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Aleitamento Materno: Benefícios e Manejo

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Laísa Dinelli Schiaveto 
 
Alimentação
ALEITAMENTO MATERNO 
De acordo com a OMS, a alimentação exclusiva 
com leite materno deve ser aplicada até o final 
dos seis meses de idade e deve ser continuada 
nos meses subsequentes com a introdução de 
alimentos suplementares. 
LEMBRAR: A baixa produção de leite existe, 
porém é menos comum. Então, geralmente, há a 
produção de leite, mas há um problema na 
ejeção, sendo que o tratamento deve ser feito 
com ocitocina (estimula as células contráteis) e 
não com prolactina (estimula células secretoras). 
Composição do Leite Materno 
A composição do leite materno é ideal para as 
necessidades do lactente. Enquanto a mãe 
consome uma dieta equilibrada, o leite fornece 
ao filho todos os nutrientes importantes para o 
crescimento e desenvolvimento normal. 
Além disso, o leite materno não contém apenas 
nutrientes, ele é rico em muitos componentes 
imunologicamente ativos com propriedades 
anti-infecciosas e anti-inflamatórias, que 
asseguram à amamentação a propriedade de 
reduzir o risco de doenças infecciosas. 
Tipos de Leite Materno 
Colostro: Presente nos primeiros cinco dias; em 
relação à aparência é transparente ou 
amarelado, sendo composto por proteínas e 
imunoglobulinas. 
Leite de Transição: 6º ao 15º dia; em relação à 
aparência, é mais volumoso, sendo composto 
por menos proteínas e mais gorduras e 
carboidratos. 
Leite Maduro: A partir do 25º dia; em relação à 
aparência, é consistentes e esbranquiçada, 
sendo composto por gorduras e nutrientes. 
 
Comparação entre os Leites 
 
Benefícios do Aleitamento Materno 
Benefícios à Criança: 
• Vínculo emocional entre mãe e filho 
• Desenvolvimento cognitivo da criança 
• Indivíduos que foram amamentados quando 
crianças apresentam escores de QI 2 a 3 
pontos mais altos do que aqueles que não 
foram à Essa diferença foi atribuída ao afeito 
dos ácidos graxos ômega-3 e ômega-6, ácido 
docosahexaenoico (DHA) e ácido 
araquidônico (ARA), que são depositados no 
cérebro em crescimento em grandes 
quantidades. Destaca-se ainda, os 
compostos bioativos, como gangliosídeos e 
fosfolipídeos, presentes na fração lipídica do 
leite materno e, especificamente, na 
membrana dos glóbulos de gordura. 
• Início precoce do aleitamento materno reduz 
o risco de mortalidade neonatal 
• Caso o início seja após a primeira hora de vida 
do lactente, o risco de mortalidade dobra. 
• Menor risco de mortalidade e mortes 
relacionadas à infecção no 1º mês de vida 
naqueles amamentados exclusivamente 
Laísa Dinelli Schiaveto 
 
• Menor risco de sepse, diarreia e infecções 
respiratórias naqueles amamentados 
exclusivamente 
Assim, importantes benefícios na redução da 
mortalidade e morbidade neonatal podem ser 
alcançados com a promoção eficaz de início 
precoce do aleitamento materno exclusivo e 
aleitamento materno durante o 1º mês de vida. 
Benefícios à Mãe: 
• Involução uterina pós-natal mais rápida 
• Aumento do catabolismo da gordura 
corporal depositada durante a gravidez 
• Redução do risco de câncer de mama em 
aproximadamente 4% 
Como a Criança Mama 
Ao nascer a criança é movida por reflexos que 
asseguram a sua sobrevivência. Assim, uma 
criança nascida a termo e sadia possui reflexos 
que facilitam a mamada. 
Reflexo de Busca: Auxilia o bebê a encontrar o 
mamilo mediante ao estímulo realizado na face, 
lábios ou região perioral, o que faz com que ele 
gire a cabeça para o mesmo lado, com a boca 
aberta, e abocanhe o mamilo e a aréola, dando 
início ao reflexo de sucção. 
Reflexo de Sucção: Para extrair o leite, o bebê 
suga o mamilo e a aréola, que penetram em sua 
boca até tocar o palato. A pressão da aréola 
tracionada contra o palato com a língua 
propulsiona o leite para a boca da criança de 
modo que ela possa engolir (reflexo de 
deglutição). 
Manejo Clínico da Amamentação 
Apesar da sucção do RN ser um ato reflexo, a 
prática bem-sucedida do aleitamento materno 
depende, em grande parte, do apoio e das 
orientações recebidas pelas mães na gestação e 
nos primeiros momentos após o nascimento e a 
alta hospitalar. Ressalta-se que, muitas vezes, a 
técnica de amamentar precisa ser ensinada e, 
para isso, é necessário que o pediatra realize a 
observação da mamada (posição e pega). 
Para que o bebê sugue o peito eficientemente, é 
necessário estar em uma posição que lhe permita 
abocanhar, adequadamente, o mamilo e a 
aréola. A mãe pode estar sentada, recostada ou 
deitada e apoiar a mama com a mão, colocando 
o polegar logo acima da aréola e os outros dedos 
e toda a palma da mão debaixo da mama; o 
polegar e o indicador devem formar a letra C, de 
modo que o lactente possa abocanhar o mamilo 
e boa parte da aréola (os depósitos de leite estão 
sob a aréola). O bebê deve estar bem apoiado, 
com a cabeça e o corpo alinhados; o corpo, bem 
próximo e voltado para o da mãe (barriga com 
barriga), o queixo tocando o peito e a boca bem 
aberta, de frente para o mamilo. 
A pega deve ser feita da maneira correta, pois 
bebês que mamam errado podem gerar fissuras 
nos mamilos das mães, e estas podem ser 
contaminadas e infectadas, além de que, muitas 
vezes, devido às dores, as mães acabam 
desistindo de amamentar antes do tempo. 
Obs.: Não é recomendado pinçar o mamilo entre 
o dedo médio e o indicador. 
 
 
Laísa Dinelli Schiaveto 
 
LEMBRAR: A prolactina é o hormônio 
responsável pela produção de leite (lactogênese) 
e tem seus níveis regulados pelo estímulo de 
sucção do complexo mamilo-areolar através da 
pega adequada e da frequência de mamadas. 
No entanto, a ocitocina, hormônio responsável 
pela ejeção de leite, é influenciada por fatores 
emocionais maternos, assim, ela aumenta em 
condições de autoconfiança e diminui em 
momento de ansiedade e insegurança. 
Capacidade Gástrica 
- Primeiro dia = 5 a 7 ml (cereja) 
- Terceiro dia = 22 a 27 ml (noz moscada) 
- Primeira semana = 45 a 60 ml (pêssego); 
- Primeiro mês = 80 a 150 ml (ovo) 
Obs.: Muitas mães relatam sobre vômitos 
excessivos e, então, pensa-se em doença do 
refluxo gastroesofágico; no entanto, na grade 
maioria das vezes, é devido à oferta excessiva de 
leite à Por isso, o bebê deve mamar em livre 
demanda, ou seja, todas as vezes que quiser, sem 
horários fixos ou determinados. 
Armazenamento do Leite Materno 
- Leite in natura: 2 horas 
- Geladeira: 12 horas 
- Congelado: 15 dias 
- Aquecido: banho maria 
Tipos de Mamilos 
Pseudo Invertido: Sentido oposto ao protuso; 
após estímulos se protrai discretamente, a pele 
de sua superfície assemelha-se a mucosa. 
 
Invertido: Se apresenta no sentido oposto ao 
protuso; após estímulos são se exterioriza. 
 
Hipertrófico: Se apresenta com características 
de um mamilo protuso, tendo tamanho 
exagerado. 
 
Protuso: É saliente, bem delimitado, se protrai 
com facilidade, após estimulação. 
 
Semi Protuso: É pouco saliente, protrai-se com 
dificuldade após estímulo; não há delimitação 
precisa entre o mamilo e a aréola. 
 
INTRODUÇÃO ALIMENTAR 
 
Desde a primeira papa, os componentes que 
devem estar envolvidos são: (1) tubérculos; 
Laísa Dinelli Schiaveto 
 
(2) leguminosas; (3) carnes/ovos; (4) verduras e 
legumes. 
Obs.: Após a introdução da segunda papa, entre 
7 e 8 meses, deve-se retirar a mamada da 
madrugada, pois a criança já obteve toda sua 
oferta calórica. 
Porções 
 
Fatores Nutricionais 
Necessários ao Crescimento Normal 
Macronutrientes: 
- Carboidratos (1g = 4Kcal): fonte de energia 
- Proteínas (1g = 4Kcal): função estrutural e fonte 
de energia 
- Gorduras (1g = 9Kcal): função estruturas, fonte 
de energia e estoque de energia 
Micronutrientes: 
- Fatores ligados a hematopoese: ferro, B12, 
ácido fólico (B9) e B6 
- Fatores ligados ao metabolismo ósseo: cálcio e 
vitamina D 
- Fatores ligados a função tireoidiana: iodoDIETA SAUDÁVEL: Carboidrato (45-65%), 
Proteína (10-15%) e Gordura (25-35%). 
10 PASSOS 
PARA UMA ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL 
1. Dar somente leite materno até os 6 meses, sem 
oferecer água, chás ou quaisquer outros 
alimentos; 
2. A partir dos 6 meses, introduzir de forma lenta 
e gradual outros alimentos, mantendo o 
aleitamento materno até os 2 anos de idade; 
3. Após os 6 meses, dar alimentos 
complementares (cereais, tubérculos, carnes, 
leguminosas, frutas e legumes), três vezes ao dia, 
se a criança receber leite materno e cinco vezes 
ao dia, se estiver desmamada; 
4. A alimentação complementar deverá ser 
oferecida sem rigidez de horários, respeitando-
se sempre a vontade da criança; 
5. A alimentação complementar deve ser espessa 
desde o início e oferecida com colher, começando 
com consistência pastosa (papas/purês) e, 
gradativamente, aumentar a consistência até 
chegar à alimentação da família; 
• Em relação à papinha, esta não deve ser 
batida ou peneirada, mas sim amassada, pois 
precisa estimular a mastigação da criança. 
6. Oferecer à criança diferentes alimentos ao dia. 
Uma alimentação variada é, também, uma 
alimentação colorida; 
7. Estimular o consumo diário de frutas, verduras 
e legumes nas refeições; 
8. Evitar açúcar, café, enlatados, frituras, 
refrigerantes, balas, salgadinhos e outras 
guloseimas nos primeiros anos de vida; 
9. Cuidar da higiene no preparo e manuseio de 
alimentos, garantindo o seu armazenamento e 
conservação adequados; 
10. Estimular a criança doente e convalescente a 
se alimentar, oferecendo sua alimentação 
habitual e seus alimentos preferidos, respeitando 
a sua aceitação.

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