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14 - Trauma na Gestante

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Trauma na Gestante 
__________________________________________________ 
Introdução 
- O aumento da participação da mulher na sociedade moderna levou a um aumento do número 
de gestantes vítimas de trauma
- Particularidades do trauma na gestante:
• Alterações fisiológicas e anatômicas significativas
• Sempre pensar que existem duas vítimas com comportamentos diferentes (feto e mãe)
• O risco de acidente aumenta com a idade gestacional
- Causa não obstétrica mais frequente de morbidade na gestante: 
• 55% por acidentes automobilísticos
• 44% por Trauma fechado (Quedas)
• 1% por trauma penetrante
- A mortalidade fetal no trauma ocorre por placenta Prévia, Trauma Direto e Choque 
hipovolêmico materno 
__________________________________________________ 
Alterações Anatômicas e Fisiológicas 
- Cardiovascular:
• Aumento do volume sanguíneo
• Aumento do DC
• Deslocamento superior do coração
• Decúbito reduz o retorno venoso
• O aumento do volume sanguínea permite que a gestante tenha uma perda de até 30% da 
volemia sem alterar dados vitais
- Hematológicas:
• Aumento de hemáceas com anemia dilucional
• Aumento de leucócitos séricos
• Diminuição da albumina sérica
- Urinárias:
• Aumento do fluxo e da filtração glomerular
• Hidronefrose fisiológica e maior risco de ITU
- Gastrointestinais:
• Lentificação do esvaziamento gástrico
• Diminuição da motilidade intestinal
• Tendência maior para refluxo gastro esofágico
• Risco aumentado de broncoaspiração
- Pulmonares:
• Aumento da ventilação e do volume corrente
• Aumento da frequência respiratória
• Dificuldade para entubar (Aumento peso, edema laringe, maior possibilidade de 
sangramento pela friabilidade mucosa)
• Sempre hiperventilar com O2 100%
- Quanto maior o útero, mais exposto ele está ao trauma direto 
- Por isso, quanto maior a idade gestacional:
• Mais difícil é a via área
• Maior o risco de broncoaspiração
• Menor o retorno venoso
• Menor quantidade liquido amniótico
• Parede uterina mais fina
- Alterações conforme a idade gestacional:
• Útero confinado a bacia: Maior período de proteção devido a estrutura óssea
• A partir da 10ª semana: Aumento do Débito Cardíaco
• A partir da 20ª semana: Útero palpável na cicatriz umbilical
• A partir do 2º trimestre: Diminuição da PA (5 a 15 mmHg) e compressão da veia cava 
inferior 
• 36ª semana: útero chega nos arcos costais
• Durante o 3º trimestre: 
• Aumento da FC – até 20 bpm
• Volume sanguíneo aumentA progressivamente – 40 a 50%
• Choque mais tardiamente na gestante
• Choque precoce no feto
__________________________________________________ 
Avaliação 
- Suspeita de gestação:
• Clínica:
• Idade Fértil? (12 – 50 anos)
• Aumento uterino?
• Atraso Menstrual?
• Laboratório:
• Beta HCG
- A sequência do atendimento ao trauma na gestante é igual ao da não gestante (ABCDE)
- O melhor tratamento para o feto é a ressuscitação adequada da mãe, por isso, a mãe é sempre 
a prioridade no atendimento
__________________________________________________ 
Condutas na Gestante 
- Via aérea:
• Necessidade de via aérea
• Passar SNG para evitar broncoaspiração
• Suplementação de O2
- Reanimação:
• Acesso venoso periférico no momento inicial 
• Utilizar soluções aquecidas
• Em choque hipovolêmico utilizar hemoderivados 
• Manter plaquetas acima de 50.000, PAS entre 80 – 100 mmHg e VG 25 – 30%
• Não usar droga vaso-pressora, pois reduzem o fluxo sanguíneo uterino
- Exames laboratoriais:
• Beta-HCG
• Hemograma e coagulograma
• Kleihauer Betk: avalia o fator RH negativo
- Atendimento e Transporte:
• Sempre em decúbito lateral esquerdo, pois reduz a compressão da veia cava inferior 
(diminuindo a redução do débito cardíaco)
__________________________________________________ 
Condutas no Feto 
- O melhor tratamento para o feto é a ressuscitação da mãe, por isso, sempre reanimar a 
mãe 
- Suspeita de lesão fetal quando:
• Sangramento vaginal 
• Descolamento de placenta
• Dor a palpação uterina
• Trabalho de parto
- Monitorar o batimento cardíaco fetal (BCF) e realizar US obstétrico se possível 
__________________________________________________ 
Gestação X Radiação 
- Os riscos de radiação ao feto dependem de:
• Magnitude da exposição 
• Período de gravidez (maior risco no 1º trimestre) 
- Sempre priorizar exames não ionizantes como US e proteção do útero gravídico com 
avental de chumbo 
- Os exames para diagnóstico devem ser feitos sem hesitação! 
- O risco teratogênico ocorrem em doses maiores que 5 rads (um RX de tórax possui 
0,00007 rads e uma TC de abdome possui 2,6 rads) 
__________________________________________________ 
Prevenção 
- Uso de cinto de segurança (quando utilizado de forma correta, com a faixa inferior do cinto 
posicionada abaixo do volume uterino e não na barriga)
- O airbag não está associada a uma maior taxa de lesão materna ou fetal (inclusive, evita o 
contato direto do útero com o volante) 
__________________________________________________ 
Violência Doméstica 
- A violência doméstica aumenta na gestação 
- Tem o abdome como alvo principal
- Suspeitar quando:
• Lesões desproporcionais a história referida
• Redução da auto estima
• Consultas frequentes ao PS
• Auto-acusação pelas lesões apresentadas
• Presença insistente do parceiro
- Prevenção = denunciar! 
__________________________________________________ 
Parada cardiorrespiratória (PCR) na gestante 
- Causas:
• Hemorragia
• Doenças cardiovasculares (IAM, miocardite, dissec. aorta)
• Embolia amniótica
• Sepse / pneumonia aspirativa
• TEP
• Eclâmpsia
• Iatrogenia (Sulfatação e anestesia)
• Trauma (Fechado)
- No Brasil essas causas são subnotificadas 
- Quando ocorre PCR na gestante é necessário um atendimento diferenciado devido a:
• Alterações fisiológicas da gravidez
• Tendência a hipóxia
• Compressão aorto-cava pelo útero (2º e 3º trimestre)
- Conduta:
• RCP de alta qualidade
• Deslocamento uterino para a esquerda
• Posicionar a gestante em Decúbito dorsal
• Deslocamento útero por outra pessoa
• Massagem cardíaca externa adequada
• Na Fase tardia no 2º trimestre – considerar cesária perimortem
__________________________________________________ 
Cesárea Perimorten 
- Procedimento de emergência para retirada imediata do feto quando a mãe está em estado 
grave ou após a morte da mãe 
- Visa a viabilidade do feto 
- Deve ser feita em até 4 minutos da parada cardiorrespiratória materna
- Feto viável = Acima de 24 semanas de idade gestacional
- Após a retirada do feto há melhora da resposta da mãe às manobras de ressuscitação

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