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MAPA MENTAL FARMACOLOGIA LAXANTES Elaborado por Anelize Roveri Arcanjo. FISIOPATOLOGIA RECOMENDAÇÃO A constipação ocorre pela diminuição da velocidade do trânsito colônico e pela dificuldade de eliminação das fezes (alterações funcionais da porção terminal do aparelho digestório). Não devem ser utilizados por tempo prolongado devido ao risco de dependência. IMPORTANTE!!! Constipação: caracterizada pela diminuição do número de evacuações, dificuldade para evacuar ou fezes endurecidas. O tratamento inicial deve incluir medidas não farmacológicas, como aumento da ingestão de fibras, hidratação, formação de hábito evacuatório antes da introdução de medicamentos. Sexo feminino Indivíduos com idade ≥ 65 anos FÁRMACOS Expansores do bolo fecal; Amolecedores do bolo fecal; Lubrificantes; Laxantes osmósticos; Estimulantes intestinais; CLASSE DE MEDICAMENTO EXEMPLO DE MEDICAMENTO MECANISMO DE AÇÃO USO CLÍNICO REAÇÕES ADVERSAS INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS FÁRMACOS EXPANSORES DO BOLO FECAL FIBRAS E EXTRATOS VEGETAIS PSYLLIUM Apresentam propriedades hidrofílicas, promovendo o amolecimento e o aumento do volume do bolo fecal, de forma a estimular a peristalse. Além disso, no cólon, as fibras são fermentadas pelas bactérias. São considerados de escolha para o manejo da constipação crônica, porém devem ser inseridos apenas após falha da adequação dietética. Fibras: Administrar após a última refeição diária. Psyllium: Administrar com 2 horas de intervalo da administração de outras drogas. A dose deve ser misturada em um copo de água ou suco. Sempre deve ser ingerido acompanhado de bastante líquido. Deve ser administrado durante ou após as refeições (se ingerido anteriormente pode diminuir o apetite) - Fibras: Efeitos adversos, como flatulência, distensão abdominal e cólicas, são raros. O uso de fibras deve obrigatoriamente ser acompanhado de um incremento na quantidade de líquido, ingerida de maneira a evitar obstrução esofágica ou impactação intestinal. - Psyllium: Diarreia, constipação, flatulência, dor abdominal, obstrução intestinal e esofágica, cólicas. Fibras: Não há interações, pois são fibras naturalmente presentes em uma alimentação diária rica em frutas e verduras. Psyllium: Diminui o efeito dos diuréticos poupadores de potássio, varfarina, nitrofurantoína, tetraciclina e digitálicos. Não deve ser administrado concomitantemente com antidiarreicos ou inibidores da motilidade intestinal pelo risco de obstrução. FÁRMACOS AMOLECEDORES DO BOLO FECAL SAIS DE DOCUSATO Apresentam a propriedade de diminuir a tensão superficial das fezes, facilitando a sua agregação com água e gordura. Dessa maneira, há um amolecimento do bolo fecal, facilitando a evacuação. Constipação intestinal com fezes endurecidas; Facilitador da evacuação em pacientes com dificuldades evacuatórias ou naqueles em que se necessita evitar o esforço (como pacientes com infarto agudo do miocárdio). Diarreia, dor abdominal, cólicas, dispepsia, náuseas, vômitos, gosto amargo na boca. Parece ser inefetivo se utilizado por longo tempo. - CLASSE DE MEDICAMENTO EXEMPLO DE MEDICAMENTO MECANISMO DE AÇÃO USO CLÍNICO REAÇÕES ADVERSAS INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS FÁRMACOS LUBRIFICANTES ÓLEO MINERAL O óleo mineral junta-se às fezes, proporcionando seu amolecimento sem causar irritação no trato gastrintestinal ou estimular a peristalse. Constipação intestinal; Preparação para exames diagnósticos e pré-operatórios; Seu efeito adverso mais temido é a pneumonite lipídica. Não deve, portanto, ser administrado em pacientes com risco de aspiração. Não deve ser administrado regularmente por longos períodos, pois diminui a absorção de substâncias lipossolúveis, principalmente as vitaminas. Diminui a absorção de anticoagulantes orais cumarínicos, anticoncepcionais orais e digitais. O uso prolongado diminui a absorção das vitaminas lipossolúveis (A, D, E, K). FÁRMACOS LAXANTES OSMÓTICOS GLICERINA LACTULOSE SORBITOL MANITOL Constituem-se de moléculas pobremente absorvidas pelo intestino, que osmoticamente retêm água na luz intestinal, aumentando o volume e promovendo o amolecimento do bolo fecal. O aumento do volume leva à distensão das alças intestinais, estimulando a peristalse. São utilizados em grande escala para a preparação do cólon antes de procedimentos diagnósticos ou cirúrgicos. -A lactulose é também utilizada para pacientes com encefalopatia hepática. Ela promove diminuição do pH fecal e, junto ao aumento do trânsito intestinal, faz com que a amônia seja retida na luz, diminuindo sua fração circulante. Glicerina: Diarreia, flatulência, cólicas, náuseas, vômitos, irritação retal, hiperglicemia, cefaleia, tontura. Lactulose: Diarreia,flatulência, dor abdominal, cólicas, náuseas, vômitos. Tomar preferencialmente em dose única pela manhã. Pode ser administrada diluída em água, suco, iogurte, leite ou qualquer outro líquido. A ingesta concomitante de alimentação é permitida. Não deve ser utilizada em altas doses em pacientes diabéticos por conter pequenas doses de galactose e lactose, podendo aumentar os níveis sanguíneos de glicose. Não deve ser utilizada para preparo do cólon em procedimentos endoscópicos (produz hidrogênio, tendo risco de explosão). Glicerina: Não deve ser administrado concomitantemente com outros laxantes, pois há potencialização do efeito laxativo Lactulose: Diminui o efeito dos antiácidos, da neomicina e de outros laxantes. Antibióticos podem diminuir a ação da lactulona no intestino CLASSE DE MEDICAMENTO EXEMPLO DE MEDICAMENTO MECANISMO DE AÇÃO USO CLÍNICO REAÇÕES ADVERSAS INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS FÁRMACOS ESTIMULANTES INTESTINAIS BISACODIL OLEO DE RICINO Agem diretamente nos enterócitos, neurônios entéricos e no músculo liso do trato gastrintestinal. Promovem uma inflamação de baixo grau no intestino delgado ou grosso, levando ao acúmulo de água e eletrólitos na luz intestinal, estimulando também o peristaltismo. Esta classe de medicamentos é indicada exclusivamente para constipação refratária a outros tratamentos. Apresentam rápido início de ação, sendo também utilizados para preparo intestinal de procedimentos diagnósticos ou cirúrgicos. De todas as classes de laxantes, são os que apresentam maior perfil de efeitos adversos, podendo levar à desidratação e ao desequilíbrio hidreletrolítico. Devem ser utilizados sob supervisão médica. - Bisacodil: Deve ser administrado à noite para obter-se evacuação matinal. A medicação não deve ser mastigada ou triturada, e deve-se evitar o uso de leite ou antiácidos 1 h antes e após a ingestão do medicamento, a fim de evitar a sua ativação estomacal - Óleo de rícino: Não deve ser administrado antes de dormir devido ao rápido início de seu efeito. Aconselha-se ser ingerido longe das refeições (de preferência em jejum) para conservar seu efeito laxativo. - Bisacodil: O uso concomitante de diuréticos ou corticoides pode aumentar o risco de desequilíbrio hidreletrolítico.
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