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Universidade Estadual de Maringá Departamento de Engenharia Química Aplicações de medidas de condutância Alunos: Julia Batista Rocha RA:107141 Luiz Henrique Favaro Bachega RA:107096 Marco Antonio Gonçalves Benetti RA: 106932 Turma: 004 Disciplina: 207- Química Experimental Professora: Vanessa Hafemann Maringá, Novembro, 2019 Introdução: 1. Resistência e a Lei de Ohm: Um condutor cuja função é introduzir uma resistência no circuito, é chamado de resistor. Para medir a resistência de um condutor entre dois pontos, aplica-se uma diferença de potencial (V) entre esses pontos o que gera uma corrente (i) resultante. Sendo assim, a resistência (R) é dada pela Lei de Ohm: Pode-se observar, portanto, que para uma dada diferença de potencial, quanto maior a resistência (à passagem de corrente) menor a corrente. 2. Transporte de corrente em solução: A corrente elétrica, é o fluxo ordenado de elétrons. Os eletrólitos são soluções que permitem a passagem de elétrons, mas isso não garante que eles possam trafegar livremente. Nos eletrólitos, os elétrons trafegam presos aos íons. Existem eletrólitos fortes, que praticamente não impedem a passagem de íons, médios, que apresentam alguma resistência à corrente, e fracos, que se opõem fortemente à passagem de corrente, mas ainda assim permitem. Por fim, existem também os não-eletrólitos, soluções q não permitem que a corrente atravesse. Quando se aplica uma diferença de potencial em um eletrólito, o pólo positivo atrai os elétrons da solução, que chegando ao pólo, caminham até o pólo negativo neutralizando as cargas dos íons. 3. Condutivímetro. Constituição e o tipo de corrente: O condutivímetro serve para medir a condutividade elétrica ou corrente elétrica de uma amostra. É muito utilizado em estações de tratamento de água, solo e monitoramento do meio ambiente, entre outras utilizações. Existem condutivímetros e células de condutividade específicas para a medição de alguns tipos de produtos específicos. A medida da condutância requer o uso de corrente alternada a fim de minimizar os efeitos da eletrólise, que ocasionam modificações na composição da solução. 4. Condutância (L): A condutância L é o inverso da resistência, ou seja, enquanto a resistência impede a passagem de corrente, a condutância permite que a corrente passe. Sendo assim, escrevendo o inverso da Lei de Ohm, obtemos a condutância: 5. Condutância específica ou condutividade (k): Condutividade eletrolítica, também chamada de condutância específica ou apenas condutividade, é a capacidade de uma solução de conduzir corrente elétrica. A condutividade eletrolítica de soluções eletrolíticas difere da dos metais, pois a condução é feita por íons nos líquidos, enquanto nos metais é a corrente é composta unicamente de elétrons livres. A condutância específica é a soma das contribuições de todos os íons presentes na solução. Sendo a corrente transportada dependente da concentração relativa e da facilidade com q se movimenta, pode-se concluir que a condutância específica varia com a concentração de íons. A determinação da condutividade elétrica k de uma solução é inversamente proporcional à medida da resistência R, à área seccional transversal (A) e proporcional ao comprimento do trajeto da medida (). Onde, k = condutividade (Scm-1); R = resistência (Ω); L = 1/R = condutância (S); ℓ = comprimento do trajeto da medida (cm); A = área seccional transversal (cm2 ); = ℓ/A = constante da célula (cm1). 6. Constante de célula (): A relação da equação 03, é chamada de constante de célula. E antes de fazer uma medida condutométrica é necessário determinar a constante de célula. 7. Condutância molar (molar): A condutividade não é apropriada para comparar eletrólitos devido a forte dependência em relação a concentração dos mesmos. Para este propósito, determina-se a condutividade molar ou condutância molar (molar). 8. molar = f (K, conc): A condutividade molar é determinada a partir da condutividade específica (k) e da concentração (c) de substância na solução eletrolítica conforme: É possível observar com a equação 04 que a condutividade aumenta com a concentração devido ao aumento do número de cargas (íons) em solução. 9. molar = f (Ʌo, ): Quando a concentração da solução eletrolítica tende a zero, a condutividade é chamada de condutividade molar à diluição infinita (Ʌo). 10. Condutância molar à diluição infinita e a lei das atividades de Kohlrausch: No caso em que os eletrólitos são fortes, Ʌo pode ser determinado através da lei de Kohlrausch da migração independente: Onde: v= número de íons por íon-fórmula do eletrólito; = condutividade molar limite do íon. Em diluição infinita, quando a dissociação de um eletrólito é completa e todos os efeitos interiônicos desaparecem, cada íon migra independentemente de seu contra-íon e faz uma contribuição definida para a condutividade molar a diluição infinita do eletrólito, independente da natureza do outro íon do eletrólito. Sendo assim, quando o eletrólito é forte, a condutividade aumenta muito com a concentração. 11. Grau de dissociação (): Eletrólitos fracos não se dissociam completamente e possuem condutividade menor que eletrólitos fortes. O grau de dissociação de eletrólitos fracos é o quociente da condutividade molar dividido pela condutividade molar a diluição infinita. 12. Constante de acidez aparente (ácido fraco) Kc: AB ↔ A+ + B- Observando a reação acima, pode-se calcular a constante de acidez dessa reação em termos de molaridade: Onde: c= concentração molar; α= grau de dissociação. A equação 08 é a constante de acidez termodinâmica, entretanto, para ácidos fracos, o valor do grau de dissociação é tão pequeno que a equação pode ser abreviada de tal forma que: 13. Constante de acidez termodinâmica Ka: Como já visto acima, a constante de acidez termodinâmica é representada pela equação 08. 14. Produto de solubilidade Kps: O produto de solubilidade é simbolizado por Kps e é uma constante de equilíbrio entre um sólido não dissolvido e seus íons. Observando a seguinte reação: AmBn(s) ↔ m An+(aq) + n Bm-(aq) pode ser calculado utilizando a equação que se segue: Essa constante será sempre é igual ao produto das concentrações em mol/L dos seus íons na solução saturada elevadas a uma potência que é igual ao seu coeficiente na equação de dissociação iônica do composto. Referências Bibliográficas: [1] Halliday & Resnick- Fundamentos da Física - Eletromagnetismo - 9a edição.(2019) [2] https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/8006/8006_4.PDF [3] http://www.ufjf.br/nupis/files/2012/04/aula-4-condutometria_1.pdf [4]http://www.quimica.ufpr.br/hpmf/F%C3%ADsicoQu%C3%ADmica%20IV/Condutividade.pdf
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