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Vasopressina: Hormônio Antidiurético

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A vasopressina também é chamada de hormônio 
antidiurético e é responsável pela regulação da 
água. O mecanismo antidiurético nos mamíferos 
envolve dois componentes anatômicos: 
• Um componente no SNC que faz síntese, 
transporte, armazenamento e liberação de 
vasopressina (controle central). 
• Um sistema de ductos coletores renais 
compostos de células epiteliais que 
respondem a vasopressina (controle 
periférico). 
Função dela é evitar diurese excessiva, retendo 
água, então quando tem aumento na osmolaridade 
plasmática tem mais secreção de vasopressina pela 
hipófise posterior. 
 
 
Um aumento na osmolaridade plasmática é o 
principal estímulo fisiológico para a secreção de 
vasopressina pela hipófise posterior. 
HIPEROSMOLATIDADE 
Mais soluto que solvente. O limiar de osmolaridade 
para secreção é até 280 mOm/Kg: quando 
aumenta tem liberação da vasopressina, além de 
ativar o mecanismo da sede quando a 
osmolaridade estiver acima de 290 m0m/Kg. 
OBS: aumento de 2% na osmolaridade = aumento 
de 2x a 3x níveis plasmáticos de vasopressina (para 
evitar a diurese). 
HIPOVOLEMIA E HIPOTENSÃO 
Reduções no volume sanguíneo efetivo e/ou na 
pressão sanguínea arterial podem estar associado 
a altas concentrações de vasopressina. 
EFEITO ANTIDIURETICO: manter a HAS; manter a 
volemia. Manter o volume circulante. 
Pequenas reduções (5%) no volume e/ou pressão 
tem pouco efeito sobre a liberação. 
Reduções maiores (20-30%) podem aumentar os 
níveis 20-30 vezes o normal. 
OSMORRECEPTORES DO SIST. PORTAL HEPÁTICO 
Um alimento rico em sal ativa os Osmorreceptores 
que aumentam a liberação de vasopressina, antes 
mesmo da carga de sal aumentar a osmolaridade. 
Ou seja, antes do sal alterar toda a osmolaridade, 
os osmorreguladores já seguraram água para 
equilibrar água/sódio. 
FATORES QUE DIMINUEM A SECREÇÃO DE 
VASOPRESSINA: 
• Expansão líquido extracelular 
• Álcool (diminui a secreção de ADH) 
• Adrenalina (estresse) 
• Atropina (anticolinérgicas) 
• Certas prostaglandinas 
• corticosteroides 
FATORES QUE AUMENTAM A SECREÇÃO DE 
VASOPRESSINA: 
• acetilcolina 
• nicotina (cigarro) 
• barbitúricos (anticonvulsivantes) 
• meperidina (opioide sintético da morfina) 
A secreção é regulada por vários fatores: 
Osmorreceptores nas carótidas internas, 
receptores volumétricos nas grandes veias e vasos 
pulmonares, no seio carotídeo e arco aórtico, 
estímulo psicogênico (dor, ansiedade). 
 
 
Tipo proteína GPCRs (rodopsina), 3 principais: 
V1A: mais comum! Encontrado: músculo liso 
vascular, suprarrenal, miométrio, bexiga, 
adipócitos, hepatócitos, plaquetas, medula renal, 
vasos microcirculação renal, ducto coletor, baço, 
testículo, SNC (corpo todo). 
V1B: hipófise anterior, SNC, suprarrenal 
V2: ducto coletor (rim é o receptor mais envolvido 
com ações antidiuréticas), ramo ascendente 
espesso, endotélio. 
ACOPLAMENTO RECEPTOR VI-EFETOR 
2 linhagens de ação que ele pode sinalizar: 
V1A ativa via IP3: que estimula liberação de cálcio 
intracelular, ativando PKC e levando a 
vasoconstrição (aumentar PA), glicogenólise 
(quebra de glicogênio no fígado, hiperglicemiante, 
em situações de estresse), agregação plaquetária 
(perda de volume pode ser por sangramento) e 
liberação de ACTH (hormônio adrenocorticotrófico 
que estimula liberação de cortisol: controles 
metabólicos, hormônio do estresse, de inflamação 
e imunidade). 
Outras ações: efeitos mediados pela fosfolipase D 
e A2, pela ativação do influxo de cálcio levando 
secundariamente a produção de eicosanoides (PG, 
TX, LT -> relacionada a inflamação) que podem 
ativar vias sinalizadoras. 
 
ACOPLAMENTO RECEPTOR V2-EFETOR 
V2: receptor muito associado ao néfron, estimula 
atividade na adenilciclase, que vai resultar em 
aumento do AMPc e PKA: aumenta inserção de 
vesículas com canais de água (WCV) na membrana 
apical e redução de endocitose delas. 
Como essas vesículas têm canais de aquaporina o 
deslocamento dela para a membrana apical 
aumenta muito a permeabilidade à água. 
 
Vasopressina se liga aos receptores tudo ao mesmo 
tempo: tudo para evitar perda de água. 
 
 
 
 
DIABETES INSÍPIDO 
doença de conservação prejudicada da água pelos 
rins pela inadequada secreção de vasopressina 
pela neurohipofise (DI central) ou pela resposta 
insuficiente a vasopressina pelos rins (DI 
nefrogênico). 
FALTA DE AÇÃO DA VASOPRESSINA: poliuria 
(frequencia elevada de vezes para urinar) e 
polidipsia (muita sede). 
SIADH 
síndrome da secreção inadequada do hormônio 
antidiurético: comprometimento da excreção de 
água causados pela secreção inadequada da 
vasopressina: liberam demais vasopressina: 
hiponatremia e hipo-osmolaridade. 
Retenção de água -> diluição 
Essa síndrome acontece em muitas doenças, 
como: tuberculose, câncer, amiloidose e outras. 
3 classes de fármacos mais comumente envolvidas: 
• psicotrópicos (anticonvulsivante, 
antipsicóticos, antidepressivos) 
• sulfonilureias 
• alcaloides da vica (antineoplásicos) 
 
 
AGONISTAS: falta ou necessidade da ação maior 
que a fisiológica. 
• Vasopressina: 8-L-arginina vasopressina sintética: 
via subcutânea, IM e via nasal 
• Acetato de desmopressina: EV, SC, intranasal 
(diabetes insipido) ou VO (choque refratário) 
MEDIADOS POR V1 
• músculo liso gastrointestinal no íleo 
paralitico, diminui sangramento nas varizes 
esofágicas (vasoconstrição dos vasos do 
baço diminui FS para sistema porta) 
• a vasoconstrição dos vasos arteriais do 
baço reduz o fluxo de sangue para o 
sistema porta e desta forma, atenua a 
pressão e o sangramento nas varizes 
esofágicas 
CURIOSIDADE: dor quando corre -> maior fluxo de 
sangue, baço contrai para ajudar no sangue 
circulante. 
• choque por vasodilatação associadas a 
catecolaminas 
 
 
MEDIADOS POR V2 
• diabetes insípidos 
• doença de vonwillebrand tipo I e II 
(associada a hematologia) 
• enurese noturna (estresse psicogênico): 
urinar na cama a noite, fisiológico até os 6 
anos, depois passa a ser patológico. 
FARMACOCINÉTICA 
Via oral (VO) com inativação rápida de ambas, após 
intramuscular (IM) ou subcutânea (SC) os efeitos 
antidiuréticos duram 2-8h, agora com via nasal na 
diabetes insipido, dura de 6-20 h: administração 2x 
ao dia é eficiente na maioria dos pacientes (evita o 
excesso da perda urinária). 
EFEITOS COLATERAIS 
Os efeitos são maiores na vasopressina que na 
desmopressina devido aos efeitos no TGI e nos 
vasos. 
Principal efeito adverso mediado pelo receptor V2 
é intoxicação pela água (retem água demais): 
edema cerebral com desmielinização. 
 
 
ANTAGONISTA: excesso da ação do agente 
endógeno. 
Usa quando tem excesso de vasopressina: como 
SIADH. Antagonistas do V2 ou aquareticos: tem 
papel terapêutico quando pacientes tem excesso 
de água, principalmente quando tem hiponatremia 
associada ao SIADH. 
OS aquareticos aumentam a excreção renal de 
água livre com pouca ou nenhuma excreção de 
eletrólitos. 
CONIVAPTANA 
Antagonista V1aR/V2R. Usada em pacientes 
hospitalizados com hiponatremia euvolemica ou 
hipervolemica. 
Endovenosa (EV), aumenta excreção da água sem 
mudar resistência vascular sistêmica, se liga 
intensamente as proteínas plasmáticas, 
metabolizada CYP3A4, excretada parcialmente na 
urina. 
T1/2 5-12h 
• Efeitos adversos: interações medicamentosas, 
reações locais, cefaleia, hipertensão ou 
hipotensão, hipocalemia e pirexia (febre) 
TOLVAPTANA 
Antagonista seletivo V2R. via oral (VO), usada em 
pacientes com hiponatremia euvolemica ou 
hipervolemica. 
Usada com cuidado na correção rápida de sódio 
(inicia tratamento no hospital), efeito 6-8h depois 
de administrar. 
Contraindicada em pacientes que usam fármacos 
que inibem a CYP3A4 (tabela de interação 
medicamentosa) 
• Efeitos adversos: GI, hepatotoxicidade, 
hiperglicemia e pirexia (febre). Menos comuns: 
AVC,TVP,CIVD,FV, TEP 
MOZAVAPTANA 
Antagonistaseletivo V2R. foi o primeiro 
antagonista aprovado para uso clínico, aprovado 
para SIADH secundaria ao câncer em 1996 no 
Japão. 
Via oral, poucos dados disponíveis da 
farmacocinética. Efeito máximo 60-90min depois 
da administração. 
• Efeitos adversos: boca seca e hepatotoxicidade

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