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· Pergunta 1 1 em 1 pontos Leia os fragmentos dos textos a seguir. Nos textos comuns, não literários, o autor seleciona e combina as palavras geralmente pela sua significação. Na elaboração do texto literário, ocorre uma outra operação, tão importante quanto a primeira: a seleção e a combinação de palavras se fazem muitas vezes por parentesco sonoro. Por isso se diz que o discurso literário é um discurso específico, em que a seleção e a combinação das palavras se fazem não apenas pela significação, mas também por outros critérios, um dos quais, o sonoro. Como resultado, o texto literário adquire certo grau de tensão ou ambiguidade, produzindo mais de um sentido. Daí a plurissignificação do texto literário. GOLDSTEIN, N. Versos, sons, ritmos. 5. ed. São Paulo: Ática, 1988, p. 5. Os símbolos, as metáforas e outras figuras estilísticas, as inversões, os paralelismos e as repetições constituem outros tantos meios de o escritor transformar a linguagem usual em linguagem literária. AGUIAR E SILVA, V. M. Teoria da literatura. 3. ed. Coimbra: Almedina, 1979, p.58 (com adaptações). Tomando como referência os textos acima, avalie as afirmações a seguir. I - A plurissignificação de um texto literário é construída pela combinação de elementos que vão além da significação das palavras que o compõem. II - A construção do texto literário envolve um processo de seleção e combinação de palavras baseados, necessariamente, no uso de metáforas. III - A ambiguidade do texto literário resulta de um processo de seleção e combinação de palavras. IV - O texto literário se diferencia do não literário por não depender de significação, mas, sim, de outros recursos no processo de seleção e combinação das palavras. É correto apenas o que se afirma em: Resposta Selecionada: b. I e III. · Pergunta 2 1 em 1 pontos Leia o texto a seguir. Autopsicografia O poeta é um fingidor. Finge tão completamente Que chega a fingir que é dor A dor que deveras sente. E os que leem o que escreve, Na dor lida sentem bem, Não as duas que ele teve, Mas só a que eles não têm. E assim nas calhas de roda Gira, a entreter a razão, Esse comboio de corda Que se chama coração. PESSOA, Fernando. Autopsicografia. In: Obra completa. Porto: Lello & Irmãos, 1975, p. 255. De acordo com o poema, é específico do processo de criação literária o fato de o poeta: I - escrever não o que pensa, mas aquilo que deveras sente. II - ser capaz de captar e expressar os sentimentos dos leitores. III - transformar um elemento extraliterário, como a dor, em objeto estético. Está certo o que se afirma apenas em: Resposta Selecionada: c. III. · Pergunta 3 1 em 1 pontos Disponível em: http://chargeonline.com.br. Assinale a alternativa em que a palavra “pena” foi empregada com o mesmo sentido usado na primeira fala dos quadrinhos acima. Resposta Selecionada: b. Aprendi a amar menos, o que foi uma pena, e aprendi a ser mais cínica com a vida, o que também foi uma pena, mas necessário. Viver pra sempre tão boba e perdida teria sido fatal” (Tati Bernardi). · Pergunta 4 1 em 1 pontos Leia as afirmativas: I - A modalização deôntica se aplica a uma proposição relacionada à necessidade ou à possibilidade de atos realizados por agentes moralmente responsáveis, porém o que essa proposição descreve não é um ato propriamente dito, mas o estado de coisas que será obtido se o ato em questão for cumprido. A necessidade deôntica (a obrigação) é sempre derivada de alguma fonte ou causa (uma pessoa, uma instituição, um conjunto de princípios morais ou legais, ou até mesmo alguma compulsão interna). PORQUE II - A modalização deôntica, relacionada aos valores de permissão, obrigação e proibição, refere-se ao eixo da conduta; portanto está "condicionada por traços lexicais específicos ao enunciador (controle) e, de outro lado, implica que o enunciatário aceite o valor de verdade do enunciado, para executá-lo. Resposta Selecionada: c. As afirmativas I e II são verdadeiras, e a II é justificativa da I. · Pergunta 5 1 em 1 pontos Leia os textos a seguir. Texto 1 Porquinho-da-Índia Quando eu tinha seis anos Ganhei um porquinho-da-índia. Que dor de coração me dava Porque o bichinho só queria estar debaixo do fogão! Levava ele pra sala Pra os lugares mais bonitos, mais limpinhos, Ele não se importava: Queria era estar debaixo do fogão. Não fazia caso nenhum das minhas ternurinhas... O meu porquinho-da-índia foi a minha primeira namorada. Disponível em: https://www.pensador.com/frase/MzIwNzQ1/. Acesso em: 24 fev. 2020. Texto 2 Madrigal Tão Engraçadinho Teresa, você é a coisa mais bonita que eu vi até hoje na minha [vida, inclusive o porquinho-da-índia que [me deram quando eu tinha seis anos. BANDEIRA, M. Libertinagem & Estrela da manhã. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2000, p. 36. Os textos 1 e 2: Resposta Selecionada: d. Estão em consonância com a estética do Modernismo, pois são construídos em versos livres e com linguagem que se aproxima da prosa, características pertinentes a esse estilo literário. · Pergunta 6 1 em 1 pontos Considere as afirmativas a seguir. I - O escritor árcade reaproveita os seres criados pela mitologia greco-romana, deuses e entidades pagãs, mas esses mesmos deuses convivem com outros seres do mundo cristão. II - A produção literária do Arcadismo brasileiro constitui-se, sobretudo, de poesia, que pode ser lírico-amorosa, épica e satírica. III - O árcade recusa o jogo de palavras e as complicadas construções da linguagem barroca, preferindo a clareza e a ordem lógica na escrita. IV - O poema épico Caramuru, de Santa Rita Durão, tem como assunto o descobrimento da Bahia, levado a efeito por Diogo Álvares Correia, misto de missionário e colono português. V - A morte de Moema, índia que se deixa picar por uma serpente, como prova de fidelidade e amor ao índio Cacambo, é trecho mais conhecido da obra O Uraguai, de Basílio da Gama. Está correto o que se afirma em: Resposta Selecionada: b. I, II, III e IV, apenas. · Pergunta 7 1 em 1 pontos Texto 1 A linguagem humana se apresenta, inicialmente, como uma produção interativa associada às atividades sociais, sendo ela o instrumento pelo qual os interactantes, intencionalmente, emitem pretensões à validade relativas às propriedades do meio em que essa atividade se desenvolve. A linguagem é, portanto, primariamente, uma característica da atividade social humana e sua função maior é de ordem comunicativa ou pragmática. BRONCKART, J-P. Atividade de linguagem, textos e discursos: por um interacionismo sócio-discursivo. Tradução Anna Rachel Machado e Péricles Cunha. São Paulo: EDUC, 2003, p. 34 (com adaptações). Texto 2 No subjetivismo individualista, a expressão se constrói no interior da mente, sendo sua exteriorização apenas uma tradução. A enunciação é um ato monológico, individual, que não é afetado pelo outro nem pelas circunstâncias que constituem a situação social em que a enunciação acontece. Presume-se que há regras a serem seguidas para a organização lógica do pensamento e, consequentemente, da linguagem; são elas que se constituem nas normas gramaticais do falar e escrever bem. TRAVAGLIA, L. C. Gramática e interação: uma proposta para o ensino de gramática. São Paulo: Cortez, 1996, p. 21 (com adaptações). Texto 3 A verdadeira substância da língua não é constituída por um sistema abstrato de formas linguísticas nem pela enunciação monológica isolada, nem pelo ato psicofisiológico de sua produção, mas pelo fenômeno social da interação verbal, realizada através da enunciação ou das enunciações. A interação verbal constitui, assim, a realidade fundamental da língua. BAKHTIN/VOLOCHINOV, M. Marxismo e Filosofia da Linguagem. Tradução Michel Lahud e Yara Frateschi Vieira. 12. ed. São Paulo: Hucitec, 2006, p. 127 (com adaptações). Em relação às concepções de língua expressas em cada trecho acima, avalieas afirmativas a seguir. I - Os professores que entendem a língua na perspectiva apontada por Bronckart, em suas aulas, enfatizam o uso da língua em variados contextos comunicativos e promovem atividades que possibilitam ao aluno praticar a linguagem com base na ideia de que a estrutura linguística utilizada na comunicação está diretamente ligada a fatores sociais, históricos e ideológicos, o que faz com que privilegiem atividades articuladas em torno de gêneros discursivos, que refletem do uso da língua em situações reais. II - Os professores que assumem a concepção comentada por Travaglia desenvolvem, em sala de aula, atividades que levam o aluno a aprender as regras gramaticais pertencentes à norma padrão, a fim de que eles dominem essas regras e, portanto, falem e escrevam bem. Essa prática pedagógica inclui exercícios de fixação e correção constante na prática tanto oral quanto escrita, com o objetivo de que o aprendiz transite nas mais variadas esferas sociais. III - Os professores que adotam a concepção de língua expressa por Bakhtin/Volochinov promovem, em suas aulas, atividades em que os alunos percebam a prática de linguagem, oral e escrita, como atividade social e entendam que a escolha, pelo usuário da língua, de uma determinada forma linguística e textual, de realizações prosódicas está diretamente ligada a fatores externos à língua, ou seja, é a interação que determina a escolha, o que exige que sejam desenvolvidas atividades de análise dos estratos fonético, fonológico, morfológico e sintático da língua. É correto o que se afirma em: Resposta Selecionada: a. I, apenas. · Pergunta 8 1 em 1 pontos Cheguei na beira do porto Onde as ondas se espáia As garça dá meia volta E senta na beira da praia E o cuitelinho não gosta Que o botão de rosa caia, ai, ai, ai Aí quando eu vim de minha terra Despedi da parentaia Eu entrei no Mato Grosso Dei em terras paraguaia Lá tinha revolução Enfrentei fortes bataia, ai, ai, ai A tua saudade corta Como aço de navaia O coração fica aflito Bate uma, a outra faia Os óio se enche d’água Que até a vista se atrapaia, ai, ai, ai A letra de música é Cuitelinho e sobre ela podemos afirmar: Resposta Selecionada: c. A letra tenta se aproximar da fala regional ao reproduzir graficamente os metaplasmos. · Pergunta 9 1 em 1 pontos Considerando o enunciado “você tem horas?”, é possível concluir, dentro de uma situação de uso cotidiana (em que uma pessoa faz tal pergunta a outra, na rua, por exemplo), que tal enunciado não signifique que a pessoa que perguntou queira saber se a outra pessoa possui um relógio, mas está interessada sim em saber que horas são. Ou seja, a resposta da outra pessoa não seria adequada se fosse simplesmente “tenho”. Tal reflexão coloca em oposição o tratamento do sentido, da informação entre os campos teóricos da: Resposta Selecionada: b. Pragmática e Semântica. · Pergunta 10 1 em 1 pontos Leia o texto a seguir. Para estudar a história literária brasileira, em vez de um critério político, deve-se adotar uma filosofia estética, compreendendo-a como um valor literário. Para tal, a periodização correspondente é de natureza estilística, isto é, em lugar da divisão em períodos cronológicos ou políticos, a ordenação por estilos. COUTINHO, A. (org.) Literatura brasileira: (introdução). In: A literatura no Brasil: introdução geral. 6. ed. São Paulo: Global, 2003, v.1, p. 132. Nas sequências, está destacado um trecho da obra História Concisa da Literatura Brasileira, de Alfredo Bosi. Avalie se tanto o autor quanto o estilo literário indicados correspondem ao que Bosi trata no respectivo trecho. I - “Não se trata, aqui, de fechar os olhos aos evidentes defeitos de fatura que mancham a prosa do romancista: repetições abusivas, incerteza na concepção de protagonistas, uso convencional da linguagem...; trata-se de compreender o nexo de intenção e forma que os seus romances lograram estabelecer quando atingiram o social médio pelo psicológico médio (...)” Érico Veríssimo. Pré-Modernismo. II - “Sempre se salva, no foro íntimo, a dignidade última dos protagonistas, e se redimem as transações vis repondo de pé herói e heroína. Daí os enredos valerem como documento apenas indireto de um estado de coisas, no caso, o tomar corpo de uma estética burguesa e ‘realista’ das conveniências durante o Segundo Império” José de Alencar. Romantismo. III - “Teve mão de artista bastante leve para não se perder nos determinismos de raça ou de sangue que presidiriam aos enredos e estofariam as digressões dos naturalistas de estreita observância [...]” Adolfo Caminha. Naturalismo. IV - “O seu equilíbrio não era o gotheano – dos fortes e dos felizes, destinados a compor hinos de glória à natureza e ao tempo; mas o dos homens que, sensíveis à mesquinhez humana e à sorte precária do indivíduo, aceitam por fim uma e outra como herança inalienável, e fazem delas alimento de sua reflexão cotidiana” Machado de Assis. Realismo. São corretas apenas as correspondências feitas em: Resposta Selecionada: c. II e IV. · Pergunta 1 1 em 1 pontos Leia os fragmentos dos textos a seguir. Nos textos comuns, não literários, o autor seleciona e combina as palavras geralmente pela sua significação. Na elaboração do texto literário, ocorre uma outra operação, tão importan te quanto a primeira: a seleção e a combinação de palavras se fazem muitas vezes por parentesco sonoro. Por isso se diz que o discurso literário é um discurso específico, em que a seleção e a combinação das palavras se fazem não apenas pela significação, m as também por outros critérios, um dos quais, o sonoro. Como resultado, o texto literário adquire certo grau de tensão ou ambiguidade, produzindo mais de um sentido. Daí a plurissignificação do texto literário. GOLDSTEIN, N. Versos, sons, ritmos . 5. ed. Sã o Paulo: Ática, 1988, p. 5. Os símbolos, as metáforas e outras figuras estilísticas, as inversões, os paralelismos e as repetições constituem outros tantos meios de o escritor transformar a linguagem usual em linguagem literária. AGUIAR E SILVA, V. M. Te oria da literatura . 3. ed. Coimbra: Almedina, 1979, p.58 (com adaptações). Tomando como referência os textos acima, avalie as afirmações a seguir. I - A plurissignificação de um texto literário é construída pela combinação de elementos que vão além da si gnificação das palavras que o compõem. II - A construção do texto literário envolve um processo de seleção e combinação de palavras baseados, necessariamente, no uso de metáforas. III - A ambiguidade do texto literário resulta de um processo de seleção e c ombinação de palavras. IV - O texto literário se diferencia do não literário por não depender de significação, mas, sim, de outros recursos no processo de seleção e combinação das palavras. É correto apenas o que se afirma em: Resposta Selecionada: b. I e III. · Pergunta 2 1 em 1 pontos Leia o texto a seguir. Autopsicografia O poeta é um fingidor. Finge tão completamente Que chega a fingir que é dor A dor que deveras sente. E os que leem o que escreve, Na dor li da sentem bem, Não as duas que ele teve, Mas só a que eles não têm. E assim nas calhas de roda Gira, a entreter a razão, Esse comboio de corda Que se chama coração. PESSOA, Fernando. Autopsicografia. In : Obra completa. Porto: Lello & Irmãos, 1975, p. 255 . De acordo com o poema, é específico do processo de criação literária o fato de o poeta: I - escrever não o que pensa, mas aquilo que deveras sente. Pergunta 1 1 em 1 pontos Leia os fragmentos dos textos a seguir. Nos textos comuns, não literários, o autor seleciona e combina as palavrasgeralmente pela sua significação. Na elaboração do texto literário, ocorre uma outra operação, tão importante quanto a primeira: a seleção e a combinação de palavras se fazem muitas vezes por parentesco sonoro. Por isso se diz que o discurso literário é um discurso específico, em que a seleção e a combinação das palavras se fazem não apenas pela significação, mas também por outros critérios, um dos quais, o sonoro. Como resultado, o texto literário adquire certo grau de tensão ou ambiguidade, produzindo mais de um sentido. Daí a plurissignificação do texto literário. GOLDSTEIN, N. Versos, sons, ritmos. 5. ed. São Paulo: Ática, 1988, p. 5. Os símbolos, as metáforas e outras figuras estilísticas, as inversões, os paralelismos e as repetições constituem outros tantos meios de o escritor transformar a linguagem usual em linguagem literária. AGUIAR E SILVA, V. M. Teoria da literatura. 3. ed. Coimbra: Almedina, 1979, p.58 (com adaptações). Tomando como referência os textos acima, avalie as afirmações a seguir. I - A plurissignificação de um texto literário é construída pela combinação de elementos que vão além da significação das palavras que o compõem. II - A construção do texto literário envolve um processo de seleção e combinação de palavras baseados, necessariamente, no uso de metáforas. III - A ambiguidade do texto literário resulta de um processo de seleção e combinação de palavras. IV - O texto literário se diferencia do não literário por não depender de significação, mas, sim, de outros recursos no processo de seleção e combinação das palavras. É correto apenas o que se afirma em: Resposta Selecionada: b. I e III. Pergunta 2 1 em 1 pontos Leia o texto a seguir. Autopsicografia O poeta é um fingidor. Finge tão completamente Que chega a fingir que é dor A dor que deveras sente. E os que leem o que escreve, Na dor lida sentem bem, Não as duas que ele teve, Mas só a que eles não têm. E assim nas calhas de roda Gira, a entreter a razão, Esse comboio de corda Que se chama coração. PESSOA, Fernando. Autopsicografia. In: Obra completa. Porto: Lello & Irmãos, 1975, p. 255. De acordo com o poema, é específico do processo de criação literária o fato de o poeta: I - escrever não o que pensa, mas aquilo que deveras sente.