Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
CENTRO UNIVERSITÁRIO PRESIDENTE ANTÔNIO CARLOS UNIPAC - BARBACENA CURSO DE PSICOLOGIA CÁSSIO ANTÔNIO DA SILVA CASSEMIRO, KAMILA CRISTINA DO NASCIMENTO, POLIANA RODRIGUES MESQUITA, SAMILLA RIBEIRO FREITAS AUGUSTO, TAÍS DE SOUZA SILVEIRA PROCESSOS GRUPAIS “ UM ESTRANHO NO NINHO” Considerações feitas no corpo do texto. Notas: Trabalho 1: 7,5. Trabalho 2: 6,5. Total = 14,0 BARBACENA 2021 CÁSSIO ANTÔNIO DA SILVA CASSEMIRO, KAMILA CRISTINA DO NASCIMENTO, POLIANA RODRIGUES MESQUITA, SAMILLA RIBEIRO FREITAS AUGUSTO, TAÍS DE SOUZA SILVEIRA PROCESSOS GRUPAIS “ UM ESTRANHO NO NINHO” BARBACENA 2021 Trabalho apresentado no curso de graduação em Psicologia, como avaliação parcial de conclusão de semestre da disciplina Teorias e Técnicas Grupais Orientador (a): Eloisa Castro Orientador (a): Kellen Carvalho INTRODUÇÃO O presente trabalho é sobre o filme “Um Estranho no Ninho” (1975), de Milos Forman, com este, será realizado uma analise detalhada do filme em decorrência das bagagens teóricas de Pichon-Riviére, logo seus conceitos e todas suas fundamentações do Processo Grupal e Grupo Operativo. Ademais, na monografia também, será discorrido as interligações do longa metragem com contextualizações de outros autores, como Lane e Lewin. São propósitos deste trabalho; analisar, salientar e relacionar elementos da dinâmica e do funcionamento do grupo existente no filme, com o fito de identificar os tópicos que compõem o Processo Grupal. Está organizado em 3 partes. Na primeira parte, “Desenvolvimento Teórico” será destacado todo o conceito de grupo, fenômenos grupais e suas concepções, destacando os principais pressupostos teóricos dos autores e, sondando nossos pareceres sobre compreensões de grupos. Na parte 2, contém a sinopse do longa “Um Estranho no Ninho”, obviamente, com o intuito de ponderar a desenvoltura do filme, evidenciando o enredo principal, objetivos e as relevâncias da temática. Já na terceira parte do trabalho, “Papéis Representados no Processo Grupal”, será explicitado em forma de tópicos os papéis/constituintes da dinâmica e funcionamento do grupo existentes no filme. Para tal, a metodologia utilizada foi a pesquisa bibliográfica, enriquecida com algumas pesquisas e o objeto de estudo, foi notoriamente o próprio filme. Usem a distribuição em parágrafos. DESENVOLVIMENTO TEÓRICO Com o objetivo de enriquecer o presente trabalho, apresentaremos brevemente o conceito de grupo, de acordo com todas as perspectivas expostas nas aulas e matérias disponibilizadas na disciplina Teoria e Técnicas Grupais, indo além do entendimento razoável onde o grupo se dá a partir das interações dos indivíduos uns com os outros, tendo normas e objetivos conjuntos, como já se entende logo após o nascimento já estamos inseridos em um grupo, a família, que se responsabiliza pelo primeiro contato com o mundo, que ajudam na construção de hábitos, em seguida somos inseridos em outras instituições grupais como a escola, e a igreja. Os grupos possuem objetivos, assim procuram usar de meios para conquista-los, cada integrante do grupo contem suas características, como por exemplo, pode haver um membro mais motivado que outro com atitudes mais firmes, entretanto é possível compreender que muitos grupos estão intimamente ligados, e quando algo ofende um, pode vir a ofender todos os demais membros, por exemplo. Como proposto adentraremos no contexto do grupo, suas definições e conceitos, suas características e denominações, etc. Sendo assim, primeiramente vamos ressaltar o conceito de grupo operativo-GO, este se dá no trabalho com grupos com intenção de propiciar o processo de aprendizagem aos próprios componentes, destaca-se que o GO atiça o fluxo da palavra, tendo assim uma relação horizontal entre aluno e professor, buscando assim uma maneira em que ambos tenham voz ativa na produção de conhecimento. Ciente do Grupo Operativo é possível partir para o entendimento de ECRO (Esquema Conceitual, Referencial e Operativo), manifestando aptidão para executar tarefas e desenvolver comunicação que se vale a partir do contexto operativo que abarcando fatores como linguagem. Segundo Menezes e Avelino (2016), a verticalidade e a horizontalidade, norteiam a estrutura de um grupo, referenciando a história do sujeito e ao campo grupal respectivamente. Adiante, no grupo é possível destacar papeis importantes provindos da dinâmica grupal, como o líder, o porta-voz, o bode expiatório, há também na estância da funcionalidade assimétrica, o papel de coordenador e de observador. Osório (2000) resumidamente salienta que os GO, a aprendizagem vem do desempenho do próprio grupo. Martín-Baró retomou pontos do conceito de Silvia Lane, para assim mencionar o seu ponto de vista sobre grupo, logo para eles entender o processo grupal é mais preciso do que outro aspecto de grupo, então enfatizam que há todo um contexto histórico sobre o grupo, e o grupo em si ser esse contexto, a relação com a sociedade transpira no grupo, Baró enfatizava o que anteriormente Lane pensava sobre o grupo, no que diz respeito ao sentido que a ação grupal se tem diante de todo um contexto histórico dentro da sociedade considerando seus aspectos. Martín-Baró criou uma teoria dialética, para apresentar o entendimento do grupo, ele partiu de análise das teorias grupais, onde destacou que alguns problemas do padrão que a psicologia social usava eram “a) a parcialidade dos paradigmas predominantes; b) a perspectiva individualista; e c) o ahistoricismo” (p.203). Dando continuidade ao âmbito de Baró, vale destacar as definições distribuídas por ele, denominando os tipos de grupo, que são grupos primários, funcionais e estruturais. Grupo primário entende que o fazer social se dá a partir da conclusão das necessidades de cada pessoa em si e em sua completa identidade, que juntamente com o poder e a atividade grupal são características do grupo primário, cabe mencionar que nem todos os grupos pequenos são primários. O grupo funcional é o grupo que partilha funções adequadas para os integrantes, sem violar um sistema, e de acordo com o trabalho valorizado que se tem é possível entender o seu poder. Por sua vez, esses grupos podem derivar conflitos já que em alguns momentos pode haver divergências entre os papeis dos indivíduos. O terceiro tipo de grupo, que se denomina estrutural se descreve baseando-se na identidade, no poder e também na atividade grupal, que salienta o querer de classes e grupos extensos. Caminhando para a finalização da importância dos conceitos de Martín-Baró, é necessário pontuar que o processo grupal entusiasma a reflexão tanto individual quanto coletiva, com intenção de conscientizar seus integrantes no que diz respeito sua identidade. Com anteriormente citado, Silvia Lane também colaborou com sua perspectiva sobre o conceito de grupo, apresentaremos então tais conceitos. Lane buscava estudar sempre o tema grupo, assim ela chegou a uma conclusão que todo esse contexto se fundia a partir de duas posições sendo uma alicerçada de que os grupos tinha em seu fundamento nada mais, do que apresentar papeis, já que cada integrante possui o seu, nessa ótica os grupos funcionavam para dar continuidade ao fluxo de produtividade nas relações sociais, diante disso essa posição se deu como posição tradicional. A segunda posição que Lane formulou, foi além da tradicional, essa se preocupa com quais foram ás formas que as relações entre cada indivíduo e sociedade se deram, e o caráter dessa relação. Perante o que já foi dito nesse presente trabalho, vale ir um pouco mais afundo para garantir um entendimento maisproveitoso, Lane enfatizava a necessidade de olhar o grupo como relação e vínculos entre as pessoas, então é cabível ressaltar que Lane posteriormente apresentou seus conhecimentos sobre grupo, dizendo que o mesmo há de ser entendido levando em conta a sua historicidade dialética, entendendo que grupo basicamente pode ser uma sequência de fatos ocorrentes no cotidiano, com tempo e espaço definidos, manifestando as características da sociedade, etc. Para Lane, o grupo e uma totalidade, que não se dá somente a soma de seus integrantes, o processo grupal possui características que constitui sua identidade, como as relações de poder e as práticas. Todo esse contexto de grupo que Silvia Lane apresenta se parte de uma concepção histórica dialética do mesmo. Há alguns processos grupais que através de todos os estudos nos foram apresentados, esses são denominados como Coesão, Cooperação, formação de normas, lideranças, status, e papel social. Sem mais delonga, partiremos então para outras perspectivas e concepções sobre grupos, é importante entender que logo depois de firmar os conhecimentos sobre grupo, é possível partir para uma análise com finalidade de ampliar a estrutura de conhecimento sobre todo o grupo, assim estudando cada parte de si, como o mesmo funciona, e seus constituintes. Logo, é feito o reconhecimento dos papeis intitulados como porta-voz, coordenador, bode expiatório, entre outros, adiante adentraremos com mais precisão nesses conceitos. Diante da gênese e dinâmica dos grupos, trazemos à tona, as contribuições de Kurt Lewin, um psicólogo alemão de grande importância para a Psicologia, a partir do mesmo conseguimos entender a dinâmica de cada grupo. Segundo ele, para constatar um comportamento de grupo é preciso identificar uma mesma emoção em diversos participantes do grupo, essas sendo intensas poderiam resultar em um mesmo comportamento, com a durabilidade dependida de acordo com um agente exterior, ou provocador, ou um líder. No caso de ocorrer esses tipos de comportamentos, pode haver os fenômenos de pânico, e motim. Com base na proporção que a dinâmica de grupo tem tomado, daremos um enfoque ao fato de a psicologia dos micros-grupos ter se dado diante dessa dinâmica, já a psicologia coletiva perante anos vem se dedicando aos macro-grupos. Diante dos micro-grupos, Lewin, consagrou as suas divergências nos conceitos de sócio-grupo que é um grupo de tarefa, e ao psico-grupo que se preocupa com a formação do grupo. Visto isso, para uma simplificação sobre o real significado de dinâmica de grupo, afirmamos seguindo o contexto de Lewin, que dinâmica de grupo é a divergência que resulta da concentração diante de alguns direcionamentos das ciências sociais, essa dinâmica tem como objetivo os pequenos grupos, como eles funcionam, tendo entre as dificuldades nesse ponto a autenticidade. Atualmente se usa a dinâmica de grupo, em diversos contextos como no desenvolvimento organizacional, desenvolvimentos de papeis. Há outros conceitos que perpassaremos brevemente, sendo o de Pichon-Riviére, que enfatiza que grupo é certo conjunto de pessoas entrelaçadas por parte de um tempo e espaço, estruturadas internamente, que buscam a realização de uma tarefa, sendo uma possível definição de papeis. Sartre menciona que grupos se da de acordo com sua dinâmica de troca e reciprocidade. Vimos também durante as aulas de Teoria e Técnicas Grupais, sobre oficinas em dinâmicas de grupo, que consiste em um método de intervenção psicossocial, este presente trabalho caminhara para uma melhor compreensão desse contexto. Diante desses pontos destacados em meio aos múltiplos conceitos, e teorias, esperamos que tenha sido possível um entendimento mais afundo sobre alguns aspectos de grupo. Cuidar melhor das citações, indicando todas as fontes presentes no texto. Delimitar melhor cada autor pesquisado e as principais contribuições. SINOPSE – UM ESTRANHO NO NINHO (1975) No início do filme vemos que Mc Murphy protagonista foge da prisão e justifica transtornos mentais, imaginando ter um tratamento melhor em um hospital psiquiátrico. Porém o que ele vive lá dentro, não é tão bom quanto esperava, por isso ele acaba chefiando uma rebelião contra a opressão sofrida naquele ambiente, seus atos de liberdade acabam lhe custando a vida. Nesse hospital em que a trama se desenrola o tratamento psiquiátrico oferecido é baseado na reclusão, no confinamento submissão inquestionável às ordens, regras e normas institucionais, e na medicalização. O filme envolve críticas profundas à sociedade tanto da época quanto atual que recrimina seus integrantes (não apenas os considerados loucos) diferentes e que possam vir causar problemas na ordem geral e tentam conter todos de forma que sejam alienados, com suas liberdades individuais e críticas imitadas e restringidas. Poderiam ampliar a sinopse, pois muito elementos apresentados aqui podem ser retomados na identificação de papeis. PAPEIS REPRESENTADOS NO PROCESSO GRUPAL EM “UM ESTRANHO NO NINHO” Surgimento/ fundação do grupo, histórico, objetivos, local de reunião, locais de realização de eventos, vinculações institucionais:O grupo já havia se formado antes da chegada do protagonista McMurphy, as reuniões eram realizadas em um espaço do hospital com um grande movimento de outros pacientes e enfermeiros. Os participantes do grupo fora da reunião costumavam se encontrar no banheiro, piscina, quadras de basquete e salas de recreação. Tarefas implícitas ( internas) e tarefa explicitas (externa): Identificamos que a procura de uma melhora e o entendimento de alguns comportamentos de cada indivíduo em algum momento de suas vidas se caracteriza como uma tarefa explícita.A tarefa implícita acaba se mostrando ao longo do filme como uma necessidade de alcançar a liberdade e a autossuficiência já que alguns fizeram a escolha de serem pacientes do hospital com objetivo de se tornarem pessoas socialmente melhores. Retomar os conceitos. Cara do grupo: Os encontros aconteciam diariamente em uma área bem movimentada do hospital por outros pacientes e funcionários, aparentemente nenhum dos participantes tinham entusiasmo para completar a tarefa e permaneciam em silêncio em boa parte das reuniões. Clima emocional do grupo: Com a tentava fracassada de uma terapia grupal a enfermeira Ratched passa ser uma figura não reconhecida pelo grupo assim acontecendo uma pré-tarefa pois os integrantes não se interessavam sobre o trabalho grupal e nem pelos assuntos trazidos pela enfermeira. Tipos de liderança que emergiam o grupo: O papel de líder autocrático é feito pela personagem enfermeira Ratched, sendo extremamente repressiva, manipuladora, calculista e de liderança punitiva. Com a chegada de McMurphy ao hospital ele se torna ao longo do filme um líder democrático após tentar usar táticas para mudar a rotina e assim estabelecendo uma relação de cumplicidade com os outros indivíduos e fazendo- os despertar seus desejos e a liberdade de se oporem ao funcionamento da instituição, isso faz com que ocorram vários conflitos com a enfermeira Ratched. Coordenador: Mcmurphy ganha o papel de coordenador no grupo visto que demonstra empatia, respeito pelas características dos integrantes, paciência e tem boa interação com o grupo. No filme podemos ver sua dedicação e paciência em ensinar o Chefe jogar basquete e também na cena que ele reivindica e estimula o grupo a votar para que todos pudessem assistir o campeonato. Porta-voz: McMurphy se encarrega do papel de porta-voz, durante todo o filme vemos que ele argumento sobre o protocolo e o comportamento errôneo dos funcionários com os participantes e sempre incentiva o grupo a demonstrar seus desejos que vimos no momento do filme que ele pede uma segunda votação para que todos pudessem assistir ao campeonato de beisebol. Bode expiatório:Billy Bibbit, opersonagem que vivência diariamente um medo pela enfermeira Ratched, sempre em busca da sua aceitação e seu desenvolvimento pessoal na clínica. Na manhã após uma noite de bebedeira e festa ele acaba sendo culpado e torturado. Sabotador: Interiorizado em todos os componentes do grupo pois ambos parecem ter a tendência de se auto sabotar. Visto na cena em que todos se embebedam e comemoram a possível fuga de Mc Murphy e Chefe. Poder: O hospital psiquiátrico como instituição é vetor do poder sobre os indivíduos e para manter a ordem geral eles fazem uso de práticas desumanas e violências tanto físicas tanto psíquica causando medo e alienação dos pacientes porém observamos que os pacientes e até mesmo os funcionários do hospital são submissos à enfermeira chefe. Cooperação/solidariedade: Os membros do grupo não demonstram cooperação frente as tarefas sugeridas pela enfermeira chefe por não se identificarem com o papel de chefe da tal, demonstram solidariedade e empatia com os demais integrantes principalmente no terceiro encontro após a enfermeira questionar sobre o não envolvimento de Billy com uma mulher e a sua tentativa de suicídio e Sr.Cheswick contesta dizendo “Se Billy não tem vontade de falar quero dizer, por que o pressiona “Por que não vamos tratar de outro assunto?”. Competição e disputa: - Surge uma competição entre McMurphy e Ratched. Ela apresenta uma aversão a qualquer mudança na zona de conforto e deseja que todos a respeitem porém, McMurphy chega determinado para mudar o ambiente. Vínculo/ TELE: No início do filme vemos intrigas entre Sr. Harding, Taber e Sr. Sefelt e percebemos que não havia muito vínculo afetivo entre os pacientes até a chegada de Mc Murphy que os fizeram se identificarem realmente como um grupo. Percebe que após Mc Murphy ser reconhecido no grupo cria-se um afeto principalmente entre ele, Billy e o Chefe sendo eles os principais personagens do filme onde a trama gira. Identidade grupal: No momento em que McMurphy se encontra no barco com os demais companheiros afirmando que ali todos são pescadores, eles se investem dessa identidade, se posicionam com seus anzóis e conseguem pescar. Outra cena que dá visibilidade indentitária , é quando fingem todos juntos simulam assistir o campeonato de beisebol, se comportando como como torcedores. Comunicação:A comunicação do grupo acontecia de forma reprimida mais claramente vista quando se tratava dos problemas pessoas de cada um. No início do filme vemos que ao longo da terapia iniciada pela enfermeira Ratched que questionava sobre o matrimônio do paciente Sr.Harding nenhum dos membros se sente confortável para dar uma opinião e há visíveis sinais de envergonhamento do grupo que pôde ser entendido como uma resistência do grupo frente a tarefa. Processo grupal: Para Karl Max os indivíduos devem ser analisados de acordo com o contexto de suas condições e situações social, já que produzem sua existência em grupo e isso direciona e podemos fazer menção sobre o Movimento da Reforma Psiquiátrica que ao longo dos anos vem questionando não só as instituições mas também os saberes e fundamentos das práticas psiquiátricas. Quando McMurphy programa uma noite de farra com todo o grupo, como despedida porque ao final ele fugiria com seu amigo, o Chefe. Vemos uma demonstração de profundo respeito, amizade e afetividade. Na hora da despedida de seu amigo Billy, Mc quis premiá-lo com o que ele tanto sonhava e nas terapias estava sempre sendo inferiorizado pela enfermeira, por não ter tido uma mulher. Mc pede a sua amiga que dê este prazer ao Billy. Enquanto os dois vão para a “cama” que era a maca usada para torturas, Mc decide esperar sua amiga que estava lhe prestando um favor porém, enquanto esperava adormeceu e só acordaram no dia com as agressões dos enfermeiros. Sua atitude de esperar a amiga significou a consideração com a singularidade de Billy, respeito à sua diferença, amizade e afeto. Poderiam explorar mais as passagens do filme para sustentar as identificações feitas. CONCLUSÃO Antes dos teceres finais, é imprescindível atentar para o meio que se passa o longa, o contexto/hospital psiquiátrico americano, datado na época de 70 e tomando isso como questão, pode-se fazer reflexão frente a Reforma Psiquiátrica, este movimento que se concebe na desinstitucionalização, por intermédio da extinção de hospitais, manicômios e asilos, como aquele que foi retratado no filme. Ainda dizendo, a reforma preconiza também o direito dos sujeitos em sofrimento psíquico, direcionando transformações no paradigma anoso. Visto que esses direitos, hora nenhuma foi demonstrado no longa, muito pelo contrário, os direitos dos pacientes eram negligenciados, os mesmos eram privados de sensações de prazer e subordinados a um lugar extremamente autoritário, cujo oprimiam os seus pacientes e que eram ameaçados pela enfermeira chefe do local. Cenas de ápice foram mostradas no filme, como as filas para entrega de remédios e que nesta era ambientado por uma “música clássica” agudamente alta, tornando o ambiente macabro, também, eram utilizados por funcionários o uso de lobotomia, como punição e atordoamento. Dessa forma, o filme faz uma crítica contra o corpo social que regulamentava as práticas lá existentes de forma “legalizada”, além disso, o filme aponta também o descaso por parte dos parentes dos pacientes que demonstraram ser implicitamente um ponto inexistente para com seus familiares, prova disso, é que boa parte dos pacientes são voluntários em estar naquele ambiente, mas que se fazia presente por questão de identificação e utilidade naquele recinto. Feito as reflexões no que tange o contexto da cinemática, é necessário agora tecer sobre a contextualização das teorias com os fenômenos grupais. Assim sendo, em primeiro lugar foi identificado no grupo de estudo, um grupo centrado em “uma” tarefa, verticalidade x horizontalidade que permeiam as relações do sujeito-grupo, acarretando assim suas tarefas internas(implícita) e externas (explicita). A tarefa externa, isto é o objetivo consciente que o grupo assumiu ou imposto pela enfermeira, se desenrola no entendimento dos comportamento dos pacientes em momentos específicos de suas vidas, entretanto, a tarefa implícita, que é o fazer/trabalhar com todos os processos vividos pelo grupo consciente e inconsciente realizando a tarefa explicita, se dá em uma busca para alcançar a liberdade, essa que não era apenas de local, mas sim de externalizações do próprio sujeito e a autossuficiência dos seus membros constituintes. Em segundo lugar, foi identificado no longa alguns dos vetores do Processo Grupal, tais como a Tele, cujo é o vetor que diz respeito ao clima em que o grupo se desenvolve, dessa maneira, no filme é mostrado intrigas entre o Sr. Harding , Tabler e Sr. Sefelt, dos quais não haviam vínculos afetivo entre eles até a entrada de McMurphy que de certa forma os coagiram a se identificar como um grupo, logo, criando afeto entre eles. Outro vetor identificado no filme é a Comunicação, da qual é o elemento crucial para a interação do grupo. Podendo se fazer presente pelas vias verbais, gestuais, atitudinais, afetivas e emocionais, a vista disso, a comunicação se dá nas formas; de um para todos (da enfermeira para o grupo, de McMurphy, porta -voz para enfermeira), de todos para um ( do grupo para com a enfermeira), entre dois ( McMurphy x Ratched) e entre todos (processo “terapêutico”). Outrossim, foi explanado no trabalho os mais diversos elementos que fazem parte do GO, como o Bode expiatório, que é designado por Billy Bibbit, o Sabotador ou “sabotadores”, a prerrogativa se dá pois em algum momento todos os membros do grupo se auto sabotam. Destarte, cumprimos todos os objetivos do trabalho, uma vez em que foi identificados todos os elementos do Processo Grupal e, não só como este mas tambémfoi feito as devidas contextualizações do tema em que o cerca. Em virtude disso, este trabalho foi muito importante para nosso conhecimento, pois com o aprofundamento das teorias permitiu-nos uma melhor compreensão. Além de corroborar significativamente com o aperfeiçoamento de competências de investigação, seleção, comunicação, análise e organização de ideias. Dividir em parágrafos. INTERVENÇÕES PROJETO DE INTERVENÇÃO GRUPAL Contextualizar o trabalho de vocês para formação ou continuidade do grupo. PRIMEIRO ENCONTRO TEMA: fortalecimento da auto valorização DURAÇÃO MÉDIA: Uma hora e meia a) Momento inicial: Iniciar o encontro organizando o grupo ao redor de uma mesa e entregar para cada um dos integrantes 1 nota de cem reais e 4 de cinquenta reais (falsas). Qual o objetivo dessa atividade? b) Momento intermediário: Pedir para que todos escrevam seus nomes e uma qualidade em cada “nota” em 5 minutos.Após todos acabarem pedir para que cada integrante dê um valor para cada qualidade escrita sendo possível escolher uma qualidade valendo 100 reais e as outras valendo 50 reais, em seguida todos devem espalhar pela mesa de forma que todos possam ver as qualidades escritas por todos.Sugerir que os integrantes observem as qualidades escritas pelos demais integrantes e que “comprem” as que desejam ter. c) Momento final: Abrir um debate para que os integrantes possam falar o que acharam da dinâmica reforçando a reflexão sobre a valorização de si e ajudando-os a reconhecer como as próprias qualidades são bem reconhecidas por outras pessoas. SEGUNDO ENCONTRO TEMA: Desenvolvendo os relacionamentos interpessoais DURAÇÃO MÉDIA: Uma hora a) Momento inicial: Formar duplas pedir para que sentem um na frente do outro e depois distribuir o material sendo uma folha e uma caneta para cada integrante. b) Momento intermediário: Inicialmente explicar o tema do dia e em seguida pedir para que todos reflitam e escreva o que eles não querem mais carregar de peso na “mochila”(metáfora que se refere a vida ) sugerindo 5 minutos para que seja feito.Logo após a dupla deve conversar entre si sobre o que foi escrito e repensar sobre o que eles desejam trazer na “mochila” c) Momento final: Organizar o dupla em uma roda e dialogar sobre como sentiram depois de saberem um pouco mais a respeito do outro. TERCEIRO ENCONTRO TEMA: Identidade pessoal DURAÇÃO MEDIA: 30-40 minutos a) Momento inicial: Pedir ao grupo que façam um círculo e que se atentem as demais instruções. b) Momento intermediário: Entregar cada indivíduo, uma caneta, um papel e uma fita crepe. Dessa forma, explicar para o grupo que terão que fazer um crachá e colocar uma frase/palavra/desenho em que o mais representa. Para esta atividade será determinado um tempo de 2 minutos. c) Momento final: Pedir para os membros do grupo mostrar o crachá para os outros e para o coordenador. Fazendo assim com que o outro o reconheça sua identidade com base na forma em que foi feito o crachá. Coloque os participantes sentados em um círculo e entregue uma caneta, um papel e uma fita crepe. Os participantes têm 30 segundos para confeccionar um crachá a ser utilizado durante toda a entrevista. O objetivo dessa técnica de apresentação não para saber qual crachá que ficou mais bonito, mas sim verificar como os participantes fazem uma auto imagem, além disso, para saber como lidam com os desafios, pressão, organização e criatividade. QUARTO ENCONTRO TEMA: Definindo as emoções DURAÇÃO MÉDIA: 40 minutos a) Momento inicial: Iniciar o encontro perguntando como se sentem no momento e distribuir 4 pedaços de pape é uma caneta para cara participante. b) Momento intermediário: Pedir para que cada um dos participantes escreve em cada papel situações que causam emoções de alegria, medo, raiva e tristeza. c) Momento final: Explicar a importância de cada uma das emoções relacionando com o que foi escrito por alguns participantes e por fim discutir sobre a importância de saber lidar com as emoções. QUINTO ENCONTRO TEMA: Uma visão de vida DURAÇÃO MÉDIA: 40 minutos a) Momento inicial: Oferecer um papel e uma caneta para cada integrante. b) Momento intermediário: Pedir que desenhem ou escrevam qualquer coisa significativa,que tenha lhe provocado dor ao longo de sua vida, o que te causou incômodo durante toda sua trajetória. c) Momento final: Em seguida,ao terminar pedir para que todos em silêncio amassem suas folhas! Com o intuito de refletirem sobre como o passado não defini precisamente o presente! E que deve-se abandonar o passado Cuidar da formatação do trabalho, além disso o processo grupal precisa ser melhor sistematizado, com a indicação do que se planeja percorrer com o grupo. Da forma como colocaram está solto, sem um fundamento bem delimitado. Também deveriam apresentar o quadro solicitado para melhor sistematizar todo o trabalho com o grupo. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS https://unipac.blackboard.com/bbcswebdav/pid-286860-dt-content-rid-5175656_1/xid- 5175656_1 https://unipac.blackboard.com/bbcswebdav/pid-286860-dt-content-rid-4928467_1/xid- 4928467_1 https://unipac.blackboard.com/bbcswebdav/pid-286860-dt-content-rid-4928468_1/xid- 4928468_1 https://unipac.blackboard.com/bbcswebdav/pid-286860-dt-content-rid-4928470_1/xid- 4928470_1 https://unipac.blackboard.com/bbcswebdav/pid-286860-dt-content-rid-4928473_1/xid- 4928473_1 https://unipac.blackboard.com/bbcswebdav/pid-286860-dt-content-rid-5175656_1/xid-5175656_1 https://unipac.blackboard.com/bbcswebdav/pid-286860-dt-content-rid-5175656_1/xid-5175656_1 https://unipac.blackboard.com/bbcswebdav/pid-286860-dt-content-rid-4928467_1/xid-4928467_1 https://unipac.blackboard.com/bbcswebdav/pid-286860-dt-content-rid-4928467_1/xid-4928467_1 https://unipac.blackboard.com/bbcswebdav/pid-286860-dt-content-rid-4928468_1/xid-4928468_1 https://unipac.blackboard.com/bbcswebdav/pid-286860-dt-content-rid-4928468_1/xid-4928468_1 https://unipac.blackboard.com/bbcswebdav/pid-286860-dt-content-rid-4928470_1/xid-4928470_1 https://unipac.blackboard.com/bbcswebdav/pid-286860-dt-content-rid-4928470_1/xid-4928470_1 https://unipac.blackboard.com/bbcswebdav/pid-286860-dt-content-rid-4928473_1/xid-4928473_1 https://unipac.blackboard.com/bbcswebdav/pid-286860-dt-content-rid-4928473_1/xid-4928473_1 https://unipac.blackboard.com/bbcswebdav/pid-286860-dt-content-rid-4928475_1/xid- 4928475_1 https://unipac.blackboard.com/bbcswebdav/pid-286860-dt-content-rid-4928478_1/xid- 4928478_1 https://unipac.blackboard.com/bbcswebdav/pid-286860-dt-content-rid-5175655_1/xid- 5175655_1 https://unipac.blackboard.com/bbcswebdav/pid-286860-dt-content-rid-5175657_1/xid- 5175657_1 Não é assim que se faz a apresentação das Referências https://unipac.blackboard.com/bbcswebdav/pid-286860-dt-content-rid-4928475_1/xid-4928475_1 https://unipac.blackboard.com/bbcswebdav/pid-286860-dt-content-rid-4928475_1/xid-4928475_1 https://unipac.blackboard.com/bbcswebdav/pid-286860-dt-content-rid-4928478_1/xid-4928478_1 https://unipac.blackboard.com/bbcswebdav/pid-286860-dt-content-rid-4928478_1/xid-4928478_1 https://unipac.blackboard.com/bbcswebdav/pid-286860-dt-content-rid-5175655_1/xid-5175655_1 https://unipac.blackboard.com/bbcswebdav/pid-286860-dt-content-rid-5175655_1/xid-5175655_1 https://unipac.blackboard.com/bbcswebdav/pid-286860-dt-content-rid-5175657_1/xid-5175657_1 https://unipac.blackboard.com/bbcswebdav/pid-286860-dt-content-rid-5175657_1/xid-5175657_1
Compartilhar