Buscar

Avaliação da anestesia

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 4 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

AVALIAÇÃO DA ANESTESIA
A monitoração do paciente durante e após a anestesia inclui observação e vigilância, obtenção de dados através de aparelhos, análise e instituição de medidas de correção, com
objetivo de propiciar as melhores condições intraoperatórias e detectar anormalidades precocemente para que possam ser instituídas medidas corretivas antes que ocorram lesões
sérias e irreversíveis - para isso a ASA estabeleceu padrões para monitoração anestésica básica a fim de integrar parâmetros clínicos (observação, inspeção, ausculta e palpação) e
monitoração eletrônica para otimizar a segurança do paciente.
LAYANE SILVA 
uso de um analisador de oxigênio
com um alarme para baixa
concentração administrada
durante a anestesia.
avaliação quantitativa da
oxigenação do sangue por
oximetria de pulso.
adequação da ventilação deve ser
continuamente verificada por
avaliação clínica - com monitoração
quantitativa do CO2 e volume do
gás expirado.
avaliação clínica e detecção de CO2
no gás expirado para assegurar
correto posicionamento do tubo
após entubação traqueal - é
necessário o uso contínuo de um
dispositivo capaz de detectar a
desconexão dos componentes do
sistema de ventilação 
monitoração eletrocardiográfica
contínua (ECG) durante a anestesia,
avaliação da PA e FC a cada 5
minutos - na anestesia geral, a
adequação da função circulatória é
monitorada continuamente por
meios eletrônicos, palpação ou
ausculta. 
avaliação contínua da temperatura
na sala de operação, utilizado
durante os períodos de mudança
intencional ou não na temperatura
do paciente.
NÍVEL 1: anestesista qualificado deve
estar sempre presente na sala de
operação durante a administração da
anestesia, e deve monitorar de forma
contínua as condições do paciente e
alterar sua conduta de acordo com a
resposta do paciente às alterações
dinâmicas associadas à anestesia e à
cirurgia.
NÍVEL 2: avaliação contínua da
ventilação, oxigenação, circulação e
temperatura durante os
procedimentos anestésicos.
MONITORAÇÃO DO PACIENTE
Capnografia (ETCO2): melhora a monitoração da ventilação e a detecção de
entubação esofágica, a diferença normal entre ETCO2 e PaCO2 é 2-5 mmKg, o
gradiente entre a ETCO2 e o CO2 arterial reflete a ventilação do espaço morto, que
aumenta em casos de diminuição do fluxo pulmonar (embolia pulmonar aérea ou
tromboembolismo e diminuição do débito cardíaco) - sua monitoração fornece
informações sobre a perfusão pulmonar.
e a presença de sibilos pulmonares. Durante a ventilação mecânica, os monitores de
pressão de via aérea e ventilação-minuto alertam o anestesiologista sobre condições
como desconexão do circuito do ventilador, o posicionamento incorreto do tubo traqueal,
obstrução do circuito ventilatório e alterações na resistência das vias aéreas e/ou na
complacência que possam prejudicar a ventilação.
MONITORES DE ROTINA
Oximetria de pulso: saturação de O2 do
sangue, frequência cardíaca e perfusão
tecidual (via pletismografia) 
Manguito automatizado de PA
Eletrocardiograma: ritmo cardíaco, FC e
monitoramento da isquemia do miocárdio
Capnografia: adequação da ventilação,
colocação intratraqueal de tubo endotraqueal
e perfusão pulmonar
Analisador de oxigênio: controle da
concentração de O2 administrada
Monitor da pressão de vias aéreas:
desconexão do ventilador durante anestesia
geral e controle da pressão das vias aéreas
Monitoração da temperatura
MONITORES ESPECIALIZADOS
Monitoração do débito urinário 
(cateter de Foley): indicador grosseiro do volume
intravascular e perfusão renal
Cateter arterial: medição contínua da PA e
amostragem de sangue arterial
Cateter venoso central: medição da pressão
venosa central, administração de drogas de
ação central e administração rápida de fluidos
e sangue 
Cateter de artéria pulmonar: medição da PA
pulmonar, medição da pressão do ventrículo
esquerdo, medição do DC e medição da
saturação venosa mista de O2 
Doppler pré-cordial: detecção de embolia
aérea
Ecocardiografia transesofágica: avaliação do
desempenho do miocárdio, da função das
valvas cardíacas, do volume intravascular e
detecção de embolia aérea
Doppler esofágico: avaliação do fluxo
sanguíneo na aorta descendente e da pré-
carga cardíaca
Cateter de medição da termodiluição
hasprimonas: medição do DC e pré-carga
Estetoscópio esofágico e pré-cordial: ausculta
da respiração e sons cardíacos
Eletroencefalograma, BIS
Profundidade da anestesia
Monitoração da PA não invasiva: apropriada para a maioria dos casos cirúrgicos e
salas de operação mais modernas são equipadas com analisadores oscilométricos
automatizados de PA.
Monitoração da PA invasiva: as indicações incluem uso intraoperatório de
hipotensão induzida, avaliação contínua da PA em pacientes com lesão orgânica grave
ou submetidos a procedimentos cirúrgicos de alto risco, antecipação de amplas
oscilações pressóricas perioperatórias, necessidade de gasometrias seriadas ou
quando os métodos não invasivos são inadequados, como em pacientes portadores
de obesidade mórbida.
Outras alternativas: Aa. femoral, braquial, axilar, ulnar, pediosa e tibial posterior.
Complicações: hematoma, lesão nervosa, embolização arterial, isquemia de
membros, infecção e injeção inadvertida de drogas.
Necessária durante a administração nos procedimentos anestésicos.
Vários locais podem ser usados para canulação arterial, principalmente, a artéria radial
que é cateterizada devido à sua localização superficial, relativamente fácil de ser
puncionada, e, na maioria dos pacientes, o fluxo colateral adequado da artéria ulnar. 
MONITORAÇÃO DA PRESSÃO ARTERIAL
A monitoração eletrocardiográfica é padrão durante a anestesia, fornecendo informações
sobre arritmias e isquemia cardíaca, sendo um dos pontos fundamentais dos protocolos
de ressuscitação cardiopulmonar.
ELETROCARDIOGRAMA
A sedação, administração de opióides e indução de anestesia geral ou regional podem
deprimir ou abolir a ventilação espontânea, necessitando de suporte ventilatório
intraoperatório, através de métodos como: avaliação clínica da expansão torácica,
ausculta pulmonar e avaliação de obstrução das vias aéreas superiores ou presença de
estridor - estetoscópios precordiais e esofágicos monitoram continuamente o fluxo aéreo
MONITORAÇÃO RESPIRATÓRIA
A monitoração da FiO2 e oximetria de pulso é padrão durante todas as anestesias gerais,
assim, os analisadores de oxigênio que detectam a concentração da oferta de oxigênio
(FiO2) - estes, em combinação com dispositivos de segurança, alarmes baixa oferta de
oxigênio e monitores da taxa de oxigênio, diminui a chance de oferecer uma mistura
gasosa hipóxica durante a anestesia.
MONITORAÇÃO DA OXIGENAÇÃO
temperatura esofágica é a mais frequentemente medida durante anestesia geral.
Outros locais de medida: reto, pele, membrana do tímpano, bexiga, nasofaringe - em
pacientes com cateter de artéria pulmonar ou de Swan-Ganz, a artéria pulmonar.
A temperatura deve ser monitorada nos pacientes submetidos à anestesia geral, o local
de medida depende do procedimento cirúrgico e características físicas dos pacientes -
em razão do potencial de morbidade associado à hipertermia e hipotermia, deve-se
monitorar a temperatura corporal e instituir medidas para manter a temperatura o mais
próximo possível do normal.
MONITORAÇÃO DA TEMPERATURA
Locais: músculos ulnar e orbicular do olho.
Devido à variabilidade da sensibilidade do bloqueio neuromuscular entre os pacientes, é
essencial monitorar a função neuromuscular em pacientes que receberam relaxantes
musculares intermediários ou de longa ação, assim, avalia-se a atividade muscular após
estimulação do nervo proximal, que indica bloqueio do receptor de acetilcolina na junção
neuromuscular - o grau de bloqueio neuromuscular é indicado pela resposta evocada
diminuída à estimulação elétrica da contração.
MONITORAÇÃO DO BLOQUEIO NEUROMUSCULAR
perda da quarta resposta indica 75% de receptores bloqueados • Perda da terceira
resposta indica 80% de bloqueio;
perda da segunda resposta indica bloqueio de 90%;
perda da primeira respostaindica 100% de bloqueio;
relaxamento clínico requer 75% a 95% de bloqueio.
perda da segunda resposta indica 80% de bloqueio receptor.
contração sustentada por 5 segundos sugere reversão adequada do bloqueio
neuromuscular.
TÉCNICAS PARA AVALIAÇÃO DE BLOQUEIO NEUROMUSCULAR
Taxa de diminuição do TOF (sequência de 4 estímulos ou de cerrilas 200 M segundo
ao longo de 2 segundos): diminui progressivamente com o aumento do bloqueio - a
presença das 4 contrações sem diminuição sugere reversão adequada do bloqueio
neuromuscular.
Estimulação em Doble Bust (2 conjuntos sucessivos de cargas de 50 Hz separados por
750 M segundo): é mais fácil de detectar falência visualmente com esta técnica do que
com a sequência de 4 estímulos - a presença das contrações sem diminuição sugere
reversão adequada do bloqueio neuromuscular.
Tetania (50-100 Hz: estimulações sustentadas): duração de contrações sustentadas
diminui com aumento do bloqueio.
BIS < 40 por mais de 5 minutos durante a anestesia geral pode estar associado a
morbidade perioperatória aumentada, incluindo IM e AVC em pacientes de alto risco.
A consciência durante a anestesia é uma complicação incomum e desconfortável, assim,
utiliza-se a matriz biespectral (BIS) para monitoramento da consciência durante a
anestesia, que avalia a onda de atividade cerebral descrita em intervalo de 0 (supressão
completa da onda de atividade cerebral) - 100 (despertar completo) correlacionando com
o nível de consciência - deve-se monitorar a profundidade da anestesia pode otimizar o
tempo de despertar e a alta em centros cirúrgicos ambulatoriais.
MONITORAÇÃO DO SISTEMA NERVOSO CENTRAL
deve-se ter um histórico bem dirigido, exame físico orientado e exames laboratoriais.
A ASA tem desenvolvido orientações para avaliação pré-anestésica que requerem
avaliação das condições clínicas do paciente e que o anestesiologista trace um plano 
para cuidado anestésico e que possa discuti-lo com o paciente, visto que todos os
pacientes recebendo anestesia devem ser submetidos à avaliação pré-anestésica - a fim
de facilitar o uso eficiente de recursos da sala de operação.
AVALIAÇÃO PRÉ-OPERATÓRIA
LAYANE SILVA 
exames laboratoriais realizados dentro de 6 meses da operação não precisam ser
repetidos, a menos que tenham ocorrido alterações no quadro clínico do paciente.
pacientes saudáveis submetidos a procedimentos eletivos podem não precisar de
testes laboratoriais pré-operatórios.
os testes pré-operatórios devem ser mínimos, porém eficientes, sendo orientados
pela história e exame físico.
investigação de condições associadas ao aumento da morbidade perioperatória é
importante para reduzir os riscos associados à anestesia e à operação, entre elas a
avaliação do volume intravascular, anormalidades das vias aéreas, doenças
cardiovascular, pulmonar, renal, hepática e desordens da nutrição,
endocrinometabólicas e do SNC.
realização de testes de gravidez pré-operatórios é controversa, pois há possibilidade
de aborto espontâneo e anomalias congênitas associadas a procedimento
anestésico-cirúrgicos, mas não há evidência que demonstre associação de drogas
anestésicas ao desenvolvimento de anomalias fetais em humanos.
histórico claro da vida sexual e a documentação do último ciclo menstrual devem ser
obtidos da mulher em idade fértil.
pacientes com condições cardiovasculares necessitam de avaliação e tratamento
antes de serem submetidos à cirurgia não cardíaca, considerando condições
cardíacas como: síndromes coronarianas instáveis, insuficiência cardíaca congestiva
descompensada, arritmias significativas e doença valvar grave.
deve-se esperar 4-6 semanas após o IM para realizar a cirurgia eletiva após
tratamento médico adequado ou revascularização.
Fatores de risco no índice revisado de risco cardíaco: histórico de doença cardíaca
isquêmica, histórico de insuficiência cardíaca prévia compensada, histórico de doença
cerebrovascular, diabetes e insuficiência renal.
Preditores secundários: idade avançada (>70 anos), ECG anormal (hipertrofia
ventricular esquerda, bloqueio de ramo esquerdo, anormalidades do intervalo ST-T),
ritmo não sinusal e hipertensão sistêmica descontrolada.
Compreende diretrizes publicadas para a avaliação e tratamento da doença coronariana
em pacientes cirúrgicos não cardíacos, que enfocam o histórico do paciente com
coronariopatia, tolerância ao exercício e tipo de cirurgia proposta, assim, deve-se realizar
(1) uma história detalhada e exame físico são necessários para avaliar a presença de
doença cardiovascular subjacente, e (2) avaliação do estado funcional e a capacidade de
executar tarefas diárias comuns - em função do risco de isquemia miocárdica, infarto
perioperatório e morte cardíaca.
mesmo em anestesia regional, a anestesia geral pode ser preciso e a necessidade
urgente de se manter uma via aérea pérvia pode ser real.
observar o paciente em vistas frontal e perfil a fim de evidenciar anormalidades das
vias aéreas como retrognatismo.
outros aspectos físicos indicativos do manuseio fácil de vias aéreas são a abertura da
boca adequada, extensão do pescoço e distância tireomentoniana - a presença
combinada de > 2 aspectos físicos que predizem a via aérea difícil melhora a
sensibilidade e especificidade.
A avaliação das vias aéreas é essencial para elaboração da estratégia em anestesia a fim
de identificar características que possam dificultar a ventilação sob máscara ou
entubação traqueal, como histórico de doenças ou condições associadas à estenose de
vias aéreas ou laringoscopia difícil, além disso, deve-se realizar revisão de relatos
anestésicos prévios que fornece informações relativas ao manuseio anterior das vias
aéreas, inspeção sistemática da abertura da boca, distância tireomentoniana, mobilidade
cervical e do tamanho da língua em relação à cavidade oral.
CLASSIFICAÇÃO DE MALLAMPATI: gradua o tamanho da língua em relação à cavidade
oral, é realizado com o paciente sentado com a cabeça em uma posição neutra, a boca
aberta o máximo possível e a língua projetada ao máximo, e o observador vê quais as
estruturas orais e faríngeas estão evidentes.
EXAME DA VIA AÉREA
Classe I: identificação do palato mole, fauces, úvula, pilares anterior e posterior, é fácil
de ventilar sob máscara ou entubar.
Classe II: identificação do palato mole, fauces e úvula.
Classe III: identificação do palato mole e da base da úvula.
Classe IV: pacientes com palato duro visível e o palato mole não é visível,
provavelmente terão dificuldades de entubar ou ventilar.
FATORES IMPORTANTES AO REALIZAR UM EXAME DE VIAS AÉREAS
Histórico do paciente: histórico anestésico prévio, histórico médico (Ex.: histórico de
massa orofaríngea, doença faríngea), e revisão do prontuário para avaliação prévia da
via aérea durante a anestesia anterior
Exame físico: abertura da boca (deve ser de 6-8 cm [3-4 dedos], mobilidade da coluna
cervical, classificação de Mallampati, distância tireomentoniana (deve ser de 6-8 cm [3-4
dedos], vistas frontal e de perfil, avaliação de anormalidades de vias aéreas associadas
a doenças coexistentes, e presença de pelos faciais
DOENÇAS CARDIOVASCULARES
Estado funcional: confiável e usado para previsão no perioperatório de eventos
cardíacos e a longo prazo, pode ser estimado pela capacidade de realizar as
atividades da vida diária, sendo expressa em METs ou equivalentes metabólicos - o
consumo de oxigênio basal ou em repouso de um homem de 70 kg, 40 anos em
estado de repouso é 3,5 mL/kg/mim ou 1 MET. Assim, a capacidade funcional tem
sido classificada como excelente (>10 METs), boa (7 a 10 METs), moderada (4 a 6
METs), ruim (<4 METs), ou desconhecida, assim, determina como uma atividade é
influenciada pela predisposição genética e condicionamento físico.
ETAPA 1: urgência da cirurgia não cardíaca deve ser considerada.
- Em muitos casos, os fatores cirúrgicos específicos do paciente determinam uma
estratégia óbvia que pode não permitir a avaliação cardiológica adicional ou tratamento,
nesses casos, um médico consultor pode fornecer recomendações para vigilânciae
tratamento clínico perioperatório. 
- A estratificação de risco pós-operatório costuma ser adequada para pacientes com risco
elevado para eventos coronarianos a longo prazo que nunca apresentaram uma
avaliação previamente, que é iniciado após o paciente recuperar-se do estresse cirúrgico.
ETAPA 2: o paciente tem uma condição cardíaca ativa? Se não, vá para a etapa 3.
- Em pacientes considerados para cirurgia não cardíaca eletiva, a presença de doença
coronariana instável, IC descompensada ou arritmia grave ou doença cardíaca valvular
leva a cancelamento ou adiamento da cirurgia até seu esclarecimento e tratamento.
- Exemplos de síndromes coronarianas instáveis incluem IM prévio com evidência de risco
isquêmico importante pelos sintomas clínicos ou estudos não invasivos, angina instável
ou severa e IC recente ou mal controlada mediada por isquemia. 
- Muitos pacientes nessas circunstâncias são encaminhados para angiografia coronariana
para avaliar opções terapêuticas - dependendo dos resultados do teste ou intervenções e
o risco de retardar a cirurgia, pode ser apropriado realizar a cirurgia planejada com
terapia médica maximamente otimizada. 
ETAPA 3: o paciente será submetido à cirurgia de baixo risco?
- Muitos procedimentos são associados a uma taxa combinada de morbidade e
mortalidade menor que 1%, mesmo em pacientes de alto risco.
- A taxa de mortalidade no dia da cirurgia, para a maioria dos procedimentos cirúrgicos
ambulatoriais, é realmente inferior à mortalidade no 30° dia, o que sugere que o risco
incremental da cirurgia ambulatorial é desprezível ou pode ser protetor.
ETAPA 4: O paciente tem uma capacidade funcional de 4 equivalentes metabólicos
(METs) ou mais, sem sintomas?
- Em pacientes assintomáticos com boa capacidade funcional, o tratamento será
raramente alterado com base nos resultados de teste cardiovascular adicional, assim, é
apropriado realizar a cirurgia planejada. 
- Em pacientes com doença cardiovascular conhecida ou com > 1 fator de risco clínico, o
controle da FC perioperatória com bloqueio beta pode ser adequado.
- Riscos cardíacos perioperatórios e a longo prazo estão aumentados em pacientes
incapazes de atingir uma demanda de 4-METs durante a maioria das atividades diárias
comuns.
LAYANE SILVA 
ETAPA 5: se o paciente tem a capacidade funcional pobre, é sintomático ou tem a
capacidade funcional desconhecida, a presença de fatores de risco clínicos determinará a
necessidade de uma avaliação mais aprofundada. Já, se o paciente não apresentar
fatores de risco é apropriado realizar a cirurgia planejada e nenhuma mudança no
tratamento é indicada.
- Paciente com 1-2 fatores de risco clínicos: prosseguir com o procedimento planejado
e iniciar o controle da FC com bloqueio beta ou considerar exames se estes vão mudar o
tratamento.
- Pacientes com > 3 fatores de risco clínicos: o risco cardíaco associado a cirurgia é 
considerável, assim, o tipo de cirurgia pode identificar um paciente com maior
probabilidade de doença cardíaca subjacente e maior morbimortalidade perioperatória.
os demais fatores que predispõem as complicações pulmonares perioperatórias
estão relacionados com intervenções cirúrgicas e anestésicas (operação com duração
> 3 horas, operação de emergência e uso de anestesia geral).
Testes de função pulmonar são controversos pois possuem valor preditivo variável.
Espirometria pode ser útil em um paciente com tosse inexplicada, dispneia ou
intolerância ao exercício, ou se há dúvida em relação à melhora máxima da obstrução
ao fluxo aéreo.
o grau de estresse cardiocirculatório determina o risco da cirurgia, a depender do
procedimento cirúrgico não cardíaco, pode-se apresentar com profundas alterações
na FC, PA, volume vascular, dor, sangramento, alterações de coagulação, oxigenação,
atividade neuro-humoral e outras perturbações.
Hipertensão: distúrbio comum que pode estar associado a um dano orgânico terminal,
hipovolemia relativa e, se inadequadamente tratado, à labilidade pressórica
intraoperatória, assim, em hipertensos, as avaliações da função cardiovascular,
neurológica e renal quantificam a extensão do comprometimento orgânico.
PROFILAXIA DE ENDOCARDITE *
Alguns pacientes com doença cardíaca congênita ou valvar tem risco aumentado para o
desenvolvimento de endocardite infecciosa (EI), observa-se que a chance de desenvolver
EI é mais provável de resultar de bacteremias aleatórias causadas por atividades diárias.
a profilaxia antibiótica pode ser razoável para procedimentos odontológicos que
envolvam manipulação de tecido gengival, região periapical dos dentes ou perfuração
da mucosa oral, e procedimentos do trato respiratório ou que manipulam estruturas
infectadas da pele ou musculoesqueléticas em pacientes de alto risco.
profilaxia antibiótica somente para prevenir EI não é recomendada para
procedimentos do trato geniturinário (GU) ou gastrointestinal (GI).
CONDIÇÕES CARDÍACAS ASSOCIADAS COM MAIOR RISCO DE RESULTADOS
ADVERSOS DE ENDOCARDITE
Válvula cardíaca prostética ou material prostético para reparo da válvula cardíaca 
Endocardite infecciosa prévia 
Doença cardíaca congênita: (1) doença cardíaca congênita cianótica não reparada, (2)
cardiopatia congênita reparada com material protético ou dispositivo, seja 
implantado por cirurgia ou intervenção percutânea, nos primeiros 6 meses após o
procedimento, e (3) cardiopatia congênita reparada com defeitos residuais no local ou
adjacente ao local do reparo ou dispositivo protético, que inibem a endotelização
 Receptores de transplante cardíaco que desenvolvem valvulopatia cardíaca 
pacientes cirúrgicos frequentemente tem doença pulmonar obstrutiva ou restritiva.
Fatores de risco: classificação da ASA superior a II, idade > 60 anos, dependência
funcional, presença da DPOC ou ICC, concentração de albumina sérica < 3,5 g/dL,
tabagismo ativo, presença de obesidade ou de asma de leve a moderada.
A anamnese deve enfatizar estado funcional, tolerância ao exercício, gravidade da doença
e medicações em uso - piora recente dos sintomas deve ser cuidadosamente avaliada - e
realizar exame físico completo do tórax, assim, os achados na história e exame físico e a
compreensão do procedimento cirúrgico planejado, devem orientar quanto a exames
pré-operatórios apropriados (Rx do tórax, gasometria arterial e testes de função
pulmonar). Pode-se, portanto, detectar e tratar doença pulmonar reversível, otimizar o
tratamento clínico e permitir o planejamento de suporte ventilatório pós-operatório.
Assim, o risco perioperatório associado à doença pulmonar preexistente é avaliar pela
identificação dos fatores de risco relacionados ao paciente, fatores relacionados ao
motivo cirúrgico e outros fatores relacionados com a operação (duração, opção por
anestesia geral e o uso intraoperatório de pancurônio).
DOENÇA PULMONAR
FATORES DE RISCO ASSOCIADOS COM COMPLICAÇÕES PULMONARES PRÉ-OPERATÓRIAS
IRC (insuficiência renal crônica): apresenta anormalidades acidobásicas, distúrbios
eletrolíticos e distúrbios da coagulação, por isso, a diálise deve ser realizada de 18 a
24 horas antes da operação para evitar alterações de fluidos e eletrólitos.
Doença hepática crônica: altera o metabolismo das drogas anestésicas, e a
hipoalbuminemia aumenta a fração livre de muitas drogas, tornando estes pacientes
mais sensíveis aos seus efeitos, tanto de longa e de curta ação.
Disfunções hepática e renal alteram o metabolismo e eliminação de agentes anestésicos,
assim como afetam funções sistêmicas, por isso pacientes com insuficiência hepática ou
renal aguda não devem ser submetidos a procedimentos eletivos até que essas
condições possam ser adequadamente estabilizadas.
- Anamnese: completa com a etiologia da insuficiência renal e a presença de complicações
sistêmicas relacionadas à IRC e a outras doenças sistêmicas, análise do débito urinário
diário, o tipo e a frequência da diálise e as complicações relacionadas.
- Exame físico: deve identificar complicações sistêmicas da IRC (estado da volemia,
coagulopatia, anemia, derrame pericárdicoe encefalopatia).
- Análise laboratorial: avaliação da anemia, anormalidades eletrolíticas, coagulopatia e
doença cardiovascular.
- Avaliação pré-operatória: focar na síntese hepática e função metabólica, presença de
coagulopatia, encefalopatia e ascite, e estado nutricional do paciente.
DOENÇAS HEPÁTICA E RENAL
Diabetes (DM): deve-se avaliar a duração e tipo do diabetes, regime de tratamento
em uso, revisão do dano orgânico funcional (disfunção autonômica, doença
cardiovascular, insuficiência renal, retinopatia e complicações neurológicas).
Substituir a insulina de longa duração por insulina de curta duração.
Administrar dose reduzida de insulina na manhã do dia da operação.
Uma vez administrada a insulina a um paciente diabético que esteja em dieta oral
zero, fornecer glicose junto à hidratação venosa.
No paciente diabético tipo 2, as sulfonilureias de longa ação, como clorpropamida,
devem ser suspensas e substituídas por agentes de curta ação.
Metformina deve ser suspensa devido ao risco de acidose láctica perioperatória. 
- Em geral, pacientes com diabetes possuam esvaziamento gástrico retardado e
apresentam refluxo gastroesofágico.
- Níveis perioperatórios de glicose devem estar bem controlados, para isso deve-se:
1.
2.
3.
4.
5.
- Os requisitos da insulina perioperatória variam, dependendo do peso corporal, doença
hepática, corticoterapia, infecção e se foi realizada cirurgia cardiopulmonar com
circulação extracorpórea.
- Pacientes que receberam glicocorticoides sistêmicos durante o ano anterior à operação
podem não responder adequadamente ao trauma cirúrgico, há risco de insuficiência
adrenal durante a anestesia, além disso, os pacientes que receberam glicocorticoides
cronicamente em geral necessitam de cobertura perioperatória com glicocorticoides -
cuja dosagem é recomendada de acordo com a dosagem pré-operatória de
glicocorticoide, duração da terapia e tipo de cirurgia.
NUTRIÇÃO, ENDOCRINOLOGIA E METABOLISMO
DOSAGEM DE GLICOCORTICOIDES NA COBERTURA PERIOPERATÓRIA
Trauma cirúrgico mínimo: 25 mg de hidrocortisona no dia da operação. 
Estresse cirúrgico moderado: 50 a 75 mg por 1 a 2 dias.
 Estresse cirúrgico maior: 100 a 150 mg/dia por 2 a 3 dias. 
Líquidos: tempo de esvaziamento gástrico: 1-2 horas;
Sólidos: tempo de esvaziamento gástrico: 6 horas.
líquidos translúcidos são aqueles através dos quais podemos enxergar e que não
contêm pedaços sólidos ou partículas.
devem ser instituídas precauções para diminuir risco de aspiração durante anestesia
em pacientes submetidos a procedimentos de emergência. 
não é recomendado o uso rotineiro de pró-cinéticos gastrointestinais, bloqueadores
da secreção ácida, antiácidos e antieméticos.
- Aspiração pulmonar de conteúdo gástrico: complicação incomum e grave, que deve
ser evitada através das diretrizes de jejum para pacientes agendados para cirurgia e
anestesia, nas quais as orientações de jejum absoluto após a meia-noite proíbem
qualquer ingestão de líquidos e sólidos.
ASA (1998): adotou recomendações que orientam período mínimo de jejum de 2 horas
após a ingestão de líquidos e 6 horas para sólidos e líquidos não translúcidos (leite e suco
de laranja).
JEJUM ANTERIOR À OPERAÇÃO
Pacientes com condições clínicas que causam esvaziamento gástrico retardado, assim,
podem usar agentes que otimizam o esvaziamento e neutralizam o ácido gástrico.
SUMÁRIO DE RECOMENDAÇÕES DE JEJUM PRÉ-OPERATÓRIO
Líquidos claros: 2 horas
Leite materno: 4 horas
Fórmula infantil: 6 horas
Leite não humano: 6 horas
Alimentos sólidos: 6 horas
LAYANE SILVA 
< 50% dos pacientes com suspeita de aspiração apresentam lesão pulmonar.
1/3 requerem entubação pós-operatória e ventilação.
muitos pacientes são extubados em 6 horas após a operação.
10% dos pacientes requerem entubação e ventilação por 24 horas ou mais. 
1/2 dos pacientes que requerem ventilação por 24 horas após a aspiração de
conteúdo gástrico evolui para óbito por complicações pulmonares.
- Aspiração: incidência de 1,4-11 por 10.000 procedimentos anestésicos, principalmente
em operações de emergência e em pacientes com doença subjacente que cause
diminuição do esvaziamento gástrico, sendo comum durante o despertar da anestesia e
durante a fase de indução.
ASA: escala graduada descritiva para categorizar as comorbidades pré-operatórias, que é
independente do procedimento cirúrgico e funciona como método de comunicação
padronizado entre profissionais de saúde sobre a condição clínica do paciente.
ASA I: Ausência de distúrbio orgânico, fisiológico, bioquímico ou psiquiátrico.
ASA II: Paciente com doença sistêmica leve que não resulta em limitação funcional. 
Ex.: HAS bem controlada, DM não complicado.
ASA III: Paciente com doença sistêmica grave que resulta em debilidade funcional. 
Ex.: DM com complicações vasculares, IAM prévio e HAS descontrolada.
ASA IV: Paciente com doença sistêmica grave que ameaça a vida. 
Ex.: ICC, angina pectoris instável.
ASA V: Paciente moribundo sem expectativas de sobreviver com ou sem a operação.
Ex.: aneurisma aórtico roto, hemorragia intracraniana com pressão elevada.
ASA IV: Morte cerebral declarada em um paciente que será submetido à retirada dos
órgãos para transplante.
E: Uma operação de urgência é necessária. 
Ex.: ASA IE = paciente sadio que será submetido a uma apendicectomia. 
AVALIAÇÃO DO ESTADO CLÍNICO
laringoscopia direta laboriosa ocorre em 1,5% a 8,5% e a impossibilidade de
entubação ocorre em 0,13% a 0,3% dos procedimentos de anestesia geral.
A avaliação pré- operatória focaliza o reconhecimento de pacientes que podem ser
difíceis de entubar ou ventilar sob máscara, assim, deve-se ter o conhecimento da
habilidade com técnicas para estabelecimento de via aérea pérvia (habilidades críticas
para prática segura da anestesiologia).
Para manuseio de via aérea difícil, impossíveis de realizar entubação e ventilação por
laringoscopia convencional, pode-se usar máscara laríngea, Combitube, estilete luminoso,
laringoscópio de Bullard e GlideScope, além do auxilio do broncofibroscópio como
ferramenta adicional.
ABORDAGEM DAS VIAS AÉREAS
se o anestesista suspeita que a ventilação sob máscara e a entubação traqueal serão
complicadas, recomenda-se que a ventilação espontânea seja preservada.
A ASA recomenda que seja realizado o exame inicial da via aérea e o reconhecimento de
pacientes com vias aéreas potencialmente difíceis, assim, tem-se que:
a abordagem dos pacientes com via aérea dificil inclui entubação acordada ou uso de
técnicas anestésicas que preservem a ventilação espontânea.
em alguns casos pode estar indicado o estabelecimento prévio de uma via aérea
cirúrgica no paciente acordado sob anestesia local.
pacientes que se apresentam com via aérea difícil inesperada após a anestesia, pode-
se induzir o relaxamento muscular - situação de emergência que deve ser resolvida
para evitar hipoxemia, lesão cerebral e morte.

Continue navegando