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Ecologia de ecossistemas Atividade Avaliativa referente aos capítulos 22 e 24 do livro Economia da Natureza Respostas das Questões Cap.22 1- A cadeia alimentar pela qual a energia passa através do ecossistema tem muitas conexões - plantas, herbívoros e carnívoros, por exemplo denominados de níveis tróficos, em uma pirâmide de energia dentro do ecossistema, com menos energia atingindo cada nível trófico sucessivamente acima, porque a energia era perdida em cada nível por causa do trabalho executado pelos organismos naquele nível e por causa da ineficiência das transformações das energias biológicas. Assim, as plantas coletam somente uma parte d a energia da luz disponível do Sol. Os herbívoros coleta ainda menos daquela energia, porque as plantas usam uma parte do que assimilam para se manter, e esta parte não está disponível aos herbívoros como biomassa de planta. O mesmo pode ser dito dos consumidores secundários que se alimentam dos herbívoros, e de cada nível sucessivamente mais alto da cadeia alimentar. 2- Diferente da energia, a maioria da qual entra nos ecossistemas como luz e sai como calor, os nutrientes são regenerados e retidos amplamente dentro do sistema. A matéria circula através de um ecossistema após ter sido assimilada em formas inorgânicas e convertida em biomassa pelas plantas. Parte daquela matéria é passada para a cadeia alimentar, mas toda ela, por fim, retorna às formas inorgânicas pelo processo da decomposição. Os grandes nutrientes inorgânicos ciclados através do ecossistema, além do hidrogênio e oxigênio, são os elementos carbono, nitrogênio, fósforo e enxofre. A ciclagem de nutrientes é dominada pelo carbono, que é assimilado na forma de dióxido de carbono (CO2) pelas plantas através da fotossíntese, convertido em form as orgânicas e então devolvido ao ambiente como CO2 através da respiração. À medida que as concentrações de CO2 na atmosfera aumentam com a combustão de combustíveis fósseis pelos humanos, a capacidade das plantas em remover o carbono como dióxido de carbono e sequestrá-lo como carbono orgânico é de interesse vital. 3- As plantas e outros autótrofos fotossintéticos formam a base da maior parte das cadeias alimentares e são, portanto, denominados de produtor es primários do ecossistema. Os ecólogos estão interessados na taxa de produção primária (denominada de produtividade primária) porque ela determina a energia total disponível para o ecossistema. A energia total assimilada pela fotossíntese representa a produção primária bruta. As plantas usam parte dessa energia para se manter, e manter suas necessidades metabólicas através da respiração. Em consequência, a biomassa das plantas contém muito menos energia do que a energia total assimilada. A energia acumulada n a biomassa das plantas, e assim disponível aos consumidores, é denominada de produção primária líquida. 4- A resposta da fotossíntese à intensidade de luz tem dois pontos de referência. O primeiro, chamado de ponto de compensação, é o nível de intensidade de luz no qual a assimilação de energia pela fotossíntese equilibra exatamente a perda de energia pela respiração. Acima do ponto de compensação, o equilíbrio de energia da planta é positivo; abaixo do ponto de compensação, o equilíbrio é negativo. O segundo ponto de referência, chamado de ponto de saturação, é o nível de intensidade de luz acima do qual a taxa de fotossíntese não mais responde a um aumento na intensidade de luz. 5- Quando quantidades iguais de nitrogênio e fósforo são aplicadas juntas , a produção dispara. Evidentemente, as plantas anuais (gramíneas e ervas) poderiam tirar vantagem do aumento de fósforo somente na presença d e altos níveis de nitrogênio. As disponibilidades relativas de diferentes nutrientes têm que combinar com os requisitos das plantas para assegurar sua eficiência máxima. 6- A produção primária varia grandemente com a latitude. A combinação favorável de intensidade solar, temperaturas altas, chuvas abundantes e muitos nutrientes na maior parte dos trópicos úmidos resulta na mais alta produtividade da Terra. Nos ecossistemas temperados e polares, as baixas temperaturas e as longas noites de inverno reduzem a produção. A produção primária líquida por unidade de área varia muito entre os tipos de habitats aquáticos e terrestres. A produtividade da vegetação terrestre é mais alta nos trópicos úmidos e mais baixa nos habitats de tundra e deserto. Os ecossistemas de pântano e alagado, que ocupam a interface entre os habitats terrestres e aquáticos, podem produzir mais biomassa anualmente do que as florestas tropicais, porque a água está continuamente disponível e os nutrientes são rapidamente regenerados nos sedimentos lodosos que circundam as raízes das plantas. No oceano aberto, os restos de organismos mortos tendem a afundar para as profundezas, e a regeneração de nutrientes ocorre na maioria dos casos nos sedimentos do fundo do oceano. Os nutrientes são escassos nas superfícies iluminadas das águas, onde os níveis baixos de nutrientes limitam a produtividade a um décimo daquela da floresta temperada, ou até mesmo menos. As zonas de ressurgência (onde os nutrientes atingem a superfície vindo das águas profundas) e as áreas d e plataforma continental (onde os sedimentos do fundo em águas rasas trocam rapidamente nutrient es com as águas superficiais) sustentam uma produção maior. Os estuários, os recifes de coral e os leitos costeiros de algas, onde os nutrientes são geralmente abundantes e tendem a circular localmente, são os ecossistemas marinhos mais produtivos. A produção primária nos ambientes de água doce é consideravelmente mais alta do que a do oceano aberto. A produção de água doce é mais alta em rios, lagos rasos e pequenos lagos, onde os nutrientes são mais abundantes, e mais baixa em correntes límpidas e lagos profundos. 7- As plantas terrestres, especialmente as espécies lenhosas, alocam muito da sua produção para as estruturas que são difíceis de engolir, para não falar de digerir. Em consequência, mesmo que os herbívoros tenham adaptações especializadas para extrair a energia das plantas, ainda tendem a ter eficiências de assimilação baixas. A maior parte da produção das plantas terrestres é consumida como detritos - restos mortos de plantas e excretas indigeríveis de herbívoros por organismos especializados para atacar a lenha, a serapilheira de folhas e a egesta de plantas fibrosas. Este particionamento entre os herbívoros e os detritívoros estabelece duas cadeias de alimentação paralelas nas comunidades terrestres. A primeira se origina quando os animais relativamente grandes se alimentam da vegetação folhosa, frutos e sementes; a segunda quando os animais relativamente pequenos e os microorganismos consomem detritos da serapilheira e do solo. Estas cadeias alimentares separadas às vezes se misturam consideravelmente nos níveis tróficos mais altos, mas a energia dos detritos tendem a se moverpara dentro da cadeia alimentar mais lentamente do que a energia assimilada pelos herbívoros. 8- Porque a energia armazenada na biomassa viva é muito maior em ambientes de florestas. Por exemplo, as plantas nas florestas tropicais úmidas produzem matéria seca a uma taxa média de 1,8 kg por m² por ano e têm uma biomassa viva média de 42 kg por m2. Sendo assim, temos uma razão de acumulação de biomassa de 23 anos (42/ 11,8), o tempo de residência médio da biomassa nas plantas da floresta tropical. Os tempos d e residência médios para os produtores primários variam de mais de 20 anos nos ecossistemas de floresta a menos de 20 dias nos aquáticos de base fitoplanctônica. 9- Muitos estudos das eficiências ecológicas levaram à generalização de que 10% de energia são passados de um nível trófico para o seguinte. Esta não é uma lei fixa, porque diversos fatores influentes podem aumentar ou diminuir este percentual. Uma consequência simples e surpreendente desta regra de 10% é que somente 1% da energia total assimilada pelos produtores primários termina como produção no terceiro nível trófico. Muito pouca energia está disponível para sustentar os consumidores nos níveis tróficos ainda mais altos. Assim, a pirâmide de energia estreita -se muito rapidamente à medida que se sobe de um nível trófico para o próximo. Estas observações sugerem que os humanos, que já comandam uma parte tão grande da produção primária total da Terra, podem aumentar seus suprimentos alimentares principalmente ao comer mais baixo na cadeia alimentar - isto é, comendo mais produtos vegetais e menos animais. Cap. 24 1- Tipicamente, a intemperização da rocha matriz proporciona somente 10 % dos nutrientes do solo assimilados pela vegetação a cada ano. Em outras palavras, a maior parte dos nutrientes nos ecossistemas é regenerada dentro destes ecossistemas. As plantas assimilam os elementos do solo muito mais rapidamente do que a intemperização os gera do material parental. Nutrientes importantes, como o nitrogênio, o fósforo e o enxofre, são tipicamente escassos no material parental. Os detritos orgânicos se acumulam em toda parte, e mais abundantemente no solo de habitats terrestres. 2- O grosso dos nutrientes tornados disponíveis para as plantas vem da decomposição dos detritos e pequenas moléculas orgânicas no próprio solo. Em outras palavras, a maior parte dos nutrientes nos ecossistemas é regenerada dentro destes ecossistemas. Os detritos orgânicos se acumulam em toda parte, e mais abundantemente no solo de habitats terrestres. Neste habitats, partes das plantas não consumidas pelos herbívoros cobrem a superfície do solo, junto com excretas de animais e outros restos orgânicos. Os processos de decaimento decompõem os detritos, liberando os nutrientes que contêm em formas que podem ser reutilizadas pelas plantas. 3- Duas formas principais d e micorrizas são conhecidas: a micorriza arbuscular (AM) e a ectomicorriza (EcM). Os fungos AM penetram nas paredes celulares dos tecidos das raízes e formam vesículas ou estruturas ramificadas em contato íntimo com as membranas das células das raízes. Os fungos EcM encontram-se normalmente associados às plantas lenhosas. Eles formam uma densa cobertura em volta das partes externas de pequenas raízes e penetram nos espaços entre as células da camada cortical da raiz. 4- Os padrões de circulação de nutrientes diferem ao longo dos ecossistemas em parte porque os climas afetam a intemperização, as propriedades do solo e as taxas de decomposição dos detritos pelos micro-organismos. Estas diferenças são evidentes quando comparamos os ecossistemas tropicais e temperados. Os solos tropicais não retêm nutrientes muito bem porque eles tendem a ser tão profundamente intemperizados que contêm pouca argila. Em consequência, a menos que as plantas assimilam nutrientes rapidamente, eles são lavados do solo. Contudo, a despeito de seus solos pobres em nutrientes, as florestas tropicais normalmente apresentam uma produtividade primária extremamente alta. Esta alta produtividade é sustentada por: decomposição rápida dos detritos sob condições quentes e úmidas, assimilação rápida de nutrientes pelas plantas e outros organismos das camadas superiores do solo e uma retenção eficiente de nutrientes pelas plantas e seus fungos micorrízicos associados. 5- Solos com abundante matéria orgânica podem manter a fertilidade por mais tempo sob agricultura intensiva. Os solos temperados cultivados retêm matéria orgânica dez vezes mais tempo do que os tropicais, e, portanto, proporcionam um estoque mais persistente de nutrientes inorgânicos que podem ser liberados lentamente pela decomposição. 6- A decomposição é tão lenta nas florestas boreais e na tundra que camadas espessas de matéria orgânica se acumulam no solo. A decomposição é lenta em parte porque os solos estão congelados na maior parte do ano; abaixo de uma certa profundidade, os solos podem ficar permanentemente congelados . De acordo com uma estimativa, os solos permanente e sazonalmente congelados das florestas boreais em todo o mundo retêm cerca de 200-500 gigatoneladas de carbono, que representam quase 80% d a quantidade de carbono na atmosfera. Se as temperaturas dos solos boreais começarem a aumentar por causa do aquecimento global, os microorganismos do solo e os animais poderiam metabolizar uma fração substancial deste carbono do solo, que retornaria para a atmosfera como CO2 (dióxido de carbono) respirado. 7- Como a maior parte do ciclo dos elementos acontece em meios aquosos, os processos químicos e bioquímicos envolvidos não diferem notavelmente entre os ecossistemas terrestres e aquáticos. O que é distinto na maioria dos rios, lagos e oceanos é que a matéria orgânica desce até o fundo e se acumula ness as camadas profundas de água e depósitos sedimentares bentônicos, dos quais os nutrientes são regenerados e retornados para a zona de produtividade de forma relativamente lenta. Os sedimentos nos sistemas aquáticos se assemelham aos solos terrestres superficialmente, mas os papéis dos solos e os dos sedimentos no ciclo de nutrição diferem de duas formas importantes. Primeiro, a regeneração de nutrientes dos detritos terrestres acontece próximo às raízes das plantas, onde eles são assimilados. Em contrapartida, as plantas aquáticas e as algas assimilam nutrientes na zona superior d e luz solar (fótica) d a coluna de água, normalmente longe dos sedimentos onde os nutrientes são regenerados. Segundo, a decomposição de nitritos terrestres ocorre, em sua maior parte, aerobicamente, e assim relativamente rápido. Por outro lado, os sedimentos aquáticos normalmente tornam -se deplecionados de oxigênio. A falta de oxigênio retarda grandemente a maior parte das transformações bioquímicas e muda a forma pela qual alguns nutrientes são regenerados. Os sistemas aquáticos são capazes de manter uma alta produtividade somente quando os sedimentos do fundo não estão muito longe da zona fótica acima,ou algum meio existe de trazer os nutrientes regenerados naqueles sedimentos de volta para a zona fótica. 8- Os lagos naturais apresentam um amplo intervalo de produtividade, dependendo das entradas externas de nutrientes da chuva e das águas correntes e da regeneração interna de nutrientes no lago. Em lagos rasos sem um hipolímnio, os nutrientes são supridos continuamente através da ressuspensão dos sedimentos de fundo. Em lagos um tanto mais profundos, nos quais a estratificação é fraca, os fortes ventos ocasionais ou períodos incomuns de frio no verão podem iniciar uma mistura vertical. Tal mistura traz de volta nutrientes regenerados para a superfície, que estimulam a produção. Em lagos muito profundos, as águas do fundo raramente se misturam com as da superfície, e a produção depende quase inteiramente de fontes de nutrientes externas. A sobreprodução de matéria orgânica num lago ou rio (eutrofização) pode levar a um desequilíbrio quando os decompositores desta matéria orgânica em excesso consomem o oxigênio mais rápido do que ele pode ser regenerado pela fotossíntese. A decomposição oxidativa de detritos orgânicos, normalmente aumentada por esgoto bruto liberado em rios e em lagos, cria uma condição de severa depleção de oxigênio. Em suas piores manifestações, este tipo de poluição pode deplecionar o oxigênio em toda a coluna até a superfície, sufocando os peixes e outros organismos aeróbicos obrigatórios. 9- A entrada de nutrientes em excesso pode perturbar o equilíbrio dos fluxos de nutrientes nos estuários e ecossistemas marinhos rasos adjacentes, da mesma forma que pode fazer nos lagos e rios. Nos estuários, tais desequilíbrios podem ser exacerbados pela ausência de mistura vertical. A estratificação é comum onde os rios grandes espalham grandes volumes de água doce sobre a superfície do oceano. A água doce, sendo menos densa que a salgada, tende a flutuar, e assim as camadas superficiais e de fundo da água não se misturam. Os nutrientes em excesso entram nos estuários quando os rios carregam grandes quantidades de nutrientes inorgânicos e poluentes orgânicos originados de esgotos e lançamentos de fertilizantes. O resultado inicial é uma explosão de produtividade nas camadas superficiais da água. Boa parte do material orgânico recentemente produzido acaba por submergir para baixo da camada superficial, e sua decomposição pelas bactérias nas águas do fundo consome o oxigênio daquelas águas e as torna inabitáveis para muitos peixes e invertebrados. A redução do oxigênio até o ponto em que os organismos aquáticos não podem mais sobreviver é chamada de hipóxia. No Golfo do México, a hipóxia é definida como abaixo de 2 mg de oxigênio por litro de água, o nível abaixo do qual os peixes e os camarões habitantes do fundo não podem sobreviver (os níveis normais de oxigênio nestas águas excedem 10 mg/l). "Zonas mortas " hipóxicas formaram-se na maioria dos estuários do mundo, incluindo a Baía Chesapeake. A zona morta na foz do Rio Mississipi se estende por 20.000 km2 no Golfo do México ao largo da costa da Louisiana. Estas águas hipóxicas têm danificado os pesqueiros de fundo em grandes áreas, criando desastres ambientais e econômicos. 10- A produtividade primária no oceano aberto é tipicamente baixa. Algumas áreas do oceano aberto têm nitrogênio e fósforo em abundância, mas a densidade de fitoplâncton na produção primária é baixa. Estas condições indicam que a produção nestas áreas é limitada pela escassez de outros elementos, incluindo ferro e silício. O ferro é um importante componente em muitas vias metabólicas, e o silício é matéria prima para as conchas d e silicato das diatomáceas, que constituem a maior parte do fitoplâncton nos oceanos. O ferro é perdido da zona fótica quando se combina com o fósforo e precipita deixando o corpo de água, e o silício é perdido quando as diatomáceas morrem e suas conchas densas caem para o fundo.
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