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DIREITO TRIBUTÁRIO COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA Prof. Átila Leite Advogado Tributarista 1 - COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA O QUE COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA? É a autorização ofertada pela constituição federal aos entes políticos INSTITUIR E MAJORAR tributos. Quem são esses entes políticos que possuem competência para criar/instituir tributos? UNIÃO ESTADOS *DISTRITO FEDERAL MUNICÍPIOS 17/02/2022 ATENÇÃO SOBRE O DISTRITO FEDERAL A CF quando outorgou podres ao Distrito Federal outorgou poderes DUPLO, ou seja o DF tem PODER DE INSTITUIR/CRIAR TRIBUTO ESTADUAL E TRIBUTO MUNICIPAL, é a chamada competência cumulativa. Art. 147 CF. VEJAMOS: ◦ Art. 147 - CF. Competem à União, em Território Federal, os impostos estaduais e, se o Território não for dividido em Municípios, cumulativamente, os impostos municipais; ao Distrito Federal cabem os impostos municipais. ◦ ATENÇÃO SOBRE OS TERRITÓRIOS: ◦ Somente os entes políticos (União – Estados – Distrito Federal – Municípios) deterem competência tributária podem INSTITUIR – LEGISLAR – FISCALIZAR E COBRAR TRIBUTOS. ◦ Registra-se que os TERRITÓRIOS FEDERAIS pertencem a UNIÃO (Art. 18 CF) e por essa razão NÃO possuem competência tributária, por se tratar de entes administrativos, sem autonomia política. ◦ Art. 18 - CF. A organização político-administrativa da República Federativa do Brasil compreende a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, todos autônomos, nos termos desta Constituição. 17/02/2022 2. CARACTERÍSTICA DA COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA ◦ São apresentadas 5 características da competências tributárias. I - INDELEGABILIDADE; II – FACULTATIVIDADE III – INCADUCABILIDADE IV – INALTERABILIDADE V - IRRENUNCIABILIDADE 17/02/2022 I - INDELEGABILIDADE ◦ A constituição federal além de estabelecer a competência tributária ela também REPARTE ESSE PODER entre outras pessoas políticas que compõe a Federação. ◦ E tudo isso é para proporcionar além de dá AUTONOMIA ADMINISTRATIVA, POLÍTICA possa proporcionar também AUTONOMIA FINANCEIRA. ◦ Logo, o Ente Federativo NÃO PODERÁ TRANSFERIR A SUA COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA, MUITO MENOS INVADIR A DO OUTRO. 17/02/2022 I - INDELEGABILIDADE ◦ EX: A constituição outorgou poder o MUNICÍPIO instituir o IPTU, APENAS O MUNICÍPIO PODERÁ INSTITUIR. ◦ OBSERVAÇÃO – EXCEÇÃO: Porém as FUNÇÕES ADMINISTRATIVA DE: ◦ ARRECADAR; ◦ FISCALIZAR TRIBUTOS; ◦ E EXECUTAR LEIS; ◦ COMPREENDE A CAPACIDADE ATIVA TRIBUTÁRIA, PODE SIM SER DELEGADA. Vejamos o Art. 7º CTN: ◦ Art. 7º A competência tributária é indelegável, salvo atribuição das funções de arrecadar ou fiscalizar tributos, ou de executar leis, serviços, atos ou decisões administrativas em matéria tributária, conferida por uma pessoa jurídica de direito público a outra, nos termos do § 3º do artigo 18 da Constituição. EX: ITR – ART: 153, IV, § 4º, III 17/02/2022 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao46.htm QUADRO PARA MEMORIZAÇÃO COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA CAPACIDADE ATIVA TRIBUTÁRIA INDELEGÁVEL PODE SER DELEGÁVEL CRIAR ARRECADAR INSTITUIR FISCALIZAR TRIBUTO MAJORAR EXECUTAR LEI 17/02/2022 II - FACULTATIVIDADE Os entes políticos NÃO estão obrigados a INSTITUIR os tributos, cuja a competência tributária lhe foi atribuída pela Constituição. A prova disso é só observar a literalidade do artigo 145 da Constituição, onde assegura que a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios “PODERÃO” e não “deverão” instituir os seguintes tributos. A partir da terminologia adotada pelo legislador, a doutrina entende que a Competência Tributária é FACULTATIVA. EX: É o Imposto Sobre Grandes Fortunas (IGF), que é de competência da União e que até o momento NÃO foi criado. 17/02/2022 III - INCADUCABILIDADE ◦A característica da incaducabilidade permite que o Ente Político tem o direito de exercer a competência tributária, ou seja,: ◦ INSTITUIR O TRIBUTO A QUALQUER TEMPO. ◦EX: É o Imposto Sobre Grandes Fortunas (IGF), onde a União desde 1988 NÃO INSTITUIU o imposto, mas isso NÃO LHE RETIRA o direito de instituí-lo quando quiser. 17/02/2022 IV - INALTERABILIDADE ◦ Significa dizer que APENAS A CONSTITUIÇÃO FEDERAL possui prerrogativa de alterar a competência tributária dos impostos e não as leis infraconstitucionais. ◦ Ex: A constituição prevê no artigo 156, I, que o IPTU irá incidir sobre a PROPRIEDADE PREDIAL E TERRITÓRIAL URBANA, logo não pode uma lei municipal tentar alterar o FATO GERADOR DO TRIBUTO DO IPTU passando o seu novo fato gerador o detentor da posse do imóvel. Isso é inconstitucional, porque a competência dos tributos são Inalterada. 17/02/2022 V - IRRENUNCIABILIDADE ◦ A competência tributária é IRRENUNCIÁVEL. ◦O Ente federativo JAMAIS pode renunciar a sua competência em favor de outro Ente. ◦Ex: O fato da União não criar o IGF, NÃO CONFERE DIREITO AOS ESTADOS DE INSTITUIR O IMPOSTO. 17/02/2022 CARACTERÍSTICAS DA COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA I - INDELEGABILIDADE III – INCADUCABILIDADE IV – INALTERABILIDADE II – FACULTATIVIDADE V - IRRENUNCIABILIDADE 17/02/2022 3 - CLASSIFICAÇÃO DA COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA A pergunta agora é QUEM PODE CRIAR? IMPOSTO TAXAS CONTRIBUIÇÃO DE MELHORIA CONTRIBUIÇÕES ESPECIAIS EMPRÉSTIMO COMPULSÓRIO 17/02/2022 ◦Para cada tributo nós temos uma espécies de competência diferente. ◦Como nos temos 5 tributos, para cada tributo a constituição ofertou uma espécies de competência. ◦Logo teremos 5 espécies de competência a saber: 17/02/2022 I - COMPETÊNCIA PRIVATIVA ◦ Quando falamos em competência privativa nós estamos falando na competência que a constituição federal deu aos entes políticos para CRIAR IMPOSTO no Brasil. ◦ Só pode criar imposto quem tem a competência privativa. ◦ E essa oferta feita pela constituição foi para todos os entes políticos: ◦ UNIÃO – ESTADOS – DIST. FEDERAL – MUNICÍPIOS ◦ Cada entre político cria o seu imposto. 17/02/2022 IMPOSTOS FEDERAIS DE COMPETÊNCIA PRIVATIVA DA UNIÃO ART.153 E 154 IMPOSTOS ESTADUAIS DE COMPETÊNCIA PRIVATIVA DOS ESTADOS E DO DISTRITO FEDERAL. ART.155 IMPOSTOS MUNICIPAIS DE COMPETÊNCIA PRIVATIVA DOS MUNICÍPIOS ART.156 IMPOSTOS DE COMPETÊNCIA PRIVATIVA DO DISTRITO FEDERAL ART.155 – 156 - 147 IPI ITCMD IPTU ITCMD IE ICMS ITBI ICMS II IPVA ISS IPVA IR IPTU IOF ITBI ITR ISS IGF 17/02/2022 II - COMPETÊNCIA COMUM Significa dizer que todos os entes políticos podem criar. UNIÃO – ESTADOS - DIST. FEDERAL – MUNICÍPIOS PODEM CRIAR TAXAS CONTRIBUIÇÃO DE MELHORIAS 17/02/2022 II - COMPETÊNCIA COMUM TAXAS TAXAS Art. 145, II CF Art. 77 ss do CTN ◦ É um serviço que só alcança pessoas específicas. ◦ O seu objetivo é financiar a prestação de serviço público, mas que atende a minoria, ou seja, a pequenos grupos de pessoas. ◦ Aí a constituição fez uma separação de acordo com a natureza do serviço prestada, a saber: 17/02/2022 TAXA DE POLÍCIA X TAXA DE SERVIÇO 17/02/2022 II - COMPETÊNCIA COMUM TAXAS 1. TAXA DE POLÍCIA: tem por fato gerador o exercício regular do poder de policia, cuja fundamentação é o PRINCÍPIO DA SUPREMACIA DO INTERESSE PÚBLICO SOBRE O INTERESSE PRIVADO, que permeia todo o direito público. Assim, o bem comum, o interesse público, o bem estar geral pode justificar a restrição ou o condicionamento do exercício de direitos individuais. A expressão “poder de polícia” quer referir, na verdade, ao poder de fiscalização que a administração pública exerce sobre os administrados, não se confundindo com as atividades de manutenção da ordem ou segurança pública e nem com as da polícia judiciária. Ex: TAXA DE LICENÇA, AUTORIZAÇÃO, DISPENSA OU FISCALIZAÇÃO É dever estatal, na manutenção da ordem pública, licenciar, inspecionar e fiscalizar o ambiente, analisando as condições de higiene, segurança, licitude da atividade, tranqüilidade pública, etc. 17/02/2022 ART. 78 CTN – PODER DE POLÍCIA ◦ Art. 78. Considera se poder de polícia a atividade da administração pública que, limitandoou disciplinando direito, interesse ou liberdade, regula a prática de ato ou abstenção de fato, em razão de interesse público concernente à segurança, à higiene, à ordem, aos costumes, à disciplina da produção e do mercado, ao exercício de atividades econômicas dependentes de concessão ou autorização do Poder Público, à tranqüilidade pública ou ao respeito à propriedade e aos direitos individuais ou coletivos. ◦ Parágrafo único. Considera se regular o exercício do poder de polícia quando desempenhado pelo órgão competente nos limites da lei aplicável, com observância do processo legal e, tratando se de atividade que a lei tenha como discricionária, sem abuso ou desvio de poder. ◦ Taxa de inspeção sanitária; ◦ Taxa de alvará 17/02/2022 https://jus.com.br/tudo/poder-de-policia https://jus.com.br/tudo/propriedade II - COMPETÊNCIA COMUM TAXAS 2. TAXA DE SERVIÇO: são criadas para custear serviços públicos prestados pelo poder público à população em geral. Para que possa ser cobrada a taxa de serviço é necessário o preencher TRÊS REQUISITOS CUMULATIVOS ´ Ex: TAXA DE COLETA DE LIXO TAXA DE ESGOTO TAXA JUDICIÁRIA 17/02/2022 PÚBLICO ESPECÍFICO DIVISÍVEL é todo aquele prestado pelo Poder Público, em prol da coletividade, ao fim de promover o bem estar social. é aquele destacável em unidades autônomas de utilização, permitindo- se identificar o sujeito passivo ou discriminar o usuário. o serviço quantificável, que traz benefício individualizado para o destinatário da ação estatal. SÚMULAS SOBRE TAXAS SÚMULA 670 STF. O serviço de iluminação pública não pode ser remunerado mediante taxa. Súmula Vinculante STF 19: A taxa cobrada exclusivamente em razão dos serviços públicos de coleta, remoção e tratamento ou destinação de lixo ou resíduos provenientes de imóveis não viola o artigo 145, II, da Constituição Federal. ◦ STF – Súmula 595 – “É inconstitucional a taxa municipal de conservação de estradas de ◦ rodagem cuja base de cálculo seja idêntica a do imposto territorial rural”. Súmula Vinculante 29 do STF: “É constitucional a adoção, no cálculo do valor de taxa, de um ou mais elementos da base de cálculo própria de determinado imposto, desde que não haja integral identidade entre uma base e outra”. 17/02/2022 TAXAS PREÇO PÚBLICO – (TARIFA) Regime jurídico de direito público. Regime jurídico de direito privado. O vínculo obrigacional é de natureza tributária (legal), não admitindo rescisão. O vínculo obrigacional é de natureza contratual, admitindo rescisão. O sujeito ativo é uma pessoa jurídica de direito público. O sujeito ativo pode ser pessoa jurídica de direito público ou de direito privado. O vínculo nasce independentemente de manifestação de vontade (compulsório). Há necessidade de válida manifestação de vontade para surgimento do vínculo (é facultativo). Pode ser cobrada em virtude de utilização efetiva ou potencial ou do serviço público. Somente pode ser cobrada em virtude de utilização efetiva do serviço público. A receita arrecadada é derivada. A receita arrecadada é originária Sujeita-se aos princípios tributários (legalidade, anterioridade, noventena etc.). Não se sujeita aos princípios tributários. 17/02/2022 II - COMPETÊNCIA COMUM CONTRIBUIÇÃO DE MELHORIA CONTRIBUIÇÃO DE MELHORIA ART. 145, III CF ART. 81 do CTN O contribuinte só paga a contribuição de melhoria mediante a realização de uma obra pública e que essa obra pública tenha ocorrido a valorização imobiliária (Fato Gerador). OBRA PÚBLICA + VALORIZAÇÃO IMOBILIÁRIA. 17/02/2022 II - COMPETÊNCIA COMUM CONTRIBUIÇÃO DE MELHORIA ◦As contribuições de melhoria estão previstas no art. 145, III, da nossa Constituição Federal: ◦Art. 145. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão instituir os seguintes tributos: ◦ (...) ◦ III – contribuição de melhoria, decorrente de obras públicas. 17/02/2022 II - COMPETÊNCIA COMUM CONTRIBUIÇÃO DE MELHORIA ◦ CURIOSIDADES: ◦ Este tributo teve origem na Inglaterra, com o nome de betterment tax. À medida que o governo londrino fazia obras públicas que valorizavam os imóveis, os proprietários não construíam nada e esperavam por esta valorização, obtendo ganhos com a especulação imobiliária e atravancando o crescimento da cidade. ◦ Os americanos copiaram a ideia e criaram os chamados special assessment, tributos especiais, dos quais fazem parte o cost assessment e o benefit assessment, ambos baseados no tributo inglês, sendo o primeiro cobrado para que a obra pública possa ser realizada e o segundo, após a realização da obra de que decorra valorização imobiliária. ◦ O legislador brasileiro consolidou os dois tributos americanos em um só e criou a nossa contribuição de melhoria. 17/02/2022 II - COMPETÊNCIA COMUM CONTRIBUIÇÃO DE MELHORIA ◦ O nosso Código Tributário Nacional dedicou os arts. 81 e 82 a este tipo especial de tributo: ◦ Art. 81. A contribuição de melhoria cobrada pela União, pelos Estados, pelo Distrito Federal ou pelos Municípios, no âmbito de suas respectivas atribuições, é instituída para fazer face ao custo de obras públicas de que decorra valorização imobiliária, tendo como limite total a despesa realizada e como limite individual o acréscimo de valor que da obra resultar para cada imóvel beneficiado. 17/02/2022 17/02/2022 III - COMPETÊNCIA EXCLUSIVA Significa dizer que SÓ UMA PESSOA possui condições de exercer essa competência. E QUEM É ESSA PESSOA? UNIÃO Logo a UNIÃO é a única pessoa que pode criar: 1. EMPRÉSTIMO COMPLUSÓRIO 2. CONTRIBUIÇÕES ESPECIAIS 17/02/2022 III - COMPETÊNCIA EXCLUSIVA 1. EMPRÉSTIMO COMPLUSÓRIO O Empréstimo compulsório é: O único tributo que prevê RESTITUIÇÃO, ou seja, DEVOLUÇÃO DE DINHEIRO PAGO AO FISCO. O fato gerador do Empréstimo compulsório NÃO É A GUERRA, mais sim as situações no momento que o Brasil estiver vivendo. COMO POSSO TER CERTEZA DISSO? É só observar o nome do tributo, Empréstimo compulsório, ou seja, a União não precisa saber se você quer que ele tome o empréstimo compulsório ou não, ela vai tomar em virtude da NECESSIDADE, logo é COMPULSÓRIO. Para isso o legislador colocou de forma taxativa os únicos 3 casos em que a União pode utilizar esse tributos a saber: 17/02/2022 ◦ Art. 148 - CF. A União, mediante lei complementar, poderá instituir empréstimos compulsórios: ◦ I - para atender a despesas extraordinárias, decorrentes de calamidade pública, de guerra externa ou sua iminência; ◦ II - no caso de investimento público de caráter urgente e de relevante interesse nacional, observado o disposto no art. 150, III, "b". ◦ Parágrafo único. A aplicação dos recursos provenientes de empréstimo compulsório será vinculada à despesa que fundamentou sua instituição. 17/02/2022 III - COMPETÊNCIA EXCLUSIVA 1. EMPRÉSTIMO COMPLUSÓRIO – ART 148 GUERRA EXTERNA – ART. 148, I, CF CALAMIDADE PÚBLICA NACIONAL IVESTIMENTO PÚBLICO de caráter URGENTE e RELEVANTE INTERESSE NACIONAL 17/02/2022 III - COMPETÊNCIA EXCLUSIVA 1. EMPRÉSTIMO COMPLUSÓRIO – ART 148 ◦ Os empréstimos compulsórios são tributos cujo critério de validação constitucional está na sua finalidade: gerar recursos para fazer frente a uma situação de calamidade ou guerra externa ou para investimento nacional relevante e urgente, conforme se extrai do art. 148 da CF. ◦ Mas o traço efetivamente peculiar e exclusivo dos empréstimos compulsórios é a promessa de devolução, sem a qual não se caracteriza tal espécie tributária. ◦ Cabe destacar, ainda, que a instituição de empréstimos compulsórios, diferentemente da generalidade dos tributos, depende sempre de lei complementar (art. 148 da CF). 17/02/2022 CARACTERÍSTICAS DO EMPRESTIMO COMPULSÓRIO Mediante LEI COMPLEMENTAR Investimento público de caráter urgente e de relevante interesse nacional OBEDECE o Princípio da Anterioridade e da noventena Despesas extraordinárias, decorrentes de calamidade pública, de guerra externaou sua iminência; NÃO OBEDECE o Princípio da Anterioridade e da noventena 17/02/2022 III - COMPETÊNCIA EXCLUSIVA 2. CONTRIBUIÇÕES ESPECIAIS – ART 149 Essa é a 5º geração de tributos; Aqui as Contribuições Especiais inauguram no direito tributário um novo conceito; Que conceito é esse? O Conceito de DESTINAÇÃO O Conceito de que o tributo para nascer precisa ter DESTINAÇÃO ESPECÍFICA; Precisa esta vinculado a um: FUNDO / UMA DESPESA ESPECÍFICA 17/02/2022 III - COMPETÊNCIA EXCLUSIVA 2. CONTRIBUIÇÕES ESPECIAIS – ART 149 Art. 149 - CF. Compete exclusivamente à União instituir contribuições sociais, de intervenção no domínio econômico e de interesse das categorias profissionais ou econômicas, como instrumento de sua atuação nas respectivas áreas, observado o disposto nos arts. 146, III, e 150, I e III, e sem prejuízo do previsto no art. 195, § 6º, relativamente às contribuições a que alude o dispositivo. § 1º Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios instituirão contribuição, cobrada de seus servidores, para o custeio, em benefício destes, do regime previdenciário de que trata o art. 40, cuja alíquota não será inferior à da contribuição dos servidores titulares de cargos efetivos da União. § 2º As contribuições sociais e de intervenção no domínio econômico de que trata o caput deste artigo: I - não incidirão sobre as receitas decorrentes de exportação; II - incidirão também sobre a importação de produtos estrangeiros ou serviços; III - poderão ter alíquotas: a) ad valorem, tendo por base o faturamento, a receita bruta ou o valor da operação e, no caso de importação, o valor aduaneiro; b) específica, tendo por base a unidade de medida adotada. § 3º A pessoa natural destinatária das operações de importação poderá ser equiparada a pessoa jurídica, na forma da lei. § 4º A lei definirá as hipóteses em que as contribuições incidirão uma única vez. Art. 149-A Os Municípios e o Distrito Federal poderão instituir contribuição, na forma das respectivas leis, para o custeio do serviço de iluminação pública, observado o disposto no art. 150, I e III. Parágrafo único. É facultada a cobrança da contribuição a que se refere o caput, na fatura de consumo de energia elétrica. 17/02/2022 III - COMPETÊNCIA EXCLUSIVA 2. CONTRIBUIÇÕES ESPECIAIS – ART 149 Aqui no Art. 149 da CF diz que, para o nascimento das contribuições especiais é necessário a DESTINAÇÃO. Logo, a UNIÃO NÃO PODE PEGAR ESSE DINHEIRO E USAR PARA QUALQUER COISA. PORQUE? Porque a Constituição Federal no artigo 149 diz que é necessário a DESTINAÇÃO. 17/02/2022 ART. 149 CONSTITUIÇÃO MENCIONA 4 CONTRIBUIÇÕES ESPECIAIS. 1 – CONTRIBUIÇÕES ESPECIAIS 2 – CONSTRIBUIÇÕES PROFISSIONAIS 3 – CONSTRIBUIÇÃO DE INTERVENÇÃO NO DOMÍNIO ECONÔMICO - CIDE 4 – CONTRIBUIÇÃO PARA A ILUMINAÇÃO PÚBLICA - COSIP Aqui o dinheiro vai para a P.A.S Aqui o dinheiro vai para o: Aqui o dinheiro vai para a INFRAESTRUTURA. COSIP financia a iluminação pública. PREVIDÊNCIA SOCIAL SINDICATO DA CATEGORIA EX: Programa de aumento de Aeroportos – Portos Iluminação não pode ser cobrado por taxa ASSISTÊNCIA SOCIAL ENTIDADES DE CLASSE - CRC – CREMEB SAÚDE EXCEÇÃO: ANUIDADE DA OAB Competência Exclusiva da União Competência Exclusiva da União Competência Exclusiva da União Competência do Município e Distrito Federal 17/02/2022 III - COMPETÊNCIA EXCLUSIVA 2. CONTRIBUIÇÕES ESPECIAIS – ART 149 As contribuições sociais não são limitadas às de seguridade social, uma vez que podem ser instituídas para qualquer finalidade que for na direção dos objetivos da ordem social. Desta forma, vamos estudá-las, estabelecendo uma divisão em contribuições sociais gerais e para a Seguridade Social. 17/02/2022 III - COMPETÊNCIA EXCLUSIVA 2. CONTRIBUIÇÕES ESPECIAIS – ART 149 a) CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS GERAIS São todas aquelas que dizem respeito a algum padrão de relacionamento em comunidade que não abrangem a seguridade social, tais como o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço – FGTS – e aquelas voltadas para uma questão de educação em geral, como é o caso do salário-educação do art. 212, § 5°, da Constituição Federal, entre outras. b) CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS PARA A SEGURIDADE SOCIAL Compõem o grupo maior e mais importante das contribuições parafiscais, a ponto de o constituinte dedicar-lhes disposições especiais em seu art. 195. Portanto, a Seguridade Social será financiada pela sociedade de forma direta e indireta, com recursos provenientes dos orçamentos da União, dos Estados, do Distrito Federal ou dos Municípios e de quatro tipos de contribuições sociais: 17/02/2022 III - COMPETÊNCIA EXCLUSIVA 2. CONTRIBUIÇÕES ESPECIAIS – ART 149 Art. 195. A seguridade social será financiada por toda a sociedade, de forma direta e indireta, nos termos da lei, mediante recursos provenientes dos orçamentos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, e das seguintes contribuições sociais: I – do empregador, da empresa e da entidade a ela equiparada na forma da lei, incidentes sobre: a) a folha de salários e demais rendimentos do trabalho pagos ou creditados, a qualquer título, à pessoa física que lhe preste serviço, mesmo sem vínculo empregatício; b) a receita ou o faturamento; c) o lucro; II – do trabalhador e dos demais segurados da previdência social, não incidindo contribuição sobre aposentadoria e pensão concedidas pelo regime geral de previdência social de que trata o art. 201; III – sobre a receita de concursos de prognósticos; IV – do importador de bens ou serviços do exterior, ou de quem a lei a ele equiparar. 17/02/2022 III - COMPETÊNCIA EXCLUSIVA 2. CONTRIBUIÇÕES ESPECIAIS – ART 149 CONTRIBUIÇÃO DE INTERVENÇÃO NO DOMÍNIO ECONÔMICO Muitas vezes, a União tem que intervir no domínio econômico com o objetivo de controlar a produção de determinados gêneros, a fim de manter, por exemplo, os seus preços estáveis no comércio exterior. Um dos exemplos mais típicos ocorre na produção de açúcar. Se todas as usinas do Brasil produzissem a sua capacidade máxima de produção, haveria uma superprodução no mercado internacional e o preço despencaria, deixando o respectivo parque industrial em situação dificílima. Para evitar isso, o Governo Federal estabelece que determinada usina, a qual, por exemplo, tenha capacidade de produção de 400 mil sacas, só poderá produzir 250 mil, controlando a produção de todas as usinas por interesse dos próprios usineiros, que têm a consciência de que o fato de todos utilizarem a sua capacidade máxima de produção resultará em excesso de açúcar no mercado internacional, forçando o preço para baixo. O governo, no entanto, tem um custo para manutenção desse controle, inclusive para fazer os estudos necessários para estimar a provável produção mundial por satélites que verificam as áreas plantadas com cana- de-açúcar em todo o mundo. 17/02/2022 III - COMPETÊNCIA EXCLUSIVA 2. CONTRIBUIÇÕES ESPECIAIS – ART 149 ◦ Finalmente, como outro exemplo de contribuição de intervenção no domínio econômico, devemos citar aquela relativa às atividades de importação ou comercialização de petróleo e seus derivados, gás natural e seus derivados e álcool combustível, criada pela Emenda Constitucional n° 33, de 11/12/2001, que introduziu o § 4° ao art. 177 da CF: ◦ Art. 177, § 4°, da CF. A lei que instituir contribuição de intervenção no domínio econômico relativa às atividades de importação ou comercialização de petróleo e seus derivados, gás natural e seus derivados e álcool combustível deverá atender aos seguintes requisitos: ◦ I – a alíquota da contribuição poderá ser: ◦ a) diferenciada por produto ou uso; ◦ b) reduzida e restabelecida por ato do Poder Executivo, não se lhe aplicando o disposto no art. 150, III, b; ◦ II – os recursos arrecadados serão destinados: ◦ a) ao pagamento de subsídios a preços ou transporte de álcool combustível, gás natural e seus derivados e derivados de petróleo; ◦ b) ao financiamento de projetos ambientais relacionadoscom a indústria do petróleo e do gás; ◦ c) ao financiamento de programas de infraestrutura de transportes. 17/02/2022 III - COMPETÊNCIA EXCLUSIVA 2. CONTRIBUIÇÕES ESPECIAIS – ART 149 CONTRIBUIÇÃO DE INETERESSE DE CATEGORIAS PROFISSIONAIS OU ECONÔMICAS São contribuições compulsórias criadas pela União e destinadas a sindicatos, conselhos como CREA, CRM, CRO e ainda aquelas cobradas em prol de entidades privadas vinculadas ao sistema sindical, como Senai, Senac, Sesc, Sesi, Senar e outras. Para efeitos didáticos, vamos dividi-las em dois grupos, a saber: contribuições sindicais; e contribuições destinadas a entidades privadas ligadas ao sistema sindical. 17/02/2022 III - COMPETÊNCIA EXCLUSIVA 2. CONTRIBUIÇÕES ESPECIAIS – ART 149 ◦ CONTRIBUIÇÃO DE ILUMINAÇÃO PÚBLICA ◦ A EC 39/2002, acrescentando o art. 149-A à Constituição, outorgou competência aos Municípios para a instituição de contribuição específica para o custeio do serviço de iluminação pública. ◦ A contribuição para o custeio do serviço de iluminação pública deve ser instituída por lei municipal, cumprindo-se, assim, a exigência do art. 150, I, da CF. Tal lei deve necessariamente estabelecer ao menos o seu fato gerador, o contribuinte, e o modo de cálculo da contribuição (base de cálculo e alíquota), não podendo delegar ao Prefeito a fixação, por decreto ou outro ato administrativo normativo qualquer, dos critérios para o cálculo da contribuição de iluminação pública, pois isso violaria a legalidade absoluta que se exige. ◦ Os Municípios, na instituição da contribuição para o custeio do serviço de iluminação pública, têm necessariamente de observar as garantias da irretroatividade, da anterioridade de exercício e da anterioridade nonagesimal mínima (art. 150, III, a, b e c, esta acrescentada pela EC 42/2003). 17/02/2022 IV - COMPETÊNCIA EXTRAORDINÁRIA Art. 154, inciso II – CFART. 76 CTN Só pode ser exercida pela UNIÃO; E com essa competência a União pode criar o IMPOSTO EXTRAORDINÁRIO GUERRA – I.E.G Ao final da guerra o imposto será interrompido de forma gradativa. Neste caso, este imposto possibilita a União por meio de Lei Ordinária ou Medida Provisória a instituição do Imposto Extraordinário Guerra. 17/02/2022 IV - COMPETÊNCIA EXTRAORDINÁRIA No uso dessa competência, denominada extraordinária, a União poderá delinear como fato gerador dos Impostos Extraordinários de Guerra – IEG – praticamente qualquer base econômica não imune, inclusive as atribuídas constitucionalmente aos Estados, Municípios e Distrito Federal (arts. 155 e 156). Assim, seria possível, em caso de guerra externa ou sua iminência, a instituição de um ICMS extraordinário federal. Não seria um caso de invasão de competência estadual, pois a União estaria usando competência própria, expressamente atribuída pela Constituição Federal. Tem-se, aqui, o único caso de bitributação (cobrança do mesmo tributo, sobre o mesmo fato gerador, por dois entes tributantes diversos) constitucionalmente autorizada. Dessa forma, é possível afirmar que, no tocante a impostos, somente a União possui competência tributária privativa absoluta, pois, no caso de guerra externa ou sua iminência, está autorizada a tributar as mesmas bases econômicas atribuídas aos demais entes políticos. 17/02/2022 V - COMPETÊNCIA RESIDUAL Art. 154, I E 195, §4º CF A Constituição imaginando que pode chegar um momento em que o valor do total arrecadado pelo Brasil vai ser menor do que as necessidades públicas ela então cria essa Competência Residual. Possibilita APENAS À UNIÃO CRIAR TRIBUTOS NÃO PREVISTO NA CONSTITUIÇÃO FEDERAL, por meio de LEI COMPLEMENTAR, DEVE SER NÃO CUMULATIVO E NÃO POSSUI FATO GERADOR OU BASE DE CÁLCULO PRÓPRIO JÁ PREVISTO NO TEXTO CONSTITUCIONAL. Quem foi que recebeu esse poder para instituir a Competência Residual? UNIÃO E com esse poder a UNIÃO pode fazer o que? 1. IMPOSTO NOVO 2. CONTRIBUIÇÃO SOCIAL NOVA EX: CPMF 17/02/2022 UNIÃO ESTADOS MUNICÍPIO DIST. FEDERAL IMPOSTOS IMPOSTOS IMPOSTOS IMPOSTOS ART.153: IR, IE, II, ITR, IOF,IGF, IPI ART.154: IEG, IMPOSTO RESIDUAL ART.155: IPVA, ITCMD, ICMS ART.147: IPTU, ITBI, ISS ART.155: IPVA, ITCMD, ICMS TAXAS TAXAS TAXAS TAXAS CONTRIBUIÇÕES DE MELHORIA CONTRIBUIÇÕES DE MELHORIA CONTRIBUIÇÕES DE MELHORIA CONTRIBUIÇÕES DE MELHORIA CONTRIBUIÇÕES ESPECIAIS Contribuição social previdenciária do servidor público Federal; Contribuição Social de Intervenção do Domínio Econômico (CIDE); Contribuição de Interesse de Categoria Profissional. CONTRIBUIÇÕES ESPECIAIS Contribuição social previdenciária do servidor público Estadual; CONTRIBUIÇÕES ESPECIAIS Contribuição social previdenciária do servidor público Estadual; Contribuição para o Custeio do Serviço de Iluminação – (COSIP); CONTRIBUIÇÕES ESPECIAIS Contribuição social previdenciária do servidor público Estadual; Contribuição para o Custeio do Serviço de Iluminação – (COSIP); EMPRÉSTIMO COMPULSÓRIO 17/02/2022 17/02/2022 17/02/2022
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