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1
Palavras notáveis (2)
Português
8A29
Aula 
Vamos nesta aula estudar mais a fundo duas palavras que apareceram em vários momentos, ao longos das aulas 
de Português A e B: as palavras se e a.
 A palavra se
A palavra se pode possuir as seguintes classificações 
morfológicas:
Pronome oblíquo átono
Pronome de 3ª. pessoa que funciona como comple-
mento a um verbo, de pronúncia fraca – daí ser chama-
do átono –, usado tanto para o singular quanto para o 
plural, além de não sofrer flexão de gênero (masculino / 
feminino). Divide-se em dois tipos:
Pronome reflexivo
O pronome se é reflexivo quando se refere ao sujeito 
da oração, expressando a ideia de “a si mesmo(a)”, a 
“si mesmos(as)”, ou seja, quando o sujeito a que se 
refere é simultaneamente agente e paciente da ação 
verbal. Exemplos:
 (1) Ele se cortou com a faca que usava para abrir as 
ostras.
 (2) O médico se culpou pelo ocorrido com o pa-
ciente.
 (3) Esperar é reconhecer-se incompleto. (Guimarães Rosa)
 (4) O barão sentia-se desesperado e resumira a vida 
num gozo único: sempre que podia, tomava o 
bonde de Botafogo, acendia um charuto, e ia 
por ali altivo, airoso, com a velha redingote abo-
toada, a “caramela” de cristal cintilante... Estava 
no seu bairro. Até parece, dizia ele, que as pedras 
me conhecem! (A alma encantadora das ruas, de João do Rio)
Pronome recíproco
O pronome se é recíproco quando ocorre uma troca 
de ações, gerando a ideia de “um ao outro”, uma troca 
de ações na qual um ser exerce uma ação sobre outro e 
sofre simultaneamente a ação deste outro, e vice-versa. 
2 Extensivo Terceirão
Exemplos:
 (5) Eles se cumprimentaram calorosamente, pois a saudade era grande.
 (6) Não tinham o costume de se abraçarem após os shows, mas a união da banda era visível a todos.
 (7) [Vilíria] (...) Antes bonita, olhos de viva mosca, morena mel e pão. Aliás, casada. Sorriram-se, viram-se. Era 
infinitamente maio e Jó Joaquim pegou o amor. Enfim, entenderam-se. (conto Desenredo, de Guimarães Rosa)
©
UO
L
Disponível em: uol.com.br, 12/09/2019
 ` A palavra se, na manchete acima, vem a ser um pronome recíproco.
Se  conjunção
Conforme vimos na aula anterior, conjunção é a palavra usada para reunir, ligar duas ou mais orações no mesmo 
enunciado. São várias as conjunções, assim como vários os tipos de oração em que aparecem. A palavra se pode ser 
classificada assim:
Conjunção integrante
Aparece iniciando as orações subordinadas substantivas, aquelas que podem ser trocadas integralmente por isto, 
este, esta, aquilo, entre outros pronomes demonstrativos. Exemplos:
 (8) Perguntei à secretária se a consulta iria atrasar muito. (= Perguntei à secretária isto.)
 (9) Eu ainda não sei se Rômulo virá de Goiânia para Curitiba. (= Eu ainda não sei isto.)
(10) Em breve poderemos ver se as medidas surtiram efeito. (= Em breve poderemos ver isto.)
(11) É bom verificar se não há inundação na casa de máquinas. (É bom verificar isto.)
Conjunção condicional
Este é um dos principais e mais frequentes usos da palavra se, iniciando orações que expressam condição. Exemplos:
(12) Irei embora, se vocês insistirem nesta conversa caluniosa.
(13) Se houver dúvidas, por favor, procure-me ao final da aula.
(14) Se um homem ficar com um pé no fogão quente e com o outro num congelador, o estatístico dirá que, em 
média, ele está numa situação confortável. (Walter Heller)
(15) Toda experiência histórica confirma esta verdade: o homem não teria alcançado o possível se, repetidas 
vezes, não tivesse tentado o impossível. (Max Weber)
Minha vida. Amar os outros é a única salvação individual que conheço: 
ninguém estará perdido se der amor e às vezes receber amor em troca.
 ` Fragmento da crônica As três experiências, de Clarice Lispector, publicada originalmente em 11/05/1968 no Jornal do Brasil. 
Em destaque, a palavra se, utilizada como conjunção condicional.
Aula 29
3Português 8A
Partícula apassivadora
A palavra se possui tal classificação quando se liga a 
um verbo cujo sujeito está escrito e é paciente da ação 
verbal. A frase está na voz passiva sintética (sem locução 
verbal), e o se é classificado, portanto, como partícula 
apassivadora ou pronome apassivador. Estudamos tal 
caso na aula 26. Vejamos alguns exemplos:
(16) Nos últimos vinte anos, aprimoraram-se as 
técnicas de gravação ao vivo.
(17) Selecionam-se pacientes idosos para testes 
com novos medicamentos.
(18) Não se vislumbram soluções a médio prazo.
(19) Excessos não se curam com bons conselhos. 
(Sigmund Freud)
©
UO
L
Disponível em: uol.com.br, 23/03/2015
 ` Na manchete em destaque, o erro na construção envolvendo a 
palavra se. Corrigindo a frase, temos: Ministério da Justiça pede 
que se apurem indícios de propina na Copa.
Índice de indeterminação do 
sujeito
Caso também visto na aula 26. A palavra se, com tal 
classificação, ocorre numa oração que não apresenta 
sujeito explícito. Isso ocorre em dois casos:
1. A oração não tem substantivo e, portanto, nenhuma 
palavra pode exercer a função sintática de sujeito. 
Exemplos:
(20) Aqui, trabalha-se muito.
 • “Aqui” e “muito” são advérbios
(21) Navegou-se serenamente por duas noites.
 • serenamente: advérbio de modo
 • por duas noites: locução adverbial de tempo
2. A oração só apresenta substantivos modificados 
por preposição, que também não podem exercer a 
função de sujeito. Exemplo:
(22) Falou-se muito sobre a tragédia.
 preposição
 Vejamos mais dois exemplos:
(23) Tratava-se do enxoval. Todas elas, embora 
solteiras, davam conselhos, sabiam as casas 
barateiras, as peças mais importantes e as 
que podiam ser dispensadas. Estavam ao par. 
(Triste fim de Policarpo Quaresma, de Lima Barreto)
(24) Aludiu-se a fatos muito antigos e pouco escla-
recedores.
Partícula expletiva
Também chamada de partícula de realce, a palavra 
se, neste caso, não é essencial, uma vez que usada mais 
como adorno, enfeite estilístico e, como tal, pode ser 
até mesmo suprimida da frase sem que haja prejuízo 
sintático ou semântico. Exemplos:
(25) Foi-se o tempo em que podíamos ficar conver-
sando nas calçadas, até tarde da noite.
(26) Vá-se a camisa, que não o dela dentro. 
(conto Desenredo, de Guimarães Rosa, na obra Tutameia)
Parte integrante do verbo
Vimos que os pronomes oblíquos átonos “colam-se” 
aos verbos, em três posições: próclise, mesóclise e ên-
clise. Em alguns casos, o pronome se, de valor reflexivo, 
acaba perdendo parte de seu valor reflexivo original, 
incorporando-se ao próprio verbo, e este não “existe” 
mais, em determinado sentido, sem a devida presença 
do se. Neste caso, os verbos são chamados de verbos 
pronominais. 
Na realidade, o número de verbos essencialmente 
pronominais na língua portuguesa não é muito grande. 
Entretanto, vários verbos podem ser acidentalmente 
pronominais, dependendo do contexto em que são in-
seridos. Em alguns casos, é quase impossível diferenciar 
o se como parte integrante, pronome reflexivo ou pro-
nome recíproco, pois os dicionários de regência acabam 
abonando mais de uma classificação para os verbos e, 
por extensão, para a palavra se.
4 Extensivo Terceirão
Na tabela a seguir, listamos alguns verbos:
VERBOS ESSENCIALMENTE PRONOMINAIS
Utilizados apenas na forma pronominal
abster-se, apiedar-se, arrepender-se, atrever-se, condoer-se, debruçar-se, dig-
nar-se, indignar-se, precaver-se, queixar-se, refestelar-se, suicidar-se, zangar-se
VERBOS ACIDENTALMENTE PRONOMINAIS
Tornam-se pronominais pelo sentido e/ou construção na frase
Forma simples Significado Forma pronominal Significado
debater discutir, argumentar debater-se agitar-se, desprender-se
bacharelar falar muito e à toa bacharelar-se obter grau de bacharel
esquecer (VTD) fugir da memória
esquecer-se 
(VTI)
fugir da memória
lembrar (VTD) vir à memória
lembrar-se 
(VTI)
vir à memória
sentar (VI) tomar assento sentar-se
tomar assento em 
algum lugar
A seguir, vejamos alguns exemplos em que a palavra se é utilizada como 
parte integrantedo verbo:
(27) Quem receia as farpas que se abstenha de filosofar. (José Ortega Y Gasset)
(28) Depois, não adianta se queixar; seu momento de esforço é agora.
(29) Carlinhos ainda se lembrava de histórias bem antigas e as contava 
com vigor e graça.
(30) Sentou-se à mesa para conversar com todos.
 A palavra a
A palavra a pode possuir as seguintes classificações morfológicas:
Artigo definido feminino
De uso bastante comum, antecedendo substantivo ou, então, um adjetivo 
anteposto a substantivo. Além de concordar com o substantivo em gênero, 
deve também com este concordar em número (singular / plural). Exemplos:
(31) A garota se dirigiu ao balcão do bar e pediu uma bebida não alcoólica.
(32) O público aplaudiu calorosamente as cantoras.
(33) O jogador buscava as melhores propostas de times europeus.
(34) Só a beleza intelectual é independente e superior. A beleza física é 
irmã da paisagem. (Machado de Assis, conto Uma senhora, do livro Histórias sem data)
Observação:
Lembre-se de que o artigo a pode contrair-se com algumas pre-
posições, formando construções como: da, das, pela, pelas, na, nas.
Pronome oblíquo átono feminino
Pronome de 3ª. pessoa que funciona como complemento a um verbo, de 
pronúncia fraca – daí ser chamado átono. Também sofre flexão de número 
(singular / plural). Exemplos:
(35) Ele a convidou para o Jantar do Bonitinho.
(36) Mas há ideias que são da 
família das moscas teimosas: 
por mais que a gente as sa-
cuda, elas tornam e pousam. 
(Machado de Assis, conto Uns braços)
(37) Para mim, a televisão é 
muito instrutiva. Quando 
alguém a liga, corro à 
estante e pego um bom 
livro. (Groucho Marx)
(38) Ninguém é escritor por 
haver decidido dizer certas 
coisas, mas por haver 
decidido dizê-las de deter-
minado modo. (Jean Paul Sartre)
 • Lembrando: verbos terminados 
em -r, -s e -z, quando acresci-
dos de pronome oblíquo o, a, 
os, as, perdem tal letra final e 
há um acréscimo da consoante 
l, formando lo, la, los, las.
(39) Todos procuravam deses-
peradamente por aquela 
mulher. Dias depois, infe-
lizmente, encontraram-na 
morta.
 • Lembrando: verbos termina-
dos em -m, -ão e -õe, quando 
acrescidos de pronome oblíquo 
o, a, os, as, exigem o acréscimo 
da consoante n ao pronome, 
formando no, na, nos, nas.
Pronome 
demonstrativo
A palavra a(s) será pronome 
demonstrativo quando surgir na 
frase antes do pronome relativo 
que ou, então, antes da preposição 
de. Exemplos: 
 (40) A luz no fim do túnel pode 
ser a de um trem em senti-
do contrário. (Robert Lowell)
 (41) O dinheiro escraviza as 
pessoas. Sobretudo as que 
não o têm.
 (42) A casa da minha tia é a que 
fica no início do caminho 
para o Mar de Fora.
 (43) Entre as opções, estão as 
de menor e maior impacto 
na economia nos próximos 
meses.
Aula 29
5Português 8A
Preposição
Conforme estudado no Português B, as preposições são palavras invariáveis que relacionam, articulam, conectam 
dois termos de uma oração, de tal modo que o sentido do primeiro termo – aqui chamado de antecedente – é com-
pletado pelo segundo termo – aqui chamado consequente. 
A palavra a, quando utilizada como preposição, é exigida pela regência de um verbo ou nome e estabelece relações 
de espaço, movimento, modo, finalidade, condição, semelhança, proporcionalidade, entre outras. Exemplos:
 (44) Ele se referiu a dados já antigos e superados.
 (45) Não é a ciência que cria o bem ou o mal. A ciência cria conhecimento. Quem cria o bem ou o mal somos nós, 
a partir das escolhas que fazemos. (Marcelo Gleiser)
 (46) Nunca empregues uma palavra nova, a não ser que ela tenha essas três qualidades: ser necessária, inteligível 
e sonora. (Voltaire)
 (47) Sou um pagão convertido vivendo em meio a puritanos apóstatas. (C. S. Lewis)
Observação:
Lembre-se de que a preposição a pode contrair-se com o artigo o, a, os, as, formando à, às, ao, aos.
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 ` Na tirinha acima, em cada quadrinho temos um uso da palavra a: no primeiro, trata-se de 
artigo feminino definido; no segundo, pronome demonstrativo feminino; no terceiro, na fala 
de Garfield, vem a ser uma preposição.
Testes
Assimilação
29.01. Classifique as palavras em destaque nas construções a seguir:
a) Nunca na Igreja de Deus houve tantas pregações, nem tantos pregadores como hoje. Pois se tanto se semeia a palavra 
de Deus, como é tão pouco o fruto? (Sermão da Sexagésima, de Padre Antônio Vieira)
b) A literatura é a cicatriz das pessoas que sofreram a miséria humana. Não creio, no entanto, que a literatura deva impor a 
si mesma a tarefa de falar sobre a dor. Não é necessário. A dor se infiltrará nela sempre, como um pesadelo em um sono 
repousante, como febre que penetra um corpo. (Andrea Blanqué)
c) Duvido que um dia o Brasil venha a se tornar uma nação letrada. Se por acaso isso acontecer, os brasileiros le-
rão os livros errados. Se calharem de ler os livros certos, não conseguirão entender uma palavra do que leram. 
(A tapas e pontapés, de Diogo Mainardi)
6 Extensivo Terceirão
d) A palavra segue como senhora das construções humanas. Os bons discursos unem razão e emoção, argumento lógico e 
apelo do espírito (...) Mas o que faz com que discursos se perpetuem na história é o fato de não se distanciarem da ação. 
(Marina Silva, Folha de S. Paulo, 21/12/2009)
e) Algumas mulheres se acham tão lindas que, quando se olham no espelho, não se reconhecem. (Millôr Fernandes)
f ) O seu compadre Vicente, a filha e Dona Adelaide entreolharam-se, sem saber o que dizer. O homem estaria doido? Que 
extravagância! (Triste fim de Policarpo Quaresma, de Lima Barreto)
g) Critico a1 adoção de políticas de ação afirmativa, entre outros aspectos, pelo que ela tem de demagógico. Ao invés de melhorar 
o ensino público de base, busca-se penalizar a2 universidade pelo que ela não é culpada, transformando-a3 em panaceia para 
nossos males seculares. Resultado: inclusão social a4 custo zero, sopão para os pobres, delírio dos políticos. Mas a5 grande 
perversidade é que todo esse jogo de cena representado pelas cotas elide exatamente a6 melhoria do ensino público fun-
damental e médio enquanto estratégia incontornável para a7 ascensão social dos mais pobres – negros e mestiços em sua 
grande maioria, observe-se. Ou se revoluciona a8 educação ou estaremos condenados a9 acabar com a10 pobreza de um 
modo ainda mais eficiente e cruel: matando os pobres. (Manolo Florentino, in Folha de S. Paulo, caderno mais, 10/10/2004, p. 12)
h) E lembrava-se do visconde de Albuquerque ou de outro senador que dizia em discurso que não haver nada mais parecido 
com um conservador do que um liberal no poder, e vice-versa. (Esaú e Jacó, de Machado de Assis)
i) A metáfora romântica mais simples é sempre a que se funda sobre alguma correlação entre a paisagem e estado de alma. 
(Alfredo Bosi)
j) Há um tempo em que é preciso abandonar as roupas usadas, que já têm a forma do nosso corpo, e esquecer os nossos 
caminhos, que nos levam sempre aos mesmos lugares. É o tempo da travessia: e se não ousarmos fazê-la, teremos ficado, 
para sempre, à margem de nós mesmos. (Fernando Pessoa)
k) Não é a ciência que cria o bem ou o mal. A ciência cria conhecimento. Quem cria o bem ou o mal somos nós, a partir das 
escolhas que fazemos. (Marcelo Gleiser)
Aula 29
7Português 8A
29.02. Analise o texto a seguir, classificando todas as palavras 
em destaque:
Quando se fala em atração musical, as primei-
ras ideias que surgem à mente são as de shows lo-
tados, trechos de grandes hits, artistas-celebrida-
des,... Porém, é necessário observá-la por outros 
ângulos, percebendo sua riqueza despercebida. 
Tomemos por exemplo um show da Broadway, 
como O fantasma da Ópera. Quantas pessoas 
se unem para realizar um espetáculo de tamanho 
porte? No palco, entram em cena cerca de trinta 
coristas. Em destaque, três ou quatro, com os nú-
meros mais importantes dentro do enredo.Bem, 
como tudo é feito ao vivo, em real time, há mais 
18 músicos executando com perfeição todas as 
canções, praticamente escondidos, no fosso, dois 
metros abaixo do nível do palco. Não se admitem 
falhas, pois erros de execução musical afetarão di-
retamente a performance dos coristas, que estão 
se expondo ao público, que lota o teatro.
Mas o espetáculo não se resume a coristas e 
músicos. Temos técnicos de som e de luz, con-
trarregras, figurinistas, assistentes de palco, ma-
quiadores, cabeleireiros, copeiros, mordomos, 
seguranças, bilheteiros, gerentes e diretor. So-
mando todo esse pessoal, chegamos ao número 
espetacular de aproximadamente cem pessoas 
envolvidas diretamente na execução de um espe-
táculo. Se multiplicarmos esse número por 12 – 
números de outros espetáculos da Broadway, de 
grande porte, que ocorrem simultaneamente ao 
Fantasma –, chegaremos ao número de 1200 pes-
soas envolvidas todas as noites na realização de 
espetáculos. São muitos empregos gerados. Todas 
essas pessoas querem que toda crise vá-se embora 
de uma vez, pois o espetáculo não pode parar. 
Sim, muitos questionam se vale a pena qualquer 
sacrifício. Entretanto, a realidade mais concreta e 
dura faz com que muitos artistas se queixem de 
qualquer evento que afete os seus ganhos.
se: 
as: 
à: 
as: 
la: 
da:
se: 
ao:
as: 
se:
a:
se:
ao:
se:
a:
ao:
na:
se:
ao:
ao:
as:
na:
se:
se:
a:
se:
29.03. (IME – RJ) – Responda às perguntas baseando-se no 
seguinte código:
a) partícula apassivadora
b) índice de indeterminação do sujeito
c) partícula de realce
d) conectivo integrante
e) conjunção subordinativa
1. O menino sorria-se feliz . ( )
2. Bajula-se hoje para atacar amanhã. ( )
3. Vai-se a primeira pomba despertada. ( )
4. Queimou-se a casa. ( )
5. Varreu-se e espanou-se a sala. ( )
6. Ferram-se cavalos. ( )
7. Os campos secam-se; as flores murcham-se e as aves 
emudecem-se. ( )
8. Trata-se de papéis. ( )
9. Indaga-se de tudo. ( )
10. Se me amas, sou feliz. ( )
11. Veremos se haverá trégua. ( )
29.04. (IFSUL – RS) – Observe os termos sublinhados nas 
frases a seguir:
I. Não haverá arrependimento se o assunto não for levado 
com tanto drama. 
II. Não de todo equivocado: a maturidade, de fato, se não 
é nosso período mais fértil, certamente é o mais sabido. 
8 Extensivo Terceirão
III. Foi quando me dei conta de que até o definitivo mudou 
de configuração. 
IV. Concordo com eles: chega a ser constrangedor a gente 
se declarar a favor ou contra o que não nos diz respeito. 
São pronomes os termos sublinhados nas frases 
a) II, apenas;
c) III e IV, apenas; 
b) I e IV, apenas;
d) I, II, III e IV. 
Aperfeiçoamento
29.05. (UFU – MG) – Analise a presença da partícula se 
nos exemplos abaixo. A seguir, faça a correspondência dos 
exemplos com as explicações dadas:
I. Se você não chegar cedo, teremos de improvisar um 
apresentador para o recital. 
II. Com tantos problemas, vive-se um dia de cada vez. 
III. Os irmãos, João e Luísa, deram-se as mãos. 
IV. Naquele condomínio, vendem-se casas. 
( ) O se, no exemplo, indica que a frase está na voz pas-
siva, ou seja, o sujeito sofre a ação praticada por outro 
agente. 
( ) O se, nesse caso, é chamado de índice de indetermi-
nação do sujeito. É utilizado em frases cujo sujeito é 
indeterminado. 
( ) O se, no exemplo, é pronome pessoal. Nesse caso, a 
ação envolve dois sujeitos, sendo que um pratica a 
ação sobre o outro e, portanto, ambos sofrem a conse-
quência da ação praticada. 
( ) O se, nesse caso, indica uma condição para a oração 
principal. 
A sequência correta, de cima para baixo, é: 
a) IV, III, II, I 
c) II, I, IV, III 
b) III, II, I, IV 
d) IV, II, III, I 
Texto para a próxima questão: 
REDES SOCIAIS E COLABORAÇÃO 
EXTREMA: O FIM DO SENSO CRÍTICO?
Eugênio Mira
(...)
A internet mudou definitivamente a maneira 
como nos comunicamos e percebemos o mundo. 
Graças a ela temos acesso a toda informação do 
mundo à distância de apenas um toque de botão. 
E quando começaram a se popularizar as redes 
sociais, um admirável mundo novo abriu-se1 ante 
nossos olhos. Uma ferramenta colaborativa extre-
ma, que possibilitaria o contato imediato com 
outras pessoas através de suas afinidades, fossem 
elas políticas, religiosas ou mesmo geográficas. 
Projetos colaborativos, revoluções instantâneas... 
Tudo seria maior e melhor quando as pessoas se 
alinhassem na órbita de seus ideais. O tempo pas-
sou, e essa revolução não se2 instaurou.
Basta observar as figuras que surgem nos si-
tes de humor e outros assemelhados. Conhecidos 
como memes (termo cunhado pelo pesquisador 
Richard Dawkins, que representaria para nossa 
memória o mesmo que os genes representam para 
o corpo, ou seja, uma parcela mínima de infor-
mação), essas figuras surgiram com a intenção de 
demonstrar, de maneira icônica, algum sentimento 
ou sensação. Ao fazer isso, a tendência de ter uma 
reação diversa daquelas expressas pelas tirinhas é 
cada vez menor. Tudo fica branco e preto. Ou se3 
aceita a situação, ou revolta-se4. Sem chance para 
o debate ou questionamento.
(...)
A situação é ainda mais grave quando um dos 
poucos entes criativos restantes na internet produz 
algum comentário curto, espirituoso ou reflexivo, a 
respeito de alguma situação atual ou recente... Em 
minutos pipocam cópias da frase por todo lugar. 
Copia-se5 sem o menor bom senso, sem créditos. 
Pensar e refletir, e depois falar, são coisas do pas-
sado. O importante agora é copiar e colar, e depois 
partilhar. As redes sociais desfraldaram um mundo 
completamente novo, e o uso que o homem fará des-
sas ferramentas é o que dirá o nosso futuro cultural. 
Se enveredarmos pela partilha de ideias, gestando-as 
em nossas mentes e depois as passando a outros, 
será uma estufa mundial a produzir avanços incrí-
veis em todos os campos de conhecimento. Se, no 
entanto, as redes sociais se transformarem em uma 
rede neural de apoio à preguiça de pensar, a hu-
manidade estará fadada ao processo antinatural de 
regressão. O advento das redes sociais trouxe para 
perto das pessoas comuns os amigos distantes, os 
ídolos e as ideias consumistas mais arraigados, mas 
aparentemente está levando para longe algo muito 
mais humano e essencial na vida em sociedade: o 
senso crítico. Será uma troca justa?
Disponível em: http://obviousmag.org/archives/2011/09/
redes_sociais_e_colaboracao_extrema_O_fim_do_senso_
critico-.htm. Adaptado. Acesso em: 21 fev 2017
29.06. (EPCAR – MG) – O vocábulo se exerce, na língua por-
tuguesa, várias funções. Observe seu uso nos excertos a seguir.
I. “Copia-se sem o menor bom senso...” (ref. 5)
II. “...um admirável mundo novo abriu-se ante nossos olhos.” 
(ref. 1)
III. “Ou se aceita a situação ou revolta-se.” (ref. 3 e ref. 4, res-
pectivamente)
IV. “O tempo passou, e essa revolução não se instaurou”. (ref. 2)
Assinale a análise correta:
a) Em I, o “se” é uma partícula expletiva ou de realce. 
b) Em II, o “se” é uma partícula integrante do verbo. 
c) Em III, o “se” foi utilizado para flexionar o verbo na voz 
passiva sintética em ambas as ocorrências. 
d) Em IV, o “se” classifica-se como pronome apassivador.
Aula 29
9Português 8A
Aprofundamento
29.11. (IME – RJ) – Marque a opção que completa correta-
mente os claros encontrados no texto, abaixo destacados:
Os espertos estão sempre tão atentos _____
(i)_____ espertezas alheias; _____(ii)_____ des-
vantagem, obviamente; confiou na palavra de um 
desconhecido para _____(iii)_____ compra de um 
ar refrigerado de segunda mão; Há lugares que fa-
cilitam mais _____(iv)_____ pessoas serem bobas. 
LISPECTOR, Clarice. Das vantagens de ser bobo. Disponível 
em: http://www.revistapazes.com/das-vantagens-de-ser-
bobo/. Acesso em 10 de maio de 2017. Originalmente publicado 
no Jornal do Brasil em 12 de setembro de 1970
a) às – há – a – às b) as – a – à – as 
c) às – á – a – as d) às – a – a – às 
e) as – a – à – às
29.12. (EFOMM – RJ) – Observe:
 Em nossas escolas é issoque se ensina: a pre-
cisa ciência da navegação, sem que os estudantes 
sejam levados a sonhar com as estrelas.
Observando o período acima, nota-se que a partícula su-
blinhada cumpre uma função específica, que aparece nas 
outras alternativas, exceto em 
a) Barcos se fazem com precisão, astronomia se aprende 
com o rigor da geometria (...) 
b) (...) velas se fazem com saberes exatos sobre tecidos, cor-
das e ventos, instrumentos de navegação não informam 
‘mais ou menos’. 
c) É preciso sonhar para se decidir sobre o destino da 
navegação. 
d) Se os barcos se fazem com ciência, a navegação faz-se 
com os sonhos. 
e) Houve um momento em que se viu, por entre as estrelas, 
um brilho chamado ‘progresso’. Está na bandeira nacional... 
29.13. (UNIGRANRIO – RJ) – Observe:
Se o olho não é bem acostumado a desacelerar 
a mirada, as letras se infiltram entre as frestas e 
não saem.
A correta análise morfológica dos termos em destaque é 
feita, respectivamente, em: 
a) pronome pessoal oblíquo / pronome apassivador;
b) conjunção subordinativa condicional / pronome reflexivo;
c) preposição / pronome demonstrativo;
d) pronome reflexivo / preposição;
e) substantivo / conjunção subordinativa integrante. 
29.07. (UnB – DF) – No trecho “Outros 49% dos jovens se 
dedicam exclusivamente a estudo ou capacitação”, a partícula 
se classifica-se como 
a) partícula apassivadora;
b) parte integrante do verbo;
c) índice de indeterminação do sujeito;
d) pronome reflexivo. 
29.08. (UNESP – SP) – Observe:
 [...] os ladrões de que falo não são aqueles mi-
seráveis, a quem a pobreza e vileza de sua fortuna 
condenou a este gênero de vida [...].
Sermão do bom ladrão, de Padre Antônio Vieira (1608-1697)
Os termos destacados constituem, respectivamente, 
a) um artigo, uma preposição e uma preposição. 
b) uma preposição, um artigo e uma preposição. 
c) um artigo, um pronome e um pronome. 
d) um pronome, uma preposição e um artigo. 
e) uma preposição, um artigo e um pronome. 
29.09. (UNESP – SP) – Observe:
Falou rapidamente a diversas pessoas, aludiu 
a uma ponte que talvez resistisse ainda uns dias, 
teve oportunidade de escandir as sílabas de arma 
virumque cano1.
crônica Premonitório, de Carlos Drummond de Andrade (1902-1987)
1 arma virumque cano: “canto as armas e o varão” (palavras iniciais da 
epopeia Eneida, do escritor Vergílio, referentes ao herói Eneias). 
Os termos em destaque constituem, respectivamente, 
a) uma preposição, uma preposição e um artigo;
b) um pronome, uma preposição e um artigo;
c) um artigo, um artigo e um pronome;
d) uma preposição, um artigo, um artigo;
e) um pronome, uma preposição e um pronome. 
29.10. (CEUSC – SP) – Observe:
O rapaz examinou-a já com olhos de cobiça. 
[...] Veio-lhe uma sensação estranha, um arrepio 
percorreu-lhe todo o corpo e ele se sentiu entre-
gar a um sono triste, onde a volúpia cantava bai-
xinho.
Os termos sublinhados constituem, respectivamente,
a) artigo, artigo, pronome;
b) pronome, preposição, artigo;
c) artigo, preposição, pronome;
d) pronome, artigo, preposição;
e) artigo, pronome, artigo.
10 Extensivo Terceirão
29.14. (PUCCAMP – SP) – Observe:
Por meio dos assuntos, da composição solta, 
do ar de coisa sem necessidade que costuma as-
sumir, ela se ajusta à sensibilidade de todo dia.
O pronome destacado acima exprime exatamente a mesma 
ideia expressa pela partícula em:
a) Eles não se consideram rivais entre si.
b) A menina se entretinha bastante com o seu cão.
c) Notava-se ali uma atmosfera de litígio.
d) Considere-se decidida a questão.
e) Naquela reunião, se consolidou o acordo tão esperado.
Texto para a próxima questão:
É preciso estabelecer uma distinção radical 
entre um “brasil” escrito com letra minúscula, 
nome de um tipo de madeira de lei ou de uma 
feitoria interessada em explorar uma terra como 
outra qualquer, e o Brasil que designa um povo, 
uma nação, um conjunto de valores, escolhas 
e ideais de vida. O “brasil” com b minúsculo é 
apenas um objeto sem vida, pedaço de coisa que 
morre e não tem a menor condição de se repro-
duzir como sistema. Mas o Brasil com B maiús-
culo é algo muito mais complexo.
(...)
Se a condição humana determina que todos 
os homens devem comer, dormir, trabalhar, re-
produzir-se e rezar, essa determinação não chega 
ao ponto de especificar também qual comida in-
gerir, de que modo produzir e para quantos deu-
ses ou espíritos rezar. É precisamente aqui, nessa 
espécie de zona indeterminada, mas necessária, 
que nascem as diferenças e, nelas, os estilos, os 
modos de ser e estar; os “jeitos” de cada grupo 
humano. Trata-se, sempre, da questão de iden-
tidade.
(...)
Nessa perspectiva, a chave para entender a 
sociedade brasileira é uma chave dupla. E, para 
mim, a capacidade relacional – do antigo com 
o moderno – tipifica e singulariza a sociedade 
brasileira. Será preciso, portanto, discutir o Bra-
sil como uma moeda. Como algo que tem dois 
lados. E mais: como uma realidade que nos tem 
iludido, precisamente porque nunca lhe propu-
semos esta questão relacional e reveladora: afinal 
de contas, como se ligam as duas faces de uma 
mesma moeda? O que faz o brasil, Brasil?
Adaptado de: DAMATTA, R. O que faz o brasil, Brasil? A questão da identidade. 
In:_____. O que faz o brasil, Brasil? Rio de Janeiro: Rocco, 1986. p. 9-17
29.15. (UFRGS) – Considere os seguintes pares de elementos 
do texto:
 I. e e E; II. ou e ou; III. se e Se.
Em quais pares os dois elementos pertencem à mesma 
classe gramatical?
a) Apenas I; b) Apenas III;
c) Apenas I e II; d) Apenas II e III;
e) I, II e III.
29.16. (UFPR) – Assinale a alternativa em que o se apresenta 
a mesma função que a do termo sublinhado na sequência 
“Por isso, esforçavam-se os quilombolas exatamente para 
proteger seu dia a dia [...]”.
a) Cada um dos debatedores questionava se seria possível 
chegar a um acordo entre as partes.
b) O desembargador Coelho Bastos quis pôr fim à cantoria 
abolicionista que se fazia na Gávea.
c) Abolicionistas e escravos entreolharam-se aturdidos com 
a situação apresentada.
d) Agindo de forma violenta, coercitiva e autoritária, os 
escravocratas prejudicavam-se ainda mais.
e) Os negros não tinham direito a queixar-se à polícia, por 
castigo de senhor branco.
Texto para a próxima questão:
O IGNORANTE NÃO SABE QUE O É 
Contardo Calligaris 
Lena Dunham é a autora e a protagonista de 
“Girls”, o seriado da HBO que estreia sua última 
temporada nesta semana. “Girls” é “Sex in the 
City”, mas para gente grande – o que é irônico, 
porque o pessoal de “Girls” é mais jovem do que 
o pessoal de “Sex in the City”. Enfim, Lena Du-
nham, pela boca de sua personagem Hannah, 
reconheceu: “Tenho forte opinião sobre tudo. 
Mesmo em tópicos sobre os quais sei pouco a res-
peito”. Talvez você não goste de Lena Dunham e 
pule de alegria porque ela finalmente admitiu o 
que você sempre pensou dela (ou seja, que ela é 
“metida” mesmo). Pois bem, não pule. O que Du-
nham disse é apenas uma regra universal e incon-
testável: ao tomar posição sobre qualquer tópico, 
quanto menos soubermos, tanto mais mostrare-
mos e sentiremos uma certeza absoluta. E quanto 
maior nossa incompetência, tanto maior será nos-
sa convicção na hora de agir. 
(...)
O fenômeno foi comprovado em 1999 por 
David Dunning e Justin Kruger, psicólogos da 
Universidade Cornell, em uma série de expe-
riências com a prática médica, o jogo de xadrez, 
a capacidade de dirigir um carro, etc. Em cada 
caso, as pessoas incompetentes não reconheciam 
Aula 29
11Português 8A
o tamanho de sua incompetência – só começa-
vam a reconhecer sua incompetência efetiva se e 
quando elas treinassem e se instruíssem para se 
tornarem competentes. Ou seja, quanto mais a 
gente é ignorante e incompetente, mais a gente 
tem certezas radicais e passionais. Inversamente, 
quem se afasta de sua incompetência (informan-
do-se ou formando-se) torna-se mais humilde e 
mais disposto a duvidar de si. Em suma, ignorân-
cia e incompetência produzem uma ilusão inter-
na de saber ecompetência. Inversamente, saber e 
competência produzem uma certa _________ do 
sujeito, que passa a duvidar de si. 
(...)
Em época de grandes paixões e conflitos – ou, 
como se diz, de polarizações – mundo afora, vale 
_________ pena lembrar que a certeza (ainda 
mais quando for passional) é proporcional à igno-
rância e à incompetência. Aplique isso ao campo 
da moral, da política e da religião: a ignorância é 
a grande mãe de quase qualquer extremismo. O 
psicanalista Jacques Lacan disse um dia que só 
os teólogos conseguiam ser verdadeiros ateus: o 
saber e a competência nos afastam da certeza. 
Enfim, alguém poderia se preocupar especifi-
camente com uma consequência disso tudo: se a 
ignorância e a incompetência nos oferecem certe-
zas (falsas, mas tanto faz), será que isso não signi-
fica que os ignorantes e os incompetentes são os 
mais aptos a agir? Será que o excesso de compe-
tência e de saber nos levariam a dúvidas sofridas 
e, portanto, _________ incapacidade de agir? Por 
exemplo, deve ser fácil decidir a política dos EUA 
a partir do noticiário da televisão, mas se você les-
se e estudasse todos os relatórios preparados pelas 
diferentes fontes que informam o presidente, en-
tão a tomada de decisão se tornaria complicada, 
_________. Obviamente, essa não é uma razão 
para se render às facilidades da incompetência. 
Tampouco é uma razão para não agir. Para agir, 
é preciso aceitar que a qualidade de um ato apa-
reça nas dúvidas e não na certeza de quem age, 
porque, como já dizia Touchstone, o bobo de “As 
You Like it” (mais de 400 anos antes de Dunning 
e Kruger), “o idiota pensa que é sábio, enquanto o 
sábio é aquele que sabe de ser idiota”. 
Disponível em:<http://www1.folha.uol.com.br/colunas/co
ntardocalligaris/2017/02/1858984-o-ignorante-nao-sabe-
que-o-e.shtml>. Acesso em: 2 mar. 17. Adaptado
29.17. (UCS – RS) – Assinale a alternativa que completa 
correta e respectivamente as lacunas:
a) auto-desvalorização, a, à, exitante;
b) auto desvalorização, à, a, hesitante;
c) autodesvalorização, a, à, hesitante;
d) auto-desvalorização, à, a, exitante;
e) autodesvalorização, à, à, esitante.
29.18. (UNICHRISTUS – CE) – Em “Se for necessário, será 
feita a baciloscopia, que corresponde à coleta da serosidade 
cutânea...”, pode-se afirmar que os vocábulos “se” e “que” 
a) são, respectivamente, pronome e conjunção integrante. 
b) introduzem, respectivamente, uma oração coordenada e 
uma oração subordinada adverbial. 
c) introduzem, respectivamente, uma oração subordinada 
substantiva e uma oração subordinada adverbial. 
d) pertencem à mesma classe gramatical. 
e) introduzem, respectivamente, uma oração subordinada 
adverbial e uma oração subordinada adjetiva.
Desafio
29.19. (UEPG – PR) – Considere o trecho: “mulheres que se 
postavam à janela”. Identifique onde a partícula “se” desem-
penha a mesma função sintática e assinale o que for correto: 
01) “...como se fossem eles bufarinheiros...” 
02) “...o enamorado punha-se embaixo da janela da moça...” 
04) “...limitando-se a fungar à maneira de gente resfriada.” 
08) “...seguia-se uma cadeia de tosses...” 
16) “...mas sabe-se que...”
29.20. (UFSC) – Texto:
Disponível em: https://rafaelazevedoandrade.wordpress.com/2013/03/05/
campanha-cigarro-e-arma. Acesso em: 30 mar. 2019 
Com base na leitura do texto e de acordo com a variedade 
padrão da língua escrita, é correto afirmar que:
01) trata-se de um anúncio para uma campanha pelo de-
sarmamento.
02) um tiro pode ocasionar até 4700 vítimas.
04) em “Quem brinca com fogo, se dá mal”, o termo “se” 
desempenha a função de índice de indeterminação do 
sujeito.
08) “Quem brinca com fogo, se dá mal” mantém relação 
intertextual com o ditado popular “Quem brinca com 
fogo, acaba queimado”.
16) em “Quem brinca com fogo, se dá mal”, podemos subs-
tituir a palavra “fogo” por “arma” sem prejuízo ao sentido 
do anúncio.
12 Extensivo Terceirão
Gabarito
29.01. a) – na: preposição em + artigo definido feminino a; primeiro se: 
conjunção condicional; segundo se: partícula apassivadora; a: 
artigo definido feminino.
b) a (em sete ocorrências): artigo definido feminino; das: preposição 
de + artigo definido feminino as; se: parte integrante do verbo. O 
a de “impor a si mesma”: preposição..
c) a: preposição; primeiro se: parte integrante do verbo; segundo e 
terceiro se: conjunção condicional.
d) se: parte integrante do verbo.
e) A: artigo definido feminino; das: preposição de + artigo definido 
feminino as; primeiro se: partícula apassivadora; segundo se: parte 
integrante do verbo; da: preposição de + artigo definido feminino a.
f ) se (duas ocorrências): pronome oblíquo de valor reflexivo.
g) a: artigo definido feminino; se: pronome oblíquo de valor recíproco.
h) a (referências 1, 2, 5, 6, 7, 8, 10): artigo definido feminino; a (re-
ferência 3): pronome oblíquo átono feminino; a (referências 4 
e 9); preposição; ao: preposição a + artigo definido masculino 
o; preposição; se (todas as ocorrências): partícula apassivadora; 
pelas: preposição por + artigo definido feminino a.
i) a (primeira e terceira ocorrências): artigo definido feminino; a 
(segunda ocorrência): pronome demonstrativo feminino; se: 
partícula apassivadora.
j) as: artigo definido feminino (plural); a: artigo definido feminino; 
aos: preposição a + artigo definido masculino (plural) os; se: con-
junção condicional; la: pronome oblíquo átono feminino, acresci-
do da consoante l; à: preposição a + artigo definido feminino a.
k) a (primeira e segunda ocorrências): artigo definido feminino; a: 
preposição.
29.02. Quando se (índice de indeterminação do sujeito) fala em atração 
musical, as (artigo definido feminino) primeiras ideias que surgem 
à (preposição a + artigo a) mente são as (pronome demonstrativo) 
de shows lotados, trechos de grandes hits, artistas-celebridades,... 
Porém, é necessário observá-la (pronome oblíquo átono feminino) 
por outros ângulos, percebendo sua riqueza despercebida. Tome-
mos por exemplo um show da (preposição de + artigo a) Broa-
dway, como O fantasma da Ópera. Quantas pessoas se (pronome 
recíproco) unem para realizar um espetáculo de tamanho porte? 
No palco, entram em cena cerca de trinta coristas. Em destaque, 
três ou quatro, com os números mais importantes dentro do enre-
do. Bem, como tudo é feito ao (preposição a + artigo o) vivo, em 
real time, há mais 18 músicos executando com perfeição todas as 
(artigo definido feminino) canções, praticamente escondidos, no 
fosso, dois metros abaixo do nível do palco. Não se (partícula apas-
sivadora) admitem falhas, pois erros de execução musical afetarão 
diretamente a (artigo definido feminino) performance dos coristas, 
que estão se (pronome reflexivo) expondo ao (preposição a + arti-
go o) público, que lota o teatro.
Mas o espetáculo não se (partícula apassivadora) resume a (prepo-
sição) coristas e músicos. Temos técnicos de som e de luz, contrar-
regras, figurinistas, assistentes de palco, maquiadores, cabeleireiros, 
copeiros, mordomos, seguranças, bilheteiros, gerentes e diretor. 
Somando todo esse pessoal, chegamos ao (preposição a + artigo 
o) número espetacular de aproximadamente cem pessoas envol-
vidas diretamente na (preposição em + artigo a) execução de um 
espetáculo. Se (conjunção condicional) multiplicarmos esse número 
por 12 – números de outros espetáculos da Broadway, de grande 
porte, que ocorrem simultaneamente ao (preposição a + artigo o) 
Fantasma –, chegaremos ao (preposição a + artigo o) número de 
1200 pessoas envolvidas todas as (artigo definido feminino) noites 
na (preposição em + artigo a) realização de espetáculos. São muitos 
empregos gerados. Todas essas pessoas querem que toda crise vá-se 
(partícula expletiva) embora de uma vez, pois o espetáculo não pode 
parar. Sim, muitos questionam se (conjunção integrante) vale a pena 
qualquer sacrifício. Entretanto, a (artigo definido feminino) realidade 
mais concreta e dura faz com que muitos artistas se (parte integrante 
do verbo) queixem de qualquerevento que afete os seus ganhos.
29.03. C, C, C, A, A, A, C, B, B, E, D
29.04. c
29.05. d
Na frase II, a expressão “um dia de cada vez” exerce a função de ad-
junto adverbial de modo, expressando o modo como se vive. Logo, 
o se classifica-se como índice de indeterminação do sujeito.
29.06. d
29.07. b
29.08. b
29.09. a
29.10. b
29.11. a
29.12. c
29.13. b
29.14. b
29.15. c
29.16. e
29.17. c
29.18. e
29.19. 06 (02 + 04)
29.20. 08 (08)
13Português 8A
Os exames vestibulares de Língua Portuguesa, em 
muitas instituições de ensino superior, têm apresentado 
um número crescente de questões que tomam por base, 
por ponto de partida, a compreensão e interpretação 
de texto. Mas as questões não ficam apenas nisso. Logo, 
que papel o estudo da norma padrão e das variedades 
linguísticas desempenha nesse processo?
Inicialmente, devemos lembrar que um número tam-
bém significativo dos textos que aparecem nos exames de 
Língua Portuguesa vem redigido em variedades diferentes 
da padrão. Nesses casos, é normal que ao menos uma parte 
das questões explore o efeito discursivo da presença das 
variedades linguísticas e o que as caracteriza devidamente. 
A esse respeito, devemos lembrar que a língua varia, funda-
mentalmente, de acordo com quatro eixos:
1. Variedades históricas ou diacrônicas – Variações ao 
longo do tempo.
2. Variedades geográficas, regionais ou diatópicas – 
Variações de um espaço para outro.
3. Variedades sociais ou diastráticas – Variações pre-
sentes em grupos sociais.
4. Variedades situacionais ou diafásicas – Variações 
de acordo com as situações concretas do cotidiano.
Também são frequentes as questões baseadas em 
textos com linguagem não padrão que solicitam ao 
candidato que reescreva esses textos ou fragmento 
deles, adequando-os à norma-padrão. Não são questões 
realmente fáceis, uma vez que acionam, de uma só vez, 
vários conteúdos vistos ao longo do ano. Assim, uma 
questão pode cobrar vários tópicos da matéria.
A seguir, listamos os tópicos gramaticais mais cobra-
dos:
1. Ortografia e acentuação – Correta escrita das pala-
vras, o que implica emprego de letras e acentos.
2. Sintaxe e uso de pronomes – Colocação dos pro-
nomes oblíquos átonos; qual pronome usar dentro 
de uma construção específica; correto sentido dos 
pronomes no texto.
3. Conjugação e emprego de tempos e modos ver-
bais – As articulações entre os períodos; conjugação 
adequada; os sentidos pretendidos.
4. Regência (verbal e nominal) e crase – Uso correto 
das preposições, regidas por verbo ou nome; correto 
uso do acento grave, indicativo de crase.
5. Concordância verbal e nominal – Aplicação das 
regras gerais de concordância; verbos impessoais; 
algumas particularidades.
6. Pontuação – Correto emprego da vírgula; manuten-
ção/alteração de sentido.
Repare que temos listados quase todos os tópicos 
estudados ao longo das 29 aulas do Português A, além 
de alguns tópicos vistos também no Português B e C. 
Vamos, então, às questões.
Testes
Assimilação
30.01. (IFPR) – Considerando apenas os elementos ne-
gritados nos textos das alternativas a seguir, retirados da 
revista Capricho, identifique onde a norma padrão está 
sendo respeitada:
a) Se você está se sentindo preguiçosa, sem muita energia e 
até mesmo um pouco cabisbaixa, fica tranquila, porque 
está ruim para todo mundo.
b) Sabe aquela risadinha que vem depois de um comentário 
racista? Então, que tal substituir ela por uma conversa 
com o coleguinha que não cansa de passar vergonha?
c) De acordo com a lenda que se espalhou rapidamente pela 
web, a Momo é um espírito maligno que pode entrar em 
contato com você ou pode ser invocado.
d) Você procura a sua estabilidade? Você gostaria de ser 
nomeado em um concurso público o quanto antes? Você 
não aguenta mais familiares e amigos lhe pressionando 
por resultados nos concursos?
Aula 30
Tópicos de reescrita-padrão
Português
1B8A
14 Extensivo Terceirão
30.02. (ACAFE – SC) – Assinale a frase que está de acordo 
com as normas da língua padrão:
a) Quando reciclamos o plástico ou compramos plástico 
reciclado, estamos contribuindo com o meio ambiente, 
pois esse material deixa de ir para os aterros sanitários 
ou para a natureza, poluindo rios, lagos, solos e matas. 
b) Nem as sinaleiras, chamadas de onda verde, que abriria 
conforme o fluxo, os caras conseguem fazer funcionar 
direito, imaginem o reconhecimento facial, irão filmar um 
cachorro e irá aparecer o Brad Pitt, pode apostar. 
c) Verão chegando peço, se possível, alerte as pessoas para 
tomarem cuidado, assim como em todo nosso Brasil 
não a segurança, pois Floripa também está a mercê de 
marginais. 
d) Uma coisa que eu aprendi na vida, foi respeitar opiniões 
alheias, principalmente em assuntos que tenho pouco 
conhecimento, pois formamos opiniões com nossas 
experiências de vida. 
30.03. (ACAFE – SC) – Assinale alternativa cuja frase está 
escrita de acordo com a norma padrão:
a) Com certeza essa opção é a melhor, pois eu prefiro viajar 
em julho do que viajar na alta temporada, onde os preços 
são sempre mais caros. 
b) Se você quer receber a prensa antes da festa de São João, 
posso encomendar-lhe via aérea. 
c) Se nada de anormal acontecer até o próximo ano, todos os 
filhos do meu patrão, à exceção do mais novo, ascenderão 
a cargos de direção nas empresas da família. 
d) De acordo com o jornal JP Notícias, policiais da 5º Batalhão 
conseguiram prender em fragrante dois comparsas que 
residem à rua comandante Bastos. 
30.04. (UP – PR) – Observe:
Quem tem acesso a uma boa escola e escre-
ve regularmente não tem problemas (graves, pelo 
menos) de grafia. Nem no Brasil, nem na França 
ou Inglaterra, países em que se falam línguas cuja 
escrita está bem longe da fala.
O sentido e a correção do trecho destacado acima não foram 
afetados na seguinte reescrita da segunda frase:
a) Seja no Brasil, seja na França ou Inglaterra, países pelos quais 
se falam línguas das quais a escrita está bem longe da fala.
b) Não só no Brasil, mas também na França ou Inglaterra, países 
onde se falam línguas cuja escrita está bem longe da fala.
c) Nem mesmo no Brasil, na França ou Inglaterra, países que 
se falam línguas onde a escrita está bem longe da fala.
d) Nem no Brasil, na França ou Inglaterra, países os quais se falam 
línguas que a escrita das mesmas está bem longe da fala.
e) Nem só no Brasil, como na França ou Inglaterra, países por 
onde se falam línguas que a escrita está bem longe da fala.
Aperfeiçoamento
30.05. (UNICESUMAR – PR) – Está escrito em conformidade 
com a norma-padrão da língua este livre comentário sobre 
o texto:
a) Pesquisas tem sido conduzidas com o apoio financeiro de 
milionários californianos, interessados de obter o elixir que 
lhe permitirá aproximar-se da imortalidade.
b) Há experiências que realizam-se com o intuíto de tornar 
viável, o desenvolvimento de órgãos em laboratórios, aos 
quais estarão livres de doenças hereditárias.
c) Caso se sigam as orientações de alimentar-se bem, pra-
ticar exercícios regularmente e dormir a quantidade de 
horas adequada, será possível viver mais e melhor.
d) A tecnologia divulgada recentemente na revista Nature, 
foi comparada a um editor de textos devido ao modo 
decisivo com a qual influe sobre os processos metabólicos.
e) Dorian Gray é o protagonista cuja história o autor referiu-
-se afim de ilustrar, o que poderia acontecer com os ho-
mens, se viessem a experimentar de fato a imortalidade.
30.06. (UNIFENAS – MG) – Examine atentamente alguns 
aspectos presentes nos textos em questão:
I. As guerras, as fomes, as discussões dentro dos edifícios...
 *O dígrafo SS, destacado no vocábulo “discussões”, pre-
enche as lacunas de todos os seguintes vocábulos: ater-
ri__ar, digre__ão, conce__ão, alvi__areiro, discu__ão, 
repercu__ão, a__essor, carro___el, pa__ional, la__idão.
II. Em vão mulheres batem à porta.
 *O acento indicativo da crase, como ocorre nesse verso, 
estará presente em todas as seguintes ocorrências: Fa-
çamos com seja obedecidaa lei. / De longe, assistimos, 
estarrecidos, a derrubada da velha estátua de bronze. / 
Por favor, não atendas a campainha quando estiveres 
sozinho. / Jamais almejei a posição de líder desta sala. / 
De volta a casa demolida, encontrei sob os escombros 
antigas moedas de cobre. 
III. Chega um momento em que não se diz mais: meu Deus.
 *Todas as lacunas seguintes serão preenchidas pelo seg-
mento destacado nesse verso: As ruas ______morei não 
tinham água nem esgoto. / Há muitas leis ______não 
podemos confiar. / Está aqui um amigo _____deposito 
toda a minha confiança. / Os argumentos ____me baseio 
são fundamentados na filosofia de Aristóteles. / É deses-
perada a situação ______se encontram estes mendigos 
do centro da cidade. 
Está correto o que se afirma em 
a) I, apenas;
b) III, apenas;
c) I e II, apenas;
d) II e III, apenas; 
e) I, II, III. 
Aula 30
15Português 8A
30.07. (UNIPAR – PR) – Uma nova, coerente e correta reda-
ção da frase Os livros que nos encantaram na juventude 
tendem a perder o seu encanto com o tempo, na qual 
se mantenha seu sentido, poderá ser:
a) O encantamento a que submetemos os livros de nossa 
juventude têm a tendência, com o tempo, de se perderem.
b) Embora nos hajam encantado na juventude, os livros têm, 
com o tempo, a tendência de a perderem.
c) Com o tempo, há a tendência de que o encantamento 
que os livros nos proporcionaram na juventude se perca.
d) Na juventude encantamo-nos com os livros cuja a ten-
dência é perderem esse tempo de encantamento.
e) Ainda que nos encantássemos com os livros em nossa 
juventude, tendemos a não experimentá-lo com o passar 
do tempo.
30.08. (PUCCAMP – SP) – As frases que seguem foram 
motivadas por palavras do texto, mas devem ser analisadas 
independentemente dele. A redação que se apresenta clara 
e em concordância com a norma-padrão da língua é:
a) Ele que assume sua responsabilidade pelo conflito que 
instaurou, voluntaria ou involuntariamente, pois em 
nenhum momento buscou a serenidade que se exige de 
um diálogo bem-intencionado.
b) Dizem que atribuimos aquele estagiário os erros aponta-
dos pelos revisores nas últimas páginas do documento, 
mas isso não procede: muitos foram os que acrescentaram 
ou suprimiram linhas; por isso, vários terão de se apresen-
tarem para refazer o trabalho.
c) Sendo aquela uma boa história, ou não, o fato é de que 
não devemos levar em conta depoimentos de cuja con-
sistência se possa duvidar, sob o risco de termos nossas 
ações questionadas e no limite, impugnadas.
d) Reconheço que nem sempre ajo sensatamente com 
discursos que buscam em vez de esclarecer fatos e dis-
posições de espírito, apontar minúcias irrelevantes, que, 
contrariamente, mais tornam obscuros seu entendimento.
e) Embora grande parte de escritores com que as jovens 
dialogaram tivesse sido capaz de sensibilizá-las a ler cada 
vez mais, não somente crônicas, mas também romances, 
peças de teatro e poemas, algumas disseram temer o 
desafio que textos mais densos possam representar.
30.09. (FPP – PR) – Leia o texto que segue para a próxima 
questão:
Três dias depois do incêndio que queimou o 
edifício de 200 anos que abrigava a primeira insti-
tuição científica do Brasil, ainda não há um balan-
ço preciso do que se perdeu e do que se salvou. 
Mas o clima entre os professores e alunos é de 
pessimismo: eles convivem com a possibilidade 
de que o objeto de seus estudos tenha virado pó. 
Disponível em: <https://brasil.elpais.com/brasil/2018/09/05/
politica/1536160858_009887.html>. Acesso em: 5/9/18
As principais informações contidas no excerto anterior so-
bre o incêndio no Museu Nacional do RJ são reescritas sem 
alteração de sentido na alternativa: 
a) O pessimismo evidente entre professores e alunos do 
Museu Nacional não encontra justificativa porque ainda 
não se sabe quais objetos de estudo foram perdidos ou 
salvos após o incêndio. 
b) A incompreensão do clima de pessimismo entre pro-
fessores e alunos do Museu Nacional se deve à falta de 
informações sobre os objetos de estudo perdidos ou 
salvos em decorrência do incêndio. 
c) A possibilidade de ter perdido seu objeto de estudos no 
incêndio do Museu Nacional assusta professores e alunos 
embora uma relação dos itens perdidos ou salvos ainda 
não tenha sido divulgada. 
d) O inventário após o incêndio do Museu Nacional levou 
professores e alunos da instituição a duvidarem a respeito 
da continuidade ou interrupção da relação com seus 
objetos de estudo. 
e) A falta de informações sobre o incêndio do Museu Nacio-
nal levou professores e alunos da instituição a aventarem 
a possibilidade de seus objetos de estudo não terem 
virado pó.
30.10. (UNICISAL – AL) – Texto:
A mente humana é sadia quando possui com-
petências relacionais que lhe permitem sair de si 
para abrir-se a uma realidade social feita de múl-
tiplas diferenças, percebendo de forma adequada 
os outros e a diversidade da qual são portadores.
MAGARI, Simonetta. Revista CidadeNova. São Paulo: 
Abril, ed. 582. Ano LVI, n. 10. out. 2014
Assinale a alternativa em que a nova redação dada ao período 
em destaque no texto apresenta correlata substituição dos 
elementos linguístico-semânticos de acordo com a norma-
-padrão do português escrito:
a) “A mente humana é sadia todas as vezes que possui 
competências relacionais que permitem você sair de si [...]”
b) “A mente humana é sadia sempre que possui competên-
cias relacionais com as quais permitem você sair de si [...]”
c) “A mente humana é sadia sempre que possui competên-
cias relacionais as quais permitem a você sair de si [...]”
d) “A mente humana é sadia à medida que possui compe-
tências relacionais os quais lhe permitem sair de si [...]”
e) “A mente humana é sadia depois que possui competên-
cias relacionais que a permitem sair de si [...]”
16 Extensivo Terceirão
Aprofundamento
30.11. (UFRGS) – Observe as propostas de reescrita para o 
seguinte trecho:
Para tentar formular uma hipótese mais clara 
para o problema apresentado, talvez se deva admi-
tir que o sujeito de um verbo pode estar apagado e, 
mesmo assim, produzir concordância.
I. Para tentar formular uma hipótese mais clara para o pro-
blema apresentado, deve-se admitir, talvez, que o sujeito 
de um verbo pode estar apagado e produzir concordância 
mesmo assim.
II. Para tentar formular uma hipótese mais clara para o 
problema apresentado, se deva admitir que talvez o 
sujeito de um verbo possa estar apagado e produzir 
concordância, mesmo assim.
III. Deve-se admitir que o sujeito de um verbo pode estar 
apagado e produzir, mesmo assim, concordância, para 
talvez tentar formular uma hipótese mais clara para o 
problema apresentado.
Quais estão corretas e preservam a significação do trecho 
original?
a) Apenas I;
d) Apenas II e III;
b) Apenas III;
e) I, II e III.
c) Apenas I e II;
30.12. (UFRGS) – Considere as propostas de reescrita para 
o seguinte trecho do texto:
Em 1948 foi proclamado o Estado de Israel. Meu 
pai abriu uma garrafa de vinho – o melhor vinho do 
armazém –, brindamos ao acontecimento. E não sa-
íamos de perto do rádio, acompanhando as notícias 
da guerra no Oriente Médio.
Adaptado de: SCLIAR, M. O centauro no jardim. 
9. ed. Porto Alegre: L&PM, 2001
I. Meu pai abriu uma garrafa de vinho e brindamos ao 
acontecimento – o melhor vinho do armazém. Em 1948 
foi proclamado o Estado de Israel e não saíamos de 
perto do rádio, acompanhando as notícias da guerra no 
Oriente Médio.
II. Em 1948, o melhor vinho do armazém foi aberto por 
meu pai (uma garrafa), foi proclamado o Estado de 
Israel, brindamos ao acontecimento e, acompanhando 
as notícias da guerra no Oriente Médio, não saíamos de 
perto do rádio.
III. Em 1948, quando foi proclamado o Estado de Israel, meu 
pai abriu uma garrafa de vinho – o melhor vinho do ar-
mazém –, brindamos ao acontecimento. E não saíamos 
de perto do rádio, acompanhando as notícias da guerra 
no Oriente Médio.
Quais estão corretas e preservam a significação do trecho 
original?
a) Apenas I;d) Apenas I e III;
b) Apenas II;
e) I, II e III.
c) Apenas III;
30.13. (PUCPR) – Leia a mensagem retirada de conta de 
energia elétrica brasileira cuja intenção é informar o consu-
midor sobre seus deveres:
Ressarcir a distribuidora, no caso de investi-
mentos realizados para o fornecimento da unida-
de consumidora e não amortizados, excetuando-
-se aqueles realizados em conformidade com os 
programas de universalização dos serviços.
Sobre ela, pode-se afirmar que o nível de linguagem está 
inadequado ao leitor comum, podendo ser assim refor-
mulado, sem distorção da informação e conforme a norma 
padrão da língua. Assinale a alternativa que contém a correta 
reformulação do texto:
a) Indenizar a distribuidora, no caso desta fazer investimen-
tos para o fornecimento da unidade consumidora e não 
amortizados, excetuando-se aqueles em conformidade 
com os programas de universalização dos serviços.
b) Indenizar a distribuidora, se ela fizer investimentos para 
o fornecimento da unidade consumidora e não pagá-
-los, excetuando-se aqueles em conformidade com os 
programas de universalização dos serviços.
c) Indenizar a empresa, se ela fizer investimentos para o 
fornecimento de sua casa e não pagá-los, excetuando-se 
aqueles em conformidade com os programas de univer-
salização dos serviços.
d) Você tem de indenizar a empresa se ela efetuar investi-
mentos para fornecer energia elétrica a sua casa e que você 
ainda não tenha pago, com exceção daqueles realizados 
conforme os programas de universalização dos serviços.
e) Indenizar a empresa, se ela fizer investimentos não pagos 
para o fornecimento de sua casa, excetuando-se aqueles 
em conformidade com os programas de universalização 
dos serviços.
30.14. (UPF – RS) – Observe o seguinte fragmento e con-
sidere que a forma verbal “possibilitem” fosse substituída 
por “levem”:
(...) investigações “sérias, imparciais e eficazes 
dentro de um período de tempo razoável”, que 
possibilitem a punição dos autores dos crimes.
A alternativa que apresenta corretamente a reescrita do 
fragmento é:
a) “(...) investigações ‘sérias, imparciais e eficazes dentro de 
um período de tempo razoável’, que levem à punição dos 
autores dos crimes.”
Aula 30
17Português 8A
b) “(...) investigações ‘sérias, imparciais e eficazes dentro de 
um período de tempo razoável’, que levem a punição dos 
autores dos crimes.”
c) “(...) investigações ‘sérias, imparciais e eficazes dentro de 
um período de tempo razoável’, que levem para punição 
dos autores dos crimes.”
d) “(...) investigações ‘sérias, imparciais e eficazes dentro de 
um período de tempo razoável’, que levem a punição para 
os autores dos crimes.”
e) “(...) investigações ‘sérias, imparciais e eficazes dentro de 
um período de tempo razoável’, que levem à punição para 
os autores dos crimes.”
30.15. (UFPR) – Ao realizar um experimento no laboratório 
da escola, um estudante fez as seguintes anotações: 
• 2 frascos com substâncias em pó, uma amarela, outra 
branca. 
• 10 gramas de cada uma, usando uma balança de preci-
são. 
• Colocadas em uma placa de vidro e misturadas com uma 
espátula. 
• Água em cima da mistura, com um conta-gotas: 2 gotas. 
• A mistura ficou alaranjada, esquentou e soltou uma 
fumaça branca. 
Ao fazer o relatório do experimento, o estudante teve várias 
dúvidas em relação à redação e escreveu cinco versões, 
reproduzidas nas alternativas a seguir. Assinale a que faz um 
relato de forma objetiva, correta e em linguagem adequada 
a um relatório:
a) Usando uma placa de vidro. Sobre a mesma, pinguei 2 
gotas de água em cima. Antes tirei dos frascos contendo 
as substâncias e misturei 10 gramas do pó A (amarelo) e 
10 do pó B (branco) com uma espátula. Depois observei 
que a mistura ficou alaranjada, esquentou e saiu uma 
fumaça branca. Foi isso que eu fiz e observei. 
b) A mistura em cima da placa de vidro esquentou, mudou 
de cor e soltou uma fumaça branca. Isso aconteceu depois 
que os pós branco e amarelo foram pesados em uma 
balança de precisão, colocados em cima da placa de vidro, 
10 gramas de cada, tudo misturado com uma espátula. A 
água de um conta-gotas pingou em cima. Foram 2 gotas. 
c) Primeiro peguei 10 gramas das substâncias em pó, que 
estavam em frascos, uma amarela (A) outra branca (B) e 
coloquei ambas em uma placa de vidro, onde misturei 
com uma espátula, com 2 gotas de água em cima. Saiu 
uma fumaça branca e ficou alaranjada. Conclusão: a 
mistura das substâncias esquentaram. 
d) Sobre uma placa de vidro foram colocados 10 gramas de 
cada uma das substâncias A (amarela) e B (branca), em pó, 
que foram depois misturadas com uma espátula. Com o 
auxílio de um conta-gotas, foram acrescentadas 2 gotas 
d’água. Observou-se então o aquecimento da mistura, 
que, além disso, tornou-se alaranjada e desprendeu uma 
fumaça branca. 
e) De um frasco com um pó branco e outro amarelo foram 
subtraídas 10 gramas dos mesmos e colocados ambos 
em uma placa de vidro. A mistura então desprendeu 
uma fumaça branca, a temperatura da mesma se elevou 
tornando-se alaranjada. Isso aconteceu após as substân-
cias serem misturadas entre si e com 2 gotas de água 
respectivamente.
30.16. (UEPG – PR) – Sobre a reescrita do trecho a seguir, 
sem prejuízo de sentido, assinale o que for correto:
Nossa produção teve que se mudar para a par-
te mais ao sul do planeta só para achar neve. A 
mudança climática é real. Está acontecendo agora.
01) Nossa produção teve que se mudar para a parte mais 
ao sul do planeta só para achar neve, pois a mudança 
climática é real e está acontecendo agora. 
02) Nossa produção teve que se mudar para a parte mais 
ao sul do planeta só para achar neve porque a mudan-
ça climática é real, está acontecendo agora. 
04) Nossa produção teve que se mudar para a parte mais 
ao sul do planeta só para achar neve por que a mudan-
ça climática é real e está acontecendo agora. 
08) Nossa produção teve que se mudar para a parte mais 
ao sul do planeta só para achar neve, todavia, a mu-
dança climática é real e está acontecendo agora. 
16) Nossa produção teve que se mudar para a parte mais 
ao sul do planeta só para achar neve, não obstante, a 
mudança climática é real, está acontecendo agora.
30.17. (PUCPR) – Julgue o conteúdo das cinco alternativas 
e indique aquela que se apresenta como a melhor redação 
para o parágrafo de conclusão, faltante na nota jornalística 
apresentada a seguir:
NÚCLEO DE DRAMATURGIA TEM 
INSCRIÇÕES ABERTAS ATÉ 20 DE MARÇO
O núcleo de dramaturgia do Sesi Paraná aceita 
inscrições para sua nova turma até o dia 20 de 
março. As aulas se dividem em oficinas para ini-
ciantes e avançados, destinadas a autores ou inte-
ressados em escrever para teatro. Nesses grupos, 
os alunos lerão autores de destaque do teatro e 
produzirão peças próprias. Há ainda um grupo de 
encenação de peças, destinado a diretores. Não 
serão inscritos postulantes à atuação, que podem 
se cadastrar para compor o banco de atores e atri-
zes. O site para consulta ao edital e inscrição é o 
www.sesipr.org.br/nucleodedramaturgia. Os sele-
cionados serão conhecidos no dia 25 de março e 
as aulas começam em 27 de março. [...]
Fonte: Gazeta do Povo, Caderno G, p. 728, fevereiro de 2013
a) A iniciativa do Sesi acontece no Paraná desde 2009, apesar 
de ter o apoio do Teatro Guaíra para fomentar a produção 
teatral no estado.
18 Extensivo Terceirão
b) A iniciativa do Sesi, apoiada pelo Teatro Guaíra, já vem 
de longe. O Sesi Paraná realiza inscrições para o Núcleo 
de Dramaturgia desde 2009. Essa iniciativa do Sesi tem 
a finalidade de fomentar a produção teatral no estado.
c) O Teatro Guaíra apoia o Sesi para fomentar a produção 
teatral no estado, por isso desde 2009 estão abertas as 
inscrições para a nova turma no Paraná.
d) A iniciativa do Sesi, que tem o apoio do Teatro Guaíra, 
acontece desde 2009 no Paraná e tem por objetivo fo-
mentar a produção teatral no estado.
e) Com o apoio do Sesi, em 2009, o Teatro Guaíra criou o 
Núcleo de Dramaturgia parafomentar a produção teatral 
no estado.
Texto para a próxima questão:
PROJETO ALGO QUE NÃO SOU 
PARA ME SENTIR MELHOR
Alguma vez você já encontrou um perfil falso? 
Você já fez amizade ou teve algum relacionamento 
com alguém que, no fim das contas, não era quem 
dizia ser? São muitas as personalidades que proje-
tam virtudes que não são reais, histórias fabulosas 
acompanhadas de fotografias enganosas. (...)
Para muitas pessoas, as redes sociais são escu-
dos protetores onde se podem movimentar por 
uma zona de conforto, na qual podem esconder 
medos e inseguranças e, ao mesmo tempo, proje-
tar aquilo que querem ser ou ter. Já não é necessá-
rio sair de casa para encontrar um parceiro. Já não 
é necessário ir a certos eventos para fazer amizade 
com pessoas de gostos semelhantes aos nossos.
O mundo está ao nosso alcance num só “cli-
que” e isso é, sem dúvidas, algo maravilhoso; mas 
também perigoso, dependendo de quem está no 
computador ou smartphone.
Disponível em:https://amentemaravilhosa.com.br/hoje-
feliz-nao-preciso-publicar-nas-redes-sociais/. Acesso 
em: 25 abr. 2017 (fragmento), com adaptações
30.18. (UCB – DF) – Acerca do fenômeno da variação 
linguística e da situação comunicativa em que o texto está 
inserido, assinale a alternativa incorreta:
a) O emprego da construção Alguma vez tu já encontrou 
um perfil falso?, no lugar da redação “Alguma vez você 
já encontrou um perfil falso?”, preservaria o grau de for-
malidade do texto, mas comprometeria a compreensão 
da mensagem original.
b) Como o texto foi originalmente publicado em uma página 
virtual, os vocábulos sublinhados no período “Você já fez 
amizade ou teve algum relacionamento com alguém que, 
no fim das contas, não era quem dizia ser?” poderiam ser 
substituídos, respectivamente, pelas formas vc e q.
c) O grau de formalidade seria comprometido caso os vo-
cábulos sublinhados no trecho “Para muitas pessoas, as 
redes sociais são escudos protetores onde podem se mo-
vimentar por uma zona de conforto” fossem substituídos, 
respectivamente, pelas formas aonde e movimentarem.
d) Caso o autor desejasse elevar o grau de formalidade do 
texto, poderia empregar a redação Já não é necessário 
aquelas saídas de casa para encontrar um parceiro. 
no lugar do período “Já não é necessário sair de casa para 
encontrar um parceiro.”
e) Em uma situação de uso forma da língua, seria recomen-
dável substituir o trecho “dependendo de quem está no 
computador ou smartphone.” pela redação à depender 
de quem está no computador ou smartphone..
Desafio
Texto para a próxima questão:
SER COMO TODO MUNDO?
Roberto DaMatta*
Uma palavra resume a crise brasileira: a igual-
dade. Conforme tenho salientado1 no meu tra-
balho e nesta coluna, o Brasil não tem problemas 
com a desigualdade. Ele ama2 de paixão as hierar-
quias e as gradações que estão em toda parte. Em 
nossas leis sobram3 privilégios, penachos, recur-
sos, isenções...
Nossa formação nacional teve no escravismo, 
no patrimonialismo aristocrático e no compadrio 
das casas-grandes e nos grandes apartamentos 
dos “bairros nobres” de nossas cidades o seu cen-
tro e razão. Não é fácil ser igualitário com essa 
folha corrida.
Sempre fomos dinamizados4 por elos pes-
soais oficializados e legais5. Nosso projeto de 
vida funda-se no arrumar-se e no “subir na vida”. 
Alcançar o baronato — ser alguém —, “virar fa-
moso” e, do alto da sua celebrização, ter direito a 
fazer tudo sem ser molestado pelo bando de care-
tas que, infelizmente, não são como nós.
Saber com certeza quem é quem, mapear6 
com precisão7 genealogias familísticas, poder di-
zer com um riso superior — “conheci Frank Si-
natra quando ele morava em Hoboken e era um 
merdinha”; ou, “esse eu conheço!” — confirma 
a nossa ontologia segundo a qual “conhecer” ou 
relacionar-se pessoalmente é um modo de estar 
num mundo ordenado por ricos e pobres, supe-
riores e inferiores, homens e mulheres, brancos e 
negros, limpos e sujos. O modo de navegação so-
cial confirma um universo ordenado em camadas 
e é melhor você estar “por cima”.
(...)
Aula 30
19Português 8A
Aprenda a dizer não a si mesmo. É nesse abrir-
-se para ser como todo mundo que está o espírito 
igualitário. A alma da democracia.
*Roberto DaMatta é antropólogo e colunista dos 
jornais O Estado de São Paulo e O Globo.
Texto adaptado do original e disponível em <https://oglobo.globo.com/ 
opiniao/ser-como-todo-mundo-21656782>. Acesso em 30 ago. 2017
Vocabulário
Ontologia: Parte da filosofia que trata do ser enquanto ser, isto 
é, do ser concebido como tendo uma natureza comum que 
é inerente a todos e a cada um dos seres (Dicionário Aurélio 
da Língua Portuguesa. Curitiba: Positivo, 2010)
30.19. (UEM – PR) – Assinale o que for correto quanto ao 
emprego de elementos linguísticos no texto:
01) Na referência 2, o verbo “ama” é transitivo indireto, por 
isso a necessidade da preposição “de”, que liga o com-
plemento “paixão” ao vocábulo “ama”. 
02) Na referência 3, a forma verbal “sobram” encontra-se 
no plural para manter a concordância com o sujeito da 
sentença “Em nossas leis”. 
04) A locução verbal “tenho salientado” (referência 1) re-
mete a um evento iniciado no passado, mas com alcan-
ce até o presente. 
08) A expressão “com precisão” (referência 7) é equivalen-
te semanticamente a um advérbio de modo, caracteri-
zando o processo verbal indicado por “mapear” (refe-
rência 6). 
16) A expressão “por elos pessoais oficializados e legais.” 
(referência 5) exerce função sintática de agente da 
passiva em relação ao processo verbal “fomos dinami-
zados” (referência 4).
30.20. (FEMPAR– PR) – Considere as frases a seguir:
(1) O desabamento, em sua opinião, lhe deu o direito de 
ganhar uma casa “do governo” – e ela não estava disposta 
a procurar outro lugar para morar.
(2) Aqui se grita cada vez mais alto em favor da igualdade 
– e aqui se faz cada vez mais o contrário de tudo o que 
poderia tornar as pessoas menos desiguais entre si.
(3) Por essa maneira de ver o mundo, a igualdade tem de 
ser obtida já, por cobrança de mais impostos e atuação 
do governo, e não, segundo exigem as realidades da 
vida, como consequência do trabalho – da criação de 
riquezas, de avanços na educação, da multiplicação das 
oportunidades.
(4) O autor de uma palestra para jovens nos Estados Unidos 
observa que, hoje, a essência da moral, tanto nas ideias 
como nas ações da vida pública, é a pregação da igual-
dade entre todos.
(5) Ele não teria condições de fazer um único ponto contra o 
campeão. Também não pode aprender grande coisa de 
basquete se não tem talento para esse esporte. A solução 
para haver uma disputa igual só poderia ser quebrar as 
duas pernas de LeBron.
Os itens a seguir estão relacionados, respectivamente, às 
frases acima. Todas as versões propostas têm como referência 
a norma culta. Avalie as afirmativas:
a) Outra redação correta, com o mesmo sentido – Como o 
desabamento lhe deu o direito de ganhar uma casa “do 
governo”, ela não estava disposta a procurar outro lugar 
para morar.
b) Uma versão correta, com o sentido essencial da frase – 
Embora por aqui se clame cada vez mais pela igualdade, 
faz-se cada vez mais o oposto do que poderia reduzir as 
desigualdades entre as pessoas.
c) Uma versão correta, com o sentido essencial da frase – 
Nessa perspectiva, a redução das desigualdades tem de 
ser obtida já, por aumento de tributação e ação política, 
e não por meio da criação de riquezas, de avanços na 
educação, da multiplicação das oportunidades.
d) Outra versão correta, com o mesmo sentido – O autor de 
uma palestra de jovens nos Estados Unidos observa que, 
hoje, tanto a essência da moral das ideias como das ações 
da vida pública é a pregação da igualdade entre todos.
e) Outra versão correta – Ele não teria condições de fazer 
um único ponto contra o campeão, nem de aprender 
grande coisa de basquete, se não tem talento para esse 
esporte. A solução, para uma disputa “justa”, só poderia 
ser quebrar as duas pernas de LeBron.
20 ExtensivoTerceirão
Gabarito
30.01. c
30.02. a
A frase “Quando reciclamos o plástico ou compramos plástico re-
ciclado, estamos contribuindo com o meio ambiente, pois esse 
material deixa de ir para os aterros sanitários ou para a natureza, 
poluindo rios, lagos, solo e matas” está escrita em conformidade 
com as normas da língua padrão. O verbo “abriria” está no singular, 
mas deveria estar no plural “abririam” para concordar com o sujeito 
“sinaleiras”. Os verbos “imaginem” e “pode apostar”, por meio dos 
quais o autor interage com o leitor, estão em pessoas e tempos 
verbais diferentes. Após o vocábulo “facial”, a vírgula deve ser subs-
tituída por dois pontos. Falta conjunção “que” antes do verbo “aler-
te”; a expressão “não a segurança” deve ser reescrita para “não há 
segurança”; a expressão “está a mercê” deve ser reescrita para “está à 
mercê”. Além disso, falta coesão visto que o fragmento “assim como 
em todo nosso Brasil não a (sic) segurança” está solto, sem cone-
xão. Uma possível correção é: “Com o verão chegando, peço, se 
possível, que alerte as pessoas para tomarem cuidado, pois, assim 
como acontece em todo nosso Brasil, em Floripa também não há 
segurança e a cidade está à mercê de marginais. ” Uso indevido de 
vírgula após a palavra “vida”, separando sujeito do predicado; falta 
da preposição “de” antes do pronome relativo “que”: “em assuntos 
(de) que tenho pouco conhecimento”.
30.03. c
a) Incorreta: Em “Com certeza essa opção é a melhor, pois eu 
prefiro viajar em julho do que viajar na alta temporada, onde 
os preços são sempre mais caros”, a expressão “do que” deve ser 
substituída pela preposição “a” (preferir isso a aquilo) e o prono-
me relativo “onde” deve ser substituído pelo pronome relativo 
“quando”. 
b) Incorreta: Em “Se você quer receber a prensa antes da festa de 
São João, posso encomendar-lhe via aérea”, o verbo “quer” deve 
ser substituído por “quiser” (futuro do subjuntivo) e o verbo “en-
comendar” juntamente com o pronome “lhe” devem ser substi-
tuídos por “encomendá-la”, pois esse verbo é transitivo direto. 
c) Alternativa correta: Em “Se nada de anormal acontecer até o 
próximo ano, todos os filhos do meu patrão, à exceção do mais 
novo, ascenderão a cargos de direção nas empresas da família”, 
não há reparos a fazer. 
d) Incorreta: Em “De acordo com o jornal JP Notícias, policiais da 
5º Batalhão conseguiram prender em fragrante dois comparsas 
que residem à rua comandante Bastos”, o vocábulo “fragrante” 
ser substituído por “flagrante” e a expressão “residem à rua” deve 
ser substituída por “residem na rua”.
30.04. b
30.05. c
30.06. a
30.07. c
30.08. e
30.09. c
30.10. c
30.11. a
30.12. c
30.13. d
30.14. a
30.15. d
30.16. 03 (01 + 02)
30.17. d
30.18. c
30.19. 28 (02 + 04 + 16)
30.20. F – V – V – F – V

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