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Seminário Interdisciplinar - Perguntas Discentes de Pré-Clínica IV

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Lara de Aquino Santos 
 
SEMINÁRIO INTERDISCIPLINAR – NP1 
PRÉ-CLÍNICA IV 
 
01. Paciente F.E.C, 37 anos, catador de materiais recicláveis, morador da região do 
Lagamar, normossistêmico, não-fumante e não-etilista compareceu à UAPS Irmã Hercília 
queixando-se de dor aguda ao beber água gelada e ao mastigar do lado esquerdo. O mesmo 
não sabia apontar ao certo o dente que estava causando a dor. Foram solicitadas 
radiografias periapicais e realizados testes de sensibilidade ao frio, a percussão e a 
palpação para auxiliar no diagnóstico. 
a) Tendo em vista essa informação descreva sobre os tipos de testes de saúde pulpar e 
perirradicular. 
RESPOSTA: Os testes de saúde pulpar podem ser do tipo térmicos (que são subdivididos em 
testes ao frio e calor), testes elétricos e testes da cavidade. Enquanto que os testes 
perirradiculares são os testes de percussão (vertical e horizontal) e palpação. O teste térmico 
ao frio é realizado por meio de uma substância refrigerante, aplicada com o auxílio de uma 
pelota de algodão ou cotonete, na face vestibular do dente, que deve estar previamente seco 
(com gaze, pois a seringa tríplice estimula a polpa) e isolado relativamente. O teste ao calor é 
efetuado por meio de uma substância ou instrumento previamente aquecido. Já o teste elétrico 
é executado com o auxílio de um aparelho que estimula o dente através de choques. O teste de 
cavidade gera estímulos no dente por meio de uma broca de alta rotação, sem anestesia-lo 
previamente. O teste de saúde perirradicular do tipo percussão pode ser subdividido em 
vertical e horizontal. A percussão vertical é realizada com o auxílio do cabo do espelho clínico, 
onde iremos efetuar batidas na face incisal ou oclusal do elemento dentário, enquanto que a 
percussão horizontal iremos executar batidas na face vestibular. O teste de palpação consiste 
em pressionar a região do periápice do dente em questão, com o dedo indicador. 
b) Discorra sobre os possíveis resultados do teste de vitalidade pulpar, bem como o 
tratamento para cada caso. 
RESPOSTA: Dente 24 encontra-se necrosado. Dente 26 apresenta pulpite irreversível. Dente 
37 encontra-se necrosado e com patologia periapical. Dente 38 apresenta pulpite reversível e 
com patologia periapical. Dentes 27, 28, 35 e 47 apresentam pulpite reversível. 
Radiograficamente observa-se extensas restaurações, com proximidade ao tecido pulpar. Os 
dentes com necrose e patologia periapical ou pulpite irreversível devem ser tratados 
endodonticamente. 
 
c) Quais fatores devem ser considerados para realizar o tratamento endodôntico nos 
dentes em questão? 
Lara de Aquino Santos 
RESPOSTA: Deve-se analisar a medida de comprimento do elemento dentário, número de 
canais, frequência de canais acessórios, direção e ângulo de inclinação no arco dentário, direção 
apical da curvatura radicular, variações no ângulo de curvatura do canal e diâmetro dos canais 
a 1 mm do forame apical (CRD – 1). 
 
02) Com base no resultado dos testes de vitalidade pulpar, percussão e palpação pôde-se 
concluir que o cirurgião-dentista encaminhará o paciente para o Centro de Especialidades 
Odontológica (CEO), para a realização do tratamento endodôntico dos dentes que 
apresentam necrose, patologia periapical e pulpite irreversível. Descreva o protocolo clínico 
do procedimento a ser realizado. 
RESPOSTA: 1. Anestesia. / 2. Isolamento absoluto do dente em questão. / 3. Ponto de eleição 
e trepanação. / 4. Forma de contorno. / 5. Desgaste compensatório. / 6. Estabelecer o CAD e 
os 2/3 dele (fornecido pela radiografia). / 7. Penetração desinfectante: Por meio de uma lima 
fina (#10), realizar movimentos de cateterismo (meia volta a direita, meia volta a esquerda, 
traciona). Irrigar com a substância química auxiliar e penetrar até os 2/3 do CAD. / 8. Preparo 
cervical: Utilizar as 3 gattes glidden, em ordem decrescente para desgastar a dentina no terço 
cervical. A última GG deve penetrar até os 2/3 CAD. / 9. Odontometria: Utilizar o localizador 
apical. Inserir a alça labial em um cabo e a lima em outro. Posicionar a alça labial no lábio do 
paciente. Inserir a lima no canal e ultrapassar o forame. Posicionar o stop e medir na régua. 
Definir o CRT (CRD – 1 mm). / 10. Diâmetro anatômico: Testar as limas sequenciais no canal 
até que uma delas alcance o CRT de forma ajustada. / 11. Patência foraminal: Através de uma 
lima fina (#10), utilizando movimento de cateterismo, penetrar o CRD, para desobstruir o 
forame. / 12. Preparo apical: Utiliza três limas sequenciais após o D.A, por meio do movimento 
de alargamento parcial à direita. Realizar irrigação e patência foraminal entre as trocas de 
limas. Anotar a última lima utilizada (instrumento memória). / 13. Recuos programados: Utiliza 
três limas sequenciais após o instrumento memória. A cada penetração deve- se calibrar as 
limas para que elas recuem 1 mm no CRT. Realizar patência a cada lima, e utilizar o instrumento 
memória até o CRT. / 14. Calibração do cone principal: Realizado de acordo com o instrumento 
memória, utilizando a régua calibradora. Inserir o cone de guta-percha no orifício e cortar a 
sua ponta com a lâmina de bisturi. / 15. Prova do cone: Realizar três testes. No teste visual 
deve-se marcar o cone com o valor referente ao CRT, por meio de uma pinça, e inseri-lo no 
canal. No teste tátil iremos verificar se o cone está levemente travado no canal. Já o teste 
radiográfico é realizado após a aprovação dos outros testes. / 16. Seleção do espaçador digital: 
Introduzir aproximadamente nos 2/3 do CAD, sem forçar contra o canal. / 17. Desinfecção do 
cone: Imersão em hipoclorito de sódio, na concentração de 2,5%, durante 1 minuto. Secar com 
gaze. / 18. Remoção da smear layer: Lavar o canal com hipoclorito de sódio; inserir 1-2 ml da 
substância EDTA, através de uma seringa, deixando agir por 3 minutos. Aspirar o excesso de 
líquido e lavar com hipoclorito de sódio. / 19. Secagem do canal: Secar primeiramente com o 
sugador endodôntico. Depois inserir o cone de papel absorvente no canal, próximo ao CRT. / 20. 
Preparo do cimento endodôntico: Cimento à base de óxido de zinco e eugenol. Proporção 1:1, 
realizar movimento de espatulação. Ao final deve formar um fio de aproximadamente 2 cm 
entre a espátula 24 e a placa de vidro. / 21. Assentamento do cone principal: Colocação do 
cimento no canal, por meio da lentulo em baixa rotação. Besuntar o cone principal no cimento 
Lara de Aquino Santos 
endodôntico e inseri-lo até o CRT. / 22. Colocação do espaçador digital: Com movimento de 
cateterismo. Se houver espaço, inserir os cones acessórios até preencher o canal. / 23. 
Radiografia: Verificar o preenchimento do canal. / 24. Corte da obturação: Por meio dos 
calcadores de Paiva. Aquecê-lo por 20 segundos, até a ponta ficar ao rubro. Inserir no canal e 
comprimir sobre uma parede do dente, até derreter a guta-percha e ela ficar somente na 
entrada do canal. / 25. Condensação vertical: Utilizar um calcador frio para realizar uma leve 
pressão do cone para dentro do canal. / 26. Realizar radiografia final.

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