no livro de
Isaías, ocorrendo 26 vezes aqui, porém somente 6 vezes em outros
livros.
Isaías para hoje
Sabemos o que é ter um momento de glória no templo, na igreja? Esperamos ter isso,
ou ficamos satisfeitos com um mero marcar presença? E se as bases da igreja se
movessem? Leia Atos 4.23-31.
II. Um ato de arrependimento e purificação
(Is 6.5-7)
A reação de Isaías foi imediata, percebendo que tanto ele como
Judá haviam falhado no dever de refletir a santidade de Deus no
culto. Veja os seis “ais” no capítulo anterior. Isaías não ficou
somente gritando para o povo tomar jeito. Ele percebeu sua própria
parcela de culpa na história. Além disso, percebeu que o problema
não era simplesmente político, devido à morte do rei, mas espiritual,
devido ao pecado – um problema que nem o melhor rei ou político
consegue resolver.
Brasas vivas (Is 6.6) eram usadas no Dia de Expiação (Lv 16.12), e
é possível que essa visão tenha ocorrido nesse dia de festa
espiritual. Como naquele dia, Deus Se revelou a Isaías não para
aniquilar, mas para purificar, numa iniciativa que é totalmente Dele.
As palavras de perdão foram direto ao problema que o profeta havia
confessado: distingue-se entre “iniquidade”, nossa natureza
pecaminosa, e “pecado”, nossos atos errados.
Isaías para hoje
Pense em outros líderes do povo de Deus e em seu chamado. Será que todos eles não
tiveram a mesma reação, a mesma purificação – e, depois, o mesmo comissionamento?
III. Uma resposta corajosa
(Is 6.8)
Na primeira parte desse versículo, temos o privilégio de escutar uma
conversa muito especial: alguns entendem que ela aconteceu entre
Deus e as hostes celestiais. Mas é melhor seguir a leitura feita pelo
Novo Testamento, isto é que Deus estava conversando com o Filho
e o Espírito Santo (cf. Jo 12.41; At 28.25). Novamente, percebe-se
que a iniciativa parte do Senhor, mas Ele não Se revela a nós para
nos destruir, mas para nos redimir, e depois usar. Foi assim com
Moisés – “desci a fim de livrá-lo da mão dos egípicios… Vem, agora,
e eu te enviarei” (Êx 3.8,10).
Você notou como Deus não precisava fazer apelo e tentar
convencer Isaías a se oferecer? Quem realmente se encontrar com
o Senhor vai querer obedecer a Ele.
Isaías para hoje
Você já saiu do “ai de mim!” (v.5) para um alegre “envia-me a mim” (v.8)? Você
deixou de ser um “perdido” (v.5) para ser um “enviado” (v.8)? Observar como Paulo
foi mudado, de “blasfemo, e perseguidor, e insolente” para “o ministério… modelo a
quantos hão de crer nele para a vida eterna” (1Tm 1.13,12,16).
IV. Uma missão espinhosa
(Is 6.9-12)
É tão comum parar a leitura desse capítulo no versículo 8! – e tão
desonesto! Quantas vezes nós convidamos o jovem a dizer “Eis-me
aqui!” Porém com frequência deixamos de esclarecer que tal
entrega implicará inevitavelmente dificuldades, e, despreparados
emocionalmente, muitos jovens desistem da missão. Mas cultivar
um triunfalismo falso não é o método de Deus.
Ainda temos outra barreira com relação a essa parte do capítulo:
nosso evangelho é o do perdão e da graça de Deus, e não sabemos
lidar com um texto que fala de um Deus que endurece, que faz com
que o povo não consiga crer, que destrói. E o ministério dado a
Isaías foi precisamente esse: dizer ao povo que não entendesse,
fazer com que o povo endurecesse o coração. “O povo acaba
ouvindo e não entendendo, vendo sem realmente ver. E assim Deus
os entrega à sua própria sorte, e os pune de uma forma consoante
sua prática… Quando não ouvida e recebida, a palavra profética
produz endurecimento!” (Mueller) Em meio a tudo isso, porém,
Isaías expressou sua frustração com a falta de aceitação da parte
de seus ouvintes, sua tristeza diante das implicações de sua
pregação: “Até quando, Senhor?” (Is 6.11). A resposta do Senhor foi
pior ainda, uma afirmação de que Ele executaria Sua justiça e
deixaria a terra vazia, como de fato havia prometido séculos antes
(Lv 18.25-27).
V. Uma promessa inesperada
(Is 6.13)
O versículo final traz um raio de esperança: embora a destruição
seja quase total, haverá algo que brotará de novo (Is 1.9; 4.2-3;
11.1), uma “santa semente”. E isso acontecerá porque no
vocabulário de Deus a última palavra nunca é de juízo.
Isaías para hoje
Você que, às vezes, prega a palavra de Deus está lembrado desta “dica”, de que nunca
se deve pregar somente a condenação, sem apontar o perdão e o amor de Deus?
Conclusão
O processo pelo qual passou o grande profeta Isaías – a partir da
visão de Deus, por via de arrependimento e comissionamento, à
entrega de uma mensagem dolorosa que não lhe proporcionou
sucesso nenhum – entra em choque com as expectativas de não
poucos pregadores da atualidade. A tendência hoje é de medir o
“sucesso” pelo número de “decisões”, quando Deus quer somente
obediência e fidelidade; é de convidar o pregador cujo Ibope está lá
em cima, quando Deus reconhece a dor da realidade da
incredulidade, a frustração da rejeição.
Isaías para hoje
Deus ainda ama, purifica e chamaservos para que proclamem Sua mensagem dupla,
de juízo e salvação, de condenação e amor.
4
A única opção,
a palavra de Deus
Dra. Joyce Elizabeth W. Every-Clayton
texto básico Isaías 8.16 – 9.7
texto devocional Salmo 119.105-112 
versículo-chave Isaías 8.20
“À lei e ao testemunho! Se eles não falarem desta maneira, jamais verão a alva”
 
alvo da lição
Enfatizar a centralidade da palavra de Deus, e os perigos de se procurar
orientação fora dela.
leia a Bíblia diariamente
seg Is 7.10-17
ter Is 8.1-8
qua Is 8.9-15
qui Is 8.16-22
sex Dt 18.9-14; Lv 19.31
sáb Is 9.1-7
dom Sl 119.105-112
O aluno será capaz de
saber conscientizar-se da centralidade da palavra de Deus;conhecer os perigos para quem procura orientação fora da palavra de Deus;
sentir desejar o conhecimento que só existe na palavra de Deus;
O aluno será capaz de
agir estudar a palavra de Deus diariamente;
pregar a palavra de Deus aos que a não conhecem.
Apresentação
Uma das formas mais certas e eficazes de ouvir a voz de Deus é pela Sua palavra
escrita, por isso ela é tão importante.
Apresente as informações para demonstrar quanto a Bíblia é valiosa.
A BÍBLIA
Na Alemanha, em meados do século 15, um ourives chamado Johannes Gutenberg desenvolveu a arte
de fundir tipos metálicos móveis. O primeiro livro de grande porte produzido por sua prensa foi a Bíblia em
latim. Cópias impressas decoradas à mão passaram a competir com os mais belos manuscritos. Essa
nova arte foi utilizada para imprimir Bíblias em seis línguas antes de 1500 – alemão, italiano, francês,
tcheco, holandês e catalão. E em outras oito línguas até meados do século 16 – espanhol, dinamarquês,
inglês, sueco, húngaro, islandês, polonês e finlandês.
A Bíblia, o livro mais lido, traduzido e distribuído do mundo, desde suas origens, foi considerada sagrada
e de grande importância. E, como tal, deveria ser conhecida e compreendida por toda a humanidade. A
necessidade de difundir seus ensinamentos, ao longo do tempo e entre os mais variados povos, resultou
em inúmeras traduções, em variados idiomas. Hoje é possível encontrar a Bíblia, completa ou em
porções, em mais de 2.527 línguas (levantamento de dez/2010).
Em 2011, o ano em que completou 63 anos dedicados à divulgação da mensagem bíblica, a Sociedade
Bíblica do Brasil (SBB) alcançou uma marca mundialmente inédita: a produção de 100 milhões de Bíblias,
desde que a Gráfica da Bíblia foi inaugurada, em 1995, em Barueri (SP).
Fonte: http://www.sbb.org.br
Como vimos na lição anterior, a tarefa de Isaías não seria de
maneira alguma fácil, mas, mesmo assim, ele começou a pregar e a
escrever suas mensagens para todos lerem e entenderem (Is 8.1) e
a registrá-las no cartório local (Is 8.2)! Nesta lição examinaremos
algumas dessas primeiras mensagens, com sua ênfase na palavra
do Senhor.
Orientação Didática
Para o tópico I, leve uma lista de nomes de pessoas para apreciação dos alunos (busque
na internet, em jornais, livros e revistas). Pergunte se eles sabem o significado do próprio
nome. Se julgar conveniente, mencione alguns nomes incomuns. Com essa dinâmica,
introduza o tópico que trata da família de Isaías, em especial sobre o significado do nome
dos filhos dele.
Desenvolva os pontos mais importantes em visuais.
I. A família do profeta
(Is 8.1-4)
Isaías era casado e, quando sua esposa engravidou, foi o Senhor
quem indicou os nomes que deveriam ser dados aos meninos.
Esses nomes eram proféticos daquilo que seria a sorte do povo de
Deus.
1. O primeiro filho chamava-se “Um-Resto-Volverá” (Is 7.3), ou seja,
o nome era uma afirmação daquilo que vimos em Isaías 6.13, a
promessa de um remanescente, mesmo em meio a muito sofrer.
2. O segundo filho recebeu um nome bem menos positivo –
 “Rápido-Despojo-Presa-Segura”. Conforme a palavra do Senhor,
o pequeno mal estaria dizendo “Papai” e “Mamãe” quando o rei da
Assíria invadiria Damasco, capital da Síria, e Samaria, capital de
Israel, e levaria os despojos (comparar com Is 7.16-17).
Isaías para hoje
Em Lucas 1.13, Deus, mais uma vez, assumiu a tarefa de dar o nome a uma criança.
Você teria coragem de deixar Deus fazer isso, ou outra coisa semelhante? Ou acha que
tais assuntos pessoais a gente mesmo resolve?
 Para o tópico II, faça um quadro comparativo entre as águas de Siloé e do Eufrates.
Essas são duas ilustrações usadas pelo Senhor no capítulo 8. A seguir constam algumas
informações preliminares que podem ser expandidas de acordo com sua pesquisa.
SILOÉ
O Reservatório de Siloé ou Piscina de Siloé é chamado em hebraico de Selá (Enviado ou Remetente). O
local fazia parte da antiga Jerusalém, a oeste da antiga Cidade de Davi.
O reservatório era um receptáculo para as águas da fonte de Giom, que eram levadas para lá por dois
aquedutos.
O Reservatório de Siloé é mencionado diversas vezes no Bíblia. Nesse capítulo, Isaías registra sobre as
águas de tal reservatório e, em 22.9, faz referências à construção do túnel de Ezequias. No Novo
Testamento, é narrada a cura de um cego que foi se lavar nesse lugar (Jo 9.1-7).
EUFRATES
O Eufrates é um dos rios da Mesopotâmia, assim como o rio Tigre, onde hoje é o Iraque. O rio Eufrates é
formado pela união de dois afluentes: o Kara, que nasce nas montanhas orientais da Turquia, ao norte
de Erzerum; e o Murat, que se origina no lago Van.
O rio tem aproximadamente 2.780 km de extensão e sua porção superior escoa por entre canyons e
gargantas para o sudoeste através da Síria e depois do Iraque. Os rios Khabur e Balikh, que se originam
também na Turquia, se juntam ao rio Eufrates na porção oriental da Síria. Após isso, ao longo de todo o
seu curso, o rio Eufratres não recebe mais contribuições de outros corpos d´água. Abaixo de Bassora, no
sul do Iraque, o rio se une ao rio Tigre para formar o rio Shatt al-Arab, que vai desaguar no Golfo Pérsico.
II. A palavra do Senhor ou as palavras dos fortes?
(Is 8.5-8)
“As águas de Siloé” (Is 8.6) eram um simples riacho que corria em
Jerusalém, um fiozinho de água super importante, embora
facilmente desprezado. Nesse versículo é figura da ajuda e da
presença de Deus – algo pessoal, próximo, e muitas vezes
aparentemente sem valor em comparação com a ajuda prestada por
poderosos. Em contraste marcante, estão as águas do grande rio
Eufrates, forte e poderoso o tempo todo (Is 8.7).
Como somos tentados a confiar nas aparências de poder e
grandeza, nos “Eufrates” da vida moderna! O salmista assim se
expressou: “Uns confiam em carros, outros em cavalos” (Sl 20.7); e
o natural é confiar naqueles que possuem todos os símbolos de
poder. Natural, mas não correto: a nossa opção é nos gloriarmos
“em o nome do Senhor, nosso Deus” (Sl 20.7). De fato, se não
seguirmos essa opção, acabaremos sendo entregues aos inimigos
do Senhor (Is 8.7).
Mesmo assim, o castigo não será total, chegando a água
somente “até ao pescoço” (v.8; comparar com o salmo 124). O
versículo 8 se refere a Judá, até esse momento isento de ataques
da parte dos inimigos: Israel (o reino do norte) e a Síria já se foram,
mas Judá, o reino do sul, não será poupado, a não ser que passe a
confiar no Senhor.
No versículo 8, o nome Emanuel representa Judá: foi também o
nome dado à criança em Isaías 7.14 (em primeiro plano, o filho de
Acaz). Mas “as expectativas colocadas sobre o filho do rei que iria
nascer foram grandes demais. Só em parte elas se cumpriram, e ao
se cumprirem só em parte, mostraram que, na verdade, a espera
seria mais longa, o evento em si bem mais grandioso, e as
implicações bem maiores do que sequer se podia imaginar”
(Mueller). Em Isaías 9.4-7, é revelado como o grande Rei
messiânico, Deus Forte, que liberta Seu povo.
Isaías para hoje
Quem não preferir “as águas de Siloé” está fadado a provar as águas fortes e amargas
do “Eufrates”. Examine suas próprias tempestades e prioridades – será que em algum
momento você fez a escolha errada, e por isso passa por momentos de sufoco e
angústias? “Escolher o mundo é ser esmagado pelo mundo” (Motyer).
Ministre os tópicos III e IV expositivamente, sempre com visuais dos pontos mais
importantes.Empregue os quadros do texto do aluno para debates como forma de
enriquecer a aula.
III. A palavra do Senhor e aqueles que a rejeitam
(Is 8.9-15)
O versículo 9 descreve os povos pagãos debochando de Judá, e se
preparando para atacar o povo de Deus. Mas como no salmo 2
(comparar com Is 7.7), há somente um destino para quem fizer isso,
a destruição sobrevirá a qualquer que se levantar contra aquele que
tem “o Deus conosco” ao seu lado.
Isaías para hoje
Como somos tentados a confiar nas aparências de poder e grandeza, nos “Eufrates” da
vida moderna!
Planejamento, ordens (Is 8.10) … nada adiantará. A repetição de
“cingi-vos e sereis despedaçados” serve para frisar o resultado de
tal ousadia.
Diante do furor dos povos, é a palavra do Senhor que faz diferença
para Isaías, dando-lhe paz e conforto (Is 8.11). “Não andar pelo
caminho deste povo” (v.11) jamais quer dizer que o líder vai se isolar
de pecadores: ensina, sim, que sua cabeça precisa ser outra. Caso
contrário, interpretações erradas dos acontecimetos o arrastarão,
também.
O versículo 12 mostra esse perigo. A tendência é avaliarmos coisas
e eventos precisamente como os incrédulos, chamando de
conspiração (conjuração) aquilo que eles dizem ser, temendo o que
eles temem – como se em nada fôssemos diferentes. Foi uma
época de conspirações políticas nas quais o povo de Deus
procurava com desespero quem o ajudasse contra seus inimigos. E
a nossa época é semelhante: há uma corrida atrás de soluções
imediatas, e a sociedade contemporânea está cheia de medos dos
mais variados. Aquele que confia no Senhor devia constituir uma
exceção à regra (Is 8.13) – embora também tenha temor! Trata-se
de um santo temor a Deus, um reconhecimento de tudo aquilo que
Ele é.
A organização dos versículos 12-14 é bem simétrica, e indica que o
Senhor é santuário somente para aqueles que O santificam:
Não temais o que ele teme
Nem tomeis isso por temível (literalmente, espanto).
Ao Senhor dos Exércitos, a Ele santificai.
Seja Ele o vosso temor. Seja Ele o vosso espanto. 
Ele vos será santuário.
“Nossa atitude para com Deus determinará qual o aspecto Dele
experimentado por nós” (Oswalt). Quem O busca, O conhece como
santuário: quem não fizer isso, O tem como se fosse pedra de
tropeço, e passa a viver atropelado pela vida, batendo-se contra
rochas, enlaçando-se em armadilhas o tempo todo. Foi o que se
falou acerca de Jesus (Lc 2.24), e o que Ele mesmo ensinou
(Mt 21.33-44).
Isaías para hoje
Novamente é a mesma colocação, só que em vez de se falar em águas (v.5-8), fala-se
em temor. Quem não temer ao Senhor está fadado a ter os valores e medos da
sociedade pagã ao seu redor. Examine seus atropelos e seus machucados – será que
você está fazendo a escolha errada em algum ponto, não tendo a Palavra no centro de
sua vida? Leia Isaías 7.9.
IV. A palavra do Senhor escondida dos que a rejeitaram
(Is 8.16-18)
Diante da rejeição descrita nos versículos anteriores, “a palavra do
profeta, não acreditada, deve ser guardada como testemunho para o
tempo de sua completa confirmação” (Croatto). A palavra traduzida
por “resguarda” significa “lacra”: uma carta lacrada jamais pode ser
aberta por qualquer pessoa que não seja o destinatário. No contexto
talvez possamos ligar o verbo aqui ao “cartório” do versículo 2, isto
é, Isaías tomou precauções para que suas palavras não fossem
violadas ou deturpadas por inimigos. Os que teriam acesso à
palavra profética seriam um pequeno grupo, seus discípulos
(Is 8.16), alguns israelitas fiéis, ou até mesmo uma pequena escola
de profetas que vivia em torno de Isaías, seu mestre (comparar com
2Rs 2.3,5). É gostoso sentir como esse pequeno grupo, um
verdadeiro “remanescente”, apreciava a palavra do Senhor,
guardando-a no coração (Sl 110.11).
Mesmo assim, eram dias escuros para Isaías – afinal, quem quer ter
sua mensagem rejeitada? – e a impressão dele era que o “Senhor,
que esconde o seu rosto da casa de Jacó” (Is 8.17). Mas, visto
que “a fé foi feita para os dias escuros” (Motyer), Isaías decidiu
simplesmente esperar e aguardar a ação do Senhor, e o versículo 8
é seu testemunho pessoal a respeito, por meio de seus dois filhos.
Pois aqueles nomes, dados por Deus, eram os únicos sinais que ele
precisava ter: os eventos profetizados no nome do segundo menino
(Is 8.3-4) nem aconteceram ainda, muito menos os do primeiro filho
(Is 7.3), mas a presença das duas crianças em seu lar era uma
recordação contínua da presença e ação de Deus, apesar de Ele ter
Se escondido naquele momento.
Isaías para hoje
O que é que você faz quando o Senhor esconde o Seu rosto? Entrega-se ao desespero,
ao pânico, à incredulidade? Ou olha de novo para aquilo que o Senhor já disse em Sua
palavra, e se entrega a uma espera paciente, cheia de fé?
Para desenvolver o tópico V, faça um estudo detalhado a respeito do que a Bíblia diz
sobre espiritismo, necromancia, mediunidade, astrologia, entre outros. Há muitos textos
no Pentateuco (problemas com Saul e outros reis). Faça uma pesquisa cuidadosa e trate
o tema com muito cuidado. Se houver visitantes na sala de aula que possam professar o
espiritismo como fé, seja ainda mais cuidadoso a fim de não haver constrangimento.
Em visuais, coloque todas as informações encontradas e, à luz dos seus estudos,
exponha o 
tópico.
V. A palavra do Senhor e o espiritismo
(Is 8.19-22)
Há uma opção diante do silêncio de Deus: é o espiritismo. Como o
povo apelava para isso naqueles dias! Em Isaías 2.6, o profeta
reclamara que os israelitas “se encheram da corrupção do Oriente e
são agoureiros como os filisteus”. Convites para consultar
necromantes e adivinhos, ou médiuns, “que chilreiam e murmuram”
em seus transes espíritas eram constantes. Mas o ensino de Isaías
é muito claro – o natural é um povo “consultar” (ou “perguntar”) a
seu Deus. Como é que se pergunta a Deus? Simplesmente lendo
Sua “lei e… testemunho” (Is 8.20) e comparando com o versículo16.
A palavra de Deus é a única alternativa viável aos médius – a única
saída em dias difíceis, em dias passados dentro do túnel escuro de
um problema qualquer (v.20). Sem a “lâmpada para os… pés (que)
é a tua palavra”(Sl 119.105), nunca veremos a alva (comparar com
Pv 4.18) Os versículos 21-22 elaboram este tema: procurar
orientação no espiritismo é convidar a ira de Deus, é ir para o exílio,
é passar “pela terra duramente oprimidos e famintos” (isto é, vazios)
(Is 8.21), é só ver “angústia, escuridão e sombras de
ansiedade” (Is 8.22). No versículo 22, a ideia de trevas aparece três
vezes. É isso, e milhões de brasileiros que o digam!
Há um contraste forte nos versículos 17 e 21 entre o profeta que
está esperando no Senhor, e os espíritas que, “enfurecendo-se,
amaldiçoam ao seu rei e ao seu Deus”. E ainda é assim. Ou
aguardamos ou amaldiçoamos. Uma coisa é certa, Deus, às vezes,
Se esconde. Nós é que temos que decidir como reagiremos a isso.
Isaías para hoje
“Vinde… andemos na luz do Senhor!” (Is 2.5) Ou “lançados para densas trevas”?
(Is 8.22) Nossa aceitação ou não da palavra do Senhor é que fará a diferença. Sem ela
tateamos (comparar com At 17.27) e, no final, é escuridão para sempre.
O que é que você faz quando o Senhor esconde o Seu rosto? Se entrega ao desespero,
ao pânico, à incredulidade? Ou olha de novo para aquilo que o Senhor já disse em Sua
Palavra.
Exponha o tópico VI em visuais, evitando a participação dos alunos em virtude do
investimento de tempo nas outras sessões.
VI. A palavra do Senhor, a palavra final
(Is 9.1-7)
Porém, Deus em Sua misericórdia quer Seu povo na luz (Is 9.3),
crescendo em número e alegre (Is 9.3), regozijando-se no Seu
livramento da mão do opressor (Is 9.4) e no esmagamento dele,
com suas botas fortes e fardas bonitas queimadas (Is 9.5). Sabemos
que Zebulom e Naftali (Is 9.1) eram as primeiras regiões da
Palestina a cair diante dos opressores assírios. Essa esperança de
mudança radical é tão certa que Isaías usa somente o tempo
passado dos verbos para falar nessas coisas! Ainda, toda a
atividade maravilhosa é atribuida a Deus, e a Ele somente!Há um outro “por que” no trecho, porém no versículo 6, e “vem
agora a causa real de tudo isso” (Mueller), o “Menino”. Já tivemos o
nascimento de diversos meninos no livro – os dois do profeta, o de
Acaz, - e todos eram como que sinais, apontando para além de si,
para a atuação específica de Deus na história humana. Os nomes
dos outros meninos indicaram essa dimensão, e este Menino não é
diferente. Ele dará conselhos sobrenaturais, divinos; será o próprio
Deus Forte; cuidará dos fracos como se fosse Pai, e Pai eterno; em
Suas batalhas como Príncipe, ele conseguirá a Paz. Há uma mistura
de figuras militares com figuras tranquilas (Is 9.6). O versículo 7,
porém, desdobra aspectos de seu governo que crescerá – mas
jamais para esmagar, e sim para trazer paz, juízo e justiça. “Trata-se
de um Império sem imperialismo, governo sem exploração”
(Motyer). E a promessa final do versículo 7, o único verbo no futuro,
garante que tal Menino chegará, a palavra final de Deus (Hb 1.1-2),
prova cabal do Deus Emanuel, conosco, não para destruir, mas para
salvar.
Isaías para hoje
Já pensamos em nossa aceitação ou não da palavra do Senhor. Agora chegou a vez de
pensarmos nas palavras dadas ao Messias. Com qual dos nomes do versículo 6 você
se identifica mais? Por quê?
Conclusão
Palavras! Palavras! O mundo está cheio de palavras de orientação,
confronto, redirecionamento, etc. Mas esses dois capítulos de Isaías
indicam que acatar palavras humanas e rejeitar a palavra do Senhor
é convidar rejeição. As primeiras e últimas palavras dos capítulos
são “disse-me… o Senhor” e “o zelo do Senhor… fará isso”. Toda
nossa vida precisa ser vivida dentro desses limites. “Eu sou o Alfa e
o Ômega, diz o Senhor”(Ap 1.8) (início e fim do alfabeto grego),
primeira e última palavra. Portanto “à lei e ao testemunho! Se eles
não falarem desta maneira, jamais verão a alva” (Is 8.20).
Revisão e Aplicação
Faça perguntas verificando se os alunos conseguiram entender o estudo: O que vocês
lembram sobre a família do profeta? Que palavra tem mais valor: a palavra de Deus ou a
palavra dos fortes?
Para finalizar, pergunte: Qual foi o maior aprendizado trazido pela lição de hoje? Depois
de poucas e breves contribuições, ore, encerrando a aula.
5
O problema
da religiosidade e
sua cura
Dra. Joyce Elizabeth W. Every-Clayton
texto básico Isaías 1.1-31
texto devocional Isaías 1.10-17
versículo-chave Isaías 1.18
“Vinde, pois, e arrazoemos, diz o Senhor; ainda que os vossos pecados sejam
como a escarlata, eles se tomarão brancos como a neve; ainda que sejam
vermelhos como o carmesim, se tornarão como a lã”
alvo da lição
Descrever e analisar a prática religiosa de Judá no período, e nos precaver
contra o mero ritual religioso.
leia a Bíblia diariamente
seg Am 5.21-6.7
ter Mt 23.1-12
qua Tg 1.19-27
qui Mt 23.13-24
sex Mq 6.3-16
sáb Mt 23.25-36
dom Is 1.10-20
Isaías foi chamado para ser profeta 740 anos antes de Cristo, no
ano da morte do rei Uzias (Is 6.1), e seu ministério de 40 anos
cobriu os reinos de “Jotão, Acaz e Ezequias, reis de Judá” (Is 1.1).
Todo esse período tumultuado para Israel e Judá está descrito em
2Reis 15-21: foi o período que antecedeu a queda, em 722 a.C., do
reino do norte, Israel, e a ida do povo de lá para a Assíria. Como
2Reis 17.7-23 e todo o livro de Oseias deixam bem claro, esse
cativeiro foi consequência do pecado de Israel, mais particularmente
da idolatria aberta, algo que prevalecia ali desde o início (2Rs 12).
Em Judá, reino do sul, o problema maior foi um pouco diferente,
embora não menos sério. Por incrível que pareça, foi o problema de
sua religiosidade. Sempre houve mais piedade em Judá do que em
Israel, mas Isaías detectou sinais perigosos na prática religiosa de
seus dias, pois, debaixo da capa religiosa havia:
1. toda sorte de opressão dos pobres pelos poderosos (Is 5.8-10);
2. embriaguez da parte dos homens (Is 5.11,22);
3. mulheres preocupadas somente com roupas e enfeites (Is 3.16-
26).
O quadro geral levou Isaías a questionar até que ponto o povo
possuía fé genuína em Deus.
I. A rebeldia e suas consequências
(Is 1.2-9)
A palavra “revoltados” (Is 1.2) ocorre também em Isaías 66.24
(“prevaricaram”, na Versão Atualizada) e constitui um tipo de
moldura do livro todo. Contudo, no capítulo 1, ainda há cura para a
rebeldia, enquanto no capítulo 66 o castigo para os rebeldes é
irreversível, como veremos mais adiante.
1. A tristeza de Deus
(Is 1.2-3)
Ele convoca um enorme tribunal, toda Sua criação, para que se
verifique que o povo Dele é pior do que os animais, ingrato para
com Aquele que o cuidou desde os dias de Abraão, infiel às
promessas do Concerto (Dt 32).
2. A relação entre submissão e conhecimento
(Is 1.3)
Submissão leva a mais conhecimento ainda (Pv 1.7), enquanto a
insubmissão leva à desgraça total (Rm 1.18-32).
3. O lamento de Deus
(Is 1.4-9)
“Ai” (Is 1.4) – a nação/o povo, ou seja, a entidade política que é
Judá, tem como se fosse um enorme fardo de pecados nas costas
(“carregado”). Ao mesmo tempo, a família de Deus que é Judá, a
raça ou geração, os filhos, também são malignos, corruptos. E a
origem do pecado?
abandonaram
blasfemaram
voltaram para trás (v.4)
A situação moral de um povo qualquer sempre está intimamente
ligada à sua situação espiritual. Sem comunhão com Deus não pode
haver comportamento que agrade a Deus.
4. O pecado em tudo e todos
(Is 1.5-7)
Para Isaías não foi difícil detectar sinais da desobediência do povo
nesse período (Is 1.7); na situação de Jerusalém/Sião, antes cidade
gloriosa, mas então cercada por inimigos e com o aspecto de um
mero abrigo precário do campo (Is 1.8). E a conclusão é dramática –
o povo gosta de ser assim, quer continuar apanhando (Is 1.5) e, a
cada passo, se assemelha mais a Sodoma e Gomorra (Is 1.9), o
último insulto para o povo de Deus, e símbolo permanente de
destruição.
Mesmo assim, há esperança: em Sodoma e Gomorra não houve
nenhum sobrevivente. Mas um dos temas de Isaías é o do
remanescente (Is 4.2-3; 6.3; 10.20-22), isto é, com o Senhor há
misericórdia. Ele poupará alguns, “símbolo vivo e concreto do amor
e da paciência de Deus, em meio ao desespero reinante.” (Mueller)
Isaías para hoje
Você consegue detectar sinais de semelhante rebeldia em nossa cultura, em nossa
igreja nacional e local, em sua própria vida até?
Compare a descrição de Judá (v.5-6) com Isaías 53.4-5. Já podemos detectar que
Alguém terá de ser ferido a fim de que haja cura para as feridas do povo.
II. A religiosidade e suas consequências
(Is 1.10-17)
Evidentemente o povo praticava a religião ao pé da letra.
Haja ofertas e sacrifícios, isto é, os cultos diários (Is 1.11 e
13)!
Haja “convocações e ajuntamentos solenes”, isto é, festas
especiais (Is 1.13)!
Haja oração (Is 1.15)!
Mas o que nos choca no trecho é a reação de Deus: “De que me
serve?… estou farto… é para mim abominação… não posso
suportar… minha alma as aborrece… me são pesados… estou
cansado de as sofrer”(Is 1.11,13-15). O que é isso? Deus dizendo
“chega!” à religião, virando o rosto, fechando os ouvidos. O quadro é
mesmo sério, a linguagem pesada. Outros profetas tocaram neste
mesmo assunto (Os 6.4-6; Am 4.4-5; 5.21-25; Jr 7.4,21) para não
falar no salmista (Sl 50.8-15), e no próprio Senhor Jesus (Mt 21.12-
17; 23.1-39). Observe bem que o profeta não está dizendo que o
culto por si só não tem valor. A crítica se refere ao culto mecânico,
formal, uma mera fachada religiosa, um “ir à igreja para esquentar
banco” sem que haja vivência pessoal, constante, com Deus. Para
os profetas, como para toda a Bíblia, a verdadeira fé produz uma
vida cheia de atos coerentes, dignos.
Eis o problema de Judá! As mãos que eles, com aquela cara de
santos, levantavam para orar eram “cheias de sangue” (Is 1.15), e a
ordem profética era que eles ajeitassem a vida, e abandonassem as
práticas injustas (Is 1.16-17). Novamente, é o recado de toda a
Bíblia (Ef 2.10; Tt 3.8; Hb 13.1-3; Tg 1.26-27). Isso não quer dizer
que um envolvimento sociopolítico qualquer (como a reforma agrária
ou o problema dos menores derua, por exemplo) por si só basta:
mas quer dizer, sim, que uma fé que não nos leva naturalmente a
uma preocupação séria com os problemas que nos rodeiam é mera
conversa fiada.
Isaías para hoje
Você detecta sinais de semelhante religiosidade em sua vida? Deus está dizendo:
“Chega! Eu não aguento mais essa sua religião de fachada. O que quero ver é algo bem
prático”.
Será que essa falha é uma das razões principais pelas quais suas orações não estão
sendo respondidas (Is 1.15)?
III. Há cura para quem a quer
(Is 1.18-20)
Haja ordens neste capítulo! “Ouvi… prestai ouvidos” (Is 1.10), “lavai-
vos purificai-vos, tirai a maldade… cessai de fazer o
mal” (Is 1.16), “aprendei… atendei… repreendei… defendei…
pleiteai” (Is 1.17). E agora mais uma:“Vinde”! Que ordem fantástica!
Diante da constatação da religiosidade oca, mecânica, do povo
Dele, de sua rebeldia generalizada, Deus bem podia ter dito,
“sumam!” Mas em vez da rejeição, há o convite para uma conversa,
para um pare e pense – bem como uma oferta grandiosa de perdão.
O texto lembra Deuteronômio 30, e a possibilidade de o próprio
povo poder escolher entre o bem e o mal, a vida e a morte. “Se
quiserdes e me ouvirdes… Mas, se recusardes e fordes
rebeldes” (Is 1.19-20). A obediência leva à bênção – “o melhor desta
terra”(Is 1.19); a desobediência, à destruição – “sereis devorados à
espada” (Is 1.20).
Isaías para hoje
Até que ponto nosso mau uso desses versículos em pregação evangelística tem
prejudicado nossa própria vida cristã? Deus ainda quer conversa séria com Seu próprio
povo, comigo, com você. Qual seria o assunto de hoje?
IV. O sonho de Deus
(Is 1.21-31)
Já vimos como a palavra “revoltados” (Is 1.2) constitui um tipo de
moldura do livro todo: mas há uma outra palavra, um tema que
permeia o livro do início ao fim. É Sião – Jerusalém, capital de Judá.
Podemos até resumir o livro da seguinte maneira:
Isaías descreve como se transforma a Jerusalém pecaminosa do
capítulo primeiro na Jerusalém gloriosa do capítulo 66.
Eis o sonho de Deus ! O método nós veremos em outras lições. Por
ora, basta observar os sinais de degradação em Jerusalém. E, não
se esqueça! Tal Jerusalém, tal povo! A cidade simbolizava a vida de
todo o povo.
1. A situação da cidade
Naquela cidade habitavam fidelidade, justiça e retidão (Is 1.21) nos
dias de seu esplendor anterior com os reis Davi e Salomão, por
exemplo. Mas a época áurea havia passado, e em seu lugar havia
prostituição e homicidas (Is 1.21); até a situação econômica estava
prejudicada por aqueles que, para aumentar lucros, misturavam
metais inferiores na prata, e água no vinho (Is 1.22). E os líderes da
nação? Nem se fala (Is 1.23)!
2. A sentença para a cidade
A situação exigiu uma coisa somente – a palavra de Deus,
do “Senhor, o Senhor dos Exércitos, o Poderoso de Israel” (Is 1.24),
uma série de nomes para realçar a gravidade da sentença a ser
proferida. O sonho de Deus não é fantasia: Ele não Se ilude com
respeito ao pecado humano, mas tem de castigá-lo. Os versículos
25 e 26 começaram com o mesmo verbo no original – “voltarei”. No
versículo 25, Deus ameaça purificar, julgar Seu povo, deixando
somente aquele pequeno remanescente do versículo 9. No
versículo 26, Deus ameaça renovar a liderança política, fazendo-a
voltar àquilo que era. E o resultado será uma cidade novamente
bela. Perceba a sequência – já foi uma “cidade fiel”, com “justiça” e
“retidão” (Is 1.21), atualmente é uma cidade “prostituta” (v.21-23),
ainda será uma “cidade de justiça, cidade fiel” (Is 1.26).
3. A mudança na cidade
Como será efetuada a mudança? Com justiça (no original, michpat,
traduzido “direto” na Versão Atualizada), e “retidão” (no original,
tsedacá, traduzido “justiça”). Perceba também que isso se aplica
somente aos “que se arrependem” (Is 1.27); mas continuar na
transgressão, no pecado, implica destruição (Is 1.28). Voltemos ao
sonho de Deus! Em Isaías 1.29-31, o Senhor fala de um povo
transformado que abandona de vez sua religião errada de cultos
pagãos debaixo de carvalhos frondosos, em jardins bonitos de
cananeus (v.29). Mas que transformação é essa? As folhas vão
murchar de vez (v.30), tocar-se-á fogo na floresta, e não haverá
corpo de bombeiros neste mundo que consiga apagar as chamas
(v.31).
O nome “Isaías” quer dizer Javé salva, ou a salvação é do Senhor. À
primeira vista, é um nome estranho para um livro cujo primeiro
capítulo termina desse jeito; para um livro que tem o refrão, “Para os
perversos… não há paz” (Is 48.22; 57.21); para um livro que, do
início (Is 5.24-30) ao fim (Is 66.24) enfatiza que “a realidade da
esperança que brota das boas intenções de Deus para conosco não
pode encobrir uma outra realidade sombria - qual seja, que a
rebelião constante, arrogante contra Deus resultará na destruição…
Que ninguém presuma da graça de Deus” (Osvalt). Talvez
possamos acrescentar, “especialmente os religiosos!” Compare
esse texto com Hebreus 10.26-28. Não menosprezemos a correção
do Senhor (Hb 12.5), por mais dolorosa que seja (Hb 12.11):
enquanto há tempo, vamos nos arrepender dos nossos maus
caminhos como crentes, de nossa rebeldia ingrata, de nossa
religiosidade oca. “Vinde!… Se quiserdes e me ouvirdes”. Esses são
os verbos mais bonitos do capítulo, os verbos que dão esperança.
Você já ouviu: agora, é só querer e vir. E Deus fará o resto.
Conclusão
Que tal avaliar os elegíveis nas próximas eleições com base do
versículo 23? Como seria diferente o Brasil se tivesse uma liderança
política que realmente agradasse a Deus!
Você está preocupado, achando que os fundamentos nacionais,
mundiais até, estão tremendo? “Nestas horas, nós voltamos a Deus
para buscar Nele ajuda e paz, e descobrimos que Ele é quem está
fazendo tremer as coisas!” (Thomas) Pode ser, não é? (Ag 2.6-7).
O reino do Messias
Rev. Glenn Thomas Every-Clayton
texto básico Isaías 2.1-5; 4.2-6; 9.1-7; 11.1-16
texto devocional Isaías 2.1-5
versículo-chave Isaías 9.6
“Porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu; o governo está sobre os
seus ombros; e o seu nome será: Maravilhoso Conselheiro, Deus Forte, Pai da
Eternidade, Príncipe da Paz”
alvo da lição
A visão do reino, tão diferente da nossa realidade, desafia a nossa fé e anima a
nossa esperança.
leia a Bíblia diariamente
seg Is 5.8-23
ter Is 7.1-16
qua Êx 15.1-11
qui Nm 31.1-12,48-54
sex Nm 31.1-12,48-54
sáb Jz 7.1-7
dom Jz 7.16-25
Esta primeira parte do livro é bastante sombria, com sua ênfase
sobre o pecado do povo e o perigo enfrentado por Jerusalém. Mas,
cortando essa escuridão, temos alguns raios de luz, visões duma
realidade bem diferente. “Nos últimos dias” (Is 2.2) a situação será
transformada pela intervenção de Deus. As primeiras visões são
breves vislumbres de um clarão no horizonte; depois, os detalhes
começam a aparecer com mais clareza.
Sem dúvida, essas visões animavam o profeta na sua dura tarefa de
enfrentar o pecado do povo e da casa real. Nós hoje podemos
cobrar ânimo, sabendo que em Cristo as profecias já começaram a
se cumprir, e que coisas maiores e melhores ainda estão por vir.
I. A glória do monte do Senhor
(Is 2.1-5)
1. A verdade vencerá
O profeta fala do monte Sião e do Templo, a casa do Senhor, como
centro de ensino e divulgação da verdade (Is 2.2-3). Já que “os
outeiros” (Is 2.2) eram lugar do culto ilícito (2Rs 16.4), podemos
entender a linguagem do versículo 2 como uma declaração do
triunfo da fé verdadeira sobre as religiões falsas.
2. O discipulado será universal
As nações querem aprender diretamente do Senhor, com o fim de
praticar as lições 
(“andemos pelas suas veredas” – Is 2.3).
Isaías para hoje
Será que nós, povo de Deus, já chegamos a essa altura (Is 2.5)?
3. O resultado não pode ser outro: um reino de paz
(Is 2.4)
A indústria bélica acabará. Esse texto se encontra gravado numa
placa no prédio das Nações Unidas em Nova Iorque; mas os
homens não conseguem cumprir essa profecia.
II. A cidade santa
(Is 4.2-6)
Se a primeira visão frisou o reino como extensivo ao mundo todo,
essa olha seu aspecto intensivo, chegando à raiz do problemaespiritual do povo do Senhor. As duas visões se complementam,
sendo colocadas de maneira simétrica dentro dessa primeira divisão
(capítulos 1-5) do livro. A primeira terminou falando de ferramentas
agrícolas (Is 2.4); a segunda começa com um tema semelhante,
falando de renovo e fruto (Is 4.2). Nessa altura, não fica claro se
“Renovo” deve ser escrito com maiúscula, ou se a referência é mais
à prosperidade abundante dos últimos dias (confira, por exemplo,
Am 9.13-14).
Mas a bênção mais importante é a espiritual (Is 4.3-6). A linguagem
dos versículos 5-6 deixa alguns detalhes sem clareza, mas a visão
geral é clara: o povo de Deus reunido, gozando a Sua presença
visível, como foi no êxodo (Êx 13.21-22); gozando também a Sua
proteção e abrigo (cf. Sl 121.5-6).
Antes de chegar ali, porém, duas coisas precisam acontecer ao
povo.
1. Alguns serão eliminados
O versículo 3 trata dos “restantes de Sião”, tocando num tema
importante para Isaías (cf. Is 1.9; 7.22; 10.20-23), um tema que traz
no seu bojo um aspecto positivo (nem todos serão destruídos,
Is 10.20-21) e outro negativo (nem todos serão salvos, Is 10.22-23).
Nem todos “estão inscritos… para a vida” (v.3; cf. Ap 13.8; 17.8).
2. Outros serão purificados
O versículo 4 trata da “imundícia das filhas de Sião” (cf. Is 3.16-24),
e da “culpa do sangue” (cf. Is 1.15). A purificação não pode ser
externa; requer uma obra do Espírito no coração do povo.
De uma maneira ou outra, os juízos descritos nesses capítulos (1 a
5) surtirão efeito. Haverá transformação. E é necessário que haja,
pois ninguém pode chegar à bênção assim como está.
III. O Príncipe da Paz
(Is 9.1-7)
Pela primeira vez no livro a figura do Messias começa a aparecer
com alguma nitidez, se bem que já houve menção a Ele em Isaías
7.14 e no início de Isaías 2.4. Vem como luz para o povo (Is 9.1-2):
como nos mostra Mateus (Mt 4.13-16), essa profecia já se cumpriu
na primeira vinda de Cristo, quando
Ele “nasceu” como “menino” (Is 9.6). O resto da profecia, porém
ainda aguarda seu cumprimento na segunda vinda, quando Cristo
voltar para estabelecer Seu reino, Seu “governo” (ou “principado”)
(Is 9.6-7).
1. Como será Seu reino?
(Is 9.3,7)
Como nas visões anteriores, há bênçãos, tanto materiais como
espirituais, a começar por uma explosão demográfica (Is 9.3)! Mas o
aspecto espiritual é que sobressai.
a. Alegria (Is 9.3).
As figuras de comparação aqui nos lembram que as melhores
alegrias vêm depois de trabalho, de batalha. E “agora esta
felicidade toda não é mais curtida egoisticamente, mas diante de ti
– numa relação apropriada com o Senhor que é a fonte dos bens
e da felicidade”. (Mueller)
b. Paz (Is 9.7).
Ele é o Príncipe da Paz. “Paz” na Bíblia é muito mais que
ausência de guerra; é prosperidade, bem-estar total, convivência
harmoniosa entre todos. Não pode existir sem a presença de mais
uma bênção.
c. “Juízo e a justiça” (Is 9.7).
Era isso que faltava em Jerusalém (Is 1.17; 5.7). Mas agora
chegou, e veio para ficar, “sem fim… para sempre” (Is 9.7).
2. Como chegará o reino?
(Is 9.4-5)
Só o Senhor pode trazer o reino, e o fará no Seu “zelo” (Is 9.7).
Antes da paz final, haverá uma grande batalha (Is 9.4), uma guerra
para pôr fim à guerra (Is 9.5). O povo está oprimido, como animal de
carga debaixo do jugo, açoitado pela vara do seu dono; mas Deus
derrotará o inimigo “como no dia dos midianitas” (Is 9.4). Que dia é
esse?
Houve duas grandes batalhas de Israel contra esse povo.
a. Números 31 traz a ideia de uma vingança final: “Disse o
Senhor a Moisés: Vinga os filhos de Israel dos midianitas;
depois, serás recolhido ao teu povo” (Nm 31.1-2). E naquela
batalha o exército de Israel não sofreu uma baixa sequer
(Nm 31.49). Assim será também no Armagedom: a batalha
será do Senhor (Ap 19.19-21).
b. A famosa vitória de Gideão, com seu remanescente fiel de
300 homens (Jz 7). (Provavelmente Isaías estivesse
pensando nessa batalha). Isaías a menciona também em
10.26, e a história serve bem para ilustrar seu tema dos
“restantes”, que já vimos na visão anterior. De qualquer
forma, trata-se de uma vitória cabal.
3. Como será o Rei?
(Is 9.6)
Todo o mistério, o paradoxo, do Deus/homem está encerrado nesse
versículo. Como é que um “menino” pode ser um “Conselheiro”?
Veja Lucas 2.46-47. Como é que o “filho” é “Pai da Eternidade”?
Veja Marcos 2.5; 5.34. Como é que “nasceu” o Deus Forte”? Veja
Lucas 1.35. O primeiro nome já diz tudo: “Maravilhoso”!
Isaías para hoje
“Príncipe” é aquele que um dia será Rei, e a paz só virá quando Ele reinar. Ele já reina
em seu coração?
IV. O Messias reina
(Is 11.1-16)
Essa é a visão mais clara e completa. Preenche o esboço traçado
pelas visões anteriores e ainda acrescenta alguns detalhes novos.
1. O Messias
(Is 11.1-2)
Esses dois versículos já têm seu cumprimento na primeira vinda de
Cristo. No lado 
humano, Ele descende de Jessé, o pai de Davi. De fato, a última
visão terminou mencionando este fato (“sobre o trono de Davi”,
Is 9.7). Nessa época, a casa de Davi não andava bem com Deus
(Is 7.13), sendo chefiada pelo rei descrente, Acaz. Mas Isaías
conhecia a promessa do Senhor a Davi e sabia que não podia falhar
(2Sm 7.16; Is 55.3).
No lado divino, Ele é o Messias, isto é, o Ungido do Senhor, ungido
pelo Espírito Santo, Rei, Sacerdote (Is 42.1) e Profeta (Is 61.1). Seis
atributos do Espírito são destacados (v.2), que dão uma cobertura
completa para todos esses ministérios. Como Profeta, Cristo mostra
os dons intelectuais “de sabedoria e de entendimento”, como Rei,
exerce os dons gerenciais “de conselho e de fortaleza”, e como
Sacerdote manifesta o “conhecimento e temor do Senhor”.
2. Seu governo
(Is 11.3-5)
Em pauta aqui está a justiça, uma justiça que não se deixa enganar,
pois “o dinheiro e o poder podem criar aparências” (Mueller)
(Is 11.3). Como a Lei exige (Êx 23.6), Ele manterá o direito dos
pobres (Is 11.4), outro contraste com a situação atual (Is 3.14-15;
10.1-2). 
O versículo 4 parece se referir à vitória sobre o anticristo em
Armagedom (cf. 2Ts 2.8; Ap 19.21). O “cinto” (Is 11.5) é o princípio
de ação: o Messias sempre age com justiça e fidelidade.
3. O mundo transformado
(Is 11.6-9)
Surge um detalhe novo aqui: a volta de Cristo desfará a antiga
maldição sobre a terra (Gn 3.17-19), restaurando as condições do
Éden. A criação toda sofreu os efeitos maléficos da desobediência
do primeiro casal humano, e a obra de Cristo não será completa
até “a restauração de todas as coisas” (At 3.21). Naquele dia, toda a
criação participará da nossa alegria (Sl 96.11-13; Is 44.23; 55.12-13;
Rm 8.20-21). E os animais prestarão obediência aos seres
humanos, até aos pequeninos, conforme o plano original do Criador
(Gn 1.26). 
O versículo 9 sugere que naquela época “o meu santo monte” não
se limitará à área do monte Sião, mas incluirá a Terra inteira.
4. O ajuntamento dos povos
(Is 11.10-16)
O versículo 10 repete o que já foi visto em 2.2-3, “as nações” (os
gentios) fluindo a Jerusalém. Mas os versículos 11-12 trazem uma
novidade: os judeus desterrados voltarão de toda parte. No século
XX já vimos algum movimento nesse sentido, que pode ser um
presságio da volta do Senhor. Mas a realidade do tempo de Isaías
era bem diferente, pois os dois reinos de Israel e Judá nem haviam
sido dispersos ainda. No versículo 13 o profeta os prevê convivendo
em paz (“Efraim” é outro nome do reino de Israel), enquanto na
época dele, estavam em pé de guerra (Is 7.1-2).
Isaías para hoje
E nós? Se fazemos parte do povo messiânico, não podemos deixar tudo isso para os
tempos do fim. Veja a aplicação desse texto em Efésios 6.14-17.
Conclusão
O final do capítulo mostra que a fé de Isaías não era cega, e sim
firmada na palavra de Deus: “como o houve para Israel no dia em
que subiu da terra do Egito” (Is 11.16). Conhecendo as “coisas
grandiosas” (Is 12.5) que o Senhor fez no passado, podemos confiar
que Ele é capaz de vencer todos os inimigos (Is 11.4), romper todas
as barreiras (Is 11.15) para cumprir os Seus propósitos de salvação.
Leia o capítulo 12 e celebre, pela fé, o reinoque nosso Senhor
Jesus estabelecerá.
7
Missões, de maneira
revolucionária
Dra. Joyce Elizabeth W. Every-Clayton
texto básico Isaías 19.1-25
texto devocional Isaías 19.18-25
versículo-chave Isaías 19.25
“O Senhor dos Exércitos os abençoará, dizendo: Bendito seja o Egito, meu povo,
e a Assíria, obra de minhas mãos, e Israel, minha herança” 
alvo da lição
Mostrar a rica visão missiológica deste texto e sua aplicação a nós.
leia a Bíblia diariamente
seg Is 40.15-24
ter Mt 15.21-28
qua Is 49.1-7
qui Sl 96.1-13
sex Ef 2.11-19
sáb Is 17.1-14
dom Is 19.16-25
Como vimos, o nome de Isaías significa “salvação é do Senhor” e
o livro dele é um dos livros bíblicos que mais tratam do alcance da
salvação de Deus: por exemplo, o Servo, o Messias prometido, é“luz
para os gentios” (Is 49.6). Deus mesmo convida, “olhai para mim e
sede salvos, vós, todos os limites da terra” (Is 45.22); diversos
trechos trabalham a ineficácia da idolatria pagã como opção
religiosa (Is 44), e assim por diante.
Sem dúvida, o autor se preocupava sobremaneira com Jerusalém,
com o povo de Deus, mas nem por isso se esqueceu de que havia
todo um mundo fora das fronteiras de Judá que nunca ouvira falar
do único Deus verdadeiro. É nesse contexto corretamente
universalista que precisamos examinar esse capítulo pouco
conhecido.
I. O Egito, poderoso e pagão, é sacudido por Deus
(Is 19.1-15)
Quando Isaías profetizava, o Egito já há muito era uma potência
mundial gloriosa, famosa e temida por todos. Alguém o comparou
aos Estados Unidos ou ao Japão de hoje: simbolizava tudo o que
todos os outros não tinham – mas queriam! – dava inveja e raiva ao
mesmo tempo. Em comparação, Judá não era nada, um país do
Terceiro Mundo: não tinha dinheiro, muito menos cultura, pirâmides,
exércitos. Só tinha sua religião, a melhor de todas, única em todo o
mundo. Porém, como vimos na primeira lição, até esta frase precisa
ser qualificada no que diz respeito à Judá de então.
Visto que o profeta autêntico nunca ficava apavorado diante de uma
superpotência qualquer, Isaías aqui entra de cheio numa crítica
violenta e profunda à sociedade egípcia de seus dias. (Perceba
como Isaías conhecia bem aquela sociedade – ele lia a “mídia” de
seus dias e se mantinha informado. Mas isso já é outro assunto,
porém muito importante para o crente.) Ele começa afirmando a
origem divina de sua palavra solene (Is 19.1), bem como sua
natureza dura: é uma “sentença” entregue por um Senhor glorioso
que percorre os céus de maneira triunfal para julgar (Dt 33.26;
Sl 104.3; 18.10-11; Mt 26.64). E quando esse Senhor chega
(Is 19.1), não há ídolo, nem homem corajoso ou importante que
aguente (Êx 12.12). Quando esse Senhor julga (Is 19.2-15), o que
ocorre é a completa desintegração de tudo.
O Egito se orgulhava de sua religião falsa (Is 19.1,3), de sua
estabilidade política interna (Is 19.2), do comércio no Rio Nilo
(Is 19.5), dos canais de irrigação (Is 19.6), das plantações à beira-rio
(Is 19.7), da pescaria lucrativa (Is 19.8) do linho fino e algodão
exportados para todo o mundo (Is 19.9). Orgulhava-se – e confiava.
Mas quando o Senhor chega para julgar, tudo isso cai por terra. Ele
é mais poderoso do que até os egípcios. Perceba os verbos na
primeira pessoa:
eu “farei” (Is 19.2), “anularei” (Is 19.3),“entregarei” (Is 19.4). Diante
Dele as nações nada são (Is 40.17).
Além da desintegração econômica e religiosa, Isaías também prevê
o surgimento de uma ditadura (talvez uma referência a Esar-hadon,
rei da Assíria que venceu o Egito em 670 a.C.), e a desintegração
de todo o governo e sabedoria tradicionais do país (Is 19.11-15). “Os
oficiais de Zoã e Mênfis estavam entre os mais nobres do Egito; eles
se orgulhavam de sua descendência de reis dos primeiros tempos.
Presumia-se que esses antigos reis… eram dotados de sabedoria
especial” (Ridderbos). Mas nada disto valeu – pelo contrário, estes
mesmos viraram loucos (Is 19.13), tontos (Is 19.14), amedrontados
(Is 19.14), e a bagunça foi geral. Nem líderes nem liderados eram
nada (Is 19.15). Deus sacode, sim – e como! O Egito não ficou com
nada daquilo que lhe era precioso, com nada daquilo que todo o
mundo, inclusive Judá, invejava.
Isaías para hoje
“Sentença contra o Brasil…” – O que será que o Senhor diria (ou diz) de nós, das coisas
das quais nos orgulhamos?
“Secas, fome, declínio na produção industrial, recessão econômica. O texto não poderia
ser mais atualizado! Quando uma sociedade qualquer está sofrendo debaixo de ira de
Deus, estes são os sintomas que temos que procurar” (Thomas).
II. O Egito se volta para Deus
(Is 19.16-22)
Essa segunda metade do capítulo é totalmente diferente, pois em
vez de julgamento, há ricas promessas de redenção – para o
mesmo Egito! E a volta começa com uma grande surpresa, uma
reviravolta: nós talvez esperássemos que o versículo 16 dissesse:
“Naquele dia invadirá o Egito e a derrotará.” Nada disso! Como
disse Lutero: “a força do homem nada faz.” Foram os outrora
valentes egípcios que tremeram que nem as tradicionais mulheres
apavoradas! – com medo do Senhor em todo Seu esplendor
(Is 19.16). Alguns até olhariam para o fraquinho Judá e, ao
lembrarem daquilo que já souberam do propósito do Senhor dos
Exércitos para com Judá, ficariam com medo (Is 19.17). Esse
mecanismo, se assim o podemos chamar, é bem bíblico: julgamento
divino visa cura, e ela inicia quando nós começamos a buscar uma
saída. Eles olharam primeiro para Judá, e somente depois para o
Deus de Judá (Is 17.1-14; Êx 10.7; 12.33).
Mas voltaram para Deus! Veja as palavras “Naquele dia” nos
versículos 16,18-19,21,23-24: trata-se de uma maneira comum de
se falar de um grande dia de interferência divina na história humana,
um dia das surpresas de Deus. Como Deus libertou Israel do
opressor Egito séculos antes, agora Deus dá a esse mesmo Egito
um lugar ao lado de Judá! Só Deus para fazer isso.
Os passos na conversão seriam:
1. Cinco cidades falariam o hebraico falado por Judá
(Is 19.18)
O número de cidades no Egito no período estava em torno de
30.000 (segundo Oswalt), logo a proporção aqui é bem pequena:
talvez seja um reflexo da ideia do remanescente que já vimos (por
exemplo, Is 17.6). O nome de uma das cidades aparece, mas sua
tradução apresenta alguns problemas: sua Bíblia tem Cidade do Sol,
ou Cidade da Destruição? A versão grega, a Septuaginta, ainda tem
outra opção, Cidade de Justiça! É provável que Cidade do Sol seja
mais correta: os egípicios adoravam o sol especialmente em
Heliópolis, mas mesmo ali se falaria a língua de Canaã e juraria pelo
Senhor.
2. Haveria um altar ao Senhor em plena terra do Egito
(Is 19.19)
Nele, os egípcios adorariam ao Senhor “com sacrifícios e ofertas de
manjares, e farão votos ao Senhor, e os cumprirão” (Is 19.21). Nota-
se que essas coisas são da essência da religião do povo de Deus, e
que o Egito as adotaria numa volta completa ao Deus de Israel: não
se trata de uma volta sincretista, de uma mera adaptação de um
altar pagão para que servisse ao Deus de Judá também: esse tipo
de universalismo não é bíblico. Qualquer deus, qualquer caminho,
não serve: o altar tem de ser ao único Deus verdadeiro, e todos se
chegam a Ele na mesma base: Ele determina as condições.
3. O Senhor passaria a escutar o clamor dos egípcios
(Is 19.20)
Seria como nos dias dos juízes, quando Israel, desesperado e
derrotado, clamava, e Deus lhe enviava um libertador. Enfim, o Egito
conheceria a Deus precisamente como Israel O conhecia!
4. O Egito experimentaria a cura do Senhor, Suas respostas às
orações, todos os benefícios da conversão
(Is 19.22)
Isaías está falando dos egípcios, de odiados, poderosos, pagãos!
Como nosso Deus tem coração missionário! E Ele ainda quer fazer
semelhante milagre em nossos dias.
Isaías para hoje
Talvez você esteja perguntando: “E isso já aconteceu? O Egito já se converteu desse
jeito?” Nos primeiros séculos da Igreja Cristã existiam milhares de igrejas no Egito, e
alguns dos maiores teólogos de todos os tempos eram de lá – por exemplo Atanásio. A
tradução do Antigo Testamento já mencionada,a Septuaginta, foi produzida no Egito.
Como aplicar o versículo 17 à nossa própria realidade missionária? O que é que os
“egípcios” de hoje estão vendo no povo de Deus? Algo que os faz pensar no Senhor
dos Exércitos?
III. E a bênção se estende à Assíria também!
(Is 19.23-25)
Esse pequeno trecho é um dos mais dramáticos em toda a Bíblia. A
antiga animosidade ou rivalidade entre os dois grandes inimigos de
Israel some, e o Egito e a Assíria se encontram ao lado de Israel,
para, juntos, adorarem ao Senhor, abençoados e aceitos por Ele.
Cumpre-se, então a antiga promessa, “em ti serão benditas todas as
famílias da terra” (Gn 12.3), mas, no fundo, todos são iguais perante
Deus. O Egito também é povo Dele agora (Is 19.25).
Perceba as figuras de linguagem que o texto usa aqui: “Naquele dia,
haverá estrada” (Is 19.23), comunicação livre entre o Egito e a
Assíria: isto é, a paz entre as nações só é possível quando estas se
entregam a Deus (Ef 2.14).
Um dos problemas atacados por todos os profetas era a mania de
Israel e Judá fazerem alianças políticas com outras nações,
especialmente o Egito e a Assíria (Os 14.2-3), mas Isaías aqui está
insistindo que isso é loucura. Para que uma estrada até o Egito para
se livrar do perigo da Assíria, quando Deus é capaz de resolver o
problema de todos os três de uma vez por todas? “Quando Israel se
voltar às nações para nelas confiar, ele estará prostituindo o
ministério que ele tem para com estas nações. Em vez disso, ele
precisa ser o veículo através do qual aquelas nações se voltam para
Deus, e se juntem a ele num culto a Deus, num gozo das bênçãos
que Ele tem para todos.” (Oswalt)
Isaías para hoje
Deus não critica e desmonta uma sociedade para deixá-la em pequenos pedaços: Ele
destrói para edificar (Jr 1.10). Não seria esta também a dupla função da igreja hoje?
Você tem costume de obedecer ao mandamento, “Erguei os olhos e vede os
campos” (Jo 4.35)? Pois comece a fazer isso, e peça ainda os olhos de Deus para ver
povos como Ele os vê! Isso chama-se missões.
IV. Sendo assim, como orar pelas nações?
Já deu para identificar um dos Egitos de hoje? Talvez um dos países
muçulmanos, ou a 
França ou o Japão? Ou até, quem sabe, o nosso Brasil? Informe-se
a respeito desse lugar, de sua política, economia, religião, tradições,
história – não seja preguiçoso! Isaías não tinha tantas fontes de
pesquisa como você tem, mas ele conseguiu se virar para saber! O
próximo passo seria tentar enxergar esse país com os olhos de
Deus, de um Deus que Se interessa por essas coisas. Que será que
Deus pensa de loucos orgulhos nacionais, da exportação de
telenovelas, de testes nucleares, do Shopping Center na semana de
Natal? … E agora, é só orar para Deus ter misericórdia desse lugar
como teve do Egito bíblico.
Conclusão
Perceba como esse capítulo enfatiza aquilo que poderíamos chamar
de “o lado divino de missões”: em outro momento examinaremos o
lado humano, aquilo que nós definitivamente precisamos fazer. Por
ora, não se esqueça! O povo mais pagão pode se converter – por
meio do sacudir gracioso do Senhor de todos os povos, em toda a
história.
8
O Apocalipse de Isaías
Dra. Joyce Elizabeth W. Every-Clayton
texto básico Isaías 24
texto devocional Isaías 24.14-16
versículo-chave Isaías 24.23
“A lua se envergonhará, e o sol se confundirá quando o Senhor dos Exércitos
reinar no monte Sião e em Jerusalém; perante os seus anciãos haverá glória”
alvo da lição
Entender o capítulo em si, sua relação com o ensino no Novo Testamento, e nos
preparar melhor para o grande Dia do Senhor.
leia a Bíblia diariamente
seg 2Rs 19.14-19
ter Tg 5.12-18
qua 2Rs 20.1-11
qui Mt 6.9-15
sex Mt 16.1-4
sáb 2Rs 20.20-21.9
dom Is 38.9-22
Tradicionalmente os capítulos 24-27 levam o título: O Apocalipse
de Isaías, porque dão mais ênfase à escatologia e ao triunfo final de
Deus sobre todos os Seus inimigos, sobre toda a terra. (Os
capítulos 13-23 descrevem o juízo de Deus sobre diversas nações
específicas somente, como o Egito.) Esses quatro capítulos podem
ser divididos em duas partes:
1. A cidade deste mundo é destruída (cap. 24-25);
2. Cânticos naquele Dia, o Dia do Senhor (cap. 26-27).
Como vimos em outra lição, o Novo Testamento faz bom uso do livro
de Isaías, e particularmente no livro de Apocalipse encontramos
citações diretas, e um sem-número de alusões. Compare, por
exemplo,
Ap 4.4 Is 24.23
Ap 18.22 Is 24.8
Ap 21.23 Is 24.23
De fato, boa parte da mensagem do profeta é repetida em
Apocalipse:
a destruição do sobrenatural Is 24.21-23 e 27.1
a destruição da morte Is 25.8
a ressurreição do corpo Is 26.19
Vamos nos deter no capítulo 24. Se Isaías 19 é um dos capítulos
mais surpreendentes da Bíblia, Isaías 24 é, sem dúvida, um dos
mais solenes.
I. A terra é desolada
(Is 24.1-6)
O profeta começou a partir de sua própria realidade, qual seja, o
fato de o povo dele, Judá, estar ameaçado de invasão e exílio
devido ao pecado. Mas, sob a direção do Espírito Santo, Isaías
conseguiu extrapolar o conceito de uma destruição local de Judá e
Jerusalém para incluir todo o cosmos. (Semelhantemente, séculos
depois, João fez sua dilatação, se assim podemos dizer, dos
conceitos de Isaías em seu livro de Apocalipse. Dessa maneira há
continuidade e desenvolvimento nas Escrituras.)
Para começar, conte quantas vezes a palavra “terra” aparece nesse
capítulo! Nessa altura o Senhor está prestes a devastar Judá – e,
posteriormente, restaurará o remanescente de Judá. E esses
eventos retratam aquilo que será a sorte de toda a terra: destruição
geral, salvo para o remanescente, o povo de Deus.
1. A destruição do Senhor
(Is 24.1 – “Eis”)
Será súbita e inesperada, como também total, com a terra
transtornada ou virada, como nos dias do dilúvio – e, para nós que
vivemos em plena era nuclear não é difícil imaginar como tal
transtorno cósmico possa acontecer.
2. A volta do Senhor
(Is 24.2)
Não haverá classe social, dinheiro, poder ou orgulho humano que
livrem os homens, quando o Senhor voltar.
3. A devastação
(Is 24.3)
Será algo rápido, totalmente devastador, fruto de uma violência
tremenda, com saques e tudo. Ao lado do versículo 1, o versículo dá
essa ideia. O Senhor foi quem proferiu essa palavra. O nome do
Senhor serve de moldura para o bloco todo: dentro do quadro está
tudo aquilo que Ele esmiuçará.
4. A desolação e sua causa
(Is 24.4-6)
Há diversos retratos de desolação e sua causa. Basicamente há
seca por toda a parte, e a população (até os ricos, “os mais altos…
da terra”) geme como consequência. Há também
poluição, “contaminação”(Is 24.5). E tudo isso devido às atitudes
dos homens em relação à revelação de Deus. “Lei” e “estatutos”aqui
não se referem somente à lei judaica, os dez mandamentos etc.,
mas se referem a toda aquela orientação para o comportamento
humano escrita também na consciência humana (Rm 2.15).
A“Aliança eterna” talvez seja uma referência específica à aliança
feita com Moisés no Sinai, isto é, os dez mandamentos. O ensino é
claro: quebrar essas leis faz com que o ser humano se quebre, e
ainda estrague totalmente o meio ambiente. A maldição prometida
em Levítico 26.25 chegou.
Isaías para hoje
Nestes dias de ênfase correta na ecologia, este trecho não nos leva a questionar até
que ponto campanhas políticas nessa área vão surtir algum efeito duradouro enquanto
os homens não estiverem obedecendo ao Senhor?
Comparar Isaías 24.2 com Hebreus 4.13.
II. E a festa acabou!
(Is 24.7-13)
1. O povo em festa
(Is 24.7-9)
Antes o povo adorava suas festas e não queria jamais chorar e
lamentar (comparar com Is 22.12-14). Mas agora reina a mais
profunda tristeza – “fez-se noite para toda alegria” (Is 24.11).
Tradicionalmente “vinho” (Is 24.7, 9, 11, 13) é sinônimo de alegria. A
descrição do versículo 8 poderia ser uma descrição do Carnaval do
Rio de Janeiro – só que o Carnaval acabou! Os três verbos, “cessou
o folguedo”, “acabou o ruído” e “descansou a alegria”, dão a ideia do
desfile ter passado para nunca mais voltar – e nem a cachaça tem
mais graça (Is 24.9).
2. A cidade hospedeira da festa

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