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A farmacocinética é uma área da farmacologia que estuda a movimentação dos
fármacos no corpo, conectando as reações e os processos a que o organismo
submete os fármacos. As etapas farmacocinéticas são divididas em: absorção,
distribuição, metabolização e excreção (ADME). É importante entender as etapas
farmacocinéticas, pois cada fármaco apresenta um comportamento característico no
organismo e precisa passar por várias barreiras e compartimentos até chegar ao
local de ação, em uma concentração desejada, e permanecer por um determinado
tempo para desencadear a resposta farmacológica pretendida.
Com base no exposto, descreva, sequencialmente, os principais eventos que
ocorrem, com frequência, em cada etapa farmacocinética e os principais órgãos e
estruturas biológicas envolvidos após a administração oral de um fármaco
incorporado em um medicamento na forma farmacêutica de cápsula gelatinosa
dura.
As principais etapas farmacocinéticas que vão acontecer após a ingestão oral de
uma cápsula gelatinosa dura são: absorção, distribuição, metabolismo e excreção.
Tais ocorrem de forma simultânea, podendo assim uma interferir na outra.
Como primeira etapa temos a absorção, nela o fármaco inicia passando por todas
as membranas biológicas até chegar na corrente sanguínea, essa fase é importante
pois dependendo da sua forma de ingestão, alimentos e horários é possível afetar
sua biodisponibilidade. A concentração e local de ação vai depender da via que ele
foi administrado e seu grau de absorção pelas membranas e tecidos. Essa etapa
sofre interferências da enzima transportadora de mucosa (P-glicoproteína) e das
isoenzimas metabolizadoras presentes nos enterócitos da mucosa intestinal (CYP
3A4).
Em seguida temos a sua distribuição, que após a chegada na corrente sanguínea
transporta os fármacos entre os diferentes tecidos e compartimentos orgânicos. Sua
concentração vai depender do fluxo sanguíneo, velocidade de difusão tecidual e
propriedades físico-químicas do fármaco que foi ingerido. Os órgãos mais irrigados
são os mais capazes à distribuição dos fármacos, enquanto os menos irrigados, são
menos capazes.
As albuminas serão as moléculas responsáveis em grande parte pelo transporte das
substâncias exógenas (o fármaco ingerido), além das substâncias endógenas
(hormônios e colesterol). Condições patológicas como cirrose, insuficiência renal,
alterações fisiológicas geradas pela desnutrição, idade avançada e gravidez, podem
alterar a concentração de albumina e diminuir a distribuição do fármaco.
Logo após, temos a etapa do metabolismo que vai converter o fármaco em
metabólitos mais hidrossolúveis e polares, para serem eliminados com mais
facilidade ou serem ativos, inativos e até tóxicos. A metabolização será pela via
enzimática pois é mais frequente, ocorrendo principalmente no fígado e envolvendo
uma série de reações químicas catalisadas por um conjunto de enzimas
inespecíficas e cofatores denominados “complexo citocromo P450” (CYP-450).
Pode ocorrer também no pulmão, rins, intestinos e pele.
E por fim, temos a última etapa de excreção, onde o fármaco e seus metabólitos vão
deixar os tecidos e serão removidos do organismo. Podendo ser excretado
principalmente por via renal, pulmonar, digestiva e também pelas glândulas.

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