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AULA 1 - DISCURSO POLÍTICO

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Plano de Aula: 1 - DISCURSO POLÍTICO 
 
 Compreender a importância do estudo da Ciência 
Política para o papel desempenhado pelo Direito na 
Sociedade. 
 Analisar a palavra política e sua função no espaço 
social. 
 Compreender a complexidade do campo político sob a 
perspectiva dos sujeitos políticos e suas ações sociais. 
 Mostrar ao aluno a importância da disciplina para a 
formação humanística e crítica sobre realidade social. 
 Apresentar ao aluno o Plano de Ensino e o Mapa 
Conceitual da disciplina. 
 “O discurso político como sistema de pensamento é o 
resultado de uma atividade discursiva que procura fundar 
um ideal político em função de certos princípios que 
devem servir de referência para a construção das opiniões 
e dos posicionamentos. 
 É em nome dos sistemas de pensamento que se 
determinam as filiações ideológicas e uma análise do 
discurso deve se dedicar a descrevê-los a partir de textos 
diversos. 
 O discurso político como ato de comunicação concerne 
mais diretamente aos atores que participam da cena de 
comunicação política, cujo desafio consiste em 
influenciar as opiniões a fim de obter adesões, rejeições 
ou consensos. 
 Ele resulta de aglomerações que estruturam parcialmente 
a ação política e constrói imaginários de filiação 
comunitária, mas dessa vez, mais em nome de um 
comportamento comum, mais ou menos ritualizado do 
que um sistema de pensamento, mesmo que este 
perpasse aquele. 
 Aqui o discurso político dedica-se a construir imagens de 
atores e a usar estratégias de persuasão e sedução 
empregando diversos procedimentos retóricos. 
 O discurso político como comentário não está 
necessariamente voltado para um fim político. 
 O propósito é o conceito político, mas o discurso 
inscreve-se em uma situação cuja finalidade está fora do 
campo da ação política: é um discurso a respeito do 
político, sem risco político. 
 Pela mesma razão, a atitude de comentar não engendra 
uma comunidade específica, a não ser ajustamentos 
circunstanciais de indivíduos por ocasião de trocas 
convencionais não voltadas exclusivamente a política. 
 Um discurso de comentário tem por particularidade não 
engajar o sujeito que o sustenta em uma ação.” 
CHARAUDEAU, Patrick. Discurso Político. São Paulo: 
Contexto, 2006, p. 47. 
 " A questão do poder e da legitimidade política tem sido 
longamente discutida, começando por Platão, passando 
por Kant até chegar, mais recentemente, a a Weber, 
Arendt, Foucault, Bourdieu e Habermas. 
 Retomaremos diversas proposições desses autores para 
tentar determinar o que é o campo político. 
 Sem exagerar a complexidade das relações de força que se 
instauram nesse campo, parece que é possível determinar 
quando são tratados simultaneamente, e em interação, as 
questões da ação política, de sua finalidade e de sua 
organização; as instâncias que são partes interessadas 
nessa ação; os valores em nome dos quais é realizada essa 
ação." CHARAUDEAU, Patrick. Discurso Político. São 
Paulo, 2006, p. 16 
 "O espaço político - e mais geralmente da sociedade - não 
corresponde necessariamente ao geográfico, mesmo se às vezes 
os dois coincidam. 
 Ele é fragmentado em diversos espaços de discussão, de 
persuasão, de decisão que ora se recortam, ora se confundem, ora 
se opõem. 
 Pode-se nesse momento falar de um espaço público como um 
espaço mais ou menos homogêneo no qual aconteceria tudo que 
diz respeito à vida em sociedade? 
 O que está em questão há muito, e em debate ainda no momento 
atual, é saber se convém diferenciar o espaço público e o espaço 
político, qual é a natureza desse espaço público e onde se situa a 
fronteira entre espaço público e privado." CHARAUDEAU, 
Patrick. Discurso Político. São Paulo, 2006, p. 23. 
 Campo é um espaço social de relações de forças, 
traduzidas na disputa de poder entre os agentes sociais, 
sendo dotado de regras e conhecimentos específicos 
(habitus) para a estruturação das relações de poder. 
 A Análise do Discurso é uma disciplina nova que nasce da 
convergência das correntes lingüísticas e os estudos sobre 
a retórica greco-romana. 
 A definição de Análise do Discurso chama as noções da 
Lingüística textual na qual os elementos da frase podem 
ser relacionados a múltiplos sensos lingüísticos, 
extralingüísticos e sociais, possibilitando-nos vislumbrar 
quais seriam as intenções nos discursos, com os seus 
ditos e não ditos; e como estes discursos são organizados 
sempre pelos três lugares formadores de sentido: a 
doutrina, a retórica e os elementos de justificação ou de 
legitimação. 
 "O sujeito, ser individual, mas também social necessita 
de referências para se inscrever no mundo dos signos e 
significar suas intenções. 
 Logo, apóia-se numa memória discursiva, numa 
memória das situações, que vão normatizar o 
comportamento das trocas linguageiras, de modo que se 
entendam e obedeçam aos “enjeux” (expectativas) 
discursivos, que persistem na sociedade e estão a guiar os 
comportamentos sociais, de acordo com contratos 
estabelecidos. 
 Ex. Um discurso político pode se realizar como um 
debate, um comício, uma entrevista, um texto escrito, 
um papo amigável do candidato, com direito a tapinhas 
nas costas etc. 
 Cada realização vai exigir uma forma diferente que está 
de acordo com a situação." CHARAUDEAU, Patrick. 
Discurso Político. São Paulo: Contexto, 2006, p.47. 
 “Legitimidade não é legalidade: se os indivíduos das 
classes mais desfavorecidas em matéria de cultura 
reconhecem quase sempre, ao menos da boca para fora, a 
legitimidade das regras estáticas propostas pela cultura 
erudita, isso não exclui que eles possam passar toda sua 
vida, de facto, fora do campo de aplicação dessas regras 
sem que estas por isso percam sua legitimidade, isto é, 
sua pretensão a serem universalmente reconhecidas. 
 A regra legítima pode não determinar em nada as condutas 
que se situam em sua área de influência, ela pode mesmo só 
ter exceções, nem por isso define modalidade da experiência 
que acompanha essas condutas e não pode deixar de ser 
pensada e reconhecida, sobretudo quando é transgredida, 
como regra das condutas culturais que se pretendem 
legítimas. 
 Em suma, a existência daquilo que chamo legitimidade 
cultural consiste em que todo indivíduo, queira ele ou não, 
admita ou não, está colocado no campo de aplicação de um 
sistema de regras que permitem qualificar e hierarquizar seu 
comportamento do ponto de vista da cultura.” BOURDIEU, 
Pierre. Campo Intelectual e Projeto Criador. In: Problemas do 
Estruturalismo. Rio de Janeiro: Zahar Editores, 1968, p. 128.