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O fármaco de cápsula gelatinosa dura pode ser administrado por duas vias, oral ou retal. A via oral, mais utilizada por seu conforto e maior aceitação dos pacientes, tem sua absorção no trato gastrointestinal. A via retal possui mucosa permeável com grande vascularização sanguínea e linfática, gerando efeitos locais e sistêmicos. 
Os principais eventos que ocorrem após a ingestão do fármaco são: absorção, distribuição, metabolismo e excreção. Na absorção, o fármaco passa pelas membranas biológicas, tendo como local de administração a corrente sanguínea. A concentração do fármaco dependera da via de administração. Essa etapa pode sofrer interferências da enzima transportadora de mucosa (P-glicoproteína) e das isoenzimas metabolizadoras presentes nos enterócitos da mucosa intestinal (CYP 3A4). 
Na distribuição, o fármaco chega na corrente sanguínea. Nessa etapa, ocorre o transporte entre os diferentes tecidos e compartimentos orgânicos. A concentração na corrente sanguínea e nos locais de ação dependem do fluxo sanguíneo e da velocidade de difusão tecidual. Órgãos mais irrigados são mais suscetíveis à distribuição dos fármacos e os menos irrigados são menos suscetíveis. 
As albuminas são as moléculas responsáveis em grande parte pelo transporte de substâncias endógenas (hormônios e colesterol) e exógenas (fármacos). Fatores como a cirrose, insuficiência renal, alterações fisiológicas geradas pela desnutrição, idade avançada e gravidez podem interferir na distribuição do fármaco.
A etapa do metabolismo ou biotransformação converte fármacos em metabólitos mais hidrossolúveis e polares. Os metabólitos podem ser ativos, inativos e até tóxicos, mas frequentemente são inativos. A metabolização por via enzimática é mais frequente, ocorrendo principalmente no fígado. No entanto, pode ocorrer também no pulmão, rins, intestinos e pele. Na excreção, ultima etapa farmacocinética, os fármacos e seus metabólitos deixam os tecidos e finalmente são removidos do organismo. Para que ocorra a excreção, normalmente os fármacos precisam ser biotransformados em metabólitos mais hidrossolúveis e polares. 
Assim, dependendo de suas propriedades físico-químicas, os fármacos e seus metabólitos podem ser excretados por diferentes vias, mas, de maneira geral, a excreção ocorre por via renal, pulmonar e digestiva, podendo também ocorrer pelas glândulas.

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