Prévia do material em texto
Plano de Aula – Empatia e Preconceito Instituição: Faculdade Serra Geral - FASG Ano: 8º Ano Fundamental - Anos Finais. Nome da aluna: Amanda Gabriela Vieira Moreira INTRODUÇÃO Respeito, empatia e solidariedade são alguns dos valores essenciais para ajudar a evitar e combater diferentes formas de preconceito. Por isso, é imprescindível que esse tipo de assunto seja abordado também em sala de aula. Unidade temática: Empatia e Preconceito Duração: 5 aulas Objetivos: Reconhecer a empatia como uma atitude benéfica e importante para ações éticas, cooperativas e de respeito. Desenvolver estratégias que possam combater atos discriminatórios e de intolerância às diferenças. Habilidade: (EF01CI04) Comparar características físicas entre as pessoas, reconhecendo a diversidade e a importância da empatia, da valorização, do acolhimento e do respeito às diferenças. Metodologia: Num primeiro momento, para sondar o conhecimento prévio dos alunos, o professor irá escrever no quadro a palavra EMPATIA e perguntar a eles se já ouviram essa palavra e se sabem o seu significado. Em seguida escreve a palavra PRECONCEITO e faz a mesma dinâmica. A partir destes conceitos, uma discussão será iniciada e cada um poderá comentar algum ato de empatia ou preconceito que tenha observado no seu cotidiano. Num segundo momento, o professor irá passar exibir na sala, o filme motivacional norte americano, “A Espera de um Milagre” de 1999 que conta a história de um carcereiro que tem um relacionamento incomum e comovente com um preso que está no corredor na morte: Coffey, um negro enorme, condenado por ter matado brutalmente duas gêmeas de nove anos. Ele tem tamanho e força para matar qualquer um, mas seu comportamento é completamente oposto à sua aparência. Além de ser simples, ingênuo e ter pavor do escuro, ele possui um dom sobrenatural. TRABALHO DISCIPLINA: PLANEJAMENTO EDUCACIONAL E POLÍTICAS PÚBLICAS PROFESSOR: ILIDIANO BRAZ SILVA DATA DE ENTREGA: 23/06/2021 TEMA GERAL: Planejamento baseado nas competências gerais da BNN Com o passar do tempo, o carcereiro aprende que, às vezes, os milagres acontecem nos lugares mais inesperados. Após o filme, o professor exibe um vídeo com duração de três minutos sobre “A Psicologia da Empatia” que fala sobre o que é empatia e que está disponível em <https://www.youtube.com/watch?v=aPs6q5vqnFs>. Por fim, exibe uma animação sobre O Lenhador e a Raposa, com duração de dois minutos disponível em < https://www.youtube.com/watch?v=1Q31auoWVoQ> e que nos mostra que não devemos julgar antes de conhecer e que devemos pensar bem antes de tomarmos uma decisão. Finalizado a exibição dos vídeos, o professor volta ao debate perguntando aos alunos o que acharam do filme e dos vídeos e qual relação eles fazem dos filmes com o conceito de EMPATIA e PRECONCEITO. (nesse momento outro debate é feito enfatizando cada vez mais a importância da empatia e como devemos viver com as diferenças. Num terceiro momento, o professor distribui para a turma em folha xerocada, o texto “As bruxas não existem” de Moacyr Scliar para ser lido em silêncio. Após a leitura o professor poderá fazer indagações perguntando o que acharam do texto, o que acontece na história. Poderá perguntar também se a atitude do garoto e seus amigos tem relação com o que foi debatido nas aulas passadas e porquê o título do texto “As Bruxas não existem” tem relação com os temas debatidos. Bruxas não existem Quando eu era garoto, acreditava em bruxas, mulheres malvadas que passavam o tempo todo maquinando coisas perversas. Os meus amigos também acreditavam nisso. A prova para nós era uma mulher muito velha, uma solteirona que morava numa casinha caindo aos pedaços no fim de nossa rua. Seu nome era Ana Custódio, mas nós só a chamávamos de "bruxa". Era muito feia, ela; gorda, enorme, os cabelos pareciam palha, o nariz era comprido, ela tinha uma enorme verruga no queixo. E estava sempre falando sozinha. Nunca tínhamos entrado na casa, mas tínhamos a certeza de que, se fizéssemos isso, nós a encontraríamos preparando venenos num grande caldeirão. Nossa diversão predileta era incomodá-la. Volta e meia invadíamos o pequeno pátio para dali roubar frutas e quando, por acaso, a velha saía à rua para fazer compras no pequeno armazém ali perto, corríamos atrás dela gritando "bruxa, bruxa!". Um dia encontramos, no meio da rua, um bode morto. A quem pertencera esse animal nós não sabíamos, mas logo descobrimos o que fazer com ele: jogá-lo na casa da bruxa. O que seria fácil. Ao contrário do que sempre acontecia, naquela manhã, e talvez por esquecimento, ela deixará aberta a janela da frente. Sob comando do João Pedro, que era o nosso líder, levantamos o bicho, que era grande e pesava bastante, e com muito esforço nós o levamos até a janela. Tentamos empurrá-lo para dentro, mas aí os chifres ficaram presos na cortina. https://www.youtube.com/watch?v=aPs6q5vqnFs – Vamos logo – gritava o João Pedro –, antes que a bruxa apareça. E ela apareceu. No momento exato em que, finalmente, conseguíamos introduzir o bode pela janela, a porta se abriu e ali estava ela, a bruxa, empunhando um cabo de vassoura. Rindo, saímos correndo. Eu, gordinho, era o último. E então aconteceu. De repente, enfiei o pé num buraco e caí. De imediato senti uma dor terrível na perna e não tive dúvida: estava quebrada. Gemendo, tentei me levantar, mas não consegui. E a bruxa, caminhando com dificuldade, mas com o cabo de vassoura na mão, aproximava-se. Àquela altura a turma estava longe, ninguém poderia me ajudar. E a mulher sem dúvida descarregaria em mim sua fúria. Em um momento, ela estava junto a mim, transtornada de raiva. Mas aí viu a minha perna, e instantaneamente mudou. Agachou-se junto a mim e começou a examiná-la com uma habilidade surpreendente. – Está quebrada – disse por fim. – Mas podemos dar um jeito. Não se preocupe, sei fazer isso. Fui enfermeira muitos anos, trabalhei em hospital. Confie em mim. Dividiu o cabo de vassoura em três pedaços e com eles, e com seu cinto de pano, improvisou uma tala, imobilizando-me a perna. A dor diminuiu muito e, amparado nela, fui até minha casa. – "Chame uma ambulância", disse a mulher à minha mãe. Sorriu. Tudo ficou bem. Levaram-me para o hospital, o médico engessou minha perna e em poucas semanas eu estava recuperado. Desde então, deixei de acreditar em bruxas. E tornei-me grande amigo de uma senhora que morava em minha rua, uma senhora muito boa que se chamava Ana Custódio. Moacyr Scliar Materiais necessários: • Notebook; • Datashow; • Quadro branco; • Pincel; • Texto impresso; • Internet; A escola dos meus sonhos: A escola dos meus sonhos é um espaço acolhedor onde os estudantes possam se sintir bem em estar, sejam recebidos com carinho e respeitados com cidadãos. Uma escola onde o acesso físico seja benéfico a todos, com material pedagógico e sala de recursos que ajudem o aluno a ser protagonista de sua aprendizagem e que proporcione condições para que ele desenvolva o seu potencial para expor suas ideias, para aprender errando e discutindo, afim de ser alguém e ter seu lugar na sociedade e no mundo. Uma escola onde os alunos possam encontrar a estrutura para suas pesquisas científicas, tecnológicas e pedagógicas e com salas de aula tecnologicamente bem equipadas. Uma escola que tenha professores preparados e dispostos a serem mediadores do saber. A escola dos meus sonhos estimula o desenvolvimento integral, respeita a individualidade e valoriza as potencialidades dos estudantes, possibilitando que ele consiga ver além, reinventando o que está pronto e descobrindo novos caminhos para a vida coletiva.