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Fechamento de Mina UFF

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PLANO DE RECUPERAÇÃO DE ÁREA DEGRADADA (PRAD) E O FECHAMENTO DE MINA EM ANÁLISE DA NBR 13030
Pedro Arruda Junior[footnoteRef:1] [1: Bacharel em Direito; Mestre em Direito pela ESDHC; Doutorando em Direitos, Instituições e Negócios pela UFF; pedroarrudajunior@yahoo.com.br Lattes http://lattes.cnpq.br/3129946444729235] 
Pedro Antônio Nascimento[footnoteRef:2] [2: Bacharelando em Direito pelo CESA; pedroantonio27d@gmail.com Lattes http://lattes.cnpq.br/2595905874157027
] 
Palavras-Chave: Mineração; Fechamento de mina; recuperação ambiental; PRAD;
Eixo Temático (GT): Gestão ambiental e qualidade de vida – GT3
RESUMO
A mineração, como um todo, constitui-se como uma das atividades que ocasiona maior impacto ambiental, principalmente por estar ligada intimamente ao uso de recursos naturais. Tal modo de extrativismo pode ocasionar diversas adversidades, desde aquelas de cunho biológico, quando se aborda a modificação do meio ambiente por uma atividade antrópica invasiva, ou àquelas do ponto de vista social e econômico.
Ao analisar a Constituição da República, de 1988, constata-se a obrigação de reparação de danos em casos de exploração de recursos minerais, todavia, em contrapartida, a mineração é um fator precípuo do desenvolvimento do Estado, seja na economia internacional, na esfera de importações e exportações, seja em atividades nacionais pela oportunização de empregos diretos e indiretos assim como pela monetização do bem mineral. Há, portanto, dicotomia entre proteção ambiental versus desenvolvimento socio-estatal.
A pesquisa terá como referencial teórico a noção de dádiva ou maldição da mineração proposta por Enriquez (2007) e terá como objetivo central diferenciar o plano de recuperação de área degradada do plano de fechamento de mina, além de, especificamente, confrontar os instrumentos legais; apresentar falhas no cumprimento do PFM, principalmente no fechamento e pós fechamento.
Ao longo do tempo, identificando-se enquadrada como potencialmente poluidora, a atividade minerária encontrou tipificações protecionistas nas Resoluções nº 1, de 1986, do Conselho Nacional do Meio Ambiente e nº 237, de 1997 do Departamento Nacional de Produção Mineral, as quais delimitaram a necessidade de realização de um estudo prévio acerca de impactos ambientais com vistas a um licenciamento competente e sem prejuízo de outras licenças legalmente exigíveis, como, na outorga de recursos hídricos, por exemplo.
O Instituto Brasileiro de Mineração (IBRAM, 2013, p.12), na publicação do Guia de Planejamento de Fechamento de Mina, em 2013, detalhou o espectro de atividades de uma mina, estruturando etapas a serem consideradas para a vida minerária, quais sejam: Estudo de Viabilidade; Implantação; Operação; Desativação; Pós- fechamento.
Em suas especificidades, o Estudo de Viabilidade direciona o contexto da exploração, prevendo o desenvolvimento de rotas de processos e estudos de viabilidade técnica, econômica e socioambiental. 
Por seu turno, a fase de implantação se refere às atividades de construção e de preparação da mina e da infraestrutura necessária, inclui a aquisição de terras e a execução de programas compensatórios. Consequentemente, a etapa de operação designa a produção, podendo contemplar expansões, mudanças de processos, novas atividades de pesquisa mineral e a gestão do empreendimento. E a desativação referencia o período que tem início pouco antes do término da produção mineral (encerramento) e se conclui com a remoção de todas as instalações desnecessárias e a implantação de medidas que garantam a segurança e a estabilidade da área, incluindo a recuperação ambiental e os programas sociais.
O plano de fechamento de mina deve obedecer todas as condicionantes legais, levando em consideração, as características ambientais, econômicas, sociais da região da mina, assim como seu entorno. Os planos de fechamento podem sofrer variações com o escopo de atender as características específicas do local. 
Imperioso destacar que o Plano de Recuperação de Área Degradada e o Plano de Fechamento de Mina são institutos completamente distintos apesar de complementares. No Brasil, o PRAD faz parte do Estudo de Impacto Ambiental (EIA) e são elementos do Plano de Fechamento de Mina, sendo um dos fatores de análise.
Como critérios diferenciadores dos PRADs para o PFM – Plano de Fechamento de Mina são, em sua maioria: O PFM possui participação social, avaliação de riscos, custos, plano de manutenção pós fechamento, dentre outros elementos que não compõem o PRAD.
Já a NBR 13030 sistematiza o conjunto de ações destinadas à confecção do projeto de reabilitação de áreas degradadas pela atividade minerária trazendo conceitos essenciais para o efetivo cumprimento da referida recomposição ambiental pós lavra.
A atividade minerária deve ocorrer de forma menos gravosa possível no ambiente considerando que as futuras gerações também usufruirão desse bem. No entanto, a mineração é uma atividade que promove o desenvolvimento do país, porém, que tem uma inserção incisiva no meio ambiente. Esta ação se apresenta entre dois eixos constitucionalmente garantidos: o desenvolvimento econômico e o meio ambiente. 
REFERÊNCIAS 
BRASIL. NBR 13030. Elaboração e apresentação de projeto de reabilitação de áreas degradadas pela mineração. Rio de Janeiro: 2009. 
BRASIL. Decreto 227, de 28 de fevereiro de 1967. Dá nova redação ao Código de Minas. Diário Oficial da União, Brasília, 28 fev. 1967. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/Del0227.htm Acesso em 27 julho 2018.
______. Constituição da Republica Federativa do Brasil. 1988. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm>.
Acesso em: 10 julho 2018.
BOFF, Leonardo. Saber e Cuidar: Ética do Humano- Compaixão pela Terra. 8. ed. Petrópolis: Editora Vozes, 2002.
CONAMA, Conselho Nacional de Meio Ambiente. Resolução 01, de 1986. Dispõe sobre as diretrizes para análise de impacto ambiental. Disponível em http://www.mma.gov.br/port/conama/legiabre.cfm?codlegi=23 Acesso em: 10 julho 2018.
DNPM, Departamento Nacional de Produção Mineral. Portaria 237 de 18 de outubro de 2001. Determinar a publicação das Normas Reguladoras de Mineração – NRM. Diário Oficial da União, Brasília, 19 out. 2001. Disponível em: <http://www.dnpmpe.gov.br/Legisla/Port_237_01.htm>. Acesso em: 10 julho 2018.
ENRÍQUEZ, Maria Amélia Rodrigues da Silva. Maldição ou dádiva? Os dilemas do desenvolvimento sustentável a partir de uma base mineira. 2007. 449 p. Tese (Doutorado em Desenvolvimento Sustentável) – Universidade de Brasília, Brasília. 
IBRAM, Instituto Brasileiro de Mineração. Guia para o planejamento do fechamento de mina. Brasília: IBRAM, 2013. Disponível em: http://www.ibram.org.br/sites/1300/1382/00004091.pdf. Acesso em: 10 julho 2018.
VEIGA, José Eli. Sustentabilidade: A legitimação de um novo valor. São Paulo: Editora Senac, 2010.

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