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RESUMÃO OSCE - P2

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HC II OSCE e PROVA - Ana Loiola
- semiologia do aparelho respiratório
- semiologia do aparelho cardiovascular
- semiologia do abdome
- semiologia do aparelho geniturinário
SEMIOLOGIA DO ABDOME
PONTOS IMPORTANTES SA
Ruídos hidroaéreos
- aumentam na diarreia e oclusão intestinal
- silêncio abdominal pode ser íleo paralítico (incapacidade do intestino de se contrair e expelir os
resíduos do corpo)
a ausculta deve ser realizada, antes de se realizar a percussão e a palpação, pois estas podem estimular
o peristaltismo e encobrir uma hipoatividade dos ruídos hidroaéreos.
Percussão
som maciço: baço e fígado
timpanismo: víscera oca ou ar livre na cavidade
submaciço: víscera com conteúdo alimentar
espaço de traube: entre a 6 e a 10 costela pode-se identificar esplenomegalia: aumento do baço
Palpação
órgãos que podem ser palpados somente em patologias
- bexiga
- apêndice cecal
- vesícula biliar
- flexura do cólon
- delgado
- baço
palpação superficial
- tensão
- sensibilidade
- presença de nodulações
- presença de hérnias
- espessura da parede
- temperatura
Fígado
quadrante superior direito
percussão: macicez hepática
- sinal de jobert: presença de timpanismo na região onde normalmente se encontra a macicez
hepática - pneumoperitônio: presença de ar na cavidade abdominal.
ausculta: pouco importante
- atrito: processo inflamatório agudo na cápsula de glisson ou na peritonite generalizada:
inflamação do peritônio
palpação
- mathieu (mãos em garra): Ao final da expiração, o examinador pressiona seus dedos para baixo
do rebordo costal direito e mantém a pressão, pedindo que o paciente inspire novamente. A cada
nova inspiração, afunda-se a mão. Sente-se a borda hepática. (mãos voltadas para a cabeça).
- Lemos-torres (mãos estendidas): A mão esquerda vai embaixo do paciente, pressionando o
ângulo lombocostal direito do paciente para cima, enquanto a mão direita palpa o fígado. Mão
paralela ao abdome apontando para o rebordo costal. A mão direita é pressionada contra o
abdome ao final da expiração, aguardando a inspiração do paciente sem se movimentar. derrame
pleural: Acúmulo de líquido entre os tecidos que revestem os pulmões e o tórax.
fígado normal (palpação)
- borda anterior, fina, lisa e mole
- indolor
Vesícula biliar
localizado na face anterior do fígado
métodos úteis: inspeção e palpação
ausculta: não é possível
percussão: pesquisa de dor nos processos inflamatórios agudos
Inspeção
- não é visível
- raramente visível em condições patológicas
- pode aparecer como um tumor móvel com os movimentos respiratórios: empiema: presença de
pus franco no espaço pleural, hidropsia: é uma doença rara em que ocorre acúmulo de
líquidos em diversas partes do corpo do bebê durante a sua gestação, como nos pulmões,
no coração e no abdômen, colecistite aguda: inflamação aguda da vesícula biliar.
Palpação
- chiray e pavel: paciente em decúbito lateral esquerdo tendendo a ventral. O examinador palpa
com a mão em garra.
- Murphy: mão espalmada sobre a parede abdominal com o polegar no ponto cístico. Pede para o
paciente respirar fundo e pressiona o polegar progressivamente no ponto cístico. Se o paciente
interromper a respiração é MURPHY POSITIVO, indica processo inflamatório, ou seja colecistite
aguda uma inflamação na vesícula biliar. (dor ou sensibilidade no QSD).
traça um linha do umbigo até a região axilar (oblíqua e direita), próximo ao umbigo fica o ponto
cístico, parada de inspiração ao comprimir o ponto.
Pâncreas
não é explorado por qualquer método da propedêutica física
- sinal de cullen: equimose periumbilical, resultante de hemorragia retroperitoneal (ex: pancreatite
aguda: é um processo inflamatório agudo decorrente da autodigestão do pâncreas causado
pelas próprias enzimas pancreáticas e ruptura de gravidez ectópica)
- sinal de gray-turner: equimoses dos flancos (ex: pancreatite necro-hemorrágica: condição
definida por destruição da estrutura histológica do pâncreas com necrose glandular, com
possível evolução para infecção e formação de abscesso.)
Baço
Inspeção
- em condições normais: sem abaulamentos
- esplenomegalias acentuadas: aumento no sentido do maior eixo
Ausculta: atrito-periesplenites
Percussão
- Todo baço percutível está aumentado de volume, o que nem sempre se identifica pela palpação.
- nem todo baço percutível é palpado, mas todo baço palpável é percutível
Palpação
- mathieu-cardarelli: é realizada com o examinador à esquerda do paciente. A mão direita deve ser
posicionada em garra, próximo ao rebordo costal esquerdo, onde procura-se sentir a borda inferior
do baço.
- mathieu-cardarelli shuster: o mesmo, só que em decúbito lateral.
Importância
baço infeccioso agudo (malária, endocardite)
- volume aumentado (até 3-4cm), mole, borda cortante e extremamente doloroso
baço crônico (esquistossomose, linfomas, malária)
- volume aumentado, duro, borda romba e indolor
baço crônico (LMC, mielofibrose, leishmaniose)
- volume muito aumentado (até FID), borda romba, duro, indolor
Circulação colateral
tipo cava: circulação lateral
tipo porta: circulação mais concentrada
Ascite
transudato ou exsudato
causas
- hemodinâmicas, metabólicas, inflamatórias e neoplásicas
- 300 a 1000ml: toque retal e/ou vaginal - fundo de saco de Douglas
- >1000ml: sinais da propedêutica física se torna evidente, mais importante é a sub macicez móvel
- >5l abaula o abdome
Palpação
- tensão aumentada, elasticidade diminuída
- sinal do Piparote ou da onda
- rechaço
Percussão
- macicez móvel de decúbito
- semicírculo de SKODA
- sem o líquido: timpânico
- com o líquido: macicez
Peritonite
- sinal de blumberg: a peritonite provoca dor tanto à compressão quanto à descompressão podendo
ser, por vezes, mais desconfortável à descompressão.
Apendicite aguda
- sinal de rosving:
- palpação contínua e profunda no QIE com reflexo QID
Esôfago
esôfago torácico:
- estenose cicatricial:
- divertículo de tração
- esofagite: é uma inflamação no esôfago
- câncer
- pericardite
- mediastinite
- aneurisma da aorta
Patologias
- monilíase: é uma infecção fúngica causada pela Candida
- esofagite herpética
- úlcera
- pirose
Estômago
hematemese: sangue vivo no vômito
- vômito alimentar: restos alimentares
- vômito aquoso:
- vômito mucoso com bile: gastrite alcoólica
- vômito bilioso: alimentar ou aquoso ou mucoso com bile clara ou escura = hepatobiliares,
estenose do duodeno pancreatite.
- vômito fecalóide: oclusão intestinal alta ou baixa e peritonite
- vômito purulento: gastrite flegmonosa ou abscesso de órgão vizinho para o estômago
Exame físico:
Inspeção
- abaulamento: distensão abdominal
- ondulações peristálticas visíveis: obstrução (síndrome pilórica)
Palpação
- dor pela compressão, ruído vascolejo gástrico e tumores
TÓPICOS
- pielonefrite - giordano
- sinal de jobert significa macicez hepática
- ponto de Mcburney - apendicite
- o sinal de Murphy está relacionado com doenças hepáticas crônicas
- ROVSING, PSOAS e OBTURADOR: apendicite agudo
SEMIOLOGIA GENITURINÁRIA
Queixas
- micção frequente, choro à micção, jato fraco
- sede excessiva, febre, urina fétida, assadura persistente
- enurese (perda de urina enquanto dorme), incontinência, micção dolorosa, dor abdominal e dorsal,
edema face
- Em condições normais, uma pessoa adulta elimina de 800 a 2.500mL de urina
História pregressa
- síndrome nefrítica
- hipercalciuria preexistente
História familiar
doenças renais determinadas geneticamente
- síndrome nefrótica hereditária
Queixas: alterações do volume e ritmo urinário
1. oligúria: excreção de um volume de urina inferior às necessidades de excreção de solutos,
clinicamente seria uma diurese inferior a 400ml. Decorre da redução do fluxo sanguíneo renal ou
então por lesões renais.
2. anúria: quando a diurese é inferior a 100ml, ocorrendo devido a obstrução bilateral das artérias
renais ou dos ureteres ou pela necrose cortical bilateral.
3. poliúria: excreção de volume urinário superior a 2.500mL
4. disúria: micção associada à sensação de dor
- cistite
- prostatite
- uretrite
5. urgênciae polaciúria: corresponde à necessidade súbita e imperiosa de urinar
6. hesitação: intervalo maior para que apareça o jato urinário, pode ser causado por obstrução do
trato de saída da bexiga.
7. retenção urinária: incapacidade de esvaziar a bexiga
8. incontinência urinária: eliminação involuntária de urina
Queixas: alterações da cor da urina
- hematúria: presença de sangue na urina
- hemoglobinúria: presença de hemoglobina livre na urina
- mioglobinúria: destruição muscular maciça por traumatismo e queimaduras
- porfirinúria: eliminação de porfirinas que produzem coloração vermelho-vinhosa
Queixas: urina com aumento de espuma
eliminação de proteínas aumentada
Queixas: mau cheiro
odor decorre da liberação de amônia, ou processos infecciosos pela presença de pus
Queixas: dor ao urinar
- Dor lombar e no flanco: piora com posição ereta e se agrava ao fim do dia. Não se associa a
náuseas e/ou vômitos.
- cólica renal ou nefrética: obstrução do trato urinário alto. Mal estar geral, inquietação, sudorese,
náuseas e vômito. A dor é tipicamente cólica, seguida de espasmos dolorosos, entre os quais há
um alívio.
- Dor hipogástrica ou vesical: originada no corpo da bexiga. Dor intensa na região suprapúbica e
intenso desejo de urinar
- tenesmo vesical: desejo de urinar acompanhado de dor sem conseguir eliminar o jato
Queixas: febre e calafrios
Na infecção aguda, a febre costuma ser elevada e acompanhada de calafrios; na infecção crônica, a
temperatura está discretamente aumentada.
- ectoscopias: icterícia, palidez, edema, estado nutricional
Rins
rins normais são praticamente inacessíveis à palpação
Palpação
- manobra de giordano: Para ser detectado, deve ser realizada uma percussão com a mão em
forma de punho no dorso do paciente no nível da 11° e 12° costela, com uma mão realizando o
amortecimento.
É utilizado na pesquisa de pielonefrite: doença inflamatória infecciosa causada por bactérias que
atingem o parênquima renal e o bacinete, a porção do rim dilatada em forma de funil
(febre, calafrios, sudorese, náuseas, vômitos, mal-estar; dor lombar e pélvica, no abdômen e nas costas;
urgência e dor (disúria) para urinar, sinal de pus (piúria) e de sangue (hematúria) na urina, que fica turva e
com odor desagradáve).
litíase renal ou nefrolitíase: formação de cálculos dentro do sistema urinário de um paciente.
(sintoma mais comum é uma dor intensa, normalmente no lado do abdômen, frequentemente associada a
náuseas)
Para ser detectado, deve ser realizada uma percussão com a mão em forma de punho no dorso do
paciente no nível da 11° e 12° costela, com uma mão realizando o amortecimento.
- manobra de Israel: paciente em decúbito lateral e membros superiores sobre a cabeça e rim
tentando se palpado anteroposteriormente com as duas mãos em pinça.
- método de guyon: paciente em decúbito dorsal, para se examinar o rim direito põe-se a mão
esquerda tracionando para a frente enquanto a mão direita entra embaixo do rebordo costal
durante a inspiração ao encontro da mão esquerda, tentando pegar o rim com as duas mãos. Para
o rim esquerdo deve-se passar para o lado esquerdo e realizar a mesma manobra.
Ureteres
não são palpados, somente quando extremamente dilatados
Bexiga
Em adultos, não pode ser avaliada por palpação ou por percussão, a menos que contenha urina superior
a 300mL
- em mulheres: a bexiga pode ser palpada entre a parede abdominal anterior e a vagina
- em homens: no reto, sob anestesia
bexigoma: bexiga dilatada e palpável na parte inferior do abdome
SISTEMA GENITAL
Homens
PSA: exame para rastreamento de câncer de próstata, enzima produzida pelas células da próstata
- priapismo
- hidrocele: líquido na túnica vaginal do testículo
- câncer peniano
- doença de peyronie: Tecido cicatricial fibroso dentro do pênis que causa ereções curvas e dolorosas.
- fimose
- hipospadia: Condição em que a abertura do pênis fica na parte de baixo, não na ponta.
- varicocele: palpação dos testículos entre o polegar e os dois primeiros dedos
- criptorquidia: ausência de 1 ou 2 testículos, dilatação do cordão espermático.
Exame da bolsa escrotal
investiga-se
- tamanho
- características da pele
- aspectos vasculares
Exame da próstata
- tamanho
- consistência
- superfície
- contornos
- sulco mediano
- mobilidade
Estruturas a serem analisada no toque retal
- parede lateral esquerda e direita
- parede posterior e anterior
Mulher
inspeção
Separe os lábios com uma mão e palpe com outra. Consistência mole. Se houver massa ou lesão: palpe
para determinar o tamanho, forma e consistência.
- cistocele: prolapso da parede anterior da vagina e bexiga para dentro da vagina
- retocele: prolapso da parede posterior da vagina e reto para dentro da vagina
- corrimento vaginal
- prolapso uterino
1. grau (colo orifício vaginal)
2. grau (colo sai do orifício)
3. grau (exteriorização do útero)
- síndrome do ovário policístico: Distúrbio hormonal que causa um aumento no tamanho dos
ovários, com pequenos cistos na parte externa deles.
SISTEMA CARDIOVASCULAR
Anamnese
idade: anomalias congênitas e moléstia reumática predominam nas crianças; HAS, DAC e outras
doenças crônicas são mais comuns em adultos depois dos 50 anos.
sexo: lesões mitrais ocorrem mais em mulheres jovens e DAC predomina nos homens até 45 anos
(depois dessa idade, a incidencia se igual a ambos os sexos)
raça: HAS é mais comum nos negros, aparecendo em menor faixa etária e evoluindo de maneira mais
grave.
profissão: estresse emocional, esforço físico intenso, interferem diretamente em doenças cardíacas
naturalidade: relação com doença de chagas
antecedentes pessoais: relação com outras infecções estreptocócicas e doença de etiologia reumática
antecedentes familiares: importante em HAS, IAM etc
hábitos de vida: tabagismo, alcoolismo, sedentarismo, dieta hiperlipídica.
HAS: hipertensão arterial sistêmica DAC: doença arterial coronariana IAM: inf agudo do miocárdio
Exame clínico
Dor torácica: nem sempre está relacionada à dor cardíaca, pode ter origem em estruturas como pleura,
esôfago, estômago.
Principais causas de dor cardíaca
angina:
infarto do miocárdio, dissecção de aorta e pericardite
- estável: melhora com repouso
- instável: longa duração, mais intensa e não melhora com o repouso, causa mais comum
aterosclerose, acontece pela vasoconstrição dos vasos.
qualidade: pressão/aperto
localização: retroesternal, com irradiação para região ulnar do braço esquerdo, pescoço, mandíbula,
ombro e epigástrico
duração: 2-10min
fatores desencadeantes: esforço físico e estresse
fatores de alívio: repouso, nitrato sublingual
infarto:
qualidade: queimação/aperto/pressão; dor mais intensa que a angina
localização: mesma da angina
duração: pode durar de 30min a horas
fatores desencadeantes: início súbito, podendo ocorrer em repouso; pode ser desencadeada por
estresse e esforço físico
fatores de alívio: não alivia com repouso e alivia parcialmente com o uso de nitratos
manifestações associadas: diaforese, náuseas, vômito e dispneia.
pericardite
Qualidade: dor em facada
localização: retroesternal, em direção ao ápice cardíaco; pode irradiar para o pescoço e costas
duração: dor contínua, podendo durar horas ou até dias
fatores agravantes: respiração, decúbito dorsal, deglutição e movimentação de tronco
fatores de alívio: posição genupeitoral
dissecação da aorta
qualidade: excruciantes, lacerante, começa com intensidade 10/10
localização: retroesternal ou no tórax anterior
fatores desencadeantes: início súbito, sem fator de melhora
fatores de risco: síndrome de Marfan
manifestações associadas: assimetria de pulsos e de PA, sopro cardíaco
Exame Clínico
Dispneia: cansaço, falta de ar, respiração difícil, um dos sintomas mais importantes de cardiopatia
- dispneia de paciente cardiopata indica, geralmente, congestão pulmonar.
- dispneia de esforço: tipo mais comum, aparecendo após esforço físico; classificada em grandes,
médios e pequenos esforços.
- dispneia de decúbito: surge quando o paciente deita (ortopneia); paciente geralmente precisa
dormir com mais travesseiros.- dispneia paroxística noturna: paciente acorda com intensa dispneia, que se acompanha de
sensação de sufocamento, tosse seca.
palpitações: percepção dos batimentos cardíacos (‘’batedeira no peito”); nem sempre significa arritmia
- podem ser devido a esforço, alterações no ritmo cardíaco ou transtornos emocionais.
tosse e expectoração: sintoma frequente na insuficiência ventricular esquerda, causada pela congestão
pulmonar
edema agudo do pulmão: tosse com expectoração rósea e espuma
pericardite, aneurisma da aorta: compressão brônquica ou irritação do nervo vago levam a tosse
síncope, lipotímia e desmaio: lipotimia é a sensação de desmaio, síncope seria a perda súbita e
transitória da consciência e desmaio uma perda prolongada;
- quando de causa cardíacas, ocorre devido à diminuição do fluxo sanguíneo cerebral
- ocorre devido à hipotensão postural, arritmias, diminuição do débito cardíaco, hipovolemia aguda.
cianose: coloração azulada da pele; ocorre quando Hb reduzida >5 mg/dL
- o tipo mais comum é a cianose central, podendo ocorrer devido a transtornos na hematose e
transtorno de perfusão.
edema: aumento do líquido no espaço intersticial; o edema de origem cardíaca ocorre devido aumento da
pressão hidrostática no capilares
- causa básica do edema de origem cardíaca é insuficiência direita
- é um edema gravitacional (piora no fim do dia), simétrico, mole
- É mais comum em membros inferiores, mas pode evoluir com estase jugular, ascite,
hepatomegalia (aumento anormal do fígado).
Exame físico
O exame físico cardiovascular inclui inspeção, palpação e ausculta.
O uso de percussão para delimitação da área cardíaca entrou em desuso, pois estudos mostraram
que os resultados eram imprecisos.
- posição fundamental do paciente: decúbito dorsal (podem ser adotadas outras posições, em
determinadas ocasiões.
Inspeção e palpação
importante realizar simultaneamente/seguidamente, pois achados são mais significativos quando
analisados em conjunto
parâmetro investigados
1. abaulamentos e retrações
podem indicar presença de aneurisma de aorta, cardiomegalia, derrame pericárdico (analisar a presença
de impulsões do precórdio para diferenciar.
2. deformidades da caixa torácica
3. análise do ictus cordis
analisado na inspeção e palpação; localização cruzamento da linha hemiclavicular esquerda com 5 EIC
esquerdo; extensão 2 a 3 cm e está apenas em um espaço intercostal; deslocamento do ictus indica
dilatação e/ou hipertrofia de VE
4. movimentos ou batimentos visíveis e/ou palpáveis
5. palpação de bulhas
6. pesquisa de frêmito cardiovascular
corresponde aos sopros
7. pesquisa de estase jugular
é normal ser encontrada em decúbito dorsal
TÓPICOS IMPORTANTES
- O Foco Aórtico se localiza no 2º espaço intercostal direito na região paraesternal direita.
- A bulha B4 pode ser verificada no “Coração duro”.
- O receptor chamado campânula é melhor para auscultar B3 e B4
- A posição de PACHON é direcionada para avaliar também o foco mitral.
- A drenagem do pneumotórax é feita no 5 espaço intercostal
- O abaulamento do precórdio sem alteração do ictus fala a favor da hipertrofia VD.
- A turgência jugular é normalmente encontrada em decúbito dorsal.
- A posição de Harvey facilita a ausculta de B2.
- B3 é um som protodiastólico que ocorre em decorrência do enchimento rápido e tem relação com
o coração mole.
- posição de harvey focos de base
- decúbito lateral esquerdo - foco mitral B3 e B4
- diafragma - sons de alta frequência
- campânula sons de baixa frequência B3 e B4
- sinal de Romanã - chagas (olho inchado)
- sinal de pemberton - ao levantar os braços cabeça fica com coloração mais escura que o resto do
corpo
B1
- fechamento das valvas AV
- mais audível no foco mitral e tricúspide
- hiperfonese: ocorre em condições que diminuem o enchimento ventricular *taquicardia*
B2
- fechamento das valvas SL
- hiperfonese: situação em que ocorre o aumento do débito
- hipofonese: redução do débito cardíaco
B3
- som protodiastólico (início da diástole), ocorrendo no enchimento rápido
- coração mole
- campânula de baixa frequência
B4
- ocorre no fim da diástole
- originada devido desaceleração brusca do fluxo sanguíneo
- coração duro
Sopros
sistólico
- estenose aórtica ou pulmonar
- insuficiência mitral ou tricúspide
diastólico
- insuficiência aórtica ou insuficiência pulmonar
- estenose mitral ou tricúspide
SEMIOLOGIA DO APARELHO RESPIRATÓRIO
Sons pleuropulmonares
normais
traqueal
- audível na região de projeção da traquéia, no pescoço e na região esternal
- origina-se na passagem do ar através da fenda glótica e na própria traquéia
- dois componentes: inspiratório (ruído soproso) e expiratório (forte e prolongado)
respiração brônquica
- corresponde ao som traqueal audível na zona de projeção dos brônquios de maior calibre, na face
anterior do tórax, nas proximidades do esterno.
- muito se assemelha ao som traqueal, dela se diferenciando apenas por ter componente expiratório
menos intenso.
- nas áreas que correspondem a uma atelectasia ou nas regiões próximas a caverna
respiração broncovesicular
- somam-se as características da respiração brônquica com as do murmúrio vesicular
murmúrio vesicular
- ouvidos na maior parte do tórax são produzidos pela turbulência do ar circulante ao chocar-se
contra as saliências das bifurcações brônquicas, ao passar por cavidades de tamanhos diferentes
tais como bronquíolos para alvéolos e vice-versa.
- não se ausculta nas regiões esternal superior, interescapulovertebral direita e no nível da 3 a 4
vértebras dorsais.
- diminuição do murmúrio (presença de ar: pneumotórax; líquido: derrame pleural; tecido sólido
além do enfisema pulmonar)
- aumento do murmúrio ocorre quando o paciente respira amplamente com a boca aberta.
anormais
descontínuos
estertores finos ou crepitantes:
- ocorrem no final da inspiração, tem frequência alta/agudo
- não se modificam com a tosse
- atritos de um punhados de cabelo juntos ao ouvido, som abrindo velcro
- pneumonia e congestão pulmonar
estertores grossos
- frequência menor e duração maior que os finos
- sofrem nítida alteração com a tosse
- audíveis no início da inspiração e durante toda expiração
- bronquites e bronquiectasias
contínuos
roncos
- sons graves de baixa frequência
- asma brônquica, bronquite, bronquiectasias e obstruções localizada
- ocorre tanto na inspiração, quanto na expiração, na qual predominam
sibilos
- ocorre na inspiração e expiração
- asma e bronquite
estridor
- ruído inspiratório
- produzido pela obstrução da laringe ou traqueia
- difteria, laringe aguda, câncer de laringe, estenose da traqueia
Síndromes brônquicas
síndrome de consolidação pulmonar
- inspeção: expansibilidade diminuída
- palpação: expansibilidade diminuída/FV aumentado
- percussão: submacicez, macicez
- ausculta: respiração brônquica substituindo o murmúrio vesicular, broncofonia ou egofonia,
pectoriloquia e estertores finos
atelectasia
- inspeção: retração do tórax e tiragem
- palpação: expansibilidade diminuída e FV diminuído
- percussão: submacicez ou macicez
- ausculta: respiração broncovesicular ressonância vocal diminuída
enfisema pulmonar
- inspeção: expansibilidade diminuída e tórax em tonel no casos avançados
- palpação: expansibilidade diminuída, FTV diminuído
- percussão: hipersonoridade
- ausculta: MV diminuído, ressonância vocal diminuída
derrame pleural
- inspeção: expansibilidade diminuída
- palpação: expansibilidade diminuída e frêmito toracovocal abolido
- percussão: macicez
- ausculta: MV diminuído
pneumotórax
- inspeção: normal ou abaulamento do tórax quando a quantidade de ar é grande
- palpação: expansibilidade diminuído, FTV diminuído
- percussão: timpanismo
- ausculta: MV diminuído e ressonância diminuída
Ausculta de voz
broncofonia: voz normal
pectorilóquia fônica: nitidez voz falada
pectorilóquia afônica: ouve a voz cochichada
egofonia: nasalada e metálica
TÓPICOS
- O Tórax em Barril se encontra presente nos pacientes com Enfisema Pulmonar.
- O tipo respiratório predominante na mulher é o costalsuperior.
- Ortopneia é a dificuldade respiratória em decúbito dorsal.
- Os estertores finos não se modificam com a tosse.
- O Som do Murmúrio Vesicular (MV) se encontra presente na maior parte do tórax.

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