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Auditoria operacional da farmácia

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UNIVERSIDADE REGIONAL DO NOROESTE DO ESTADO DO 
RIO GRANDE DO SUL 
DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS ADMINISTRATIVAS, CONTÁBEIS, 
ECONÔMICAS E DA COMUNICAÇÃO 
CURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS 
 
 
 
 
MAIURA CONCEIÇÃO DE LIMA 
 
 
 
AUDITORIA OPERACIONAL DE RECURSOS HUMANOS EM UMA 
FARMÁCIA 
(Trabalho de Conclusão do Curso) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
IJUÍ (RS) 
2016 
2 
 
MAIURA CONCEIÇÃO DE LIMA 
 
 
 
 
 
 
AUDITORIA OPERACIONAL DE RECURSOS HUMANOS EM UMA 
FÁRMACIA 
 
 
 
Trabalho de conclusão de curso apresentado no Curso 
de Ciências Contábeis da UNIJUÍ, como requisito 
para obtenção do título de Bacharel em Ciências 
Contábeis. 
 
 
 
 
Profº Orientador: MARCELO LUÍS DIDONÉ 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Ijuí (RS), Novembro, 2016 
 
 
3 
 
AGRADECIMENTOS 
 
 
Quero agradecer em primeiro lugar, a Deus pela força e determinação durante toda 
esta longa caminhada por ser essencial em minha vida, autor do meu destino, socorro nos 
momentos de angústias, quem me deu coragem para enfrentar as dificuldades encontradas 
durante a minha caminhada. 
Aos meus pais Edir e Valdeci, e meu Irmão Tiago, que sempre me incentivaram e 
acreditaram em mim, por muitas vezes trabalharem dobrado, sacrificando seus sonhos em 
favor dos meus, com cuidado e dedicação nos momentos que precisei de esperança e 
coragem para seguir, pela presença e a certeza de que não estou sozinha nessa caminhada. 
Ao meu professor orientador Marcelo Didoné, que aceitou o desafio e com quem 
partilhei o que era o broto que veio a ser esse trabalho, meu agradecimento pela paciência, 
pelos conhecimentos e ensinamentos, incentivos e cobranças que contribuiu, diretamente 
com a minha formação profissional. 
Agradeço a todos os professores do Curso de Ciências Contábeis da UNIJUÍ, por me 
proporcionar o conhecimento no processo de formação profissional, não somente por terem 
me ensinado, mas por terem me feito aprender, a palavra mestre, nunca fará justiça á vocês, 
o meu eterno agradecimento. 
Aos meus amigos por todo o apoio e cumplicidade, mesmo quando distantes sempre 
presentes em minha vida e principalmente aos meus colegas que nossos caminhos se 
cruzaram diante de um ideal em comum e aqui estamos, lutamos e vencemos, dividimos 
medos, inseguranças, incertezas durante a caminhada, mas compartilhamos bons momentos, 
grande amizades, conhecimentos, desejo muito sucesso a cada um. 
Minha terna gratidão a todos aqueles que colaboraram para que este sonho pudesse 
ser concretizado. 
 
 
 
 
 
 
 
4 
 
RESUMO 
 
Nos dias atuais, verifica-se que uma empresa não pode deixar de lado as questões que envolvem os direitos 
trabalhistas. Ademais, é decorrente disso que o empregado fica satisfeito e resulta em melhor desempenho em 
seus trabalhos. Efetivamente nos serviços de Auditoria de Recursos Humanos, observa-se que se trata de um 
trabalho de medição e prevenção, a fim de dar solução aos problemas e/ou fazer com que eles não ocorram, 
evitando eventuais demandas que possam ocorrer em face de alguma desorganização ou divergências. Este 
trabalho tem por objetivo identificar como estão sendo realizadas as rotinas trabalhistas na entidade em 
questão, no período de 01 de maio de 2015 a 31 de maio de 2016, mediante a legislação que se aplica aos 
Recursos Humanos. Foi realizada a pesquisa na Entidade auditada, que possuiu no seu quadro de funcionários, 
três colaboradores, objetivando verificar se está seguindo corretamente as rotinas trabalhistas de acordo com a 
legislação vigente, evitando possíveis reclamatórias trabalhistas ou danos futuros a entidade. 
 
 
PALAVRA-CHAVE: Contabilidade. Auditoria Operacional. Recursos Humanos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
5 
 
LISTA DE FIGURAS 
 
Figura 1- Alíquotas para fins de recolhimento do INSS ano-calendário 2016 ....................... 47 
Figura 2- Cálculo mensal do Imposto sobre a Renda da Pessoa Física 2016 para o exercício 
de 2015, ano calendário 2014: ................................................................................................ 47 
Figura 3- Fluxograma de contratação da Farmácia. ............................................................... 58 
Figura 4-Fluxograma movimentação mensal da farmácia. .................................................... 59 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
6 
 
LISTA DE QUADROS 
 
Quadro 1- Programa de auditoria no setor de recursos humanos ........................................ 60 
Quadro 2- Papéis de trabalho de auditoria- Exame médico admissional ............................ 63 
Quadro 3- Papéis de trabalho de auditoria- Contrato de trabalho ....................................... 64 
Quadro 4– Papéis de trabalho de auditoria- Livro registro de empregados ........................ 66 
Quadro 5– Papéis de trabalho de auditoria- Carteira de trabalho e previdência social ....... 67 
Quadro 6- Papéis de trabalho de auditoria- Comprovante de entrega e devolução de CTPS
 ................................................................................................................................................ 68 
Quadro 7 – Papéis de trabalho de auditoria- Renuncia do vale transporte ............................ 69 
Quadro 8– Papéis de trabalho de auditoria- Exame médico periódico................................. 70 
Quadro 9- Papéis de trabalho de auditoria- Atribuição salarial dos colaboradores ............. 71 
Quadro 10– Papéis de trabalho de auditoria- Ponto eletrônico .............................................. 73 
Quadro 11– Papéis de trabalho de auditoria- Eventos variáveis ............................................ 74 
Quadro 12– Papéis de trabalho de auditoria- Eventos fixos ................................................... 76 
Quadro 13– Papéis de trabalho de auditoria- Obrigações acessórias- RAIS .......................... 77 
Quadro 14– Papéis de trabalho de auditoria- Obrigações legais ............................................ 78 
Quadro 15- Papéis de trabalho de auditoria- FGTS ............................................................... 79 
Quadro 16– Papéis de trabalho de auditoria- Descontos Legais- INSS ................................. 81 
Quadro 17– Papéis de trabalho de auditoria- Confecção da Folha de Pagamento- Maio/2015
 ................................................................................................................................................ 83 
Quadro 18– Papéis de trabalho de auditoria- Confecção da Folha de Pagamento- Mês 
Junho/2015 ............................................................................................................................. 85 
Quadro 19– Papéis de trabalho de auditoria- Confecção da Folha de Pagamento- Mês 
Julho/2015 .............................................................................................................................. 86 
Quadro 20– Papéis de trabalho de auditoria- Confecção da Folha de Pagamento- Mês 
Agosto/2015 ........................................................................................................................... 88 
Quadro 21– Papéis de trabalho de auditoria- Confecção da Folha de Pagamento- Mês 
Setembro/2015 ........................................................................................................................ 89 
Quadro 22– Papéis de trabalho de auditoria- Confecção da Folha de Pagamento- Mês 
Outubro/2015 .......................................................................................................................... 91 
Quadro 23– Papéis de trabalho de auditoria- Confecção da Folha de Pagamento- Mês 
Novembro/2015 ...................................................................................................................... 92 
7 
 
Quadro 24– Papéis de trabalho de auditoria- Confecção da Folhade Pagamento- Mês 
Dezembro/2015 ...................................................................................................................... 94 
Quadro 25– Papéis de trabalho de auditoria- Confecção da Folha de Pagamento- Mês 
Janeiro/2016 ........................................................................................................................... 95 
Quadro 26– Papéis de trabalho de auditoria- Confecção da Folha de Pagamento- Mês 
Fevereiro/2016 ........................................................................................................................ 97 
Quadro 27– Papéis de trabalho de auditoria- Confecção da Folha de Pagamento- Mês 
Março/2016 ............................................................................................................................. 98 
Quadro 28– Papéis de trabalho de auditoria- Confecção da Folha de Pagamento- Mês 
Abril/2016 ............................................................................................................................. 100 
Quadro 29– Papéis de trabalho de auditoria- Confecção da Folha de Pagamento- Mês 
Maio/2016 ............................................................................................................................. 101 
Quadro 30- Papéis de trabalho de auditoria- Guias de INSS, FGTS e Contribuições ......... 103 
Quadro 31- Papéis de trabalho de auditoria- Férias ............................................................. 105 
Quadro 32- Papéis de trabalho de auditoria- Adiantamento de férias .................................. 106 
Quadro 33- Papéis de trabalho de auditoria- Decimo Terceiro Integral ............................... 107 
Quadro 34-Papéis de trabalho de auditoria- Livro de Inspeção do Trabalho ....................... 109 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
8 
 
LISTA DE SIGLAS E ABREVIATURAS 
 
ART Artigo 
ASO Atestado de Saúde Ocupacional 
ATS Adicional por tempo de serviço 
BC Base de Cálculo 
CAGED Cadastro Geral de Empregados e Desempregados 
CCT Convenção Coletiva de Trabalho 
CF Constituição Federal 
CLT Consolidação das Leis do Trabalho 
CPF Cadastro Pessoa Física 
CTPS Carteira de Trabalho e Previdência Social 
DARF Documento de Arrecadação de Receitas Federais 
DIF. Diferença 
DCTOS Documentos 
DSR Descanso Semanal Remunerado 
FGTS Fundo de Garantia do Tempo de Serviço 
GFIP Guia de Recolhimento do FGTS e de Informação a Previdência Social 
HS Horas 
INSS Instituto Nacional do Seguro Social 
IRRF Imposto de Renda Retido na Fonte 
LTCAT Laudo Técnico de Condições Ambientais do Trabalho 
MPS/MF Ministério da Previdência Social e Ministério da Fazenda 
MTPS Ministério do Trabalho e Previdência Social 
TEM Ministério da Trabalho e Emprego 
NR Norma Regulamentada 
Nº Número 
PASEP Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público 
PCMSO Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional 
PIS Programa de Integração Social 
PPP Perfil Profissiográfico Previdenciário 
PPRA Programa de Prevenção de Riscos Ambientais 
RAIS Relação Anual de Informações Sociais 
RG Carteira de Identidade 
9 
 
SINDFARMS Sindicato dos Farmacêuticos do Rio Grande do Sul 
TRCT Termo de Rescisão de Contrato de Trabalho
10 
 
SUMÁRIO 
 
1 INTRODUÇÃO ......................................................................................................... 12 
1.1 CONTEXTUALIZAÇÃO DO ESTUDO ................................................................... 14 
1.2 DEFINIÇÃO DO TEMA EM ESTUDO .................................................................... 14 
1.3 CARACTERIZAÇÃO DA ORGANIZAÇÃO ........................................................... 14 
1.4 PROBLEMATIZAÇÃO DO TEMA .......................................................................... 15 
1.5 OBJETIVOS ............................................................................................................... 16 
1.5.1 Objetivo geral ............................................................................................................. 16 
1.5.2 Objetivos específicos .................................................................................................. 16 
1.6 JUSTIFICATIVA ........................................................................................................ 16 
2 REFERENCIAL TEÓRICO .................................................................................... 18 
2.1 CONCEITO DE CONTABILIDADE......................................................................... 18 
2.1.1 Finalidade da contabilidade ...................................................................................... 18 
2.1.2 Campos de atuação da contabilidade ...................................................................... 19 
2.1.3 Princípios de contabilidade ....................................................................................... 19 
2.2 AUDITORIA .............................................................................................................. 22 
2.2.1 Origem da Auditoria ................................................................................................. 23 
2.2.2 Conceito de Auditoria ............................................................................................... 24 
2.2.3 Objetivos da Auditoria .............................................................................................. 24 
2.2.4 Formas de Auditoria ................................................................................................. 25 
2.2.5 Normas de Auditoria ................................................................................................. 29 
2.2.6 Programas de Auditoria ............................................................................................ 29 
2.2.7 Papéis de trabalho ..................................................................................................... 30 
2.2.8 Planejamento de Auditoria ....................................................................................... 31 
2.2.9 Relatório de auditoria ............................................................................................... 32 
2.3 AUDITORIA OPERACIONAL ................................................................................. 32 
2.3.1 Objetivos da auditoria operacional .......................................................................... 33 
2.3.2 Tipos de Auditoria ..................................................................................................... 34 
2.4 AUDITORIA DE RECURSOS HUMANOS ............................................................. 35 
2.4.1 Procedimentos para admissão de pessoal ................................................................ 35 
2.4.2 Processamento da folha de pagamento .................................................................... 39 
2.4.3 Obrigações acessórias ................................................................................................ 49 
 
 
11 
 
2.4.4 Procedimentos para demissão de pessoal ................................................................50 
3 METODOLOGIA DO ESTUDO ............................................................................. 52 
3.1 CLASSIFICAÇÃO DA PESQUISA .......................................................................... 52 
3.1.1 Quanto a sua natureza .............................................................................................. 52 
3.1.2 Quanto à forma de abordagem do problema .......................................................... 53 
3.1.3 Quanto aos objetivos .................................................................................................53 
3.1.4 Quantos aos procedimentos técnicos ....................................................................... 54 
3.2 COLETA DE DADOS ................................................................................................ 55 
3.2.1 Instrumentos de coletas de dados ............................................................................. 55 
3.3 ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DOS DADOS ....................................................... 56 
4. AUDITORIA NO SETOR DE RECURSOS HUMANOS : Estudo de caso ........57 
4.1 DESCRIÇÃO DOS PROCESSOS INTERNOS DE RECURSOS HUMANOS .......... 57 
4.2 PROCEDIMENTOS REALIZADOS NO SETOR DE RECURSOS HUMANOS ...... 57 
4.2.1 Admissão dos Colaboradores ................................................................................... 58 
4.2.2 Processamento da Folha de Pagamento................................................................... 59 
4.3 CONTROLES INTERNOS REALIZADOS PELA EMPRESA ................................ 60 
4.4 PREPARAÇÃO DO PROGRAMA DE AUDITORIA .............................................. 60 
4.5 PAPÉIS DE TRABALHO .......................................................................................... 62 
4.6 RELATÓRIO DE AUDITORIA .............................................................................. 110 
 CONCLUSÃO ......................................................................................................... 121 
 REFERÊNCIAS .......................................................................................................123
 
 
1 INTRODUÇÃO 
 
 
A Contabilidade se dá pela necessidade do registro assim como a necessidade social 
de proteção a posse e de conservação assim como interpretação dos fatos ocorridos na 
entidade a fim de dar a possibilidade ao usuário conhecer suas reais possibilidades de uso, 
produção e consumo. 
Sendo um dos campos abrangentes da Contabilidade a Auditoria tem o enfoque na 
investigação da empresa, verificando se a mesma está realizando o trabalho corretamente e 
agindo conforme as normas e os Princípios de Contabilidade, a fim de avaliar a 
confiabilidade e a adequação das demonstrações contábeis. 
Vive-se atualmente em um mundo em que o mercado apresenta-se em constante 
evolução. Isso porque, há uma alta competitividade, sendo que torna-se cada vez mais 
necessário as entidades se adequarem a todas estas mudanças que estão ocorrendo, pois, 
observa-se ser de extrema importância para o seu público alvo. Além disso, verifica-se que 
isso é uma das técnicas que são utilizadas de forma constante na ocasião de aplicação de 
Auditorias, demonstrando um diferencial nas organizações. O diferencial para as entidades 
ao realizar a Auditoria é mostrar a veracidade nos seus registros contábeis, avaliando o 
funcionamento dos controles internos nas organizações. 
Efetivamente a realização de uma Auditoria Operacional no Setor de Recursos 
Humanos objetiva realizar a avaliação dos controles internos da entidade, a fim de elaborar 
um Programa de Auditoria, procedendo-se com execução de trabalhos, bem como aplicar os 
papéis de trabalho de Auditoria, com a finalidade de colher as evidências com fundamento 
em opiniões sobre os processos analisados no setor. Por fim, verifica-se a necessidade de ser 
elaborado um relatório de Auditoria, concluindo tudo o que foi verificado durante a 
execução do trabalho, gerando informações de forma preventiva e também de forma 
corretiva, evitando que se ocorra uma Auditoria de maneira externa punitiva em decorrência 
de eventual descumprimento das legislações trabalhistas pertinentes ao caso. 
Assim, o presente estudo tem o objetivo de realizar uma Auditoria Operacional de 
Recursos Humanos em um estabelecimento comercial de medicamentos e perfumaria, com a 
finalidade de verificar se os controles internos que envolvem essa área estão sendo 
conduzidos em consonância com a legislação vigente. 
13 
 
Inicialmente no primeiro capítulo deste trabalho de conclusão de curso são 
apresentadas as definições do tema em estudo, sendo seguidos pela caracterização da 
entidade, os objetivos para a realização assim como a justifica para a elaboração do mesmo. 
O segundo capítulo refere-se à revisão bibliográfica referente ao tema em estudo, 
qual foi desenvolvido por meio de pesquisas em livros e em meios eletrônicos, onde são 
apresentados os conceitos de Contabilidade, Auditoria e suas ramificações, como Auditoria 
Operacional e Auditoria de Recursos Humanos, bem como os procedimentos que envolvem 
o departamento de pessoal e a legislação vigente no período. 
O terceiro capítulo apresenta a metodologia da pesquisa e a sua classificação também 
sendo caracterizados pela forma que ocorreu a coleta de dados, os instrumentos e como 
foram realizadas as análises e interpretações dos dados coletados. 
O quarto capítulo do trabalho de conclusão de curso se refere ao estudo de caso 
realizado, o qual compreende a elaboração de uma Auditoria Operacional de Recursos 
Humanos em uma Farmácia comercial. Inicialmente contemplando a caracterização dos 
controles internos da entidade, dos procedimentos de admissão, contratação e movimentação 
mensal ocorridos no departamento de pessoal da entidade. 
O estudo abrange a elaboração de um programa de Auditoria, com a aplicação dos 
trabalhos de Auditoria, por meio dos papéis de trabalho, sendo concluído com o Relatório de 
Auditoria. 
Por fim, o estudo apresenta o Relatório de Auditoria com a conclusão e 
recomendações à entidade a respeito dos dados analisados e obtidos durante o trabalho, 
assim como as referências e bibliografias utilizadas para a realização do mesmo. 
 
 
14 
 
1.1 CONTEXTUALIZAÇÃO DO ESTUDO 
 
O presente trabalho de conclusão de curso aborda um estudo realizado na temática da 
Auditoria Operacional, sendo essa uma eficiente ferramenta de apoio e controle na gestão 
das organizações. 
Nesse primeiro capítulo apresenta-se a parte inicial do estudo do trabalho de 
conclusão de curso, composta pela definição do tema, caracterização da organização, a 
identificação do problema em questão, assim como a definição dos objetivos e a justificativa 
da realização do estudo. 
 
1.2 DEFINIÇÃO DO TEMA EM ESTUDO 
 
A contabilidade é a ciência social que tem como objeto de estudo o patrimônio das 
entidades. 
Segundo Barros (2005, p.17) “A contabilidade é uma ciência social que estuda e 
prática as funções de controle e de registro relativas aos atos e fatos da administração e da 
Economia. É desse modo, a ciência que trata do controle das entidades (empresas).” 
Diante das amplas áreas do conhecimento que a Contabilidade abrange, o presente 
trabalho de conclusão de curso desenvolveu-se na área de Auditoria Operacional de recursos 
humanos, com o objetivo de verificar se os procedimentos do setor de pessoal da entidade 
estão sendo realizados em consonância com a legislação vigente. 
 
1.3 CARACTERIZAÇÃO DA ORGANIZAÇÃO 
 
O presente estudo foi realizado em uma empresa que tem como ramo de atividade o 
comércio de medicamentos e perfumaria. A organização foi constituída no dia 01 de julho 
de 2005 e está situada em um município na região noroeste do estado do Rio Grande do Sul. 
A entidade foi registrada como Sociedade Empresária Limitada, pois é composta por dois 
sócios, sendo optante pelo regime de tributação do Simples Nacional. 
A empresa possui dois sócios proprietários, um com a participação de 95% das cotas 
e outro com 5% das cotas. Seu quadro de funcionários é constituído por três colaboradores, 
sendo eles a farmacêutica e duas atendentes de farmácia. Além disso, o proprietário é o 
responsável pelo setor financeiro da empresa, sendo que a contabilidade e a folha de 
pagamento são de responsabilidade de um escritório de contabilidade. 
 
15 
 
Na figura 01, a partir da elaboração de um organograma pode-se verificar como se 
apresenta a atual composiçãodo quadro de colaboradores e proprietários da Empresa. 
 
Figura 1- Organograma da Entidade. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: Dados conforme pesquisa elaborado pela autora. 
 
Como se pode observar a figura 01 representa a atual composição do quadro de 
colaboradores e proprietários da farmácia, seguindo uma hierarquia onde os administradores 
são os responsáveis pela gestão da organização, enquanto que a farmacêutica é a responsável 
técnica da entidade e as atendentes dão suporte na venda das mercadorias. 
 
1.4 PROBLEMATIZAÇÃO DO TEMA 
 
A auditoria permite acompanhar se os processos, dados e controles da empresa estão 
sendo tratados da forma correta. Também auxilia a empresa a conduzir de forma adequada 
as rotinas a fim de atingir a eficiência e ao mesmo tempo cumprir com a legislação vigente. 
Dessa forma Oliveira; Diniz Filho (2001, p. 16), entendem auditoria como: 
 
Instrumento de controle administrativo e de verificação sistemática da eficácia e 
eficiência das atividades operacionais. Enfoca a avaliação dos controles internos 
das atividades e processos administrativos e operacionais, analisando as 
deficiências e os riscos envolvidos, visando; A proteção dos bens e diretos da 
empresa contra fraudes, desvios, desfalque, á constatação de possíveis 
irregularidades e usos indevidos dos bens e direitos da empresa, que comprometam 
seu desemprenho; ao aprimoramento contínuo da eficiência e eficácia operacional, 
contribuindo com soluções que possibilitem e facilitem o atingimento das metas e 
dos planos estabelecidos. 
 
Nesse contexto, a auditoria consiste em fazer um diagnóstico da entidade e fornecer 
informações precisas, contribuindo assim no controle e na avaliação do desempenho 
desejado e adequado com o objetivo de auxiliar e desempenhar de forma correta suas 
atribuições e responsabilidades, avaliando se a organização, as atividades, e as operações 
estão atingindo os objetivos traçados. 
ADMINISTRADORES 
ATENDENTES 
FARMACÊUTICA 
16 
 
Diante disso, questiona-se: Os controles internos que envolvem a área de recursos 
humanos da empresa estão sendo praticados em consonância com a legislação vigente? 
 
1.5 OBJETIVOS 
 
Os objetivos têm como função de estabelecer o que se pretende atingir com o 
desenvolvimento desse trabalho, dividindo-se em objetivo geral e objetivos específicos. 
 
1.5.1 Objetivo geral 
 
Verificar se os procedimentos que envolvem a área de recursos humanos da empresa 
estão sendo realizados de forma correta, cumprindo com o que determina a legislação, bem 
como, elaborar um programa de auditoria de recursos humanos, identificar possíveis falhas 
na área e consequentemente informar os resultados obtidos no relatório de auditoria. 
 
1.5.2 Objetivos específicos 
 
Os objetivos específicos do trabalho se constituem da seguinte forma: 
-Pesquisar na literatura assuntos pertinentes a legislação vigente, bem como de Auditoria 
Operacional; 
-Verificar os controles internos identificando eventuais falhas e sugerindo possíveis 
recomendações; 
-Realizar a observância quanto ao cumprimento das práticas exigidas pelas normas legais 
aplicáveis ao setor de Recursos Humanos. 
-Elaborar um programa de auditoria, bem como estruturar os papeis de trabalho; 
-Emitir o relatório de auditoria, com suas respectivas conclusões, assim como 
recomendações quando forem necessárias. 
 
1.6 JUSTIFICATIVA 
 
Como Acadêmica do Curso de Ciências Contábeis, a realização do trabalho de 
conclusão de curso, realizado na área de Auditoria Operacional de Recursos humanos, 
contribuiu para fins de aprendizado, assim como ter possibilidade de colocar em prática os 
conhecimentos adquiridos durante o curso. O presente tema escolhido deve-se a importância 
que o mesmo tem no apoio da gestão junto as entidades, auxiliando na fiscalização dos 
17 
 
procedimentos ocorridos nas empresas, sempre analisando se as mesmas estão de acordo 
com a Legislação vigente. 
Para a Entidade, a finalidade em realizar o trabalho, pode servir como instrumento de 
avaliação, assim como análise das rotinas trabalhistas que são desenvolvidas na empresa, se 
as mesmas estão sendo realizadas de forma correta, conforme a legislação trabalhista e 
previdenciária evitando assim possíveis erros ou fraudes que venham a prejudicar a mesma 
futuramente em seu desenvolvimento. 
Para a Unijuí, assim como para o Curso de Ciências Contábeis, o trabalho 
desenvolvido é de suma importância, pois possibilita colocar em prática os conhecimentos e 
buscar sempre mais informações na área de Auditoria, tema que é de grande valia para as 
entidades pelo benefício gerado para as mesmas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
18 
 
2 REFERENCIAL TEÓRICO 
 
Neste capítulo foi abordada a pesquisa bibliográfica referente aos temas ligados a 
Contabilidade, logo em seguida Auditoria, posteriormente Auditoria Operacional, além das 
normas e procedimentos, também foram objetos de estudo fraudes e erros, bem como os 
papéis de trabalho e como produto final a elaboração do relatório de auditoria, dentre outros 
conceitos que irão contribuir posteriormente no desenvolvimento do trabalho de conclusão 
de curso. 
 
2.1 CONCEITO DE CONTABILIDADE 
 
A Contabilidade é uma ciência social que tem como objetivo o estudo do patrimônio 
das entidades, buscando sempre gerar informações aos administradores para que esses 
posam gerenciar os seus negócios de forma mais eficiente e confiável, evitando assim 
futuros problemas em relação a sua gestão. 
Na visão de Sá (1960, p. 32) “A Contabilidade é a ciência que estuda os fenômenos 
patrimoniais das aziendas com a finalidade de observar as relações entre estes e o fim 
aziendal”. 
Ainda nessa mesma linha de pensamento Neves; Viceconti (2003, p.1) definem a 
contabilidade como: 
 
Ciência que desenvolveu uma metodologia própria com a finalidade de: controlar 
o patrimônio das aziendas; apurar o rédito (resultado) das atividades das aziendas e 
prestar informação ás pessoas que tenham interesse na avaliação da situação 
patrimonial e do desempenho das atividades. 
 
Como pode-se perceber a Contabilidade é uma área bastante abrangente, nesse 
sentido a definição sobre a finalidade dessa área se faz necessário. 
 
2.1.1 Finalidade da contabilidade 
 
A finalidade da contabilidade se dá pelo fato da necessidade de registrar, examinar, 
fiscalizar, planejar e manter o controle dos fatos ocorridos no patrimônio da empresa com o 
objetivo de gerar informações sobre as variações e sua composição, e consequentemente o 
resultado econômico obtido na riqueza patrimonial. 
19 
 
Segundo Basso (2011, p. 28) “a finalidade básica da Contabilidade é gerar 
informação de ordem física, econômica e financeira sobre o patrimônio, com ênfase para o 
controle e o planejamento- processo decisório”. 
Entende-se que a Contabilidade produza informações que possibilitam o controle em 
relação ao desempenho das suas atividades podendo dessa forma certificar-se de que a 
entidade está atuando de acordo com o planejamento estabelecido para que se possa atingir 
os objetivos traçados pela organização. 
 
2.1.2 Campos de atuação da contabilidade 
 
A Contabilidade possui um campo de atuação muito amplo dando a oportunidade ao 
profissional a inserção em diversos campos de aplicabilidade do conhecimento. 
Conforme Basso (2011, p.31) os principais campos de aplicação da Contabilidade, 
podem ser classificados nos seguintes ramos: 
-Contabilidade Comercial; 
- Contabilidade Industrial; 
- Contabilidade Pública; 
-Contabilidade Bancária; 
-Contabilidade Rural (Agrícola ou Agropecuária); 
- Contabilidade de Cooperativas; 
-Contabilidade de Seguradoras; 
- Contabilidade de Fundações; 
-Contabilidade de Entidades Sem Fins Lucrativos; 
- Contabilidade de Construtoras; 
- Contabilidade Hospitalar; 
- Contabilidade de Condomínios,entre outros. 
 
Para que o profissional da área Contábil tenha um bom desempenho na sua carreira é 
fundamental que siga algumas orientações, dentre elas destacam-se os Princípios de 
Contabilidade. 
 
2.1.3 Princípios de contabilidade 
 
A Contabilidade é responsável por estruturar as demonstrações, os dados e a 
avaliação da situação financeira e econômica da entidade, onde a mesma repassa as 
informações aos seus usuários e a entidade, porém para que isso ocorra devem ser seguidos 
os Princípios de Contabilidade que são as regras, para entender o melhor funcionamento do 
processo contábil com a finalidade de estabelecer padrões que tragam credibilidade nas 
demonstrações financeiras e que facilitem a transparência dos fatos contábeis. 
20 
 
Como órgão máximo de normatização da atividade contábil no Brasil, o Conselho 
Federal de Contabilidade criou no ano de 1993, os Princípios Contábeis, por meio das 
resoluções 750/93, de 29 de dezembro de 1993. 
Em 28 de Maio de 2010, em decorrência da vigência das leis 11.638/07 e 11.941/09, 
por meio da resolução CFC nº 1.282/10 ocorreu alteração a Resolução CFC nº 750/93 
referente aos Princípios de Contabilidade, ficando assim constituída: 
 
a) O Princípio da Entidade 
Art 4º- O Princípio da ENTIDADE reconhece o Patrimônio como objeto da 
Contabilidade e afirma a autonomia patrimonial, a necessidade da diferença de um 
Patrimônio particular no universo dos patrimônios existentes, independentemente 
de pertencer a uma pessoa, um conjunto de pessoas, uma sociedade ou instituição 
de qualquer natureza ou afinidade, com ou sem fins lucrativos. Por consequência, 
nessa acepção, o Patrimônio não se confunde com aqueles dos seus sócios ou 
proprietários, no caso de sociedade ou instituição. 
§ único- O PATRIMÔNIO pertence à ENTIDADE, mas a recíproca não é 
verdadeira. A soma ou agregação contábil de patrimônios autônomos não resulta 
em nova ENTIDADE, mas numa unidade de natureza econômica-contábil. 
 
Este princípio reconhece o Patrimônio como objeto da contabilidade e a necessidade 
da diferenciação de um patrimônio particular dos patrimônios existentes independentemente 
se pertencem a uma pessoa, sociedade ou instituição de qualquer finalidade ou natureza, 
com ou sem fins lucrativos. 
 
b) Princípio da Continuidade. “Art.5º- O Princípio da CONTINUIDADE pressupõe que a 
Entidade continuará em operação no futuro e, portanto, a mensuração e a apresentação dos 
componentes do patrimônio levam em conta essa circunstância.” 
 
O Princípio da Continuidade deve ser considerado com sua vida definida ou provável 
quando da classificação e avaliação das mutações patrimoniais, qualitativas ou quantitativas. 
 
c) Princípio da Oportunidade 
 
Art. 6º- O Princípio da Oportunidade refere-se ao processo de mensuração e 
apresentação dos componentes patrimoniais para produzir informações integras e 
tempestivas. 
§ único- A falta de integridade e tempestividade na produção e na divulgação da 
informação contábil pode ocasionar a perda de sua relevância, por isso é 
necessário ponderar a relação entre a oportunidade e a confiabilidade da 
informação. 
 
21 
 
Este Princípio da Oportunidade refere-se à tempestividade e a integridade do registro 
do patrimônio e suas mutações determinando assim que seja feito de imediato e com 
extensão correta, independente das causas que se originaram. 
 
d) Princípio do Registro Pelo Valor Original 
 
Art.7º- O Princípio do REGISTRO PELO VALOR ORIGINAL determina que os 
componentes do patrimônio devem ser inicialmente registrados pelos valores das 
transações, expressos em moeda nacional. 
§ 1° As seguintes bases de mensuração devem ser utilizadas em graus distintos e 
combinadas, ao longo do tempo, de diferentes formas: 
I-Custo histórico. Os ativos são registrados pelos valores pagos ou a serem pagos 
em caixa ou equivalente de caixa ou pelo valor justo dos recursos que são 
entregues para adquiri-los na data de aquisição. Os passivos são registrados pelos 
valores dos recursos que foram recebidos em troca da obrigação ou, em algumas 
circunstancias, pelos valores em caixa ou equivalentes de caixa, os quais serão 
necessários para liquidar o passivo no curso normal das operações. 
II- Variação do custo histórico. Uma vez integrados ao patrimônio, os 
componentes patrimoniais, ativos e passivos, podem sofrer variações decorrentes 
dos seguintes fatores: 
a) Custo corrente. Os ativos são reconhecidos pelos valores em caixa ou 
equivalente de caixa, os quais teriam de ser pagos se esses ativos ou ativos 
equivalentes fossem adquiridos na data ou no período das demonstrações 
contábeis. Os passivos são reconhecidos pelos valores em caixa ou equivalentes de 
caixa, não descontados, que seriam necessários para liquidar a obrigação na data 
ou no período das demonstrações contábeis; 
b) Valor realizável. Os ativos são mantidos pelos valores em caixa ou equivalentes 
de caixa, os quais poderiam ser obtidos pela venda em uma forma ordenada. Os 
passivos são mantidos pelos valores em caixa e equivalentes de caixa, não 
descontados, que se espera seriam pagos para liquidar as correspondentes 
obrigações no curso norma das operações da Entidade. 
c) Valor presente. Os ativos são mantidos pelo valor presente, descontado do fluxo 
de entrada liquida de caixa que se espera seja gerado pelo item no curso normal 
das operações da Entidade. Os passivos são mantidos pelo valor presente, 
descontado do fluxo de saída liquida de caixa que se espera seja necessário para 
liquidar o passivo no curso normal das operações da Entidade; 
d) Valor justo. É o valor pelo qual um ativo pode ser trocado, ou um passivo 
liquidado, entre partes conhecedoras, dispostas a isso, em uma transação sem 
favorecimento; e 
e) Atualização monetária. Os efeitos da alteração do poder aquisitivo da moeda 
nacional devem ser reconhecidos nos registros contábeis mediante o ajustamento 
da expressão formal dos valores dos componentes patrimoniais. 
 § 2º São resultantes da ação da atualização monetária: 
I-A moeda, embora aceita universalmente como medida de valor, não representa 
unidade constante em termos do poder aquisitivo; 
II-Para que a avaliação do patrimônio possa manter os valores das transações 
originais, é necessário atualizar sua expressão formal em moeda nacional, a fim de 
que permaneçam substantivamente corretos os valores dos componentes 
patrimoniais e, por consequência, o do Patrimônio Líquido; e 
III-A atualização monetária não representa nova avaliação, mas tão somente o 
ajustamento dos valores originais para determinada data, mediante a aplicação de 
indexadores ou outros elementos aptos a traduzir a variação do poder aquisitivo da 
moeda nacional em um dado período. 
 
22 
 
O princípio do Registro pelo valor original menciona que os bens e serviços assim 
como o patrimônio da empresa devem ser registrados de acordo com o valor original pago 
por eles, sendo esse valor expresso em moeda corrente do país. 
 
e) Princípio da Competência 
 
Art. 9°- O princípio da COMPETÊNCIA determina que os efeitos das transações e 
outros eventos sejam reconhecidos nos períodos a que se referem, 
independentemente do recebimento ou pagamento. 
§ único- O princípio da Competência pressupõe e simultaneidade da confrontação 
de receitas e de despesas correlatas. 
 
Esse princípio tem com finalidade a inclusão de receitas e despesas na apuração do 
resultado da empresa e no período que ocorrerem, independente de recebimento ou 
pagamento, porem sempre que se correlacionarem. 
 
f) Princípio da Prudência 
 
Art.10. O Princípio da PRUDÊNCIA determina a adoção do menor valor para os 
componentes do ATIVO e do maior para os do PASSIVO, sempre que se 
apresentem alternativas igualmente validas para a quantificação das mutações 
patrimoniais que alterem o Patrimônio Líquido. 
§ único - Princípio da Prudência pressupõe oemprego de certo grau de precauções 
no exercício dos julgamentos necessários as estimativas em certas condições de 
incerteza, no sentido de que ativos e receitas não sejam superestimados e que 
passivos e despesas não sejam subestimados, atribuindo maior confiabilidade ao 
processo de mensuração e apresentação dos componentes patrimoniais. 
Art.11. A inobservância dos Princípios de Contabilidade constitui infração nas 
alíneas „c‟, „d‟ e „e‟ do art. 27 do Decreto-Lei nº. 295, de 27 de maio de 1946 e, 
quando aplicável, ao Código de Ética Profissional do Contabilista. 
Art.12. “Revogada a Resolução CFC nº 530/81, esta Resolução entra em vigor a 
partir de 1º de janeiro de 1994”. 
 
O princípio da Prudência determina que seja adotado o menor valor para os 
componentes que pertencem ao Ativo e do maior valor aos componentes que pertencem ao 
Passivo, sempre que as alternativas apresentadas sejam igualmente válidas para a 
quantificação das variações patrimoniais que alterem o PL. 
 
2.2 AUDITORIA 
 
A auditoria é um dos campos de atuação mais importantes da contabilidade, com 
enfoque na investigação da empresa, ou seja, verifica se a mesma está realizando as suas atividades 
corretamente e agindo conforme prevê as Normas e os Princípios de Contabilidade, assim como o 
cumprindo da legislação inerente a sua área. 
23 
 
A auditoria pode ser entendida como a técnica contábil utilizada a fim de avaliar a 
confiabilidade e a adequação das demonstrações contábeis assim como os seus registros no 
que diz respeito à eficiência e eficácia no desenvolvimento e cumprimento das atividades na 
entidade. 
Assim define Sá (2000, p.25): 
 
Auditoria é uma tecnologia contábil aplicada ao sistemático exame dos registros, 
demonstrações e de quaisquer informes ou elementos de consideração contábil, 
visando a apresentar opiniões, conclusões, críticas e orientações sobre situações ou 
fenômenos patrimoniais da riqueza aziendal, pública ou privada, quer ocorridos, 
quer por ocorrer ou prospectados e diagnosticados. 
 
Acredita-se que a adoção da auditoria é de grande valia para a gestão de uma 
empresa, pois contempla a execução do trabalho de forma correta, evitando assim que a 
mesma venha sofrer futuros desfalques e fraudes, sugerindo prováveis melhorias nos 
processos, procedimentos, sistemas e controles internos. 
 
2.2.1 Origem da Auditoria 
 
A auditoria surge em decorrência da evolução da contabilidade a partir do 
desenvolvimento econômico do país, do crescimento e da expansão das atividades 
empresariais, gerando crescente complexidade nas práticas financeiras e na administração 
dos negócios, a exatidão das informações, o cumprimento correto das metas, a aplicação do 
capital e o retorno do investimento, de forma a garantir a qualidade e a precisão das 
informações prestadas (SÁ, 2000). 
Entende-se que um dos fatores que originou o surgimento da Auditoria está 
relacionado à necessidade da ampliação de conhecimentos técnicos e administrativos assim 
como aprimorar os controles e procedimentos das entidades devido à expansão do mercado e 
o crescimento da grande concorrência a fim de controlar os registros contábeis (CREPALDI, 
2002). 
Como consequência da expansão do mercado e a grande concorrência, o 
desenvolvimento econômico teve grande impulso nas grandes empresas, que possuíam 
grandes capitais de investimentos, onde havia a necessidade de um controle adequado e da 
proteção do patrimônio. 
 
24 
 
2.2.2 Conceito de Auditoria 
 
Pode-se definir como auditoria o exame dos sistemas sobre as atividades 
desenvolvidas em uma entidade com o objetivo de verificar se está de acordo com as normas 
e a práticas desenvolvidas. 
Assim, Franco; Marra (1992, p.22): 
 
Auditoria é a técnica contábil que através de procedimentos específicos que lhe 
são peculiares, aplicados no exame de registros e documentos, inspeções, e na 
obtenção de informações e confirmações, relacionados com o controle do 
patrimônio de uma entidade- objetiva obter elementos de convicção que permitam 
julgar se os registros contábeis foram efetuados de acordo com os princípios 
fundamentais e normas de Contabilidade e se as demonstrações contábeis deles 
decorrentes refletem adequadamente a situação econômico-financeira do 
patrimônio, os resultados do período administrativo examinado e as demais 
situações demonstradas. 
 
Diante disso, percebe-se que a Auditoria realiza o exame dos registros e livros, 
documentações, inspeções e obtenções de informações externas e internas relacionadas ao 
patrimônio das entidades, além de ser uma técnica utilizada para confirmar a veracidade e 
exatidão dos registros contábeis, com a finalidade de evitar situações que propiciem fraudes, 
subornos a empresa em estudo. 
Na concepção de Crepaldi (2002, p. 23) “auditoria como o levantamento, estudo e 
avaliação sistemática das transações, procedimentos, operações, rotinas e das demonstrações 
financeiras de uma entidade”. 
A realização dos exames é efetuada de acordo com as normas de auditoria, tendo o 
objetivo de comprovar se os registros contábeis estão sendo realizados de acordo com os 
Princípios e Normas Brasileiras de Contabilidade assim demonstrando a situação 
econômico-financeira do patrimônio das entidades, como o resultado do período examinado 
e as demais situações apresentadas. 
 
2.2.3 Objetivos da Auditoria 
 
O objetivo da auditoria consiste em expressar opinião sobre a propriedade das 
mesmas e assegurar que elas estão sendo seguidas de forma que não venha a alterar a 
posição patrimonial e financeira da entidade, sendo seguidas de acordo com os princípios de 
contabilidade. 
Crepaldi (2002, p.23) tem o seguinte entendimento sobre os objetivos da Auditoria: 
25 
 
Objetivo principal da auditoria pode ser descrito, em linhas gerias, como o 
processo pelo qual o auditor se certifica da veracidade das demonstrações 
financeiras preparadas pela companhia auditada. Em seu exame, o auditor, por um 
lado, utiliza critérios e procedimentos que lhe traduzem provas que assegurem a 
efetividade dos valores apostos das demonstrações financeiras e, por outro lado, 
cerca-se dos procedimentos que lhe permitem assegurar a inexistência de valores 
ou fatos não constantes das demonstrações financeiras que sejam necessários para 
seu bom entendimento. 
 
É fato que a Auditoria vem prestando auxílio e assessorando as entidades no 
desempenho de suas responsabilidades e funções, de acordo com seu programa de trabalho e 
planejamento, avaliando se a organização está atingindo seus objetivos. 
Na concepção de Basso (2005, p.93): 
 
O objetivo da auditoria pode ser caracterizado como o conjunto de todos os 
elementos de controle do patrimônio administrativo, compreendendo os 
procedimentos e instrumentos de registros contábeis, documentos, papéis fichas, 
arquivos, anotações e informações que comprovem a veracidade dos registros e a 
legitimidade dos atos da administração, bem como sua fidelidade na defesa dos 
interesses patrimoniais. 
 
Dessa forma, pode-se entender que o objetivo da auditoria é colaborar com os 
membros da administração melhorando a gestão da entidade quanto à eficiência, 
economicidade a fim de atingir a eficácia. 
 
2.2.4 Formas de Auditoria 
 
A auditoria pode ser classificada e apresentada de diferentes formas, apresentando 
suas características específicas, de acordo com Basso (2005, p.03) “varia de acordo com a 
extensão do trabalho, a profundidade dos exames, a sua natureza, os fins a que se destinam e 
as relações entre o auditor e a entidade auditada”. 
 
2.2.4.1 De acordo com a extensão do trabalho 
 
A auditoria pode ser classificada de acordo com a extensão do trabalho, segundo 
Basso (2005, p.103) ”refere-se à abrangência do exame, está muito ligada aos fins que se 
destina. Nesse sentido, duas são as subdivisões”. 
Nesse sentido Basso (2005) contempla a auditoriade acordo com a extensão do 
trabalho: a) Auditoria Geral- refere-se a todos os elementos patrimoniais, assim como as 
operações do exercício, o qual o auditor emitira o seu parecer, as finalidades da auditoria 
geral referem-se a defender interesses de investidores e acionistas, manter controle 
26 
 
administrativo, atender as exigências legais, avaliar a confiabilidade das demonstrações, 
entre outras; b) Auditoria Parcial (ou Específico) – diz respeito a exames que se referem a 
uma ou alguma parte do patrimônio, alguma demonstração ou setor especifico da entidade 
que é realizado o trabalho de auditoria com a finalidade de apurar a situação tanto 
econômica como financeira da entidade, verificar custos, confirmar a existência patrimonial, 
examinar o cumprimento de exigências fiscais, certificar o atendimento a preceitos 
estatutários, apurar erros e fraudes assim como desvios ou alterações de elemento 
patrimonial, determinar o valor real do patrimônio líquido, entre outras. 
 
2.2.4.2 De acordo com a profundidade dos Exames 
 
Na percepção de Basso (2005, p.104) “a profundidade dos exames refere-se à 
aplicação dos procedimentos de verificação no todo ou em parte dos elementos objetos de 
verificação (população-alvo), determinados pelo tempo disponível e pelo grau de confiança 
do auditor nos controles internos da entidade auditada”. 
De acordo com Basso (2005) em relação à profundidade dos exames se consiste em: 
a) Revisão Integral - abrange o exame de todos os registros contábeis, assim como todos os 
documentos e controles da entidade, tendo a finalidade de descobrir a existência de erros ou 
fraudes, sendo viável quando realizada pela auditoria interna da própria entidade; b) 
Auditoria por Testes (Amostragens) - compreende o exame de determinada parcela da 
população-alvo, estabelecida com base na avaliação do controle interno da entidade, com 
relevância ao objeto de exame e no risco diante do todo, para que o auditor tenha condições 
suficientes de formar um juízo sobre a exatidão dos procedimentos assim como da 
confiabilidade e legitimidade dos elementos examinados; c) Revisão Analítica - aparece 
quando o auditor encontra irregularidades e deficiências de informações do controle interno 
e decide aprofundar os exames de elementos determinados na busca de provas que possam 
lhe ajudar a esclarecer dúvidas e dar-lhe novos elementos de confiança para a formação da 
sua opinião. 
 
2.2.4.3 De acordo com sua natureza 
 
De acordo com a natureza, Basso (2005, p. 106-107) entende que: “A natureza dos 
serviços de auditoria está ligada à sua duração”. 
27 
 
 
Com relação a sua natureza da auditoria de acordo com Basso (2005): 
a) Auditoria permanente- exercida sob caráter permanente, como o caso da auditoria interna 
nas entidades, já o caso da auditoria externa se dá quando o auditor estabelece um 
cronograma de atividades permanentes para um período de tempo, sem solução de 
continuidade. A presença continuada do auditor visa melhorar o acompanhamento da 
realização dos registros assim como a orientação para a eliminação de erros e falhas 
administrativos, operacionais ou fiscais; b) Auditoria Eventual (ou Especial) – refere-se a 
um determinado serviço, onde o auditor é contratado para analisar e opinar sobre uma 
determinada situação, sem programa de continuidade, podendo ser parcial, integral ou por 
testes. O serviço eventual, no futuro, pode-se transformar em permanente, ou seja, o auditor 
examina a documentação de um período administrativo e passa a ser contratado para o ano 
seguinte realizar o serviço. 
 
2.2.4.4 De acordo com os fins que se destina 
 
Com relação aos fins que se destina a Auditoria Basso (2005, p.107) afirma que: 
“diversos podem ser os objetivos ou as finalidades dos serviços de Auditoria”. 
Conforme Basso (2005) os fins de auditoria podem ser definidos: a) Auditoria para 
acautelar interesses de acionistas e investidores- com o surgimento das empresas que 
possuem capital aberto se dá o surgimento da auditoria para acautelar interesses de 
acionistas e investidores onde a grande maioria dos acionistas e investidores não participam 
diretamente da administração da entidade, com a finalidade de defender seus interesses é 
exigida a auditoria geral para certificar-se da integridade de seus procedimentos; b) 
Auditoria para controle administrativo - contratado especialmente para fins de controle de 
certos setores de atividades assim como grupos de componentes patrimoniais, pode ser 
parcial e específica; c) Auditoria para apurar erros e fraudes - Especificamente contratada 
pelas entidades que não possuem auditores e que os buscam no momento em que o erro ou 
fraude se apresenta, pois, a administração sabe que há falhas, porem desconhece as causas; 
d) Auditoria para apurar o valor real do patrimônio – a auditoria executada visa à apuração 
do valor real do patrimônio bruto ou liquido da entidade com a finalidade de acertos por 
retirada ou admissão de sócio/acionista, assim como ações de ágio no mercado, vendas, 
cisão, fusão ou incorporação de empresas, liquidação da sociedade, entre outros. Este 
trabalho é de muita responsabilidade, pois exige estabelecer o valor real assim como a 
28 
 
constatação física dos componentes do patrimônio o auditor poderá ser assessorado por 
técnicos que estejam aperfeiçoados no assunto, porem compete ao auditor conferir e 
confirmar a existências dos elementos e corrigi-los; e) Auditoria para concessão de crédito – 
é exigido por agente financeiro para certificar o real estado financeiro e econômico da 
empresa a qual ira ser concedido crédito, sendo assim a auditoria parcial, com a finalidade 
de verificar a liquidez, rentabilidade e solvabilidade da entidade; f) Auditoria para 
cumprimento de obrigações fiscais - faz um exame do cumprimento das exigências fiscais, 
porem podem ocorrer casos em que a entidade e o fisco requeiram uma auditoria parcial 
com objetivo de apurar o cumprimento de determinada obrigação fiscal; g) Auditoria para 
confirmar a exatidão das demonstrações contábeis – caracterizada para a comprovação da 
exatidão das demonstrações contábeis, a auditoria geral geralmente aproxima com a opinião 
do auditor sobre a confiabilidade e a exatidão dos valores das demonstrações contábeis, a 
confirmação do trabalho se dá pela investigação de seus respectivos registros contábeis, 
deve ser orientado, quando for necessário, sendo coletados subsídios que se constituem de 
provas e evidências quanto à fidelidade das demonstrações examinadas. 
 
2.2.4.5 De acordo com a relação do auditor com a entidade auditada 
 
Sobre a relação do auditor com a entidade auditada Basso (2005, p.108-109) entende 
que se “estabelece a divisão fundamental dos serviços de auditoria, ou seja, pode-se dizer 
que é o divisor entre a auditoria externa e a interna”. 
De acordo com Basso (2005) pode se perceber em relação ao auditor e a entidade 
auditada: a) Auditoria Externa - Independente- realizada pelo profissional autônomo ou por 
empresas de auditoria independente que não possua vínculo empregatício onde o mesmo é 
contratado para realizar um serviço especializado de auditoria permanente para determinado 
cliente, com a finalidade de atender o serviço contratado o auditor utiliza seus próprios 
métodos, desde que obedeçam as respectivas normas de auditoria e obtenha elementos de 
confiança suficientes para que seja formada a opinião assim como seu parecer sobre o 
trabalho realizado. A independência do auditor externo deve ser definitiva e nunca aceitar 
imposições do cliente quanto aos procedimentos adotados para a realização da auditoria. 
Esta independência do auditor exige grande conhecimento assim como preparação técnica e 
também é necessário agir com ética e moral em relação ao seu trabalho; b) Auditoria Interna 
– realizada por funcionário da própria empresa em que atua em caráter permanente, 
possuindovínculo empregatício, portanto espera-se que o auditor exerça sua função com 
29 
 
muita grandeza e ética, conquistando assim ampla independência profissional, preenchendo 
todas as condições para um excelente e eficiente trabalho de auditoria. O profissional deve 
obedecer às normas de auditoria agindo com ética. Seu vínculo empregatício não lhe deve 
tirar a isenção profissional, pois sua disposição à administração da entidade que o emprega 
deve restringir-se apenas no aspecto profissional. Portanto o vínculo empregatício deve ser 
apenas circunstancial, pois seus serviços são prestados exclusivamente em tempo integral 
para a entidade que o emprega. 
 
2.2.5 Normas de Auditoria 
 
São as regras técnicas e profissionais com caráter obrigatório para todos os 
contadores no exercício da atividade de auditoria, as mesmas são emitidas pelo órgão 
regulador que é o Conselho Federal de Contabilidade juntamente com as Normas Brasileiras 
de Contabilidade, com o objetivo de regulamentar o exercício da atividade do Auditor 
Independente, estabelecendo orientação das diretrizes a serem seguidas na execução do 
trabalho (BASSO, 2005). 
As Normas de Auditoria norteiam os auditores na realização do seu trabalho assim 
como os prepara para a realização dos exames e consequentemente a elaboração dos 
relatórios, atualmente as Normas de Auditoria estão divididas em Normas Técnicas e 
Normas Profissionais. 
As Normas Técnicas são formadas por conceitos fundamentais e requisitos técnicos 
de orientação geral que devem ser observadas na execução das atividades de auditoria, já as 
Normas Profissionais, estabelecem requisitos pessoais e profissionais que são exigidos do 
profissional para o exercício das atividades de Auditoria. 
 
2.2.6 Programas de Auditoria 
 
Logo após verificar os objetos que serão exames na auditoria, o profissional deve 
preparar um programa de auditoria que consiste na ordenação dos objetivos, determinando 
assim o escopo e roteiro dos procedimentos, destinado à orientação e a medida de 
verificação a serem aplicadas na realização do trabalho. 
De acordo com Crepaldi (2002, p.306) “os programas de auditoria são a forma 
escrita de uma série de procedimentos de verificação a serem aplicados a elementos 
determinados, com a finalidade de obter informações adequadas”. 
30 
 
Portanto, o programa de auditoria consiste em determinar o roteiro dos 
procedimentos que serão aplicados, proposto a orientar e conduzir a equipe de auditoria 
assim como estabelecer os procedimentos de identificação, avaliação e análise dos registros 
das informações obtidas durante a realização do trabalho. 
 
2.2.7 Papéis de trabalho 
 
Os papéis de trabalho são os documentos que o auditor registra as informações 
relativas ao planejamento de auditoria realizado conforme sua natureza, oportunidade, 
extensão e os procedimentos aplicados, além de sua conclusão sobre os exames 
(CREPALDI, 2002). 
Nos papéis de trabalho o auditor deve obter evidências consistentes, mediante testes, 
observações e confirmações a fim de comprovar sua opinião sobre os relatórios em exame 
que são elaborados e estruturados para atender e satisfazer necessidades do trabalho. 
Conforme Crepaldi (2002, p.260): 
 
Entende-se por papéis de trabalho o conjunto de formulários e documentos que 
contém as informações e apontamentos coligidos pelo auditor, no decurso do 
exame, as provas por ele realizadas e em muitos casos, a descrição dessas provas, 
que constituem o testemunho do trabalho executado e o fundamento de sua 
opinião. 
 
Nos papéis de trabalho serão mencionados quaisquer registros realizados pelo auditor 
no decorrer do seu trabalho, registrando informações obtidas, fatos ocorridos, além das suas 
conclusões e recomendações sobre os exames, a fim de validar a sua opinião. 
 
2.2.7.1 Finalidade 
 
Os papéis de trabalho têm a finalidade de assegurar e servir como base da opinião do 
auditor na realização do seu trabalho, constitui a prova da realização do trabalho, registrando 
e documentando suas conclusões. Segundo Crepaldi (2002 p. 260) a finalidade da auditoria 
é: 
 
1. Fornecer um registro escrito permanente do trabalho efetuado, incluindo: 
- descrição dos fatores referentes á extensão do trabalho, considerados no 
planejamento; 
-evidência da revisão e avaliação do sistema de controle interno; 
-extensão do exame realizado sobre os registros analíticos e testes de auditoria; 
- natureza e grau de credibilidade das informações obtidas. 
31 
 
2. Fornecer informações importantes com relação ao planejamento contábil, 
financeiro e fiscal. 
3. Ser apresentados, mediante solicitação, como evidência que fundamente o 
relatório emitido. 
4. Fornecer aos encarregados à oportunidade de avaliar os atributos membros da 
equipe quando a: 
-competência em assuntos de auditoria; 
-senso de organização; 
-habilidade em planejar e executar o trabalho. 
 
Dessa forma, entende-se que os papéis de trabalho se constituem como sendo um 
registro permanente do trabalho efetuado pelo auditor, das informações e fatos obtidos, bem 
como a conclusão dos exames. A partir dessas informações o auditor estará relatando sua 
opinião, sugestão e crítica, auxiliando na execução dos exames, evidenciação e conclusões 
emitidas, dando suporte aos relatórios, e determinando se o serviço está sendo realizado de 
forma correta e eficaz. 
 
2.2.7.2 Tipos de Papéis 
 
Acredita-se que os papéis de trabalho se constituem como meio da obtenção de 
provas para a realização do trabalho de auditoria, onde o auditor deve encontrar subsídios 
para sustentar sua opinião, além de seguir ampla variedade de formas e modelos. 
Para Crepaldi (2002, p.266) “embora haja grandes diferenças entre os papéis de 
trabalho, existem certos tipos comuns que, em geral, são usados em todos os trabalhos, que 
são: análise de contas; lançamentos de acertos, conciliações, balancetes, pontos para 
recomendações, programas de auditoria”. 
A grande maioria dos papéis de trabalho abrangem algum desses tipos, embora cada 
caso deva ser analisado conforme sua necessidade específica determinando assim o papel de 
trabalho exigido em determinada situação. 
 
2.2.8 Planejamento de Auditoria 
 
O planejamento de Auditoria é a etapa em que se estabelece a estratégica geral dos 
trabalhos a serem executados na entidade onde será auditada, elaborando-o e estabelecendo 
a sua natureza, assim como a extensão dos exames, de modo que seja desempenhado um 
trabalho eficaz, conhecendo a legislação aplicável, tipo de atividade desempenhada na 
entidade, relatórios, parecer ou outras informações a serem emitidas (CREPALDI, 2002). 
32 
 
Na mesma linha de pensamento Oliveira; Diniz Filho (2001, p.44) afirmam que “o 
planejamento pressupõe adequado nível de conhecimento sobre atividades, fatores 
econômicos, legislação aplicável e práticas operacionais da entidade e nível geral de 
competência de sua administração”. 
Os principais objetivos do planejamento de auditoria consistem em adquirir 
conhecimento segundo a natureza da operação e dos negócios, cumprir serviços, prazos e 
obrigações previamente estabelecidos com a entidade, identificar possíveis problemas assim 
como sua legislação aplicável a entidade. 
O planejamento de auditoria quando nele incluir a designação de equipe técnica o 
trabalho deverá prever a orientação e controle do auditor assim como o mesmo assumir total 
responsabilidade pelos trabalhos executados. 
 
2.2.9 Relatório de auditoria 
 
O Relatório de Auditoria apresenta a fase principal do trabalho do auditor que se dá 
pela comunicação dos resultados obtidos, constituem-se nas conclusões e recomendações 
para a administração da organização, assim expondo os erros, fraudes ou deficiências 
verificadas no decorrer da revisão dos procedimentos. 
Basso (2005, p.332) menciona que o relatório de auditoria consiste em: 
Produto dotrabalho realizado e é por ele que o auditor informa as pessoas sobre o 
trabalho que realizou, o alcance abrangido pelo trabalho, a forma como o fez e as 
conclusões a que chegou, que ao final culminarão com sua opinião ou parecer 
sobre o objeto da auditoria, em geral, as demonstrações contábeis ou outras peças 
examinadas. 
 
Pela importância que os relatórios apresentam para o desenvolvimento do trabalho o 
mesmo deve ser elaborado de forma clara e objetiva, relatando com integridade os trabalhos 
executados pelo auditor assim como os fatos observados e analisados, apresentando sempre 
a versão dos fatos além de compreender possíveis apresentações que facilitem à 
administração em relação à tomada de medidas indispensáveis a correção das irregularidades 
encontradas. 
 
2.3 AUDITORIA OPERACIONAL 
 
A Auditoria Operacional é uma das ramificações da contabilidade que consiste no 
conjunto de técnicas e procedimentos, desenvolvidos para realizar a revisão da estrutura 
organizacional e seus componentes, importante ferramenta de controle interno, que visa 
33 
 
auxiliar a administração na tomada de decisões e uma gestão mais eficiente, objetivando a 
prevenção de possíveis erros e fraudes (OLIVEIRA; DINIZ FILHO, 2001). 
Segundo Oliveira; Diniz Filho (2001, p.116): 
 
Auditoria Operacional é um conjunto de técnicas e procedimentos empregados 
para realizar ampla e construtiva revisão da estrutura organizacional e seus 
componentes. Compreende exame analítico das atividades do negócio, destinado a 
determinar sua adequação para alcançar as políticas e os objetivos gerenciais e 
para estabelecer o grau de adesão ao sistema estabelecido. 
 
A Auditoria Operacional é dividida em Auditoria Interna e Auditoria Externa, é 
importante salientar a importância da aplicação da atividade de Auditoria em um caráter 
permanente, destacando-se assim a auditoria interna. 
A Auditoria Operacional tem como a função básica de elaborar diagnósticos que 
permitam visualizar a situação da entidade auditada de acordo com seu relativo 
funcionamento e desempenho das atividades juntamente com a utilização dos recursos mais 
eficientes, para atingir a eficácia (OLIVEIRA, DINIZ FILHO, 2001). 
Diferente das demais auditorias contábeis e financeiras, a auditoria operacional visa 
analisar as causas e não os efeitos, concluindo assim um perfil crítico da estrutura 
organizacional da entidade, reavaliando seu desempenho e potencial, assim como o controle 
gerencial mediante análise da eficiência dos controles internos, levando sempre, a 
informação para melhorar e aumentar o êxito dos propósitos da entidade. 
 
2.3.1 Objetivos da auditoria operacional 
 
O objetivo da auditoria operacional é assessorar as organizações no desempenho de 
suas responsabilidades e funções, de acordo com o planejamento e programa de trabalho, 
avaliando assim se a entidade a partir dos seus controles, está atingindo os objetivos 
traçados. 
Segundo Oliveira; Diniz Filho (2001, p. 117) os objetivos da auditoria operacional 
são: 
-avaliar se os bens e recursos da empresa estão sendo utilizados de maneira eficaz 
e eficiente, analisando a eficiência dos sistemas operacionais; 
-sugerir melhorias para a redução de custos; 
-verificar o cumprimento dos planos e objetivos travados pela organização; 
-analisar as causas de desvios e sugerir correção desses planos ou dos instrumentos 
e sistema de controle; 
-analisar a adequação na utilização dos recursos materiais e humanos da 
organização; 
-em suma, revisar e analisar os objetivos e métodos de todas as áreas da 
organização, sem exceção. 
34 
 
 
Acredita-se que a Auditoria Operacional é de grande valia, pois cabe a ela gerar 
subsídios para todos os membros da administração, com intuito de qualificar a gestão na 
busca da eficiência, economicidade atingindo assim a eficácia, além de gerar dessa forma 
grandes benefícios para as organizações. 
 
2.3.2 Tipos de Auditoria 
 
Como a finalidade da auditoria é a revisão ou realizar exames nas demonstrações 
contábeis, assim como realizar esses procedimentos nas transações, operações e processos 
da entidade, visando proporcionar razoável segurança diante da situação financeira e 
patrimonial da entidade, pode-se citar dois tipos de Auditoria que são desempenhadas de 
maneiras semelhantes, porém com objetivos diferentes em sua execução, sendo a Auditoria 
Interna e Auditoria Externa (CREPALDI, 2002). 
 
2.3.2.1 Auditoria interna 
 
A auditoria interna visa examinar, testar ou verificar o nível de segurança dos 
controles internos da entidade assim como as informações, assessorando na constatação de 
fragilidades e propondo melhorias, garantindo o cumprimento dos regimentos, normas e 
políticas internas. 
Nesse contexto Crepaldi (2002, p.46) define Auditoria Interna como: 
 
Uma atividade de avaliação independente dentro da empresa, que se destina a 
revisar as operações, como um serviço prestado à administração. Constitui um 
controle gerencial que funciona por meio da análise e avaliação da eficiência de 
outros controles. É executada por um profissional ligado à empresa, ou por uma 
seção própria para tal fim, sempre em linha de dependência da direção empresaria. 
 
Portanto, a Auditoria Interna tem como objetivo auxiliar os membros da 
administração no desemprenho de suas funções e responsabilidades, fornecendo-os subsídios 
e comentários pertinentes ás atividades examinadas, visando proteção dos bens e direitos da 
empresa contra fraudes, desfalques e desvios, constatar possíveis irregularidades e uso 
indevido de bens e direitos da empresa. 
 
 
35 
 
2.4 AUDITORIA DE RECURSOS HUMANOS 
 
A Auditoria de Recursos Humanos consiste na verificação do setor de departamento 
de pessoal da entidade, sendo de suma importância para a empresa devendo a mesma estar 
sempre em conformidade com as obrigações trabalhistas e previdenciárias que a envolvem, 
mantendo a regularidade e a prevenindo em relação as incompatibilidades desse setor, 
(CHIAVENATO, 2002). 
Segundo Chiavenato (2002, p.585) “a auditoria de recursos humanos é definida como 
a análise das políticas e práticas de pessoal de uma organização e avaliação do seu 
funcionamento atual, seguida de sugestões para melhorias”. 
A Auditoria de Recursos Humanos contempla a análise dos documentos de pessoal 
da entidade podendo verificar se a mesma está de acordo com a legislação trabalhista e 
previdenciária buscando sempre o melhor desempenho tanto da entidade quanto ao do 
colaborador e recomendações se necessárias em caso de irregularidades. 
 
2.4.1 Procedimentos para admissão de pessoal 
 
Para a realização da admissão de um colaborador, é necessário que ele deva passar 
pelo processo de recrutamento assim como a seleção realizada na entidade afim de que o 
mesmo possa atender as expectativas da empresa, desta forma é necessário o colaborador 
apresentar a documentação exigida pela organização. 
Ao relatar os procedimentos para admissão de pessoal Rocha (2012, p.14) menciona 
que: 
 
Para que se faça possível à admissão de empregado, torna-se indispensável que ele 
possua e apresente, no Departamento de Pessoal, a seguinte documentação, que é 
obrigatória, conforme normas do Ministério do Trabalho: 
• Carteira do Trabalho e Previdência Social (CTPS); 
 • atestado médico admissional (expedido por médico do trabalho); 
 • no mínimo uma foto 3x4 (será anexada no livro ou ficha de Registro de 
Empregados); 
• comprovante de residência – para fins de recebimento de vale-transporte. 
 • Cadastro de Pessoa Física (CPF); 
• Cartão ou número do PIS, caso houver; 
• Certidão de nascimento dos filhos menores de 14 anos, cartão de vacinação dos 
menores de 7 anos e atestado de matrícula e frequência escolar semestral dos 
maiores de 7 anos, para fins de recebimento do salário-família; 
 • grau de instrução; 
• Certificado de reservista. 
 
Diante disso,após a apresentação dos documentos obrigatórios será analisado se o 
colaborar se encontra apto a exercer a função, diante da apresentação do exame médico 
admissional. 
36 
 
2.4.1.1 Exame médico admissional 
 
Para que o trabalhador possa assumir suas atividades ele precisa realizar o exame 
médico admissional assim verificando suas condições de saúde e se está apto a assumir suas 
atividades junto à empresa. 
Conforme a CLT ao tratar sobre os exames médicos seu artigo 168 contempla: 
 
Art. 168 - Será obrigatório exame médico, por conta do empregador, nas condições 
estabelecidas neste artigo e nas instruções complementares a serem expedidas pelo 
Ministério do Trabalho: (Redação dada pela Lei nº 7.855, de 24.10.1989) 
I - a admissão; (Incluído pela Lei nº 7.855, de 24.10.1989) 
II - na demissão;(Incluído pela Lei nº 7.855, de 24.10.1989) 
III - periodicamente.(Incluído pela Lei nº 7.855, de 24.10.1989) 
§ 1º - O Ministério do Trabalho baixará instruções relativas aos casos em que serão 
exigíveis exames: (Incluído pela Lei nº 7.855, de 24.10.1989) 
a) por ocasião da demissão; (Incluído pela Lei nº 7.855, de 24.10.1989) 
b) complementares.(Incluído pela Lei nº 7.855, de 24.10.1989) 
§ 2º - Outros exames complementares poderão ser exigidos, a critério médico, para 
apuração da capacidade ou aptidão física e mental do empregado para a função que 
deva exercer. (Incluído pela Lei nº 7.855, de 24.10.1989) 
§ 3º - O Ministério do Trabalho estabelecerá, de acordo com o risco da atividade e 
o tempo de exposição, a periodicidade dos exames médicos. (Incluído pela Lei nº 
7.855, de 24.10.1989) 
§ 4º - O empregador manterá, no estabelecimento, o material necessário à 
prestação de primeiros socorros médicos, de acordo com o risco da atividade. 
(Incluído pela Lei nº 7.855, de 24.10.1989) 
§ 5º - O resultado dos exames médicos, inclusive o exame complementar, será 
comunicado ao trabalhador, observados os preceitos da ética médica. (Incluído 
pela Lei nº 7.855, de 24.10.1989) 
§ 6o Serão exigidos exames toxicológicos, previamente à admissão e por ocasião 
do desligamento, quando se tratar de motorista profissional, assegurados o direito à 
contraprova em caso de resultado positivo e a confidencialidade dos resultados dos 
respectivos exames. (Incluído pela Lei nº 13.103, de 2015) (Vigência) 
§ 7o Para os fins do disposto no § 6o, será obrigatório exame toxicológico com 
janela de detecção mínima de 90 (noventa) dias, específico para substâncias 
psicoativas que causem dependência ou, comprovadamente, comprometam a 
capacidade de direção, podendo ser utilizado para essa finalidade o exame 
toxicológico previsto na Lei no 9.503, de 23 de setembro de 1997 - Código de 
Trânsito Brasileiro, desde que realizado nos últimos 60 (sessenta) dias. (Incluído 
pela Lei nº 13.103, de 2015) (Vigência) 
 
O Exame médico admissional é realizado para dar garantias a empresa ao contratar o 
novo empregado, sendo imprescindível que o mesmo esteja apto a atuar na função, não 
vindo a atrapalhar o seu desempenho e trazendo consequências de saúde ao mesmo, além de 
prejudicar o desempenho da entidade. 
 
37 
 
2.4.1.2 Carteira de Trabalho e Previdência Social (CTPS) 
 
Sendo um documento obrigatório para todo cidadão que desejar prestar algum tipo 
de serviço a Carteira de trabalho e Previdência Social (CTPS) reúne informações do 
trabalhador assim garantindo ao mesmo os seus direitos de trabalho. 
Conforme a CLT ao tratar da Carteira de trabalho e Previdência Social seu artigo 29 
contempla: 
Art. 29 - A Carteira de Trabalho e Previdência Social será obrigatoriamente 
apresentada, contra recibo, pelo trabalhador ao empregador que o admitir, o qual 
terá o prazo de quarenta e oito horas para nela anotar, especificamente, a data de 
admissão, a remuneração e as condições especiais, se houver, sendo facultada a 
adoção de sistema manual, mecânico ou eletrônico, conforme instruções a serem 
expedidas pelo Ministério do Trabalho. 
 
 
A CTPS é de suma importância não somente ao trabalhador como também a aquele 
que contrata, pois nela estão anotadas detalhes importantes, garantindo ao empregado seus 
direitos, assim como comprovante de suas obrigações, sendo também uma forma de 
comprovar suas experiências em meio ao mercado. É importante destacar que várias 
informações estão inclusas na CTPS, irão constar no Contrato de Trabalho. 
 
2.4.1.3 Contrato de trabalho 
 
Para que se tenha um acordo entre o empregador e o empregado, deve-se formalizar 
um contrato de trabalho estabelecendo o serviço e a forma com que o mesmo será prestado. 
Além disso, deve ser previamente estabelecido os valores que serão pagos pela execução do 
objeto contratado (ROCHA, 2012). 
Conforme o artigo 442 da consolidação das leis do trabalho (CLT), contrato 
individual de trabalho é “O acordo tácito ou expresso, correspondente à relação de 
emprego”. 
Os contratos de trabalhos são divididos em dois, que são divididos em contrato 
determinado e contrato por prazo indeterminado. Nesse sentido, é o que dispõe o artigo 443, 
da CLT: “O contrato individual de trabalho poderá ser acordado tácita ou expressamente, 
verbalmente ou por escrito e por prazo determinado ou indeterminado”. 
Por contrato de trabalho determinado, se entende aquele que por ocasião da 
assinatura, o contratante e o contratado ficam expressamente cientes do prazo final do 
mesmo. Desta maneira, verifica-se ainda que, tratando-se de contrato com prazo 
38 
 
determinado, o prazo não pode ultrapassar o período de dois anos e deve sempre atender as 
exigências legais pertinentes e vigentes no ato da assinatura (ROCHA, 2012). 
Conforme a CLT de acordo com o seu artigo 443, o contrato de trabalho determinado 
é definido da seguinte forma: 
 
Art. 443 - O contrato individual de trabalho poderá ser acordado tácita ou 
expressamente, verbalmente ou por escrito e por prazo determinado ou 
indeterminado. 
§ 1º. Considera-se como de prazo determinado o contrato de trabalho cuja vigência 
dependa de termo prefixado ou da execução de serviços especificados ou ainda da 
realização de certo acontecimento suscetível de previsão aproximada. (Antigo 
parágrafo único renumerado pelo Decreto-Lei nº 229, de 28.02.1967). 
§ 2º. O contrato por prazo determinado só será válido em se tratando: 
a) de serviço cuja natureza ou transitoriedade justifique a predeterminação do 
prazo; 
b) de atividades empresariais de caráter transitório; 
c) de contrato de experiência. 
 
No contrato por prazo indeterminado, observa-se que o mesmo trata sobre a questão 
em que as partes envolvidas não ficam cientes de quando o mesmo irá findar. Um exemplo a 
ser citado é, quando uma empresa contrata um empregado através de contrato de 
experiência, que poderá ter no máximo 90 dias, cujo prazo é suficiente para que o 
empregado demonstre ao seu empregador se atingiu os objetivos que a empresa esperava. 
Importante salientar que, decorrido o prazo de 90 dias e o empregado permanecer na 
empresa, de forma automática o contrato passa a ser indeterminado. Além do contrato de 
trabalho, outros documentos são necessários para se efetuar a contratação, dentre eles pode-
se destacar o termo de declaração do vale transporte. 
 
2.4.1.4 Termo de declaração de vale transporte 
 
Consiste no benefício que é oferecido ao empregado para ser utilizado nas suas 
despesas em relação ao seu deslocamento tanto de sua residência ao trabalho e vice-versa. 
Segundo Rocha (2010, p.24) “de acordo a Lei nº 7.418, de 16 de dezembro de 1985, 
regulamentada pelo Decreto nº 92.180, de 19 de dezembro de 1985, o trabalhador tem o 
direito ao recebimento do vale-transporte para seu deslocamento até o local de trabalho”. 
O valor referente ao vale transporte poderá ser descontado do empregado, na ocasião 
em que é realizado o cálculo da folha de pagamento é importante destacar que o limite de 
desconto é 6% sob o seu salário base

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