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Cinesioterapia e Mecanoterapia 2021.2 Conceitos Fundamentais (revisão) Posição Anatômica: Posição de referência para o estudo/ avaliação do movimento. Descrição da posição anatômica: Individuo em posição ortostática (em pé), com os pés paralelos, mantendo a distância da crista ilíaca, com os membros superiores ao longo do corpo com as palmas das mãos voltadas para frente relaxado, com a cabeça ereta e o olhar no horizonte. Movimentos: Flexão e extensão, adução e abdução, rotação interna e rotação externa Movimentos funcionais/combinados: Ocorrem em mais de um plano e mais de um eixo. Exemplo: abdução com extensão e rotação externa. Planos e Eixos: Também fazem parte da avaliação (na posição anatômica) . Planos do movimento: Superfície imaginária que dividem o corpo em duas partes, nas quais acontecem os movimentos. Como se fosse uma régua que corta o indivíduo em: anterior e posterior, lado direito e esquerdo, superior e inferior. Eixos do movimento: Linhas imaginárias contidas e perpendiculares ao plano, em torno do qual ocorrem os movimentos. Serve com um fulcro que vai ajudar articular essa superficie (cortam perpendicularmente o plano de movimento). - Sagital, frontal e horizontal ou transverso. A articulação acaba sendo um fulcro/ o eixo perpendicular ao plano. Peso: Ação da força de gravidade sobre a massa do corpo/ quantidade de massa do nosso corpo que está sob a ação da gravidade. O peso pode modificar com algumas variáveis, que também interfere na ação terapêutica: Na água se tem menos ação da gravidade, por isso peso fica mais leve. E dependendo da altitude (mais ou menos altitude) que estivermos, esse peso também vai ser alterado. Ambiente terrestre. Centro de gravidade: Ponto de equilíbrio do corpo. Ou seja, se cortar o corpo do indivíduo, direita e esquerda, superior e inferior vão ter a mesma quantidade de massa, partindo do pré suposto que o indivíduo seja uma pessoa normal em relação ao seu peso (o ponto está próximo ao umbigo -L3/L4). Mas a questões que podem variar o ponto de equilibrio (centro de massa) – Exemplo: Gestantes: O centro de massa das gestantes vai pra frente, porque mais massa dela está aumentando pra frente. E com isso, a tendência do indivíduo gestante é cair para frente, e pra compensar, ela se joga pra trás, intensificando a hiperlordose lombar pra não cair pra frente e aumenta a distância dos pés (abre mais as pernas) – Quando abre a perna, o ponto permanece no lugar, mas desce junto (aproximando ao centro de massa da terra – linha de gravidade) – tentando trazer o centro pro eixo. Para pessoas altas, deixar o joelho destravado/frouxo ajuda no equilibrio e não forçar tanto o joelho e a lombar, e estabilidade por descer o centro de massa e por deixar o corpo mais no eixo. Quem tem ligamento mais frouxo/flexibilidade maior, quando trava o joelho ao ficar em pé tem a tendência de jogar/arquear ele para trás/Joelho recurvado, e isso pode causar artrose/artrite no futuro. Destravar o joelho também auxilia na dor nas costas. Linha de gravidade: Linha imaginária que liga o centro de gravidade o indivíduo com o centro de gravidade da terra. Base de suporte/sustentação: Área compreendida entre as bordas externas da (s) parte(s) do corpo em contato com a superfície de apoio / área do corpo que está em contato com a superfície. Quanto maior é a área de suporte, a base aumenta e a altura diminui, consequentemente, aumenta a estabilidade. Exemplo: a base de suporte do indivíduo que está deitada no chão é maior do que está de pé em apoio bipodal.o centro de massa dela está muito mais próximo do centro de massa do solo. Apoio Unipodal é mais difícil do que o bipodal. Isso é importante porque, sempre que for fazer o exercício pro paciente, deve sempre começar de forma mais fácil pra ele. Deitado é mais fácil porque em pé se precisa de mais estratégias de equilíbrio. Unidade Cinética: Sistema mecânico – um eixo (articulação – fulcro), dois ossos e um músculo (ator do movimento). Se faz a avaliação em cima dessas unidades de movimento (extensão e flexão, rotação interna e externa, adução e abdução). Cadeia Cinética Muscular: Unidade cinética sendo avaliada em um processo maior Aberta: A extremidade distal da cadeia é livre (So sob a ação da gravidade) Fechada: A extremidade distal da cadeia é fixa e a proximal se desloca (pode ser qualquer forma, contato que seja isometrica) Mista: Quando tem uma resistência, além da gravidade, atuando sob a extremidade. A mista pode ser chamada também de: Fracamente fechada – Distal vence resistência de 15% da força (peso mais leve); Fortemente fechada – Idem, porém a resistência vencida é maior que 15% Série: Agonistas do mesmo lado Paralela: Agonistas alternam em relação ao eixo do movimento *Serie e paralela não é muito utilizado Força Muscular: Habilidade do músculo ou grupo muscular, de desenvolver tensão e forças resultantes em um esforço máximo, tanto dinâmico, quanto estático/isometricamente, em relação as demandas feitas. / Capacidade do músculo de gerar contração/tensão – sem necessidade de gerar arco de movimento. Torque: Movimento rotatório – Força exercida sobre um corpo que possa girá-lo em torno de um fulcro ou pivô (ponto central) – Exemplo: Movimento angular na Flexão do braço Torque = Força X distância (braço de alavanca) Quanto mais perto/menor a distância, menor o torque – Maior a distância/ maior o torque (precisa de mais força) No momento da avaliação, se o indivíduo tem dificuldade para realizar o movimento de acordo com o torque, o fisioterapeuta pode ajudar. Porque possa ser que ao passar do movimento que seja pior (necessita de mais força /torque), ela consiga realizar o movimento sozinha. Torque/distâncias maiores, precisam de músculos mais fortes. Torque e distância são proporcionais uma a outra. Faz analise também coma sombra da silhueta do corpo, quanto mais sombra, maior o torque; quanto menos sombra, menor o torque. Sistema de alavancas: Barra rígida que gira em torno de um eixo, quando uma força é aplicada para vencer uma resistência. - precisa do fulcro e do músculo. Primeira classe: A resistência e a força se equiparam nas extremidades – equilibrio Segunda classe: Uma força que tem que ser bem superior para vencer a resistência que está entre o fulcro e a geração do movimento. Terceira classe: Interpotente – A força tá no meio, a resistência na extremidade que vai dificultar o movimento Ação de Polia: Polia é um mecanismo que possibilita a mudança de direção da força para um ângulo diferente, podendo resultar, talvez, em um movimento diferente. Exemplo: a patela funciona como uma polia, ela faz o desvio do tendão do quadríceps/ tendão patelar, pra ajudar na realização do deslizar do movimento Muda direção das forças para ângulos diferentes e resulta em movimentos diferentes. Potência Muscular: Medida do desempenho muscular – com unidade de tempo (força x distância/tempo) – força x velocidade – gera trabalho/tensão/força em menor velocidade e mais aceleração – tem relação com o tipo de fibra muscular (fibra de maior e menor velocidade) Resistência: Capacidade de vencer a força que sobrepuja o movimento, sem gasto energético. - Resiste a contração por maior tempo – se mantém contraido – também tem relação com o tipo de fibra. Flexibilidade: Sinônimo de amplitude de movimento. Insuficiência muscular ativa: Impossibilidade do músculo de se contrair, com força significativa, a partir de um certo comprimento. Insuficiência muscular passiva: Impossibilidade do músculo de ser esticado além de uma certa proporção de seu comprimento. Classificação dos Exercícios/ da Cinesioterapia Quando pensamos em exercício, a primeira coisa que devemos levar em consideração é que o mesmo, para que seja realizado, demanda gasto energético por parte do indivíduo praticante. O gasto energético durante uma atividade física ou exercício pode variar devido aos fatores determinantese condicionantes do exercício, tais como posição, força, atrito, resistência, dentre outros componentes estudados pela cinética de cada movimento. Observando o que acabamos de afirmar no parágrafo anterior, podemos quebrar o primeiro grande erro conceitual de alguns autores quanto a classificação dos exercícios, os quais consideram a classificação de exercício passivo. O que seria um exercício passivo então, citado por alguns autores durante um processo de reabilitação (fase inicial onde o paciente apresenta grau de força muscular insuficiente para realizar um movimento)? Na verdade, o termo exercício passivo é, as vezes, utilizado para descrever técnicas de mobilização passiva, tanto artrocinemáticas quanto osteocinemáticas. Desta forma, não podemos confundir mobilização com exercício, pois a mobilização é realizada por outra pessoa ou por um grupo muscular diferente da mesma pessoa, não sendo trabalhada de forma ativa a musculatura responsável pelo movimento esperado. A cinesioterapia passiva é quando o fisioterapeuta realiza o movimento. Não ganha força muscular e nem trofismo/ tonus muscular. O efeito que ela pode fazer é amplitude de movimento. Em idosos, a passiva é somente se não houver um feedback de resposta na contração, mesmo que seja em situações precarias, sempre tem que estimular a cinesioterapia ativa, pra fazer a cinesio passiva, se a pessoa tiver sentada ou em pé, tem tensão para manter o tronco, cabeça, em pé. Então, é necessario por o paciente deitado. Os exercícios podem ser realizados com diferentes objetivos, tanto no campo do treinamento quanto no da reabilitação, respeitando as individualidades de cada pessoa e suas expectativas na busca do exercício ou atividade. Desta forma, classificamos os exercícios em três grandes grupos ou modalidades, sendo: •Exercício/Cinesioterapia ativo livre: Os exercícios ativos livres são aqueles realizados pelo próprio indivíduo, sem auxílio de uma segunda pessoa ou até mesmo de outro segmento corporal, e onde a única resistência aplicada ao movimento é a ação da gravidade sobre o segmento ou corpo do indivíduo, independentemente de sua posição. Como pode ser notado, no exercício acima que é um exercício de agachamento, a pesar de não se tratar de um exercício simples, trata-se de um exercício ativo livre por ser praticado pelo próprio indivíduo sem resistência externa. O exercício abaixo, onde ilustra um indivíduo realizando flexão de cotovelo para fortalecimento do bíceps braquial em barra fixa, a pesar de muito mais difícil, também é classificado como ativo livre pelas mesmas características. Exercício/Cinesioterapia ativo assistido: Os exercícios ativos assistidos são aqueles em que, durante algum momento da realização do movimento, ocorre auxílio para a realização do mesmo, por uma segunda pessoa ou mesmo por outro segmento corporal. Os exercícios ativos assistidos são muito utilizados nos processos de reabilitação onde um determinado paciente possui grau de força muscular baixo insuficiente para vencer a força da gravidade ou para vencer baixas resistências e é, desta forma auxiliado por uma segunda pessoa, no caso da reabilitação, um fisioterapeuta. Porém, é muito comum encontrarmos exercícios ativos assistidos em treinos de força com grandes cargas ou resistências para hipertrofia muscular. Porém, esse exercício seria um tipo um pouco diferente, considerado resistido assistido, onde um profissional de educação física auxilia o aluno a terminar um movimento com grande carga, a iniciar o movimento ou durante algum ângulo do movimento onde haja falha muscular. Esse movimento auxiliado é notado principalmente ao final da série ou nas últimas repetições de uma série de exercícios. •Exercício/Cinesioterapia ativo resistido: Os exercícios ativos resistidos são aqueles em que é imposta uma resistência externa ao indivíduo, independente da intensidade da resistência e dos objetivos do exercício. Os exercícios podem ainda, além de sua classificação quanto a aplicação ou não de resistência e as possibilidades de assistência durante a execução dos mesmos, ainda serem realizados tanto em cadeia cinemática fechada, como ilustrado na imagem acima com fortalecimento de quadríceps e glúteo máximo no Hack, como também em cadeia cinemática aberta, como pede ser notado no exercício abaixo. Desta forma, como podemos notar, a eleição de um exercício quanto a resistência aplicada, quanto ao número de repetições a ser realizada assim como quanto a cadeia cinemática a ser trabalhada sempre vai depender do objetivo do indivíduo que está trabalhando, devendo, desta forma, ser estabelecido um treinamento ou tratamento individualizado respeitando não só os objetivos, mas também as características pessoais intrínsecas assim como as indicações e contra indicações possíveis. Ganho/manutenção de ganho de força, hipertrofia, ganho de desempenho muscular. Contra-indicado: pra quem tem dor Movimento analítico e Movimento global: Movimento analitico se fala de analisar um movimento em especifico; Movimento global mexe com varias articulações ao mesmo tempo (dois ou mais movimentos analiticos juntos) exemplo: prancha (contração isometrica / estatica – gera tensão muscular mas não tem deslocamento articular – não ha alteração do comprimento do musculo) Movimento analitico é em um plano e em um eixo No plano de tratamento, não se trata somente um movimento analitico mas tambem o movimento global que envolve. Treino Resistido Capacidade do músculo de ser forte/resistente Treinamento de força: Todas as situações que impliquem a mobilização muscular, a força é solicitada e aplicada em uma intensidade maior ou menor de acordo com o nível de exigência. Portanto, não existe movimento sem força o que faz dela, uma capacidade física implícita em todos os desportos. Musculação: Termo utilizado para indicar o treinamento com pesos, forma básica do treinamento do culturismo (musculação de competição) e dos levantamentos de peso (básico e olímpico) Força X Potencia: Força muscular – Capacidade do musculo esqueletico em gerar tensão Potencia muscular – É o resultado da força multiplicada pela velocidade Mito: O exercicio lesa ossos e causa encurtamento dos musculos Musculação vem como complemento ao condicionamento fisico Mecanismo de ganho de força: - Hipertrofia (aumento do tamanho da celula) e não Hiperplasia (aumento da quantidade das células) Isocinética: movimento igual. Normalmente é feito com uso de equipamentos específicos para tal. Cada ângulo tera um torque diferente, gera tensões maior ou menor. 1974 – (Jones, Darden e outros) o principal fator no trabalho de força é a intensidade da contração muscular. A máxima intensidade da contração muscular pode ser obtida quando o movimento parte de uma posição de pré-estiramento. se eu pre estiro musculo antes de recrutar ele pra força, to acumulando la dentro energia elastica nas fibras pra quando soltar elas explodam de uma vez só exemplo: chutar uma bola, fazer saque jogando o braço pra tras. Se não for pra amplitude correta, encurta o musculo. Trabalha somente uma parte. Trabalhar primeiro a amplitude pra depois ganho de força Treinos resistidos x tipos de contração Treino isocinetico: Treino que envolve contrações dinâmicas do grupo muscular contra uma resistencia adaptavel que se ajusta a força produzida pelo grupo muscular durante a sua amplitude de movimento articular (ADM) A velocidade do movimento é controlada pelo equipamento, o dinamômetro isocinético e pode variar de 24 a 300 graus. Ps: Velocidades mais rápidas (180 a 300 graus) demonstram efeitos mais prolongados, quando comparado as mais lentas (30 a 60) Objetivo: Aumentar a força, potencia e resistencia muscular Vantagens: Combina as vantagens do dinamico com o estatico, o supera os problemas da resistencia constante ou variavel. Pouca ou nenhuma dor muscular resultante (porque o musculo não contrai excentricamente) Portanto, não é indicado para aumentaro tamanho muscular, mas incrementa a força muscular Treino Isometrico (estatico): Popular no final dos anos 50 e inicio dos anos 60, pela praticidade de ser executado em qualquer lugar e sem equipamentos. Desvantagens: A especificidade do ganho de força muscular na angulação trabalhada; Aumento da pressão intratoracica - Ganhos de 5% por semana na força estatitca, com: uma contração por 6’, com 2/3 da RM por 5 dias na semana. Treino Isotonico (Dinamico) São utilizadas resistencias variaveis ou constantes a partir da prescrição do programa de treino (considerar): - Intensidade; - Séries; - repetições volume de treino - ordem dos exercicios Metas e indicações: - aumentar força muscular (quantidade de tensão que um músculo, em contração, pode produzir) - aumentar resistencia muscular a fadiga (habilidade de desenvolver exercicio repetindo com baixa intensidade por tempo prolongado, ou mantendo contração muscular) Adaptação neurofisiológica: O musculo (tecido contratil) aumenta força muscular por resultado: de HIPERTROFIA das fibras musculares (aumenta no diamentro transversal) mais maior recrutamento de unidades motoras Alguns efeitos: Aumento de massa óssea; Melhor resistencia aerobica; Reduz risco de quedas com o avanço da idade; Reduz pressão arterial em hipertensos; Reduz niveis glicemicos; Reduz níveis de gordura corporal; Aumenta massa magra corporal; Precauções e contra indicações - precauções cardiovaasculares: evitar manobra de valsalva - Fadiga: afeta o desempenho funcional - Exaustão (diferente de fadiga): fenômeno que leva a força a deteriorização passageira ou permanente decorrente do exercicio; - Movimentos compensatórios - Osteoporose - Dor muscular associada ao exercicio Fibras musculares: Tipo I, contração lenta, vermelha (por causa da concentração de oxigenio e mioglobina), aerobica ou oxidativa, postural, tônica (mantem o tonus): Mais resistente Tipo II A: Tipo II B, contração rapida, branca, anaerobica ou glicolitica (vai usar a glicose no metabolismo), fásica: Mais potente na contração Quando to treinando o que vai me garantir qual to recrutando é o tipo de treino especifico. Saber se o paciente tem dificuldade em manter a contração muscular ou de gerar velocidade/ explosão na contração muscular, para saber qual treino utilizar O treino resistido ele pode ser para ganho de resistencia ou ganho de potencia, ambas as situaçoes são força muscular, só que uma força é gerada em menor tempo e outra é gerada e mantida por muito tempo Ação dos musculos: Biceps braquial – Flexão e supinação do antebraço Tríceps braquial – Extensão do antebraço Reto femural – flexão do quadril e extensão do joelho Isquiotibiais - Sartório – Abdução, flexão e rotação lateral da coxa e flexão e rotação medial do joelho Tensor da fáscia lata – Flexão, abdução e rotação medial do quadril e rotação lateral do joelho Flexores longos de punho e dedos – flexão do punho e dedos Diafragma - Reto abdominal – flexão do tronco Rombóide – Adução e rotação inferior das escapulas e elevação do ombro Tríceps sural: Soleo – Plantiflexão do tornozelo Triceps sural: Gastrocnemios – Flexão do joelho e plantiflexão do tornozelo Gluteo médio – abdução e rotação medial do quadril Gluteo maximo – extensão e rotação lateral do quadril Tibial anterior – Dorsiflexão e inversão do pé Teste de força Muscular A força muscular, pode ser definida como a quantidade de tensão que um músculo ou grupamento muscular pode gerar dentro de um padrão específico e com determinada velocidade de movimento. A mensuração da força muscular é fundamental para a avaliação funcional dos indivíduos, sendo utilizada na prática clínica com diversos objetivos, dentre eles o diagnóstico funcional para avaliação da melhora ou piora ao longo do tempo, e como medida preditiva ou prognóstica para a ocorrência de quedas e de limitações na realização de atividades de vida diária. O Teste Muscular Manual (TMM) é o método mais utilizado na clínica para a mensuração da força muscular por ser de fácil e rápida execução e não apresentar custo com nenhum tipo de instrumentação. Apesar dessas vantagens, o TMM é um método descritivo, subjetivo e de pouca responsividade. Especificamente, as suas graduações mais elevadas têm demonstrado inabilidade na discriminação de indivíduos com variações importantes da força muscular, além de superestimar a força mensurada. Um equipamento que também pode ser utilizado na clínica para mensurar a força muscular é o dinamômetro portátil, um instrumento que fornece mensurações objetivas, válidas, precisas e sensíveis da força muscular com procedimentos similares aos adotados pelo TMM. Entretanto, quando comparado ao TMM, o dinamômetro portátil apresenta como desvantagens o alto custo para a utilização na clínica, sendo necessária a aquisição de um equipamento exclusivamente para a mensuração da força muscular. Teste de força muscular Grau 0: nenhum esboço de contração muscular Grau 1: contração muscular, sem movimento articular Grau 2: contração muscular com movimento articular a favor da gravidade ou sem vencer a gravidade ou eliminando a gravidade Grau 3: contração muscular com movimento articular que vence a gravidade, ou contra a gravidade Grau 4: contração muscular com movimento articular que vence uma resistência manual/leve, além da gravidade Grau 5: contração muscular com movimento articular que vence uma resistência mecânica/grande resistência, além da gravidade. Músculos Bíceps braquial Flexão de Cotovelo / Ombro e Supinação do Antebraço Tríceps braquial Extensão do Cotovelo Reto femural Flexão do quadril Isquiotibiais Semitendineo e semimembranaceo- Extensão do Quadril, Flexão e Rotação Medial do Joelho Bíceps femural- Extensão do Quadril, Flexão e Rotação lateral do Joelho No quadril: ação excêntrica para desacelerar a flexão. No joelho: ação concêntrica ocorre para permitir a flexão Sartório Flexão, Abdução e Rotação Lateral da Coxa e Flexão e Rotação Medial do Joelho Tensor da fáscia lata Flexão, Abdução e Rotação Medial do Quadril e Rotação Lateral do Joelho Flexores longos de punho e dedos Flexão de Punho e da IFP – 2º ao 5º Dedos Flexão da IF do Polegar Diafragma Inspiratório, pois diminui a pressão interna da caixa torácica permitindo a entrada do ar nos pulmões, estabilização da coluna vertebral e expulsões (defecação, vômito, micção e parto) Reto abdominal Aumento da pressão intra-abdominal Rombóide Adução e Rotação Inferior das Escápulas e elevação do Ombro Sóleo Flexão Plantar do Tornozelo Gastrocnêmio Flexão do Joelho e Flexão Plantar do Tornozelo no joelho: ação concêntrica para a flexão joelho. No tornozelo: ação excêntrica para controlar a dorsi–flexão Glúteo máximo Extensão e Rotação Lateral do Quadril Glúteo médio Abdução e Rotação Medial da Coxa Tibial anterior Flexão Dorsal e Inversão do Pé Força máxima ou pura É a capacidade que um músculo ou grupamento muscular tem em realizar máximas tensões. Em outras palavras, é a maior força que uma pessoa pode desenvolver. Essa força pode ser isométrica, onde há máximo de força e máxima tensão, mas não há nenhum movimento. E pode também ser dinâmica, onde há o máximo de força e tensão, e há movimento. Força rápida ou explosiva Talvez você a conheça como potência. Que segundo Weineck é a capacidade do sistema neuromuscular de movimentar o corpo ou parte do corpo – e até objetos – com uma velocidade máxima. Esse movimento envolve uma enorme velocidade de contração. Força de resistência. Para Stubler et al é a capacidade que os músculos ou grupos musculares têm para resistir contra o cansaço com repetidas contrações dos músculos. Uma outra definição para a força de resistência é a capacidade de resistir à fadiga por um tempo prolongado. Movimento Concêntrica: Quando realiza a força de contração muscular, em que o músculo diminui seu tamanho aproximando a origem da inserção. Ativação muscular Excêntrica: Quando realiza força alongandoo comprimento dos músculos, distanciando a origem da inserção, uma reação oposta ao concêntrico. É a “volta” do movimento. Relaxamento O músculo agonista diz respeito ao músculo principal que será treinado e é o mais ativado durante o movimento. Já o antagonista é o músculo contrário ao que está sendo exercitado Insuficiência muscular Insuficiência ativa – incapacidade de contração muscular. Quando um músculo começa a encurtar-se devido ao deslizamento dos miofilamentos de actina e miosina, ocorrerá a produção de força muscular. Entretanto, a partir do momento que ele (músculo) começar a encurtar-se ocorrerá diminuição da sua capacidade de produzir força, entrando assim em insuficiência ativa. Ou seja, quanto mais um músculo encurta-se e produz força, menor passa a ser sua capacidade de produzir mais força. Essa insuficiência ativa, ocorrerá em virtude da relação força-comprimento dos sarcômeros e em virtude das sobreposição dos miofilamentos de actina. Ou seja, quando um músculo vai encurtando- se e aproxima-se do seu encurtamento máximo, começará a ocorrer uma sobreposição dos miofilamentos de actina Insuficiência passiva – músculo não pode mais ser alongado. A insuficiência passiva ocorrerá quando um músculos atinge seu grau de extensibilidade máxima. Dessa forma, quando um músculo ou grupo muscular atinge esse ponto (extensibilidade máxima) determina-se que o músculo está em insuficiência passiva, não tendo mais capacidade de ceder. Ex: alongamento reto femoral e insuficiência passiva e coativação isquiotibiais. Insuficiência ativa retofemoral e insuficiência passiva e coativação isquiotibiais. Agora daremos uma olhada no chamado movimento de cadeia cinética aberta, onde a extremidade fica livre (A). Esse é o modo como aprendemos os movientos do pé numa aula de anatomia. Praticamente tudo é o inverso. (B) A planta do pé flexiona devido o torque causado pela gravidade. O músculo tibial anterior na parte da frente da tíbia controla esse movimento. (C) A dorsi–flexão acontece e o tibial anterior contrai concentricamente. Esse modeo assume que a tíbia é fixa permitindo o pé rotacionar sobre ela. Deste modo o pé e a tíbia podem apenas aproximar um do outro. Músculo biarticulares Reto femural Tríceps braquial Gastrocnêmio Isquiotibiais Sartório Iliopsoas O Centro de Gravidade é o ponto dentro de um objeto onde se pode considerar que toda a massa, ou seja, o material que constitui o objeto, esteja concentrada. A gravidade puxa para baixo todo ponto de massa que constitui este objeto ou o corpo. No entanto, a determinação do Centro de Gravidade do corpo humano é muito difícil, pois este não apresenta densidade uniforme, não é rígido e não é simétrico enquanto um objeto com todas estas características o Centro de Gravidade em cada ponto é igual. LINHA GRAVITACIONAL A localização do Centro de Gravidade do corpo como um todo varia, dependendo da posição do corpo. Numa pessoa ereta, pode-se situá-lo de forma aproximada sobre uma linha, formada pela interseção de um plano que corta o corpo em duas metades, uma direita e uma esquerda, e um plano que corta o corpo em metade anterior e posterior. A posição do ponto do Centro de Gravidade ao longo desta linha imaginária, pode-se considerar que a gravidade atua sobre esse único ponto de Centro de Gravidade, puxando diretamente para baixo em direção ao centro da terra. Essa linha ou direção de tração é a linha de gravidade. BASE DE SUSTENTAÇÃO A base de sustentação, ou a base de apoio para o corpo é a área formada abaixo do corpo pela conexão com a linha continua de todos os pontos em contato com o solo. Na posição ereta, por exemplo, a base de apoio é aproximadamente um retângulo, formado por linhas retas através dos dedos, formado por linhas retas através dos dedos e calcanhares e ao longo dos dedos de cada pé. Quando um corpo está numa posição fixa com a linha de gravidade passando através da base de apoio, diz-se que ele está compensado, estável ou em equilíbrio estático. Uma contração isométrica ocorre quando o músculo se contrai, produzindo força sem mudar o seu comprimento. O músculo se contrai mas nenhum movimento ocorre. O ângulo da articulação muda. Uma contração isotônica pode ser dividida em concêntrica e excêntrica. Uma contração concêntrica ocorre quando há movimento articular, o músculo diminui e as fixações musculares se movem em direção uma da outra. Uma contração excêntrica ocorre quando há movimento articular, mas o músculo parece alongar, quer dizer, as extremidades se distanciam. CONTRAÇÕES CONCÊNTRICAS 1- Fixações musculares se movem juntas, em direção uma da outra. 2- O movimento se faz contra a gravidade. 3- Se o movimento acontece com gravidade, o músculo está usando uma força maior do que a força da gravidade. CONTRAÇÕES EXCÊNTRICAS 1- As fixações musculares se movem para longe uma da outra. 2- 0 movimento ocorre com gravidade. CLASSE DAS ALAVANCAS Alavanca de Primeira Classe O eixo (E) está localizado entre a força (F) e a resistência (R). Alavanca de Segunda Classe O eixo (E) em uma das extremidades, a resistência (R) no meio e a força (F) na outra extremidade. Alavanca de Terceira Classe Tem o eixo numa das extremidades, a força no meio, a resistência na extremidade oposta. A alavanca de 3ª classe é a mais comum das alavancas do corpo. Sua vantagem é a extensão Exercícios de Estabilização A estabilidade da coluna consiste na interação de três subsistemas: - Passivo (articulações, ligamentos e vertebras) – eles são levados passivamente - Ativo (Músculos (porque é capaz de contrair, gerar movimento) e tendões (acompanha o musuclo e acumula energia nesse sistema concentrico e excentrico)) - Controle neural (nervos e SNC) Com o deficit de um subsistema (como por exemplo a perda de um ligamento), tenho que reforçar os outros subsistemas. As funções desses três subsistemas estão interligadas, e a reduzida função de um subsistema pode colocar exigências crescentes sobre os outros. - Panjabi Sistemas musculares atuando sobre a estabilidade espinhal: - Sistema global: que inclui o reto abdominal, oblíquo abdominal externo e a parte toracica lombar do iliocostal e proporciona a estabilização geral do tronco; - Sistema local, que é composto pelo multifido lombar, tranverso abdominal, diafragma, fibras posteriores do obliquo interno e quadrado lombar, responsaveis por fornecer estabilidade segmentar e controlar diretamente os segmentos lombares diagragma, abdome e assoalho pelvico se estiverem fortes, todo resto tambem estara forte. Pela disposição das fibras horizontais, a contração do transverso abdominal resulta em redução da circuferencia abdominal com um aumento da tensão na fascia toraco-lombar e da pressao intra-abdominal (PIA). Este aumento da PIA faz com que o abdomen se transforme em cilindro rigido. Deficiencia musculo esqueletica – Diástase do reto abdominal (distancia normal = 2cm – cada dedo aproximadamente 1 cm) p risco é que vai ter uma parece fraca, pode ter dor na parte posterior, pode repercutir no assoalho pelvico com sintomas de incontinencia urinaria porque não tem um teto e parede fortes Se não tem um transverso bom, quem sofre é o reto abdominal Zona neutra: A instabilidade segmentar ocorre quando há diminuição na capacidade do sistema estabilizador da coluna vertebral em manter a zona neutra dentro de limites fisiologicos A zona neutra é uma região de movimentos intervertebrais onde pouca resistencia é oferecida pela coluna vertebral passiva; A perda de controle da zona neutra no segmento vertebral esta associada a le~sao, doença degenerativa do disco e fraqueza muscular Cinesioterapia e mecanoterapia: quais são as diferenças? Pode ser que, em alguns pacientes, o fisioterapeuta utilize uma abordagem com o uso de outras técnicas conjuntas, visando uma recuperação mais completa. Uma dessas possibilidades é o uso da cinesioterapia, que é definida comoa terapia do movimento. Como às vezes essas duas técnicas fisioterapêuticas podem se aproximar, é muito importante entender cada uma delas, bem como suas diferenças e indicações. A cinesioterapia também visa a recuperação funcional do paciente, usando, para isso, a realização de movimentos ativos e passivos, sendo que os passivos se dividem em assistidos e não assistidos. A intenção dessa técnica é aliviar a dor e promover o reequilíbrio muscular, além de gerar uma melhora na amplitude, na postura e no movimento articular. No caso da cinesioterapia passiva, o fisioterapeuta aplicará os movimentos sem que o paciente ajude, já na ativa o processo é contrário. Assim como na mecanoterapia, a cinesioterapia também utiliza materiais acessórios, como faixas elásticas, halteres, tornozeleiras, bastão e bolas. Também é possível que o fisioterapeuta busque reproduzir movimentos da vida cotidiana do paciente ou ainda melhorar a sua condição física geral, usando para isso outros equipamentos, como a bicicleta ergométrica, o espaldar, a cama elástica, a prancha de propriocepção, entre outros. Pode ser ainda necessários aparelhos adicionais, como o ultrassom, o TENS, o laser, o ondas curtas, entre outros, visando melhorar a analgesia e tornar o paciente apto para a realização dos movimentos. Já a mecanoterapia faz o trabalho de recuperação usando cargas e aparelhos mecânicos, que podem variar dependendo da patologia apresentada pelo paciente. Assim, ao contrário da cinesioterapia, na mecanoterapia todos os exercícios realizados são feitos de forma ativo-resistida, sempre com o uso de forças externas mecânicas. Justamente por isso a sua indicação é para aqueles pacientes que precisam ganhar força e massa muscular. Já que, esse último, apenas acontece quando se sobrecarrega a musculatura a um nível superior ao que ele está acostumado. Apesar das diferenças básicas, ambas as técnicas estão intimamente ligadas, pois ajudam a restabelecer o paciente de forma total, fazendo com que ele consiga ter mais força, resistência muscular e desenvoltura para retornar às suas atividades funcionais e cotidianas. Assim, na maioria das vezes, um bom programa de mecanoterapia também contará com atividades relacionadas à cinesioterapia, sendo difícil, às vezes, diferenciar uma técnica da outra. Segunda Unidade ALONGAMENTO Manobra terapêutica que aumenta o comprimento das estruturas de tecidos moles encurtados, dessa forma ganhando amplitude de movimento. Flexibilidade muscular: Capacidade de um músculo em se alongar, possibilitando que uma (ou mais) articulações realize um arco de movimento; Um músculo flexível é aquele que tem a capacidade de reorientar as fibras no formato excêntrico, ou seja, afastando as inserções. Mas não podemos dizer que é uma contração excêntrica pois, depende do músculo e do movimento. Alias, deve se ter cuidado pois quando falamos em alongamento o músculo deve estar relaxado, ou seja, na posição excêntrica mas, ele não estará em contração excêntrica; Ele vai estar na posição excêntrica, vai ter afastado as inserções, mas teoricamente, não existe tensão nessa musculatura, então seria um movimento passivo que ele estaria sendo levado. Para a conduta do alongamento, o músculo que vai ser alongado, não deve ser contraído (não deve ser tensionado) se não, não vai alcançar essa flexibilidade que precisaria para um realinhamento dessas unidades contrateis das fibras e o ganho da amplitude de movimento. Propriedades neurofisiológicas do músculo: • Fuso muscular (receptor especializado) • Consiste de fibras musculares especiais, terminações sensoriais e motoras Objetivo: responder a alteração no comprimento do músculo e a velocidade desta alteração Ação: ao estiramento do músculo, as fibras nervosas aferentes sensoriais infra - fusais muscular são ativadas, a contração do músculo resistirá ao estiramento. Ativação: Estiramento excessivo → Fibras nervosas Aferentes tipo I A e II → Medula Espinhal → SNC → Fibras musculares extrafusais (neurônio motor alfa) → Contração muscular OTG - fuso muscular: são mecanorreceptores que ficam dentro das articulações, dentro do músculo e no tendão, que são capazes de levar informações do (?) para as p. sensoriais, e parte dessa informação que é levada para o SNC que codifica e traz a resposta motora, que depende de qual mecanorreceptor foi estimulado, no caso, o fuso muscular é sensível a velocidade e aumento do comprimento do músculo. Já o órgão tendinoso de golgi é sensível a tensão excessiva. Ele é capaz de inibir a fibra de resposta do fuso muscular que pede para contrair e OTG vai relaxar. Quando o agonista está ativado pra contrair o antagonista tá relaxado O movimento que é muito rápido tensiona o músculo e para ganhar amplitude isso é contraindicado. Alongamento: Fusos musculares (comprimento e velocidade) → Reflexo de estiramento monosinático Quando é feito o alongamento, teoricamente o fuso deveria estar sendo ativado, mas no momento que se está chegando a um grau de comprimento, esse comprimento começa a gerar uma certa tensão nas inserções que estão sendo afastadas, então o órgão tendinoso de golgi entende que o músculo está sendo esticado, esta gerando tensão na inserção, ele chega na fibra de resposta que seria de gerar contração e inibe a ação dele e consequentemente gera relaxamento, consegue estirar-se para que o fuso entre em ação, permitindo o ganho de amplitude e flexibilidade. A conduta de alongamento deve ser lenta, mantida, dar tempo o OTG entrar em ação e contemplar mais fibras musculares. Órgão tendinoso de Golgi: • Consiste: Estruturas encapsuladas em séries, fixadas as fibras dos tendões (junção das fibras musculares extra - fusais com os tendões) • Objetivo: Sensível a pequenas alterações na tensão do tendão, responde tanto no estiramento passivo como na contração muscular ativa. • Quando o fuso muscular tá sendo estirado, a fibra nervosa é ativada em resposta a contrair o músculo para resistir ao estiramento • Ação: Impedir atividade excessiva das fibras nervosas que inervam o músculo extra - fusal (neurônios motores), promovendo relaxamento. EX: estiramento prolongado ou contração isométrica máxima • Ativação: Contração isométrica → Fibras nervosas aferentes (emissão de descargas) → inibe a tensão → relaxamento muscular OBS: Fibras nervosas B tem capacidade de sobrepor os impulsos provenientes do fuso muscular OTG fica entre a fibra e a tensão, em resposta muscular, sensível a alteração na tensão e vai responder tanto ao estiramento passivo como a contração ativa muscular. Vai impedir a ação do neurônio motor alfa, que é uma resposta do fuso muscular pedindo para o músculo se contrair, então ele age relaxando o músculo para que não haja lesão. É uma contração isométrica, concêntrica (tendão tensionado) ou excêntrica (estiramento das duas inserções), essa percepção é percebida pela fibra aferente que emite descarga, inibindo a tensão causando relaxamento muscular, fibra 1B. Alongamento • Órgão tendinoso de golgi: impede excesso de contração • Mecanismo de proteção → alongamento lento→ Inibi a tensão muscular (inibição autôgena) • Inibição autôgena: Relaxamento neurológico (reflexo) do músculo a partir de sua estimulação (aumento de tensão que pode ser → concêntrica ou excêntrica) • Inibição Recíproca: Importante mecanismo neurológico que inibe o músculo antagonista quando o agonista está em ação. O fuso contrai – O OTG manda relaxar Tipos de Alongamento Alongamento balístico (brusco) • Movimentos: de esticar ou puxar • frequência de 10 a 15 vezes • Duração: curta • Intensidade: alta • Treinamento avançado – risco de lesão Alongamento passivo estático ➢ Alongamento passivo manual: • Força: terapeuta ou paciente • Duração: 15 a 30seg (até 2min) • Intensidade: baixa • Faz respirando, respeitando as amplitudes Contração dos Agonistas (contrai - relaxa) indução recíproca Contração concêntrica agonista (sob resistência leve – relaxae mantém a posição 10 a 15s) alongamento do antagonista Alongamento Passivo prolongado • Força: equipamento • Ganha amplitude, mantém (através de órteses) ou qualquer equipamento que auxilia na manutenção da postura por um determinado tempo • duração: 20 a 30 min (ou ate 6 hrs) • Intensidade: baixa (2 a 6kg) Importante: • Inserir o alongamento nas atividades diárias • ideal aquecimento geral prévio (atividade repetida de 3 a 5 min) • Não ter no alongamento desconforto ou dor Facilitação Proprioceptiva neuromuscular (inibição ativa): Promover ou acelerar a resposta de um mecanismo neuromuscular pela estimulação de proprioceptores. Contração – Relaxamento: (manter - relaxar) Inibição autogênica Contração do agonista: (contrai - relaxa) Inibição recíproca Contração – relaxamento – contração: (manter em reversão lenta - relaxar) Frequência 3 a 5 vezes Contração – relaxamento: (manter – relaxar) • Inibição autogênica: Contração isométrica (5 a 10 s) do músculo retraído → relaxa e a ganho de ADM passiva – mantém nesta por 10 a 15s Contração do Agonista: (contrai - relaxa) Inibição recíproca • Contração concêntrica agonista (sob resistência leve) – relaxa e mantém a posição 10 a 15s (alongamento dos antagonistas) Contração – Relaxamento – Contração: (manter em reversão lenta - relaxar) • Contração isométrica (músculo retraído) – relaxamento – contração concentrica (ativa) antagonista FNP – alongamento baseado na facilitação proprioceptiva neuro muscular É a questão proprioceptiva associada ao neuromuscular pra facilitar o alongamento, então ele pode utilizar a inibição pra facilitar o alongamento. Ele pode promover ou acelerar a resposta de um mecanismo neuromuscular estimulando o proprioceptor que tem 3 tipos: inibição autôgena, inibição recíproca e as duas juntas • 3 a 5 repetições Objetivo: ganho de flexibilidade. E o terapeuta entra como facilitador, e tensão deve ser confortável (ser submáxima 60% do que ela é capaz de gerar) Contração submáxima: mais benéfica quanto ao conforto e com menor risco de lesão associado ao alongamento. Treino de Flexibilidade • Manter produção de sarcômero • Remodelações das moléculas de colágeno e lástina • Previne contra lesões musculares e otimizam a performance em atletas Encurtamento – desequilíbrio - lesão Mecanismo: Estímulos sensoriais são ofertados Individuo → feedback mais rápido Terapeuta FACILITADOR do movimento Intensidade da contração muscular: Contrações submáximas: mais benéfica quanto ao conforto e com maior risco de lesão associado ao alongamento Orientações • Inserir o alongamento nas atividades diárias • Ideal aquecimento geral prévio (atividade repetida de 3 à 5 min) • Não haver no alongamento desconforto ou dor • Deve-se respeitar os seus limites (forçar no alongamento, pode causar lesões nos músculos e tendões) • A respiração é fundamental: quando se respira fundo aumenta-se o relaxamento muscular. É a respiração que dá o ritmo ao exercício e por isso deve ser lenta e profunda EQUILÍBRIO Bolas terapêuticas: vem como um recurso pra instrumentalizar o treino de equilíbrio mas não necessariamente é especificamente só pra treino de equilíbrio. Equilíbrio: “Habilidade do sistema nervoso em detectar tanto antecipadamente, como momentaneamente a instabilidade e de gerar respostas coordenadas para o retorno a base de suporte (centro de massa corporal)” Componentes Biomecânico do Equilíbrio: • Bases de sustentação (quanto maior a base, maior equilíbrio) • Limites de estabilidade (quanto mais dentro dos limites de estabilidades, maior o equilíbrio) • Centro de gravidade (quanto mais o centro de gravidade do corpo estiver perto do centro de massa tá terra, mais equilíbrio) Componentes sensoriais do equilíbrio: Organização Sensorial: O SNC é informado por 3 sistemas sensoriais 1 – Proprioceptivo: informa sobre a orientação do corpo e dos segmentos corporais entre si e em relação a superfície de apoio. Não é o mesmo que equilibrio, mas é um dos elementos 2 – Visuais: informa sobre o ambiente físico, imediatamente a partir do movimento e posição da cabeça 3 – Vestibular: possui função tanto sensorial quanto motora. Componente sensorial – mede velocidade angular e aceleração linear da cabeça em relação a gravidade. Componente motor – usa vias motoras para o controle postural e a coordenação do movimento (ex: reflexo vestíbulo – espinhal) Componente musculoesquelético do equilíbrio: Músculos chaves: • Quadril: Paravertebrais; Quadríceps (funcional na extensão); Abdominais; Músculos posteriores da coxa (funcional na flexão) Estrategia do quadril: A instabilidade é moderada ou grave, e não é suprida pelo tornozelo. • Joelho: Quadríceps (anatômico na extensão); Gastrocnêmios (funcional na extensão); Músculos posteriores da coxa e gastrocnêmios (anatômicos na flexão); Tibial anterior (funcional na flexão) Estrategia da Passada: o desequilíbrio é súbito e de grande força de deslocamento • Tornozelo: Gastrocnêmios (anatômico na plantiflexão – principalmente o Sóleo); Quadríceps (funcional na plantiflexão); Tibial anterior (anatômico na dorsiflexão); Músculos posteriores da coxa (funcional na dorsiflexão) Estrategia do Tornozelo: Reposicionamento do centro de massa após instabilidades de baixa velocidade sobre a superfície de apoio. Todos os músculos precisam estar fortes Déficts: Normalmente a perda de equilíbrio é multifatorial • Biomecânicos: estímulos alterados de ADM, força muscular, dor … o controle postura recebe informações distorcidas • Sensoriais: Proprioceptivos (pode compensar com os outros), vestibulares (focalizar o tratamento neste para adapta - lo) Ps: o envolvimento neurológico é mais complexo Musculoesquelético: estabilidade postural depende de FM, ADM e SNC intácto (tônus muscular) Distúrbios na coordenação podem ter envolvimento neurológico Objetivos das bolas terapêuticas: • Melhorar a mobilidade e estabilidade articular; • Desenvolver coordenação e equilíbrio; • Aumentar a amplitude de movimento; • Ganhar força muscular; • Treinar o controle da postura. Benefícios: • Estimula a participação de todo o corpo, a fim de manter o equilibrio; • Facilita a distribuição do peso corporal; • Favorece a orientação na linha média do corpo; • Aumenta a área de suporte do peso. • Fornece um apoio dinâmico, estimulando reações de equilíbrio; • Proporciona atividades agradáveis e criativas Vias retículoespinhais, moduladoras da dor, e o cerebelo que funciona na correção e coordenação dos movimentos, podem ser estimulados pelo tato, movimento e propriocepção • Velocidade do movimento • Textura e cor da bola Cuidados: Dor; • Redução do equilíbrio e imagem corporal; • Cirurgias; • Convulsão; • Artefatos; • Pacientes geriátricos e pediátricos. Atenção: • Usar como precaução o bom senso. • O cliente deverá estar protegido (superfície) para a estabilização dos segmentos do corpo, a fim de evitar movimentos indesejáveis. • Lembre-se que o cliente cansa-se facilmente, resultado da constante solicitação do equilíbrio. • Escolher o tamanho da bola adequada a altura TREINO DE CONDICIONAMENTO AERÓBICO Atividade primária que envolve grandes grupos musculares. Objetiva o ganho de aptidão física com o ganho da resistência cardiorespiratória. O treino anaeróbico é considerado o treino muscular, mas ela não é totalmente anaeróbica. É preciso ter o entendimento que vai depender do metabolismo que tá sendo utilizado, o tipo de fibra que tá sendo recrutado, o tempo que está sendo feito aquela atividade, por exemplo: se for atividade que demande mais tempo de duração, com certeza ela vai ter uma característica mais aeróbica; se for uma atividade que precise de mais explosão e menos tempo de duração, ela vai ter uma característica mais anaeróbica. Atividades que exigem a parte cardiovascular, que vai ter aumento da frequência cardíaca, respiratória; que exigem muitos músculos trabalhando ao mesmo tempo são considerados AERÓBICO. Mas se comparar asatividades possa ser que um tenha muito mais características ANAERÓBICA e o outro AERÓBICO. Um tipo de treino, se for pensar na especificidade do corredor a curta distância, ele vai treinar a fibra de explosão, porque ele precisa ter energia rápida pra um alcance rápido chegar rápido naquele objetivo enquanto que o corredor de longa distância vai ter que alcançar aquele objetivo, precisar de mais resistência por mais resposta de músculos por contrações por mais tempo, não importa se ele seja de explosão, quer que ele seja de resistência, e assim vai está trabalhando com fibras muito mais do tipo I, que são oxidativas, que vão se manter contraídas por mais tempo e nesse tipo de atividade meu treino seria muito mais AERÓBICA. Do mesmo jeito, se dentro da atividade de musculação fizer um circuito funcional, tá mexendo com vários músculos ao mesmo tempo e tem que se manter naquela atividade por mais tempo. Teoricamente é uma atividade considerada ANAERÓBICA mas de forma AERÓBICA, tá mexendo um pouco na especificidade da resposta que o estímulo vai ser dado a fibra muscular e ela vai ter que se adaptar aquela demanda que está sendo exigida dela. As vezes a deficiência não tá na parte aeróbica, mas no elemento muscular específico que preciso melhorar pra assim conseguir ter uma boa performance aeróbica. Ou até mesmo a parte cardiorespiratória não está atendendo a uma demanda suficiente para que ele consiga exercer a atividade, ai precisa fazer um condicionamento adaptado para a parte cardiorespiratória. Mecanismos energéticos (Fontes de energia): • Carboidratos (convertido em glicose e armazenado no músculo e fígado = Glicogênio) • Lípides (armazenado como Triglicerídeos divide-se em ácido graxo e glicerol) • Proteínas (usada na depleção calórica e inanição) – é fonte energia e fonte de formação muscular Mas todas essas fontes energéticas são de importância para a formação muscular, porque se houver défict de carboidratos e lipídes, o músculo vai tirar das proteínas. Mecanismos energéticos (vias metabólicas) • Sistema ATP – fosfocreatina ou sistema fosfagênio ou ATP – PC (anaeróbia) • Sistema glicolítico (anaeróbio) • Sistema oxidativo (aeróbio) Sistema ATP – Fosfocreatina – Trifosfato de adenosina: • Fosfocreatina e ATP armazenadas na célula muscular; • Fosfocreatina é a fonte química de combustível anaeróbio; • Reposta no descanso do músculo; • Capacidade energética pequena, potência máxima do sistema grande • Provê energia para atividades explosivas curtas e rápidas; • Principal fonte de energia durante 30 s de exercício intenso. Sistema Glicolítico (anaeróbico) • Glicose é a fonte de energia (glicólise) anaeróbica • ATP ressintetizado na célula muscular • Produção do ácido lático • Capacidade máxima do sistema (intermediária) Potencia máxima do sistema intermediaria (começa a entrar quando a via anterior – ATP – já tiver acabado) • Fornece energia para atividades de intensidade moderada e de curta duração • Principal fonte energética entre 30 e 90 s de exercício Obs.: o exercício é interessante para o diabético porque ele tira o açúcar que tava no sangue por consumo ou pra ajudar nesse armazenamento de célula muscular deixando o músculo mais fácil de penetrar a glicose e armazena -la. Sistema Oxidativo (aeróbico) • Glicogênio, gorduras e proteínas • É necessário O2. ATP sofre nova síntese na mitocôndria da célula muscular (número e concentração de mitocôndrias) • Capacidade máxima grande • Potência máxima pequena • O sistema predomina sobre os outros após 2 min Dosagem: Intensidade: • Frequência cardíaca máxima; • Reserva de frequência cardíaca • Volume de captação máxima de oxigênio (VO2 máximo) • Avaliação do esforço percebido (Escala de Borg) • Talk Test • MET Intensidade: Frequência cardíaca máxima • Faixa de treino de 60 a 90% FCmáx FCmáx. = 220 - idade Reserva de frequência cardíaca Fórmula de Karvonen: Reserva FC = (FC máx. – FC repouso) x faixa de treinamento + FC repouso Volume de captação máxima de oxigênio (VO2 máximo): Expressa em relação ao peso corporal, em mililitros de oxigênio por quilograma de peso corporal (mL/Kg/minuto). Dependente: capacidade de transporte de O2 pelo sangue; função cardíaca capacidade de extração de O2; Potencial oxidativo do músculo. Faixa de treinamento: 50 a 85% Avaliação do esforço percebido (Escala de Borg) Faixa: 6 a 20 • na BORG modificada (0 a 10) Talk Test – ver pela maneira que o paciente fala ao realizar o movimento se a intensidade do exercício está muito alta ou não MET: • Geralmente expresso em Kcal Leves, moderadas e intensas • Kcal é uma medida que expressa o valor energético da corrida • É a quantidade de calor necessária para aquecer 1 Kg de H20 em 1/C • 5Kcal= 1L O2 consumido • MET é definida como O2 consumido/Kg de peso corporal/min. Equivale aproximadamente a 3,5 mL/Kg/min • Duração: 20 a 30 minutos • (com aquecimento antes e após de 5 a 10 minutos) • Frequência: 3 á 5 vezes por semana Processo de adaptação: O sistema cardiovascular e os músculos utilizados adaptam-se ao estímulo do treinamento ao longo do tempo; Mudanças significativas – 10 a 12 semanas Melhora da eficiência do sistema cardiovascular e músculos: neurológica, físicas e bioquímicas *A adaptação depende da habilidade do organismo de mudar (individualidade) e do limiar de estímulo ao treinamento (especificidade e sobrecarga). *Pessoas despreparadas tem maior potencial para melhora que pessoas com alto preparo.
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