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Resenha Filme Nise O Coração da Loucura

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RESENHA DE FILME 
RESENHA DE “NISE: O CORAÇÃO DA 
LOUCURA” 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 L A J E A D O , M A I O D E 2 0 2 1 
I S A B E L A M E S S E R A L B E R T O 
C O L É G I O E V A N G É L I C O 
A L B E R T O T O R R E S 
 
P R O F . P A T R Í C I A D A R O C H A 
 
 
 2 
Em “Nise: O Coração da Loucura”, uma obra inspirada em uma história 
verídica, chama a atenção para a literaturas e teorias pré-concebidas do psiquiatra 
suíço Carl Gustav Jung, relacionada a tese de que os esquizofrênicos faziam uso 
da linguagem simbólica, por meio da arte, para se expressarem, de forma a 
refletir sobre a enfermagem e medicina comporem-se como ciências 
divinamente voltadas ao cuidado e reabilitação humana. No filme, destaca-se 
principalmente exemplificações e conceitualizações dos termos que envolvem a 
caracterização de cultura temporal de 1944, em âmbito individual e coletivo dos 
pacientes/clientes compreendidos no Centro Psiquiátrico Nacional Dom Pedro 
II, localizado no bairro Engenho de Dentro, na cidade do Rio de Janeiro. 
O longa metragem é tanto expositivo quanto analítico, pois à medida que 
realça fatos e conceitos também os desenvolve para compor seu argumento 
central: a visão do profissional de saúde em lutar pelo bem-estar e saúde física e 
psicológica de seus pacientes. Com essa obra, é possível notar movimentos 
históricos decorrentes da luta de Nise da Silveira (médica e protagonista do 
longa) – como o Movimento da Luta Antimanicomial (1987) e a Lei 
10.216/2001, aos quais demonstram a desoshospitalização dos pacientes com 
doença mental e o fechamento progressivo dos hospitais psiquiátricos para 
propor a instalação de serviços substitutivos (CAPS, Residências terapêuticas e 
programas voltado ao tema). 
Cabe ressaltar, que segundo analisado no filme, diferentes abordagens 
podem caracterizar-se como o cuidado e zelo pelo paciente. Por exemplo, o livro 
Holocausto Brasileiro (2013), por Daniela Arbex, expõe a barbárie e a 
desumanidade praticadas, durante a maior parte do século XX, no maior hospício 
do Brasil, conhecido por Colônia, situado na cidade mineira de Barbacena. Logo, 
é possível perceber que a Dra. Nise foi uma exceção à regra para seu período. A 
médica se recusou a adotar o “tratamento” até então dispensado aos pacientes 
mentalmente instáveis, que se baseava em métodos violentos, como agressões 
físicas, eletrochoque ou lobotomia. Portanto, colocaram-na com pacientes em 
situações “menos complexas”, os esquizofrênicos. Mas mesmo assim a 
profissional da saúde propôs novas abordagens terapêuticas e, dessa forma, 
obteve melhoras significativas nos quadros clínicos de seus pacientes/clientes.

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