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Ciclo menstrual normal: fisiologia Fase folicular • Primeiro dia de sangramento até o pico de LH. • Níveis de estrogênio e progesterona baixos. • Secreção pulsátil de GnRH ➡ aumento do FSH. • FSH recruta folículos. • Folículos produzem estradiol. • Estradiol faz feedback negativo e FSH começa a reduzir. • Estágios do folículos: 1. Folículo primário 2. Folículo pré-antral 3. Folículo antral • Um dos folículos é eleito primordial e os outros começam a regredir. • Participação da Inibina B. • Fase folicular tardia ➡ aumento do LH em resposta aos níveis de estradiol. Período ovulatório • Engatilhada pelo aumento dos níveis de estradiol. • Resulta no pico de LH. • Ocorre digestão da parede folicular por prostaglandinas, lisossomos, progesterona e estrogênio. • Contração das células musculares lisas locais. Fase lútea • Começa com o pico de LH. • Corpo lúteo começa a produzir progesterona. • Segundo aumento do estradiol. • Cerca de 8 dias após o pico de LH, há o pico de progesterona. • Estradiol e inibina A impedem FSH de aumentar. • Se não ocorrer fecundação, corpo lúteo sofre luteólise. • Queda nos níveis de progesterona, estradiol, inibina A. • Perda do feedback negativo exercido pela progesterona causa aumento da frequência de pulso de GnRH ➡ FSH. - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - Inibina B ➡ inibe o FSH com ação hipofisária ➡ ausente na fase lútea. Inibina A ➡ inibe o FSH com ação hipotalâmica ➡ aumentada na fase lútea. Ovulação: 36h após o pico de LH. Progesterona ➡ serve para manter gravidez até a placenta ser finalizada (10 semanas). Ciclo normal: 25 a 35 dias. Um ciclo de 28 ➡ primeiro dia é o sangramento, 14 da ovulação. Primeiro pico de estrogênio ➡ folículo primordial. Pico de E2 por feedback positivo leva ao pico de lH. Feedback negativo exercido pela progesterona na fase lútea acaba. Assim, temos aumento nos pulsos de GnRH e começa o novo ciclo. Meio ciclo oócito completa a primeira divisão meiótico e secreção fator ativador plasminogênio e citocinas. ENDOMÉTRIO: MENSTRUAÇÃO Histologia endometrial: glândula, estroma e vasos. Fase proliferativa e fase secretora Imagens do endométrio no USG TV: 1) FASE PROLIFERATIVA (fase folicular) Estrogênio prolifera o endométrio (até dia 15). Endométrio mais espesso, com glândulas mais espessas. Glândulas mais estreitas e tubulares. Aumento de células ciliadas e microvilosas. 2) FASE SECRETORA (fase lútea) Após ovulação, progesterona assume, transformando o endométrio em secretor. Estroma torna-se edemaciado. Endométrio fica mais refringente. Arteríolas dilatadas e espiraladas. Diminuição dos receptores de estrogênio (bloqueados pela progesterona). Obs.: pílula ➡ não ovular. Inibir pico de LH. Descamação do endométrio. Altera motilidade tubária. Torna muco cervical espesso. O que define o efeito da pílula é a progesterona. 3) FASE MENSTRUAL Falha na implantação do embrião. Falta de esteroides sexuais. Profundo espasmo vascular da artéria espiral, causando isquemia endometrial. Ruptura de lisossomos e liberação de enzimas proteolíticas. Destruição do tecido. Essa camada do endométrio é eliminada sob a forma de sangramento menstrual. Deixa a decídua basal como fonte para crescimento endometrial subsequente. FISIOLOGIA MENSTRUAL A menstruação é uma inflamação ➡ liberação de mediadores e migração de células de defesa. Dismenorreia ➡ trata com anti-inflamatórios. Hemorragia. Mecanismos vasculares - perda regulada de tecido endometrial e sangue. MECANISMOS ENVOLVIDOS NA MENSTRUAÇÃO • Esteroides sexuais regulam função endometrial e menstruação. • Após a ovulação, corpo lúteo secreta progesterona: receptividade endometrial caso aconteça a fertilização. • Regressão do corpo lúteo – declínio acentuado níveis de progesterona. • Desencadeamento de resposta inflamatória no endométrio: infiltração de leucócitos, liberação de citocinas, ativação de metaloproteinases (MMPs). • Descamação 2/3 endométrio (camada funcional): implantação do blastocisto. • Regeneração pela camada basal. Como ocorre a parada de sangramento? • Sistema de regulação endometrial. • Lesão endotelial: ativação e agregação de plaquetas - coágulo. • Plaquetas: interação com fator von Willenbrand ou fator tecidual gerador de trombina. • Formação de fibrina via cascata de coagulação: via extrínseca e intrínseca. • Fibrinólise: degradação da fibrina pela plasmina. SANGRAMENTO FISIOLÓGICO Queda da progesterona. Citocina pró-inflamatórias: PGs E, interleucina 8. Ocorre morte celular programada com autólise do endométrio provocada pela fosfatase ácida, metaloproteinases, proteases. Atividade fibrinolítica - sangramento. Mecanismos locais de parada do sangramento: vasoconstrição das artérias espiraladas com isquemia então vasodilatação, coagulação e regeneração do endométrio. REGENERAÇÃO DO ENDOMÉTRIO Papel do estrogênio. Mediador central da função vascular: fator de crescimento endotelial. Na camada proliferativa: rápido crescimento da camada funcional - angiogênese para manter a perfusão do novo tecido. Descamação – reparo eficiente para garantir implantação no ciclo menstrual futuro. Regeneração: inflamação e sua resolução, angiogênese, formação tecidual, remodelação tecidual. Acontece do dia 2 ao 6 do ciclo. EVENTOS LOCAIS DO ENDOMÉTRIO • Queda da progesterona. • Encolhimento da espessura endometrial • Vasoconstricção das arteríolas espiraladas (transitória porém prolongada) – injúria – isquemia – reperfusão. (Não se sabe qual o papel da hipóxia). • Sangramento focal. • Vasoconstricção desejável para limitar o sangramento: PGF2α e endotelina I. (PGE2 conhecido vasodilatador). • Sistema de coagulação. • Angiogênese: fator de crescimento endotelial - regeneração.