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Tecido epitelial de revestimento e tecido epitelial glândular

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Tecido Epitelial 
Raquel Barcelos 
BCTD I – MED107 
O tecido epitelial apresenta duas funções básicas: revestimento e secreção. Pode ser, portanto, 
classificado como tecido epitelial de revestimento ou tecido epitelial glandular. 
Funções: 
 • Proteção dos tecidos subjacentes contra abrasões e lesões; 
• Transporte transcelular de moléculas através de camadas 
epiteliais de revestimento; 
• Secreção de uma série de moléculas, como componentes do 
muco, hormônios e enzimas, entre outras, a partir das células 
epiteliais glandulares; 
• Absorção de substâncias a partir de um lúmen (p. ex., no trato intestinal ou 
em certos segmentos tubulares dos néfrons dos rins); 
• Controle do movimento de substâncias entre os compartimentos do corpo 
através de uma permeabilidade seletiva proporcionada por regiões 
especializadas entre as membranas plasmáticas de células epiteliais 
adjacentes (junções intercelulares); 
• Detecção de sensações através de células epiteliais especializadas, como 
corpúsculos gustativos, ou células pilosas da orelha externa. 
TECIDO EPITELIAL DE REVESTIMENTO 
MATRIZ EXTRACELULAR 
Os tecidos são formados pelas células e pela matriz extracelular (MEC). O tecido 
epitelial de revestimento não possui matriz abundante como o tecido conjuntivo. 
O tecido epitelial apresenta apenas a membrana basal, por isso consideramos 
que ele possui pouca/nenhuma matriz extracelular. 
A membrana basal é uma estrutura laminar especializada constituída pelas 
proteínas: colágeno tipo IV, laminina, fibronectina e proteoglicanos. Possui 
função de sustentação, pois promove a adesão entre o tecido epitelial e o tecido 
conjuntivo. Através dela, o tecido conjuntivo frouxo adjacente nutre o epitélio por 
osmose. Portanto, essa estrutura é uma barreira permeável. 
A membrana basal também controla a organização e 
diferenciação celular, ou seja, a regeneração epitelial. 
 
 
 
 
TECIDO EPITELIAL DE REVESTIMENTO 
Tecido Epitelial 
Raquel Barcelos 
BCTD I – MED107 
JUNÇÕES CELULARES 
As junções celulares promovem: aderência celular, vedação do 
espaço intercelular e comunicação entre células adjacentes. 
Podem ser classificadas em: 
- Junções de adesão (zônulas de adesão, hemidesmossomo e 
desmossomo); 
- Junções impermeáveis (zônulas de oclusão) 
- Junções comunicantes (junções gap) 
Conferir o detalhamento das junções no resumo de biologia celular 
CARACTERÍSTICAS DO TECIDO EPITELIAL DE REVESTIMENTO: 
• Células justapostas, intimamente unidas por junções intercelulares 
• Pouca/nenhuma matriz extracelular, apenas a lâmina basal 
• Avascular (por isso é sustentado por tecido conjuntivo). 
Obs: O tecido epitelial recebe suprimento de oxigênio e nutrientes do tecido conjuntivo adjacente através de difusão pela lâmina basal. 
Obs²: Lâmina basal + lâmina reticular = membrana basal 
ESPECIALIZAÇÕES DA SUPERFÍCE CELULAR 
As especializações cooperam com a funcionalidade da estrutura em que estão. Por exemplo, a tuba 
uterina apresenta cílios que auxiliam no movimento do ovócito. Seguindo a mesma lógica, o epitélio 
da pele é revestido por queratina, pois necessita de uma maior proteção. Bem como o intestino possui 
microvilos para aumentar a superfíce de contato e promover a maior absorção de moléculas. São 
especialzações de superfície: microvilos, cílios, esterocílios e as células caliciformes*. 
*As células caliciformes não estão na superfície das células, mas entram na classificação de especialização. 
Microvilos: são pequenas projeções citoplasmáticas. Podem ser de projeções 
curtas ou longas em forma de dedos ou pregas. Estão presentes em células que 
exercem intensa absorção. Formam a borda em escova (ou borda estriada) 
visualizada na microscopia óptica. 
 
 
 
Microscopia eletrônica. 
Epitélio de revestimento 
interno do tubo digestório 
Tecido Epitelial 
Raquel Barcelos 
BCTD I – MED107 
Cílios: são prolongamentos longos dotados de 
motilidade. Promovem um movimento 
coordenado (trato respiratório e tuba uterina). 
 
Estereocílios: prolongamentos longos e imóveis das células do 
epidídimo e do ducto defente. São microvilos longos e 
ramificados. Aumentam a área de superfície da célula. 
 
 
Células caliciformes: são células epiteliais modificadas. Sintetizam e 
secretam muco. Presente no epitélio dos tratos respiratório e 
gastrointestinal. Diminuem a abrasão. 
Com o preparo da lâmina, em coloração de rotina (HE), as células 
caliciformes ficam esbranquiçadas por perderem seu conteúdo mucoso. Em 
outras colorações é possível identificá-las com cor. 
 
 
 
FUNÇÕES DO TECIDO EPITELIAL DE REVESTIMENTO: 
- Divisão do organismo em compartimentos funcionais 
- Difusão seletiva de substância 
- Absorção e/ou secreção de substância 
- Proteção física 
 
 
Epitélio de revestimento pseudoestratificado cilíndrico ciliado 
com células caliciformes. Trato respiratório (traqueia) 
Setas apontam para os esterocílios do epidídimo. 
Epitélio simples colunar com células 
caliciformes e borda em escova presente no 
intestino delgado. 
Lâmina em coloração diferente destacando as 
células caliciformes. 
Tecido Epitelial 
Raquel Barcelos 
BCTD I – MED107 
CLASSIFICAÇÃO 
1. Quanto ao número de camadas: 
a. Simples: uma única camada de células 
b. Estratificado: mais de uma camada de células 
c. *Pseudoestratificado: é considerado simples. Possui apenas 
uma camada, mas a disposição dos núcleos faz parecer 
estratificado. 
 
 
 
2. Quanto a forma das camadas: 
a. Pavimentoso: célula achatada e núcleo achadato 
b. Cúbico: forma cúbica e núcleo arredondado 
c. Cilíndrico/Prismático/Colunar: células mais altas e 
núcleos alongados 
 
 
 
 
 
3. Quanto a presença de Especializações de superfície 
a. Queratinizado: com presença de uma camada de queratina (ex.: 
pele) 
b. Ciliado: com presença de cílios na superfície (ex.: traquéia) 
Obs: O tecido epitelial estratificado pode apresentar diferentes formas de células nas 
camadas, mas o tecido deve ser classificado segundo a forma da camada mais apical. 
 
EPITÉLIO PAVIMENTOSO SIMPLES 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Endotélio e mesotélio 
Tecido Epitelial 
Raquel Barcelos 
BCTD I – MED107 
EPITÉLIO CÚBICO SIMPLES 
 
 
 
 
 
 
 
EPITÉLIO CILÍNDRICO SIMPLES 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
EPITÉLIO PSEUDOESTRATIFICADO CILÍNDRICO CILIADO COM CÉLULAS CALICIFORMES 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Túbulo coletor do rim 
Intestino delgado 
Trato respiratório 
Tecido Epitelial 
Raquel Barcelos 
BCTD I – MED107 
EPITÉLIO ESTRATIFICADO PAVIMENTOSO NÃO QUERATINIZADO 
 
 
 
 
 
 
 
 
EPITÉLIO ESTRATIFICADO PAVIMENTOSO QUERATINIZADO 
 
 
 
 
 
 
 
 
EPITÉLIO DE TRANSIÇÃO 
É um tipo de epitélio estratificado. Possui células superficiais grandes, globosas, com contornos 
arredondados e núcleos arredondados. Presente na bexiga e ureter. 
Esôfago 
Pele 
Tecido Epitelial 
Raquel Barcelos 
BCTD I – MED107 
 
METAPLASIA 
Mudança de um epitélio de revestimento. 
Ex.: indivíduo fumante. 
Acontece por agentes externos e leva a perda da 
função tecidual. 
 
 
 
 
 
 
O tecido epitelial glandular se origina a partir do tecido epitelial de revestimento. As células epiteliais 
se proliferam, migram para o tecido conjuntivo adjacente produzindo uma lâmina basal associada 
durante essa migração. Conforme as células epiteliais se aprofundam no tecido conjuntivo, 
diferenciam-se e se associam em unidades secretoras ou porções secretoras glandulares. As 
unidades secretoras, juntamente com seus ductos associados, formam o parênquima da glândula, 
enquanto os elementos do tecido conjuntivo que sustentam o parênquima formam o estroma da 
glândula. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
As glândulas são classificadas em dois grupos principais, com base no método de liberação de seus 
produtos de secreção: 
1. Glândulas exócrinas, que secretam seus produtos através de canais, denominados de ductos, 
sobre a superfície livre interna ou externa de epitéliosdos quais se originaram; 
TECIDO EPITELIAL GLANDULAR 
Tecido Epitelial 
Raquel Barcelos 
BCTD I – MED107 
2. Glândulas endócrinas, que são glândulas sem ductos, uma vez que perderam a conexão com o 
epitélio de origem, secretando, assim, seus produtos no meio extracelular, de modo que atinjam a 
corrente sanguínea ou a corrente linfática para sua distribuição. 
GLÂNDULAS ENDÓCRINAS 
As glândulas endócrinas liberam suas secreções – os hormônios – para que atinjam os vasos 
sanguíneos ou linfáticos, de modo que sejam distribuídas até seus órgãos-alvo. As principais 
glândulas endócrinas do corpo incluem glândulas suprarrenais, hipófise, tireoide, paratireoides e 
pineal; entre os órgãos endócrinos, também estão incluídos os ovários, os testículos e a placenta. 
Classificam-se em: cordonal ou vesicular 
 
 
Cordonal: cordão de células enoveladas. 
Ex.: Glândulas suprarrenal, ilhota pancreática. 
 
 
 
Vesicular (folicular): O tecido epitelial forma a parede das 
vesículas. 
Ex.: glândula tireoide 
 
 
 
 
 
*Hipertireoidismo = as glândulas ficam menores, pois liberam muito hormônio = pouco estoque. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Tecido Epitelial 
Raquel Barcelos 
BCTD I – MED107 
*Glândula endócrina unicelular: Sistema neuroendócrino difuso (SNED) 
Células endócrinas entremeadas entre outras células secretoras, dispersas 
pelos sistemas respiratório e digestório. 
 
 
 
GLÂNDULAS EXÓCRINAS 
As glândulas exócrinas são classificadas de acordo com a natureza de sua secreção, seu modo de 
secreção e o número de células (unicelular ou pluricelular). Muitas glândulas exócrinas nos tratos 
digestório, respiratório e urogenital secretam substâncias que são descritas como mucosas, serosas 
ou mistas. 
 
 
Glândula exócrina unicelular: célula caliciforme. Apresenta 
secreção mucosa (carboidrato e água). Ajuda na absorção (TGI) e 
atua como filtro (respiratório). 
 
 
 
As glândulas exócrinas multicelulares classificam-se, quanto: 
- Morfologia de suas porções: ducto excretor e porção secretora 
O ducto excretor pode ser simples (um ducto) ou composto (vários 
ductos) 
 
A porção secretora pode ser ramificada. 
 
Dessa forma, a glândula pode ser: 
Simples e ramificada (um ducto + mais de uma porção secretora) 
Composta e ramificada (mais de um ducto + mais de uma porção) 
Além disso, a porção secretora pode ser classificada quanto ao seu formato: 
- acinosa (alveolar) 
- tubulosa 
- túbulo-enovelada 
Tecido Epitelial 
Raquel Barcelos 
BCTD I – MED107 
- Modo de secretar: 
Holócrina: libera células mortas junto com a secreção. Há apoptose durante a produção da secreção. 
Ex.: glândula sebácea. 
Apócrina: libera a parte apical do citoplasma junto com a secreção. Ex.: glândula mamária lactante 
Merócrina (ou écrina): grande maioria das glândulas do corpo. Libera apenas a secreção. Ex.: glândula 
salivar parótida. 
 
 
 
 
A glândula écrina pode gerar uma secreção serosa (rica em proteínas) ou uma secreção mucosa (rica 
em glicídios). 
 
 
 
 
 
 
 
As glândulas écrinas podem gerar os dois tipos de secreção, e, quando isso acontece, são 
classificadas como glândulas mistas. Ex.: pâncreas. 
 
 
Glândula écrina serosa Glândula écrina mucosa Glândula écrina mista

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