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Marchas patológicas

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Ana Luiza Spiassi Sampaio 
@anassampaioo 
 
M
 
 
 
 Paciente mantém o membro superior fletido em 
90° no cotovelo e em adução, e a mão fechada em 
leve pronação; 
 O membro inferior do mesmo lado é espástico e 
o joelho não flexiona → a perna se arrasta pelo 
chão, descrevendo um semicírculo quando o 
paciente troca o passo; 
 Esse modo de caminhar lembra o movimento de 
uma foice em ação; 
 Aparece nos pacientes que apresentam 
hemiplegia - causa mais comum é acidente 
vascular 
cerebral 
(AVC); 
 Síndrome 
piramidal; 
 
 
 
 
 
 
 
 Paciente para caminhar acentua a lordose lombar 
e vai inclinando o tronco ora para a direita, ora 
para a esquerda, alternadamente, lembrando o 
andar de um pato; 
 Doenças musculares → traduz diminuição da 
força dos músculos pélvicos e das coxas; 
 
 O doente anda como um bloco, enrijecido, sem o 
movimento automático dos braços; 
 A cabeça permanece inclinada para a frente, e os 
passos são miúdos e rápidos, dando a impressão 
de que o paciente “corre atrás do seu centro de 
gravidade” e vai cair para a frente; 
 Doença de Parkinson; 
 Marcha em bloco; 
 
 
Ana Luiza Spiassi Sampaio 
@anassampaioo 
 
 Marcha atáxica cerebelar (“marcha ebriosa”); 
 Lembra um indivíduo em estado de embriaguez 
alcoólica – distúrbio cerebelar; 
 A região cerebelar ligada ao equilíbrio dinâmico 
(marcha) é o córtex do vérmis – também regiões 
paleocerebelares correspondentes aos MMII do 
homúnculo paleocerebelar; 
 Ao caminhar, o doente zigue- zagueia como um 
bêbado; 
 Traduz incoordenação de movimentos em 
decorrência de lesões do cerebelo; 
 Ataxia cerebelar → 
doenças que 
comprometam os 
mecanismos de 
coordenação motora 
do cerebelo ou de 
suas vias aferentes ou 
eferentes; 
o Presente com os 
olhos abertos ou 
fechados; 
 Marcha instável, 
irregular e de base 
alargada; 
 
 Lesões no sistema lemniscal → afecções que se 
localizam nos funículos posteriores da medula 
(Mielinólise Funicular); 
 Semelhante à marcha cerebelar (insegura e 
titubeante), entretanto, esta é rigorosamente 
fiscalizada pelo olhar; 
 
 Marcha talonante; 
 Para se locomover, o paciente mantém o olhar 
fixo no chão; os membros inferiores são 
levantados abrupta e explosivamente, e, ao serem 
recolocados no chão, os calcanhares tocam o solo 
de modo bem pesado; 
 Com os olhos fechados, a marcha apresenta 
acentuada piora, ou se torna impossível; 
 Indica perda da sensibilidade 
proprioceptiva por lesão do 
cordão posterior da medula; 
 Aparece na tabes dorsalis 
(neurolues), na mielose 
funicular (mielopatia por 
deficiência de vitamina B12, 
ácido fólico ou vitamina B6), 
mielopatia vacuolar (ligada ao vírus HIV), 
mielopatia por deficiência de cobre após cirurgias 
bariátricas, nas compressões posteriores da 
medula (mielopatia cervical); 
 Ataxia sensitiva – perda de propiocepção; 
 
 Marcha petit-pas; 
 Idosos portadores de arteriosclerose cerebral 
generalizada, paralisia pseudobulbar, atrofia 
cortical da senilidade; 
 É caracterizada pelo fato de o paciente dar passos 
muito curtos e, ao caminhar, arrastar os pés como 
se estivesse dançando “marchinha”; 
 Aparece na paralisia pseudobulbar e na atrofia 
cortical da senilidade; 
 Ataxia frontal; 
 
 Paciente com lesão vestibular (labirinto) 
apresenta latero-pulsão quando anda; 
 É como se fosse empurrado para o lado ao tentar 
mover-se em linha reta; 
 Se o paciente for colocado em um ambiente 
amplo e lhe for solicitado ir de frente e voltar de 
costas, com os olhos 
fechados, ele 
descreverá uma figura 
semelhante a uma 
estrela → marcha em 
estrela de Babinski-
Weil; 
 Ataxia vestibular; 
 
 Paciente apresenta paralisia do movimento de 
flexão dorsal do pé → ao tentar caminhar, toca 
com a ponta do pé o solo e tropeça → para evitar 
 
Ana Luiza Spiassi Sampaio 
@anassampaioo 
 
isso, levanta acentuadamente o 
membro inferior, o que lembra o 
“passo de ganso” dos soldados 
prussianos; 
 Paralisia da musculatura 
dorsiflexora dos artelhos e pé, 
inervada pelo fibular; 
 Pode ser uni ou bilateral; 
 Lesão de nervo fibular ou 
ciático ou raiz de L5; 
 
 
 Paciente manca para um dos lados; 
 Ocorre na insuficiência arterial periférica e em 
lesões do aparelho locomotor; 
 
 Os dois membros inferiores enrijecidos e 
espásticos permanecem semifletidos, os pés se 
arrastam e as pernas se cruzam uma 
na frente da outra quando o paciente 
tenta caminhar; 
 O movimento das pernas lembra uma 
tesoura em funcionamento; 
 Frequente nas manifestações 
espásticas da paralisia cerebral; 
 Hipertonia da musculatura extensora 
→ pernas se cruzam uma na frente da 
outra, os pés se arrastam; 
 Lesão piramidal; 
 Pode ser uni ou bilateral; 
 
 Caracterizada por passos irregulares, 
movimentos involuntários tipo dança, arrítmicos 
e aperiódicos; 
 Ocorre predomínio nas extremidades distais dos 
membros, mais nos superiores, que se acentua 
quando o paciente faz meia volta; 
 Coreia de Sydenham (manifestação clínica da 
febre reumática) → movimentos espasmódicos 
incontroláveis ocorrem quando as lesões 
comprometem os núcleos da base e suas conexões 
com as regiões límbica, lobo frontal e tálamo; 
 
 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS: 
SILVERTHORN, Dee. Fisiologia Humana. Uma 
Abordagem Integrada. 7. Ed. Porto Alegre: Artmed, 
2017. 
Ortopedia e traumatologia: princípios e prática. 5. 
ed. – Porto Alegre: Artmed, 2017. 
Kumar, Vinay Robbins patologia básica. 10. ed. - Rio 
de Janeiro: Elsevier, 2018. 
Brasileiro Filho, Geraldo. Bogliolo, Patologia. 9. ed. – 
Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2016. 
Hall, Susan J. Biomecânica básica. 7. ed. – Rio de 
Janeiro: Guanabara Koogan, 2016. 
Reumatologia: diagnóstico e tratamento. 5. ed. Rio 
de Janeiro: Guanabara Koogan, 2019. 
Ortopedia e traumatologia: princípios e prática. 5. 
ed. Porto Alegre: Artmed, 2017. 
Exame físico em ortopedia. 3. ed. São Paulo: Sarvier, 
2017. 
PORTO, Celmo Celeno. Exame clínico: bases para a 
prática médica. 5. ed. Rio de Janeiro: Guanabara 
Koogan, 2004. 
LÓPEZ, Mario; LAURENTYS-MEDEIROS, José de. 
Semiologia médica: as bases do diagnóstico clínico. 
5. ed. Rio de Janeiro: Revinter, 2004.

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