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Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS)

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Hipertensão Arterial Sistêmica
· A Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) é uma doença crônica degenerativa, de caráter multifatorial e multigênica. 
· É a elevação crônica da pressão arterial sistólica e ou diastólica. Admite-se a sua existência após três mensurações separadas, no mínimo, durante uma semana, exceto quando apresentar uma pressão arterial extremamente alta (210x120mmHg).
· Existem diversos fatores que levam o seu desenvolvimento e os mais comuns são: Hereditariedade, Obesidade, Tabagismo, Na+.
FISIOPATOLOGIA E DIAGNOSTICO
O grande problema da Hipertensão Arterial Sistêmica deriva da carga de trabalho imposta ao coração e do desenvolvimento de lesão nos vasos sanguíneos nos pontos de menor resistência. A pressão arterial varia com o Débito Cardíaco (DC) e a Resistência Vascular Periférica (RVP). Se o aumento da pressão arterial for frequente, prolongado e suficientemente grande, ele induzirá hipertrofia do coração e dos vasos sanguíneos. Na fase inicial da doença, o fluxo de sangue nos músculos está muito elevado e a RVP reduzida, enquanto nos rins e na pele acontece o inverso. Com a progressão da doença, o fluxo de sangue nos músculos é reduzido, aumentando assim a RVP, assim a PA aumenta para garantir uma perfusão tecidual adequada.
QUADRO CLINICO E COMPLICAÇÕES
A Hipertensão Arterial Sistêmica pode não produzir sintomas por anos. Os sintomas comuns são: 
- Cefaleia (pressão arterial diastólica superior a 110 mmHg, na região occipital e pela manhã);
- Dispneia (pode estar relacionada a coronariopatia isquêmica ou a insuficiência cardíaca), náusea (instabilidade cefálica) e transtorno de visão (retinopatia hipertensiva grave).
AVALIAÇÃO FISIOTERAPÊUTICA
· Na anamnese:
- Confirmar o diagnóstico de Hipertensão Arterial Sistêmica, identificar fatores de riscos para doenças cardiovasculares, pesquisar presença de doenças associadas, estratificar o risco cardiovascular.
- Antecedentes familiares e pessoais (diabetes, hipertensão, coronariopatias, obesidade, hipotireoidismo, hipertireoidismo).
- Estilo de vida: álcool, tabaco, sedentarismo, obesidade.
- Sinais e sintomas: dispneia, angina, taquicardia, cefaleia, calteração urinária.
- Uso de medicamentos:
· Bloqueadores beta-adrenérgicos: atenolol, propanolol.
· Bloqueadores alfa e beta: carredilol, labetalol.
· Inibidores da enzima de conversão de angiotensina: captopril, enalapril.
- Análise dos exames complementares: ECG, Teste Ergométrico, RX de tórax, ECO, exames laboratoriais (urina, potássio, creatinina, glicemia de jejum, colesterol total e HDL, triglicerídeos e ácido úrico), fundoscopia.
· Exame físico:
- Aferição da pressão arterial (deitado, sentado e em pé; braço direito e esquerdo), frequência cardíaca, saturação de oxigênio e circunferência da cintura (altura e peso).
- Ausculta cardíaca: sopro sistólico, sopro diastólico e pulsos periféricos (carotídeos, femorais e de extremidades como radiais, tibiais e poplíteo).
- Métodos: teste em esforço ergométrico ou cardiopulmonar (ergoespirometria): avalia a performance cardiorrespiratória e metabólica durante o exercício progressivo máximo e a isquemia miocárdica induzida, em pacientes hipertensos com sintomas sugestivos de doença arterial coronariana e em populações assintomáticas de alto risco cardiovascular.
OBJETIVOS FISIOTERAPÊUTICOS
- Redução da pressão arterial sistólica e diastólica em repouso e também durante certas condições fisiológicas como o estresse (agudos e crônicos); 
- Redução do uso de medicamentos, redução dos fatores de riscos e mudança do estilo de vida; 
- Praticar exercícios físicos aeróbicos (caminhada, corridas leves, ciclismo e natação) todos os dias por 30 a 60 minutos, de intensidade moderada.
- Adaptações autonômicas (diminuição da atividade nervosa simpática – menor ativação do sistema – renina - angiotensina e controle do barorreflexo arterial) e hemodinâmicas (diminuição da RVP ou diminuição do DC) que influenciam o sistema cardiovascular.
INTERVENÇÃO FISIOTERAPÊUTICA
· Programa de exercício físico aeróbico regular:
- Exercícios isotônicos de MMII com a intensidade prescrita de acordo com a FC máxima obtida em teste ergométrico. O paciente deve ter condições de conversar durante a realização do exercício. Realizar pelo menos 3 vezes por semana, por 50 a 60 minutos.
- A intensidade do exercício aeróbio deve ser moderada. Recomenda-se exercícios entre o limiar anaeróbico e 10% abaixo do ponto de compensação respiratória a partir do teste cardiopulmonar ou entre 40 e menor < que 60% do consumo de oxigênio de reserva ou, ainda, com base na FC, com intensidade entre 70 a 80% da FC de pico, obtida em um teste ergométrico, quando a realização não for possível.
- Exercícios resistidos também devem ser realizados como forma complementar ao tratamento aeróbico, 2 a 3 vezes por semana, 1 a 3 séries de 8 a 15 repetições, até a fadiga moderada (parar quando a velocidade do movimento diminuir).
- Exercícios de força não são recomendados, pois podem levar ao aumento exagerado da pressão arterial e ainda não existe evidências suficientes sobre seus benefícios para o paciente hipertenso.
- A sessão é composta por: aquecimento, condicionamento (estepes baseados no teste de esforço) e desaquecimento.

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