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Semiologia neurológica

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Vict�ria K. L. Card�so
Semi�l�gia neur�lógica
Anamnese
Início dos sintomas
● Agudo: minutos, horas, de “um dia p/
outro”.
● Subagudo: dias ou 1 sem.
● Impreciso: de evolução gradual e
progressiva:
○ Simétrica – doença
degenerativa.
○ Assimétrica – doença
expansiva.
● Em surtos: com períodos de melhora e
de piora.
● Acessos paroxísticos, de curta
duração: c/ intervalos longos de
normalidade, e que se repetem
periodicamente.
● Relação causa-efeito: traumas
cranio-encefálicos e raquimedulares,
por exemplo.
História patológica pregressa:
● História vacinal.
● Doenças anteriores concomitantes.
História fisiológica:
● Condições pré-natais e de nascimento.
● Condições do desenvolvimento
neuropsicomotor.
História familiar:
● Doença semelhante.
● Consanguinidade.
● Doenças contagiosas.
História psicossocial:
● Alimentação.
● Habitação.
● Vícios.
● Ocupação.
Principais sinais e sintomas neurológicos:
● Perda da consciência.
● Cefaléia.
● Convulsões.
● Amaurose.
● Diplopia.
● Hipoacusia.
● Zumbido.
● Vertigem.
● Disartria.
● Disfasia.
● Dislalia.
● Dor - parestesia (sensação de
formigamento) - disestesia
(hipersensibilidade não dolorosa) -
alodinia (dor referida a um estímulo
não doloroso).
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● Plegia-paresia.
● Distúrbios esfincterianos.
● Náuseas-vômitos.
Exame neurológico
Avaliação da cognição:
● Estado da consciência.
● Cooperação.
● Orientação no tempo e no espaço.
● Memória.
● Praxia (coordenação na construção de
etapas de movimentos voluntários,
como andar e escovar os dentes).
● Gnosia.
● Leitura, escrita e interpretação.
● Estado emocional.
● Estado intelectual.
Testes de triagem para avaliação:
● MEEM (Mini-Mental): pontua até no
máx 30 (valor normal).
○ Alteração < 25.
○ Pacientes analfabetos > 18
(normal).
○ O que se avalia no teste:
orientação temporal, espacial,
fixação, atenção e cálculo,
memória de evocação,
linguagem e praxia de
construção.
● Teste do relógio:
○ Desenha-se um relógio de
ponteiro e se escolhe 1 número.
○ Pede-se para que o paciente
complete o relógio
○ Alteração: qualquer resposta
que se difere do esperado.
● Testes dos animais em 1 minuto:
○ Falar o maior número de
animais que a pessoa conseguir
em 1 minuto.
○ Normal > 12.
● MoCA: muito parecido com o MEEM,
então usa-se um ou outro.
Escala de coma de Glasgow:
● Pontua de 1 a 5 para melhor resposta…
● Pontua de 1 a 6 para melhor resposta
motora.
● Pacientes < 8 precisam ser intubados
e, a partir daqui, piora o prognóstico.
● Objetivo: avaliação de trauma e para
avaliação de pacientes em UTI.
Alterações de fala e de linguagem na neuro:
● Alterações de fala:
○ Disfonia: rouquidão, como por
ex por lesão de nervo (nervo
laríngeo recorrente, ramo do
nervo vago) ou por ação
mecânica (professor falando o
dia inteiro).
○ Disartria: disfunção na
articulação das palavras, como
por ex no AVC, em paralisia da
língua e em doenças cerebelares
(paciente sem coordenação dos
músculos).
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Obs: dislalia não é disfunção neurológica.
Distúrbios da linguagem:
● Disfasias (ou afasia) de percepção,
sensorial ou de Wernicke: quando o
comando dado é interpretado de
forma completamente errada - lesão
cortical (área de Wernicke).
○ Ex: o médico pede para o
paciente levantar o braço e ele
fecha os olhos.
● Disfasia (ou afasia) de expressão,
motora ou de Broca: o paciente
entende, mas não consegue se
expressar.
○ Ex: o médico pede para o
paciente falar o nome e o
paciente chega a ficar nervoso,
porque ele não consegue falar,
mas ele entende o que o médico
pede.
● Disfasia mista: ocorre pela “mistura”
dos dois anteriores.
Avaliação da motricidade:
● Marcha “helicóptero”, ceifante ou
hemiplégica: a perna se arrasta
fazendo um semicírculo.
○ Ocorre apenas em um lado e
indica lesão de trato piramidal.
● Marcha espástica: hipertonia da
musculatura extensora; as pernas se
cruzam uma na frente da outra e os
pés se arrastam.
○ Lesão piramidal: uni ou bilateral
- no cérebro especificamente -
SNC
Obs: as lesões podem ser ipsilaterais ou
● Marcha atáxica cerebelar (marcha
ebriosa): “bêbado”.
○ Distúrbio cerebelar.
○ Região cerebelar ligada ao
equilíbrio dinâmico (marcha):
córtex do vérmis e regiões
paracerebelares
correspondentes ao MMII do
homúnculo paleocerebelar
● Marcha tabética: olhar fixo no chão,
os membros inferiores (MMII) são
levantados abruptamente - caso os
olhos estejam fechados a marca piora
ou se torna impossível.
○ Perda da sensibilidade
proprioceptiva por lesão do
cordão posterior da medula.
○ Romberg positivo.
● Marcha anserina: fraqueza da
musculatura proximal. inclinação do
tronco para direita e para a esquerda
alternadamente com acentuação da
lordose lombar.
○ Doenças musculares:
diminuição da força dos
movimentos pélvicos e da coxa
● Marcha escarvante: paciente anda
arrastando as pontas dos dedos dos
pés no chão - paralisia da
musculatura dorsiflexora dos artelhos
(dedos dos pés) e pé.
○ Lesão dos nervos fibular e
ciático.
○ Pode ser lesão uni ou bilateral.
● Marcha parkinsoniana - membros
enrijecidos sem o movimento
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automático dos braços, a cabeça
inclinada para frente e com passos
pequenos e rápidos.
● Marcha talonante: é quando o toque
do calcanhar é feito com muita
intensidade, produzindo um som típico.
Essa marcha é insegura, e os passos
são desordenados, o paciente caminha
com as pernas afastadas uma da
outra, levantando-as em excesso para
em seguida projetá-las com energia no
solo, tocando-o com o calcanhar.
○ Lesão em cordão posterior da
medula ou no gânglio da raiz
dorsal.
Obs: a marcha em tandem é um teste e não
um tipo de marcha, nele se pede para o
paciente andar colocando o calcanhar na
ponta dos dedos do pé de trás e se houver
“presença da marcha em tandem” o paciente
não consegue realizar o teste corretamente.
Sinais
meningorradiculares
Presença de:
● Rigidex de nuca:
● Sinal de Kerning: (hemorragia
subaracnóidea - NÃO TENHO
CERTEZA).
○ Paciente deitado em decúbito
dorsal.
○ Dobra-se o joelho do paciente e
levanta-se a perna do paciente.
○ Positivo: o paciente não
consegue esticar a perna por
dor.
● Sinal de Laségue:
● Sinal de Brudzinski:
○ Paciente deitado em decúbito
dorsal.
○ Flete-se a cabeça do paciente,
em direção ao peito (tocar o
queixo no peito).
○ O paciente dobra os joelhos
automaticamente.
Movimentos
involuntários anormais
Coréia: movimentos desordenados, sem
finalidade, irregulares, bruscos, breves e
arrítmicos, principalmente de músculos
distais dos membros, rosto, línguas, pés… são
movimentos geralmente generalizados.
● Ocorre na coréia reumática, de
Huntington, vascular, infecciosa e
tóxica.
Atetose: movimentos lentos, mais discretos,
ondulares, irregulares e arrítmicos, quase
contínuos. Localizam-se nas extremidades
distais e podem atingir proximalmente.
Balismo: movimentos de grande amplitude,
abruptos, contínuos,rápidos e ritmados.
Predominam nos segmentos proximais.
Geralmente não são movimentos
generalizados.
● Lesão no núcleo subtalâmico
contralateral.
● Causas:
Espasmos faciais: espasmos involuntários
comuns em mulheres maiores de 45 anos.
Fasciculações: contrações involuntárias de
grupos de fibras musculares. São breves e
irregulares. Ocorrem nas doenças do
neurônio motor inferior, neuropatias
crônicas e radiculopatias crônicas.
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Câimbras: causas desconhecidas, associadas
à fadiga e a privação de sal.

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