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Hipertensão Arterial Sistêmica anamnese

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Hipertensão Arterial Sistêmica
É uma condição clínica multifatorial, tem uma elevação sustentada dos níveis da pressão maior ou igual a 140/ ou 90mmHg
É frequentemente assintomática
Costuma evoluir para estruturas/órgãos: coração, cérebro, rins e vasos
É o principal fator de risco modificável com associação independente, linear e contínua para doenças cardiovasculares, renal crônica e morte prematura.
O diagnóstico precoce serve para evitar complicações futuras
OBS : Se o paciente 
FATORES DE RISCO PARA HAS
Idade : Quando mais velho as artérias ficam rígidas
Raça negra
Genética
Obesidade
Consumo excessivo de sal
Sedentarismo
PREVENÇÃO
Estimular a participação de multirões e ações sociais
Aferir pressão arterial sempre
Diagnóstico precoce
Tratamento contínuo
Controle adequado
Mudança no estilo de vida
.Controle de peso -2/3mmHg
.Dieta saudável -3mmHg
Redução do sal -2/3mmHg
Potássio -5/7mmGh
Atv,física -4/5mmHg
Ing.alcool -4/5mmHg
ANAMNESE COMPLETA
Na anamnese deve ser perguntado se a pessoa tem :
 ♦ Hábito de fumar, uso exagerado de álcool, ingestão excessiva de sal, aumento de peso, sedentarismo, estresse, antecedentes pessoais de diabetes, gota, doença renal, doença cárdio e cerebro-vascular;
 ♦ Utilização de anticoncepcionais, corticosteróides, antiinflamatórios nãohormonais, estrógenos, descongestionantes nasais, anorexígenos (fórmulas para emagrecimento), ciclosporina, eritropoetina, cocaína, antidepressivo tricíclico e inibidores da monoamino-oxidase;
 ♦ Sinais ou sintomas sugestivos de lesão em órgãos-alvo e/ou causas secundárias de hipertensão arterial; 
♦ Tratamento medicamentoso anteriormente realizado, seguimento efetuado e reação às drogas utilizadas; 
♦ História familiar de hipertensão arterial, doenças cárdio e cerebro-vasculares, morte súbita, dislipidemia, diabetes e doença renal.
Diagnóstico
Tempo de evolução da doença
Raça ,idade, sexo
Hábitos de Vida
Aspecto socioeconômico
Medicações de uso e dosagens ( TODAS)
História Familiar
.EXAME FÍSICO
Preparo do paciente
Explicar o procedimento ao paciente e deixá-lo em repouso por pelo menos 5 minutos em ambiente calmo. 
Deve ser instruído a não conversar durante a medida. Possíveis dúvidas devem ser esclarecidas antes ou após o procedimento
 Certificar-se de que o paciente não: 
• Esteja com a bexiga cheia 
• Tenha praticado exercícios físicos há pelo menos 60 minutos 
• Tenha ingerido bebidas alcoólicas, café ou alimentos • Tenha fumado nos 30 minutos anteriores O paciente deve estar na posição sentada, com as pernas descruzadas, pés apoiados no chão, dorso recostado na cadeira e relaxado. O braço deve estar na altura do coração (nível do ponto médio do esterno ou quarto espaço intercostal), livre de roupas, apoiado, com a palma da mão voltada para cima e o cotovelo ligeiramente fletido.
O exame físico do portador de HAS deve avaliar
♦ Os pulsos carotídeos (inclusive com ausculta) e o pulso dos 4 membros;
A pressão arterial - PA em ambos os membros superiores, com o paciente deitado, sentado e em pé (ocorrência de doença arterial oclusiva e de hipotensão postural);
 ♦ O peso (atual, habitual e ideal) e a altura, com estabelecimento do IMC – Índice de Massa Corporal; ♦ Fácies, que podem sugerir doença renal ou disfunção glandular (tireóide, supra-renal, hipófise) – lembrar o uso de corticosteróides;
 ♦ O pescoço, para pesquisa de sopro em carótidas, turgor de jugulares e aumento da tireóide; 
♦ O precórdio, anotando-se o ictus (o que pode sugerir aumento do ventrículo esquerdo) e possível presença de arritmias, 3ª ou 4ª bulhas e sopro em foco mitral e/ ou aórtico;
 ♦ O abdome, pela palpação (rins policísticos, hidronefrose, tumores) e ausculta (sopro sugestivo de doença renovascular);
 ♦ O estado neurológico e do fundo-de-olho;
 ♦ Ao examinar uma criança ou adolescente com hipertensão arterial, deve-se sempre verificar os pulsos nos membros inferiores, que quando não presentes orientam o diagnóstico para coarctação da aorta.
Exames laboratoriais
Os objetivos da investigação laboratorial do portador de hipertensão arterial são: 
a) confirmar a elevação da pressão arterial;
 b) avaliar lesões em órgãos-alvo (LOA); 
c) identificar fatores de risco para doença cardiovascular e co-morbidades; 
d) diagnosticar a etiologia da hipertensão
Exames laboratoriais não diagnosticam hipertensão arterial, mas são realizados geralmente para detectar ou excluir problemas que possam estar causando ou exacerbando a hipertensão e para avaliar as funções de órgãos.
Um fator importante para o diagnóstico de hipertensão é o histórico familiar, já que 90% dos casos são hereditários. Além disso, também deve ser levado em consideração: obesidade, consumo excessivo de sal ou de álcool, colesterol alto, sedentarismo, tabagismo, uso de anticoncepcionais orais e ser afrodescendente.
Os exames complementares obrigatórios para uma avaliação inicial do paciente hipertenso são :
· Análise de urina : Avalia a função renal e o comprometimento renal ou se tem a presença de nefropatia
· Sódio e potássio : Pedido junto com outros eletrólitos para avaliar o equilíbrio eletrolítico. Alguns medicamentos usados no tratamento da hipertensão arterial provocam perda renal excessiva de sódio e de potássio.
 Quando a dosagem de íons de potássio estiver em níveis inferiores ao valor de referência, pode ter a existência de uma causa secundária.
· Creatinina : Para detectar e monitorar disfunção renal e acompanhar o efeito de medicamentos sobre os rins.
· Glicemia em jejum
· Colesterol total , triglicerídeos plasmáticos e HDL
· Ácido úrico plasmático
· Catecolaminas e metanefrinas – Para medir a adrenalina, a noradrenalina e seus metabólitos detectando feocromocitomas, que podem causar episódios graves de hipertensão
· Eletrocardiograma de repouso
O eletrocardiograma identifica sinais de sobrecarga do ventrículo ou de isquemia miocárdica.
· Hemograma : Hematócrito – Pedido como parte do hemograma para avaliar a proporção entre células e líquido (plasma) no sangue.
Exames complementares podem ser solicitados quando houver indicação clínica adicional ou necessidade de investigação de causas secundárias. Assim sendo, em pacientes hipertensos com diabetes ou com síndrome metabólica e hipertensos com 3 ou mais fatores de risco, recomenda-se pesquisa de microalbuminúria. Para pacientes com glicemia de jejum entre 100 e 125 mg/dL, recomenda-se determinar a glicemia 2 horas após sobrecarga oral de glicose.
 Em hipertensos estágios 1 ou 2 sem hipertrofia ventricular esquerda ao ECG, mas com 3 ou mais fatores de risco (portanto, não obrigatório), considerar o emprego do ecocardiograma para a detecção da hipertrofia ventricular esquerda. Para pacientes hipertensos com suspeita clínica de insuficiência cardíaca, considerar a utilização do ecocardiograma para avaliação da função sistólica e diastólica.
A monitorização ambulatorial de pressão arterial de 24 horas pode ser indicada para avaliação da hipertensão arterial ou efeito do avental branco (PA;:: 140/90 mmHg no consultório e< 130/85 mmHg ao MAPA). Na suspeita de hipertensão mascarada (PA < 140/90 mmHg no consultório e 130/85 mmHg ao MAPA) e para avaliação terapêutica de hipertensão arterial resistente.
Exames de imagem 
Tomografia cardíaca computadorizada
A tomografia cardíaca computadorizada é um teste de imagem indolor que usa raios-X para obter imagens detalhadas do coração e seus vasos sanguíneos. Os computadores são capazes de combinar essas imagens para criar um modelo tridimensional do coração e detectar ou avaliar doenças coronárias, acúmulo de cálcio nas artérias, problemas com a aorta, com a função cardíaca ou outras alterações que podem estar relacionadas ao aumento da pressão arterial. O preparo pode incluir o uso de medicamentos para diminuir frequência cardíaca ou o de um contraste colorido para destacar os vasos sanguíneos.
Ultrassom das carótidas
Este é um exame fácil e indolor para avaliar o interior das artériascarótidas, que transportam oxigênio ao cérebro. Em pessoas com colesterol alto ou pressão alta, é comum que essas artérias apresentem placas de gordura em suas paredes. Essas placas podem se acumular a ponto de interromper a passagem de sangue ou se romper, formando um coágulo que, se transportado ao cérebro, pode provocar um AVC (Acidente Vascular Cerebral). O exame é bastante simples e não exige preparo: a pessoa fica deitada enquanto o técnico passa o aparelho de ultrassom pelas laterais do pescoço, com o auxílio de um gel.
MAPA
A monitorização ambulatorial da pressão arterial (MAPA) é um exame que mede a pressão a cada 20 minutos, durante 24 horas, e permite analisá-la não somente durante a vigília e o sono, mas também durante possíveis sintomas como tontura, dor no peito e desmaio. Para a realização desse exame, é colocado um monitor leve e pequeno na cintura, conectado a um tubo fino de plástico a uma braçadeira. A cada 20 minutos o monitor insufla a braçadeira e registra a pressão. Após 24 horas, os dados coletados geram um gráfico das pressões registradas. É usual que se peça ao paciente que tome nota dos horários em que dormiu, acordou, almoçou, jantou, sentiu algum sintoma, fez atividades físicas ou teve algum acontecimento importante durante o dia.
TRATAMENTO
Nos hipertensos com risco de CV baixo ou moderado, a meta do tratamento é alcançar valores inferiores de 140/90mmHg
No hipertenso com DAC, é obter PA<130/80mmHg, mas a diastólica tem q ta com valores acima de 70mmHg
Hipertensos com IC, o tratamento anti-hipertensivo tem que ser alcançar a meta de PA<130/80mmHg
Hipertensos com DRC, deve alcançar PA<130/80mmHg, mas sempre a monitorização
Nos indivíduos diabéticos deve manter valores <130/80mmHg evitando a redução para valores inferiores a 120/70mmHg
Não pode usar medicamentos inibidores da IECA com os bloqueadores da angiotensina.
Utilizar diuréticos de preferência pela manhã
Diuréticos 
Aumentam o volume do fluxo da urina. São considerados a classe de fármacos anti-hipertensivos mais utilizada no tratamento da hipertensão, sozinhos ou em associação com outros medicamentos. São substâncias com uma ação sobre os rins, atuando de forma a aumentar a excreção urinária de solutos. Seu efeito primário consiste em promover um maior débito de sódio, o que por sua vez causa também maior débito de água e, assim, do volume de líquidos extracelulares no organismo. Há dois tipos de medicamentos diuréticos que podem ser escolhidos pelo médico, conforme as características clínicas do paciente: diuréticos de alça e diuréticos tiazídicos
β bloqueadores adrenérgicos
Seu mecanismo anti-hipertensivo envolve diminuição inicial do débito cardíaco, redução da secreção de renina, readaptação dos barorreceptores e diminuição das catecolaminas nas sinapses nervosas.
Bloqueadores do canal de cálcio 
São anti-hipertensivos eficazes e reduzem a morbidade e mortalidade cardiovasculares
Reduzem a excitabilidade e a frequência cardíacas, promovendo o relaxamento da musculatura lisa arterial e reduzindo a resistência vascular periférica. Esses fármacos reduzem a entrada de cálcio nas células, o que causa a dilatação generalizada das artérias e arteríolas e a consequente diminuição da resistência delas, reduzindo a pressão arterial
Vasodilatadores
Tem uma ação direta sobre o músculo liso da parede vascular, levando-o a um relaxamento e consequente vasodilatação, proporcionando diminuição da resistência vascular periférica e resultando em queda da pressão arterial. Os vasodilatadores aumentam o espaço de contenção do sangue e, com isso, diminuem a força de pressão sobre a parede das artérias. 
Inibidores da enzima conversora da angiotensina (IECAs) atuam bloqueando a conversão da angiotensina I em angiotensina II, que é um vasoconstritor potente
Diminuem os níveis de angiotensina II e aumentam os níveis de bradicinina. Portanto, ocorre a vasodilatação de arteríolas e veias. Reduzindo os níveis de angiotensina II circulante, os IECAs também diminuem a secreção de aldosterona, resultando em menor retenção de sódio e água. Os efeitos desses fármacos ainda atuam diminuindo pré-carga e pós-carga cardíaca, reduzindo, dessa forma, o trabalho cardíaco
· Os IECAs são usados no cuidado de pacientes após infarto do miocárdio e são fármacos de primeira escolha no tratamento de pacientes com disfunções sistólicas.
· Após infarto do miocárdio, os IECAs atuam na regressão da hipertrofia ventricular esquerda e na prevenção do remodelamento ventricular.
· Os IECAs são os fármacos de primeira escolha para tratar insuficiência cardíaca, os pacientes hipertensos com DRC e os pacientes com risco elevado de doença arterial coronariana.

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