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6 COMPETENCIA TRIBUTARIA

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DIREITO 
TRIBUTÁRIO
COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA
Prof. Átila Leite
Advogado Tributarista
1 - COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA
O QUE COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA?
É a autorização ofertada pela constituição federal aos entes políticos 
INSTITUIR E MAJORAR tributos.
Quem são esses entes políticos que possuem competência para criar/instituir 
tributos?
UNIÃO 
ESTADOS 
*DISTRITO FEDERAL
MUNICÍPIOS
17/02/2022
ATENÇÃO SOBRE O DISTRITO FEDERAL
A CF quando outorgou podres ao Distrito Federal outorgou poderes DUPLO, ou seja o DF tem PODER DE
INSTITUIR/CRIAR TRIBUTO ESTADUAL E TRIBUTO MUNICIPAL, é a chamada competência
cumulativa. Art. 147 CF. VEJAMOS:
◦ Art. 147 - CF. Competem à União, em Território Federal, os impostos estaduais e, se o Território não for
dividido em Municípios, cumulativamente, os impostos municipais; ao Distrito Federal cabem os impostos
municipais.
◦ ATENÇÃO SOBRE OS TERRITÓRIOS:
◦ Somente os entes políticos (União – Estados – Distrito Federal – Municípios) deterem competência tributária 
podem INSTITUIR – LEGISLAR – FISCALIZAR E COBRAR TRIBUTOS.
◦ Registra-se que os TERRITÓRIOS FEDERAIS pertencem a UNIÃO (Art. 18 CF) e por essa razão NÃO possuem 
competência tributária, por se tratar de entes administrativos, sem autonomia política. 
◦ Art. 18 - CF. A organização político-administrativa da República Federativa do Brasil compreende a União, os Estados,
o Distrito Federal e os Municípios, todos autônomos, nos termos desta Constituição.
17/02/2022
2. CARACTERÍSTICA DA COMPETÊNCIA 
TRIBUTÁRIA
◦ São apresentadas 5 características da competências tributárias. 
I - INDELEGABILIDADE;
II – FACULTATIVIDADE
III – INCADUCABILIDADE
IV – INALTERABILIDADE
V - IRRENUNCIABILIDADE
17/02/2022
I - INDELEGABILIDADE
◦ A constituição federal além de estabelecer a competência tributária ela também
REPARTE ESSE PODER entre outras pessoas políticas que compõe a Federação.
◦ E tudo isso é para proporcionar além de dá AUTONOMIA ADMINISTRATIVA,
POLÍTICA possa proporcionar também AUTONOMIA FINANCEIRA.
◦ Logo, o Ente Federativo NÃO PODERÁ TRANSFERIR A SUA COMPETÊNCIA
TRIBUTÁRIA, MUITO MENOS INVADIR A DO OUTRO.
17/02/2022
I - INDELEGABILIDADE
◦ EX: A constituição outorgou poder o MUNICÍPIO instituir o IPTU, APENAS O MUNICÍPIO PODERÁ
INSTITUIR.
◦ OBSERVAÇÃO – EXCEÇÃO: Porém as FUNÇÕES ADMINISTRATIVA DE:
◦ ARRECADAR;
◦ FISCALIZAR TRIBUTOS;
◦ E EXECUTAR LEIS;
◦ COMPREENDE A CAPACIDADE ATIVA TRIBUTÁRIA, PODE SIM SER DELEGADA. Vejamos 
o Art. 7º CTN:
◦ Art. 7º A competência tributária é indelegável, salvo atribuição das funções de arrecadar ou fiscalizar 
tributos, ou de executar leis, serviços, atos ou decisões administrativas em matéria tributária, conferida por 
uma pessoa jurídica de direito público a outra, nos termos do § 3º do artigo 18 da Constituição.
EX: ITR – ART: 153, IV, § 4º, III 
17/02/2022
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao46.htm
QUADRO PARA MEMORIZAÇÃO
COMPETÊNCIA 
TRIBUTÁRIA
CAPACIDADE ATIVA 
TRIBUTÁRIA
INDELEGÁVEL PODE SER DELEGÁVEL
CRIAR ARRECADAR
INSTITUIR FISCALIZAR TRIBUTO
MAJORAR EXECUTAR LEI
17/02/2022
II - FACULTATIVIDADE
Os entes políticos NÃO estão obrigados a INSTITUIR os tributos, cuja a competência
tributária lhe foi atribuída pela Constituição.
A prova disso é só observar a literalidade do artigo 145 da Constituição, onde assegura que
a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios “PODERÃO” e não “deverão”
instituir os seguintes tributos.
A partir da terminologia adotada pelo legislador, a doutrina entende que a Competência
Tributária é FACULTATIVA.
EX: É o Imposto Sobre Grandes Fortunas (IGF), que é de competência da União e que
até o momento NÃO foi criado.
17/02/2022
III - INCADUCABILIDADE
◦A característica da incaducabilidade permite que o Ente Político 
tem o direito de exercer a competência tributária, ou seja,:
◦ INSTITUIR O TRIBUTO A QUALQUER TEMPO.
◦EX: É o Imposto Sobre Grandes Fortunas (IGF), onde a União 
desde 1988 NÃO INSTITUIU o imposto, mas isso NÃO LHE 
RETIRA o direito de instituí-lo quando quiser. 
17/02/2022
IV - INALTERABILIDADE
◦ Significa dizer que APENAS A CONSTITUIÇÃO FEDERAL possui
prerrogativa de alterar a competência tributária dos impostos e não as leis
infraconstitucionais.
◦ Ex: A constituição prevê no artigo 156, I, que o IPTU irá incidir sobre a
PROPRIEDADE PREDIAL E TERRITÓRIAL URBANA, logo não pode uma
lei municipal tentar alterar o FATO GERADOR DO TRIBUTO DO IPTU
passando o seu novo fato gerador o detentor da posse do imóvel. Isso é
inconstitucional, porque a competência dos tributos são Inalterada.
17/02/2022
V - IRRENUNCIABILIDADE
◦ A competência tributária é IRRENUNCIÁVEL.
◦O Ente federativo JAMAIS pode renunciar a sua competência 
em favor de outro Ente. 
◦Ex: O fato da União não criar o IGF, NÃO CONFERE 
DIREITO AOS ESTADOS DE INSTITUIR O IMPOSTO. 
17/02/2022
CARACTERÍSTICAS
DA COMPETÊNCIA 
TRIBUTÁRIA
I - INDELEGABILIDADE
III –
INCADUCABILIDADE
IV –
INALTERABILIDADE
II – FACULTATIVIDADE
V -
IRRENUNCIABILIDADE
17/02/2022
3 - CLASSIFICAÇÃO DA COMPETÊNCIA 
TRIBUTÁRIA
A pergunta agora é QUEM PODE CRIAR?
IMPOSTO
TAXAS
CONTRIBUIÇÃO DE MELHORIA
CONTRIBUIÇÕES ESPECIAIS 
EMPRÉSTIMO COMPULSÓRIO
17/02/2022
◦Para cada tributo nós temos uma espécies de competência 
diferente. 
◦Como nos temos 5 tributos, para cada tributo a constituição 
ofertou uma espécies de competência. 
◦Logo teremos 5 espécies de competência a saber: 
17/02/2022
I - COMPETÊNCIA PRIVATIVA
◦ Quando falamos em competência privativa nós estamos falando na
competência que a constituição federal deu aos entes políticos para CRIAR
IMPOSTO no Brasil.
◦ Só pode criar imposto quem tem a competência privativa. 
◦ E essa oferta feita pela constituição foi para todos os entes políticos:
◦ UNIÃO – ESTADOS – DIST. FEDERAL – MUNICÍPIOS
◦ Cada entre político cria o seu imposto. 
17/02/2022
IMPOSTOS FEDERAIS 
DE COMPETÊNCIA 
PRIVATIVA DA UNIÃO 
ART.153 E 154
IMPOSTOS ESTADUAIS 
DE COMPETÊNCIA 
PRIVATIVA DOS
ESTADOS E DO 
DISTRITO FEDERAL.
ART.155
IMPOSTOS 
MUNICIPAIS DE 
COMPETÊNCIA 
PRIVATIVA DOS
MUNICÍPIOS ART.156
IMPOSTOS DE 
COMPETÊNCIA 
PRIVATIVA DO
DISTRITO FEDERAL 
ART.155 – 156 - 147
IPI ITCMD IPTU ITCMD
IE ICMS ITBI ICMS
II IPVA ISS IPVA
IR IPTU
IOF ITBI
ITR ISS
IGF
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II - COMPETÊNCIA COMUM
Significa dizer que todos os entes políticos podem criar. 
UNIÃO – ESTADOS - DIST. FEDERAL – MUNICÍPIOS
PODEM CRIAR
TAXAS 
CONTRIBUIÇÃO DE 
MELHORIAS 
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II - COMPETÊNCIA COMUM
TAXAS
TAXAS
Art. 145, II CF
Art. 77 ss do CTN
◦ É um serviço que só alcança pessoas específicas. 
◦ O seu objetivo é financiar a prestação de serviço público, mas que atende a 
minoria, ou seja, a pequenos grupos de pessoas. 
◦ Aí a constituição fez uma separação de acordo com a natureza do serviço 
prestada, a saber: 
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TAXA DE POLÍCIA
X
TAXA DE SERVIÇO
17/02/2022
II - COMPETÊNCIA COMUM
TAXAS
1. TAXA DE POLÍCIA: tem por fato gerador o exercício regular do poder de policia,
cuja fundamentação é o PRINCÍPIO DA SUPREMACIA DO INTERESSE PÚBLICO
SOBRE O INTERESSE PRIVADO, que permeia todo o direito público. Assim, o bem comum,
o interesse público, o bem estar geral pode justificar a restrição ou o condicionamento do
exercício de direitos individuais.
A expressão “poder de polícia” quer referir, na verdade, ao poder de fiscalização que a
administração pública exerce sobre os administrados, não se confundindo com as atividades de
manutenção da ordem ou segurança pública e nem com as da polícia judiciária.
Ex: TAXA DE LICENÇA, AUTORIZAÇÃO, DISPENSA OU FISCALIZAÇÃO 
É dever estatal, na manutenção da ordem pública, licenciar, inspecionar e fiscalizar o ambiente,
analisando as condições de higiene, segurança, licitude da atividade, tranqüilidade pública, etc.
17/02/2022
ART. 78 CTN – PODER DE POLÍCIA
◦ Art. 78. Considera se poder de polícia a atividade da administração pública que, limitandoou 
disciplinando direito, interesse ou liberdade, regula a prática de ato ou abstenção de fato, 
em razão de interesse público concernente à segurança, à higiene, à ordem, aos costumes, à 
disciplina da produção e do mercado, ao exercício de atividades econômicas dependentes de 
concessão ou autorização do Poder Público, à tranqüilidade pública ou ao respeito à propriedade e 
aos direitos individuais ou coletivos.
◦ Parágrafo único. Considera se regular o exercício do poder de polícia quando desempenhado 
pelo órgão competente nos limites da lei aplicável, com observância do processo legal e, 
tratando se de atividade que a lei tenha como discricionária, sem abuso ou desvio de poder.
◦ Taxa de inspeção sanitária; 
◦ Taxa de alvará
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https://jus.com.br/tudo/poder-de-policia
https://jus.com.br/tudo/propriedade
II - COMPETÊNCIA COMUM
TAXAS
2. TAXA DE SERVIÇO: são criadas para custear serviços públicos prestados pelo poder público à população em
geral. Para que possa ser cobrada a taxa de serviço é necessário o preencher TRÊS REQUISITOS
CUMULATIVOS
´
Ex: TAXA DE COLETA DE LIXO
TAXA DE ESGOTO
TAXA JUDICIÁRIA
17/02/2022
PÚBLICO ESPECÍFICO DIVISÍVEL
é todo aquele 
prestado pelo Poder 
Público, em prol da 
coletividade, ao fim 
de promover o bem 
estar social.
é aquele destacável 
em unidades 
autônomas de 
utilização, permitindo-
se identificar o sujeito 
passivo ou discriminar 
o usuário.
o serviço quantificável, 
que traz benefício 
individualizado para o 
destinatário da ação 
estatal.
SÚMULAS SOBRE TAXAS
SÚMULA 670 STF. O serviço de iluminação pública não
pode ser remunerado mediante taxa.
Súmula Vinculante STF 19: A taxa cobrada exclusivamente em razão dos serviços públicos de
coleta, remoção e tratamento ou destinação de lixo ou resíduos provenientes de imóveis não
viola o artigo 145, II, da Constituição Federal.
◦ STF – Súmula 595 – “É inconstitucional a taxa municipal de conservação de estradas de
◦ rodagem cuja base de cálculo seja idêntica a do imposto territorial rural”.
Súmula Vinculante 29 do STF: “É constitucional a adoção, no cálculo do valor de taxa, de um ou
mais elementos da base de cálculo própria de determinado imposto, desde que não haja integral
identidade entre uma base e outra”.
17/02/2022
TAXAS PREÇO PÚBLICO – (TARIFA)
Regime jurídico de direito público. Regime jurídico de direito privado.
O vínculo obrigacional é de natureza 
tributária (legal), não admitindo
rescisão.
O vínculo obrigacional é de natureza 
contratual, admitindo rescisão.
O sujeito ativo é uma pessoa jurídica de 
direito público.
O sujeito ativo pode ser pessoa jurídica de 
direito público ou de
direito privado.
O vínculo nasce independentemente de 
manifestação de vontade (compulsório).
Há necessidade de válida manifestação 
de vontade para surgimento do vínculo (é 
facultativo).
Pode ser cobrada em virtude de utilização 
efetiva ou potencial ou do serviço público.
Somente pode ser cobrada em virtude de 
utilização efetiva do serviço
público.
A receita arrecadada é derivada. A receita arrecadada é originária
Sujeita-se aos princípios tributários 
(legalidade, anterioridade,
noventena etc.).
Não se sujeita aos princípios tributários.
17/02/2022
II - COMPETÊNCIA COMUM
CONTRIBUIÇÃO DE MELHORIA
CONTRIBUIÇÃO DE MELHORIA
ART. 145, III CF
ART. 81 do CTN
O contribuinte só paga a contribuição de melhoria mediante a realização de uma obra 
pública e que essa obra pública tenha ocorrido a valorização imobiliária (Fato Gerador). 
OBRA PÚBLICA 
+ 
VALORIZAÇÃO IMOBILIÁRIA.
17/02/2022
II - COMPETÊNCIA COMUM
CONTRIBUIÇÃO DE MELHORIA
◦As contribuições de melhoria estão previstas no art. 145, III, da
nossa Constituição Federal:
◦Art. 145. A União, os Estados, o Distrito Federal e os
Municípios poderão instituir os seguintes tributos:
◦ (...)
◦ III – contribuição de melhoria, decorrente de obras públicas.
17/02/2022
II - COMPETÊNCIA COMUM
CONTRIBUIÇÃO DE MELHORIA
◦ CURIOSIDADES: 
◦ Este tributo teve origem na Inglaterra, com o nome de betterment tax. À medida que o governo londrino
fazia obras públicas que valorizavam os imóveis, os proprietários não construíam nada e esperavam por
esta valorização, obtendo ganhos com a especulação imobiliária e atravancando o crescimento da
cidade.
◦ Os americanos copiaram a ideia e criaram os chamados special assessment, tributos especiais, dos quais
fazem parte o cost assessment e o benefit assessment, ambos baseados no tributo inglês, sendo o primeiro cobrado
para que a obra pública possa ser realizada e o segundo, após a realização da obra de que decorra
valorização imobiliária.
◦ O legislador brasileiro consolidou os dois tributos americanos em um só e criou a nossa
contribuição de melhoria.
17/02/2022
II - COMPETÊNCIA COMUM
CONTRIBUIÇÃO DE MELHORIA
◦ O nosso Código Tributário Nacional dedicou os arts. 81 e 82 a este tipo especial de tributo:
◦ Art. 81. A contribuição de melhoria cobrada pela União, pelos Estados, pelo Distrito
Federal ou pelos Municípios, no âmbito de suas respectivas atribuições, é instituída para fazer
face ao custo de obras públicas de que decorra valorização imobiliária, tendo como limite total a
despesa realizada e como limite individual o acréscimo de valor que da obra resultar para cada
imóvel beneficiado.
17/02/2022
17/02/2022
III - COMPETÊNCIA EXCLUSIVA
Significa dizer que SÓ UMA PESSOA possui condições de exercer 
essa competência. 
E QUEM É ESSA PESSOA? 
UNIÃO
Logo a UNIÃO é a única pessoa que pode criar:
1. EMPRÉSTIMO COMPLUSÓRIO
2. CONTRIBUIÇÕES ESPECIAIS
17/02/2022
III - COMPETÊNCIA EXCLUSIVA
1. EMPRÉSTIMO COMPLUSÓRIO
O Empréstimo compulsório é: 
O único tributo que prevê RESTITUIÇÃO, ou seja, DEVOLUÇÃO DE DINHEIRO 
PAGO AO FISCO.
O fato gerador do Empréstimo compulsório NÃO É A GUERRA, mais sim as situações 
no momento que o Brasil estiver vivendo. 
COMO POSSO TER CERTEZA DISSO?
É só observar o nome do tributo, Empréstimo compulsório, ou seja, a União não precisa 
saber se você quer que ele tome o empréstimo compulsório ou não, ela vai tomar em 
virtude da NECESSIDADE, logo é COMPULSÓRIO. 
Para isso o legislador colocou de forma taxativa os únicos 3 casos em que a União pode 
utilizar esse tributos a saber:
17/02/2022
◦ Art. 148 - CF. A União, mediante lei complementar, poderá instituir empréstimos
compulsórios:
◦ I - para atender a despesas extraordinárias, decorrentes de calamidade pública, de
guerra externa ou sua iminência;
◦ II - no caso de investimento público de caráter urgente e de relevante interesse
nacional, observado o disposto no art. 150, III, "b".
◦ Parágrafo único. A aplicação dos recursos provenientes de empréstimo
compulsório será vinculada à despesa que fundamentou sua instituição.
17/02/2022
III - COMPETÊNCIA EXCLUSIVA
1. EMPRÉSTIMO COMPLUSÓRIO – ART 148
GUERRA EXTERNA – ART. 148, I, CF
CALAMIDADE PÚBLICA NACIONAL 
IVESTIMENTO PÚBLICO de caráter URGENTE e 
RELEVANTE INTERESSE NACIONAL
17/02/2022
III - COMPETÊNCIA EXCLUSIVA
1. EMPRÉSTIMO COMPLUSÓRIO – ART 148
◦ Os empréstimos compulsórios são tributos cujo critério de validação
constitucional está na sua finalidade: gerar recursos para fazer frente a uma
situação de calamidade ou guerra externa ou para investimento nacional
relevante e urgente, conforme se extrai do art. 148 da CF.
◦ Mas o traço efetivamente peculiar e exclusivo dos empréstimos compulsórios é a
promessa de devolução, sem a qual não se caracteriza tal espécie
tributária.
◦ Cabe destacar, ainda, que a instituição de empréstimos compulsórios,
diferentemente da generalidade dos tributos, depende sempre de lei
complementar (art. 148 da CF).
17/02/2022
CARACTERÍSTICAS 
DO EMPRESTIMO 
COMPULSÓRIO
Mediante LEI 
COMPLEMENTAR
Investimento público 
de caráter urgente e 
de relevante interesse 
nacional
OBEDECE o Princípio 
da Anterioridade e da 
noventena
Despesas 
extraordinárias, 
decorrentes de 
calamidade pública, 
de guerra externaou 
sua iminência;
NÃO OBEDECE o 
Princípio da 
Anterioridade e da 
noventena
17/02/2022
III - COMPETÊNCIA EXCLUSIVA
2. CONTRIBUIÇÕES ESPECIAIS – ART 149
Essa é a 5º geração de tributos;
Aqui as Contribuições Especiais inauguram no direito tributário um novo conceito;
Que conceito é esse?
O Conceito de DESTINAÇÃO
O Conceito de que o tributo para nascer precisa ter DESTINAÇÃO 
ESPECÍFICA;
Precisa esta vinculado a um:
FUNDO / UMA DESPESA ESPECÍFICA
17/02/2022
III - COMPETÊNCIA EXCLUSIVA
2. CONTRIBUIÇÕES ESPECIAIS – ART 149
Art. 149 - CF. Compete exclusivamente à União instituir contribuições sociais, de intervenção no domínio econômico e de interesse das
categorias profissionais ou econômicas, como instrumento de sua atuação nas respectivas áreas, observado o disposto nos arts. 146, III, e 150,
I e III, e sem prejuízo do previsto no art. 195, § 6º, relativamente às contribuições a que alude o dispositivo.
§ 1º Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios instituirão contribuição, cobrada de seus servidores, para o custeio, em benefício destes, do
regime previdenciário de que trata o art. 40, cuja alíquota não será inferior à da contribuição dos servidores titulares de cargos efetivos da
União.
§ 2º As contribuições sociais e de intervenção no domínio econômico de que trata o caput deste artigo:
I - não incidirão sobre as receitas decorrentes de exportação;
II - incidirão também sobre a importação de produtos estrangeiros ou serviços;
III - poderão ter alíquotas:
a) ad valorem, tendo por base o faturamento, a receita bruta ou o valor da operação e, no caso de importação, o valor aduaneiro;
b) específica, tendo por base a unidade de medida adotada.
§ 3º A pessoa natural destinatária das operações de importação poderá ser equiparada a pessoa jurídica, na forma da lei.
§ 4º A lei definirá as hipóteses em que as contribuições incidirão uma única vez.
Art. 149-A Os Municípios e o Distrito Federal poderão instituir contribuição, na forma das respectivas leis, para o custeio do serviço de
iluminação pública, observado o disposto no art. 150, I e III.
Parágrafo único. É facultada a cobrança da contribuição a que se refere o caput, na fatura de consumo de energia elétrica.
17/02/2022
III - COMPETÊNCIA EXCLUSIVA
2. CONTRIBUIÇÕES ESPECIAIS – ART 149
Aqui no Art. 149 da CF diz que, para o nascimento das contribuições
especiais é necessário a DESTINAÇÃO.
Logo, a UNIÃO NÃO PODE PEGAR ESSE DINHEIRO E USAR
PARA QUALQUER COISA.
PORQUE?
Porque a Constituição Federal no artigo 149 diz que é necessário a 
DESTINAÇÃO. 
17/02/2022
ART. 149 CONSTITUIÇÃO MENCIONA 
4 CONTRIBUIÇÕES ESPECIAIS. 
1 – CONTRIBUIÇÕES 
ESPECIAIS 
2 – CONSTRIBUIÇÕES 
PROFISSIONAIS
3 – CONSTRIBUIÇÃO 
DE INTERVENÇÃO 
NO DOMÍNIO 
ECONÔMICO - CIDE
4 – CONTRIBUIÇÃO 
PARA A 
ILUMINAÇÃO 
PÚBLICA - COSIP
Aqui o dinheiro vai 
para a P.A.S 
Aqui o dinheiro vai 
para o: 
Aqui o dinheiro vai 
para a 
INFRAESTRUTURA.
COSIP financia a 
iluminação pública.
PREVIDÊNCIA SOCIAL SINDICATO DA 
CATEGORIA
EX: Programa de 
aumento de 
Aeroportos – Portos 
Iluminação não pode 
ser cobrado por taxa
ASSISTÊNCIA SOCIAL ENTIDADES DE CLASSE -
CRC – CREMEB
SAÚDE EXCEÇÃO: ANUIDADE 
DA OAB 
Competência 
Exclusiva da União 
Competência 
Exclusiva da União 
Competência 
Exclusiva da União 
Competência do 
Município e Distrito 
Federal
17/02/2022
III - COMPETÊNCIA EXCLUSIVA
2. CONTRIBUIÇÕES ESPECIAIS – ART 149
As contribuições sociais não são limitadas às de seguridade social, uma
vez que podem ser instituídas para qualquer finalidade que for na
direção dos objetivos da ordem social.
Desta forma, vamos estudá-las, estabelecendo uma divisão em
contribuições sociais gerais e para a Seguridade Social.
17/02/2022
III - COMPETÊNCIA EXCLUSIVA
2. CONTRIBUIÇÕES ESPECIAIS – ART 149
a) CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS GERAIS
São todas aquelas que dizem respeito a algum padrão de relacionamento em comunidade que não
abrangem a seguridade social, tais como o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço – FGTS – e
aquelas voltadas para uma questão de educação em geral, como é o caso do salário-educação do art.
212, § 5°, da Constituição Federal, entre outras.
b) CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS PARA A SEGURIDADE SOCIAL
Compõem o grupo maior e mais importante das contribuições parafiscais, a ponto de o constituinte
dedicar-lhes disposições especiais em seu art. 195.
Portanto, a Seguridade Social será financiada pela sociedade de forma direta e indireta, com recursos
provenientes dos orçamentos da União, dos Estados, do Distrito Federal ou dos Municípios e de
quatro tipos de contribuições sociais: 17/02/2022
III - COMPETÊNCIA EXCLUSIVA
2. CONTRIBUIÇÕES ESPECIAIS – ART 149
Art. 195. A seguridade social será financiada por toda a sociedade, de forma direta e indireta, nos
termos da lei, mediante recursos provenientes dos orçamentos da União, dos Estados, do Distrito Federal e
dos Municípios, e das seguintes contribuições sociais:
I – do empregador, da empresa e da entidade a ela equiparada na forma da lei, incidentes sobre:
a) a folha de salários e demais rendimentos do trabalho pagos ou creditados, a qualquer título, à pessoa física
que lhe preste serviço, mesmo sem vínculo empregatício;
b) a receita ou o faturamento;
c) o lucro;
II – do trabalhador e dos demais segurados da previdência social, não incidindo contribuição sobre
aposentadoria e pensão concedidas pelo regime geral de previdência social de que trata o art. 201;
III – sobre a receita de concursos de prognósticos;
IV – do importador de bens ou serviços do exterior, ou de quem a lei a ele equiparar. 17/02/2022
III - COMPETÊNCIA EXCLUSIVA
2. CONTRIBUIÇÕES ESPECIAIS – ART 149
CONTRIBUIÇÃO DE INTERVENÇÃO NO DOMÍNIO ECONÔMICO 
Muitas vezes, a União tem que intervir no domínio econômico com o objetivo de controlar a produção de
determinados gêneros, a fim de manter, por exemplo, os seus preços estáveis no comércio exterior.
Um dos exemplos mais típicos ocorre na produção de açúcar. Se todas as usinas do Brasil produzissem a sua
capacidade máxima de produção, haveria uma superprodução no mercado internacional e o preço despencaria,
deixando o respectivo parque industrial em situação dificílima.
Para evitar isso, o Governo Federal estabelece que determinada usina, a qual, por exemplo, tenha capacidade de
produção de 400 mil sacas, só poderá produzir 250 mil, controlando a produção de todas as usinas por
interesse dos próprios usineiros, que têm a consciência de que o fato de todos utilizarem a sua capacidade
máxima de produção resultará em excesso de açúcar no mercado internacional, forçando o preço para baixo.
O governo, no entanto, tem um custo para manutenção desse controle, inclusive para fazer os estudos
necessários para estimar a provável produção mundial por satélites que verificam as áreas plantadas com cana-
de-açúcar em todo o mundo.
17/02/2022
III - COMPETÊNCIA EXCLUSIVA
2. CONTRIBUIÇÕES ESPECIAIS – ART 149
◦ Finalmente, como outro exemplo de contribuição de intervenção no domínio econômico, devemos citar aquela relativa às
atividades de importação ou comercialização de petróleo e seus derivados, gás natural e seus derivados e álcool
combustível, criada pela Emenda Constitucional n° 33, de 11/12/2001, que introduziu o § 4° ao art. 177 da CF:
◦ Art. 177, § 4°, da CF. A lei que instituir contribuição de intervenção no domínio econômico relativa às atividades
de importação ou comercialização de petróleo e seus derivados, gás natural e seus derivados e álcool combustível deverá
atender aos seguintes requisitos:
◦ I – a alíquota da contribuição poderá ser:
◦ a) diferenciada por produto ou uso;
◦ b) reduzida e restabelecida por ato do Poder Executivo, não se lhe aplicando o disposto no art. 150, III, b;
◦ II – os recursos arrecadados serão destinados:
◦ a) ao pagamento de subsídios a preços ou transporte de álcool combustível, gás natural e seus derivados e derivados de
petróleo;
◦ b) ao financiamento de projetos ambientais relacionadoscom a indústria do petróleo e do gás;
◦ c) ao financiamento de programas de infraestrutura de transportes. 17/02/2022
III - COMPETÊNCIA EXCLUSIVA
2. CONTRIBUIÇÕES ESPECIAIS – ART 149
CONTRIBUIÇÃO DE INETERESSE DE CATEGORIAS PROFISSIONAIS OU 
ECONÔMICAS
São contribuições compulsórias criadas pela União e destinadas a sindicatos, conselhos
como CREA, CRM, CRO e ainda aquelas cobradas em prol de entidades privadas
vinculadas ao sistema sindical, como Senai, Senac, Sesc, Sesi, Senar e outras.
Para efeitos didáticos, vamos dividi-las em dois grupos, a saber:
contribuições sindicais; e
contribuições destinadas a entidades privadas ligadas ao sistema sindical.
17/02/2022
III - COMPETÊNCIA EXCLUSIVA
2. CONTRIBUIÇÕES ESPECIAIS – ART 149
◦ CONTRIBUIÇÃO DE ILUMINAÇÃO PÚBLICA 
◦ A EC 39/2002, acrescentando o art. 149-A à Constituição, outorgou competência aos Municípios para a
instituição de contribuição específica para o custeio do serviço de iluminação pública.
◦ A contribuição para o custeio do serviço de iluminação pública deve ser instituída por lei municipal,
cumprindo-se, assim, a exigência do art. 150, I, da CF. Tal lei deve necessariamente estabelecer ao menos o
seu fato gerador, o contribuinte, e o modo de cálculo da contribuição (base de cálculo e alíquota), não
podendo delegar ao Prefeito a fixação, por decreto ou outro ato administrativo normativo qualquer, dos
critérios para o cálculo da contribuição de iluminação pública, pois isso violaria a legalidade absoluta que se
exige.
◦ Os Municípios, na instituição da contribuição para o custeio do serviço de iluminação pública, têm
necessariamente de observar as garantias da irretroatividade, da anterioridade de exercício e da anterioridade
nonagesimal mínima (art. 150, III, a, b e c, esta acrescentada pela EC 42/2003).
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IV - COMPETÊNCIA EXTRAORDINÁRIA
Art. 154, inciso II – CFART. 76 CTN
Só pode ser exercida pela UNIÃO;
E com essa competência a União pode criar o 
IMPOSTO EXTRAORDINÁRIO GUERRA – I.E.G
Ao final da guerra o imposto será interrompido de forma gradativa. 
Neste caso, este imposto possibilita a União por meio de Lei Ordinária ou 
Medida Provisória a instituição do Imposto Extraordinário Guerra. 
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IV - COMPETÊNCIA EXTRAORDINÁRIA
No uso dessa competência, denominada extraordinária, a União poderá delinear como fato
gerador dos Impostos Extraordinários de Guerra – IEG – praticamente qualquer base econômica não
imune, inclusive as atribuídas constitucionalmente aos Estados, Municípios e Distrito Federal (arts. 155 e
156).
Assim, seria possível, em caso de guerra externa ou sua iminência, a instituição de um ICMS
extraordinário federal. Não seria um caso de invasão de competência estadual, pois a União estaria
usando competência própria, expressamente atribuída pela Constituição Federal.
Tem-se, aqui, o único caso de bitributação (cobrança do mesmo tributo, sobre o mesmo fato
gerador, por dois entes tributantes diversos) constitucionalmente autorizada. Dessa forma, é possível
afirmar que, no tocante a impostos, somente a União possui competência tributária privativa
absoluta, pois, no caso de guerra externa ou sua iminência, está autorizada a tributar as mesmas bases
econômicas atribuídas aos demais entes políticos.
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V - COMPETÊNCIA RESIDUAL
Art. 154, I E 195, §4º CF
A Constituição imaginando que pode chegar um momento em que o valor do total arrecadado pelo Brasil
vai ser menor do que as necessidades públicas ela então cria essa Competência Residual.
Possibilita APENAS À UNIÃO CRIAR TRIBUTOS NÃO PREVISTO NA CONSTITUIÇÃO
FEDERAL, por meio de LEI COMPLEMENTAR, DEVE SER NÃO CUMULATIVO E NÃO
POSSUI FATO GERADOR OU BASE DE CÁLCULO PRÓPRIO JÁ PREVISTO NO TEXTO
CONSTITUCIONAL.
Quem foi que recebeu esse poder para instituir a Competência Residual?
UNIÃO
E com esse poder a UNIÃO pode fazer o que?
1. IMPOSTO NOVO
2. CONTRIBUIÇÃO SOCIAL NOVA
EX: CPMF
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UNIÃO ESTADOS MUNICÍPIO DIST. FEDERAL
IMPOSTOS IMPOSTOS IMPOSTOS IMPOSTOS
ART.153:
IR, IE, II, ITR, IOF,IGF, IPI
ART.154:
IEG, IMPOSTO RESIDUAL
ART.155:
IPVA, ITCMD, ICMS
ART.147:
IPTU, ITBI, ISS
ART.155:
IPVA, ITCMD, ICMS
TAXAS TAXAS TAXAS TAXAS
CONTRIBUIÇÕES DE 
MELHORIA
CONTRIBUIÇÕES DE 
MELHORIA
CONTRIBUIÇÕES DE 
MELHORIA
CONTRIBUIÇÕES DE 
MELHORIA
CONTRIBUIÇÕES ESPECIAIS
Contribuição social 
previdenciária do servidor 
público Federal; 
Contribuição Social de 
Intervenção do Domínio 
Econômico (CIDE);
Contribuição de Interesse 
de Categoria Profissional. 
CONTRIBUIÇÕES ESPECIAIS
Contribuição social 
previdenciária do servidor 
público Estadual; 
CONTRIBUIÇÕES ESPECIAIS
Contribuição social 
previdenciária do servidor 
público Estadual; 
Contribuição para o 
Custeio do Serviço de 
Iluminação – (COSIP); 
CONTRIBUIÇÕES ESPECIAIS
Contribuição social 
previdenciária do servidor 
público Estadual; 
Contribuição para o 
Custeio do Serviço de 
Iluminação – (COSIP); 
EMPRÉSTIMO
COMPULSÓRIO
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