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Curso ESTUDOS DISCIPLINARES IX Teste QUESTIONÁRIO UNIDADE I Iniciado 24/03/22 21:31 Enviado 24/03/22 22:05 Status Completada Resultado da tentativa 5 em 5 pontos Tempo decorrido 34 minutos Resultados exibidos Todas as respostas, Respostas enviadas, Respostas corretas, Comentários, Perguntas respondidas incorretamente Pergunta 1 0,5 em 0,5 pontos Segundo relatório do Instituto Superior Sanitário de Roma, até 28 de abril de 2020, havia 25.215 óbitos na Itália em decorrência do coronavírus (covid-19). De acordo com os dados presentes nesse documento, foram construídos os gráficos I e II a seguir. Gráfico I. Distribuição percentual dos óbitos na Itália, por faixa etária, em decorrência do coronavírus (covid-19) até 28 de abril de 2020. Gráfico II. Percentuais de letalidade na Itália, por faixa etária, em decorrência do coronavírus (covid-19) até 28 de abril de 2020. Com base nos gráficos, assinale a alternativa correta. Resposta Selecionada: e. O gráfico I mostra os percentuais de óbitos por coronavírus (covid-19) na Itália, até 28 de abril, segundo faixas etárias, e o gráfico II mostra os percentuais de letalidade em cada faixa etária. Respostas: a. Os gráficos I e II são contraditórios, pois no gráfico I vemos que a letalidade por coronavírus (covid-19) na Itália, até 28 de abril de 2020, na faixa etária entre 80 e 89 anos, é de 40%, mas no gráfico II essa taxa é de menos de 30%. b. O gráfico II é inconsistente, pois a soma dos percentuais nele mostrados não resulta em 100%. c. O gráfico II é consistente e mostra a evolução temporal dos casos de óbito em decorrência do coronavírus (covid- 19) na Itália até 28 de abril de 2020. d. O gráfico II é consistente e mostra que o número de óbitos em decorrência do coronavírus (covid-19) na Itália, até 28 de abril de 2020, na faixa acima dos 90 anos é praticamente 2,5 vezes o número de óbitos na faixa de 60 a 69 anos. e. O gráfico I mostra os percentuais de óbitos por coronavírus (covid-19) na Itália, até 28 de abril, segundo faixas etárias, e o gráfico II mostra os percentuais de letalidade em cada faixa etária. Comentário da resposta: Resposta: E. Comentário: A- Alternativa incorreta: O gráfico I mostra que 40% de todos os casos de óbito por coronavírus (covid-19) na Itália, até 28 de abril de 2020, correspondem a pessoas na faixa etária entre 80 e 89 anos. O gráfico II mostra que na Itália, até 28 de abril de 2020, quase 30% das pessoas na faixa etária entre 80 e 89 anos que contraíram o coronavírus (covid-19) faleceram. B - Alternativa incorreta: O gráfico II mostra os percentuais de letalidade na Itália, até 28 de abril de 2020, por faixa etária. Logo, a soma dos percentuais presentes nesse gráfico não precisa resultar em 100%. C - Alternativa incorreta: O gráfico II não foi construído usando o tempo como variável. D - Alternativa incorreta: O gráfico II refere-se a percentuais, não a valores absolutos. E - Alternativa correta: O gráfico I mostra os percentuais de óbitos por coronavírus (covid-19) na Itália, até 28 de abril, segundo faixas etárias. O gráfico II mostra os percentuais de letalidade por coronavírus (covid-19) na Itália, até 28 de abril, em cada faixa etária. Pergunta 2 0,5 em 0,5 pontos Leia o texto a seguir. Autoridades pedem que americanos parem de lavar e reutilizar camisinhas. Camisinhas são feitas para serem usadas uma única vez, mas muita gente pelo visto não sabe disso. Uma das principais agências de saúde pública do mundo, o Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC na sigla em inglês), nos Estados Unidos, recentemente viu a necessidade de emitir um alerta à população. "Estamos falando porque as pessoas fazem isso: não lavem nem reusem #camisinhas. Use uma nova a cada ato #sexual", publicou a agência, ligada ao Departamento de Saúde e Serviços Humanos do governo em sua conta no Twitter. "Enquanto algumas DSTs (doenças sexualmente transmissíveis) podem ser curadas com antibióticos, se não são diagnosticadas e tratadas, podem trazer sérias consequências à saúde, como infertilidade, gravidez ectópica (gravidez anormal que ocorre fora do útero), morte do feto e risco aumentado de transmissão de HIV", diz o site do CDC. Uma revisão de estudos científicos publicada em 2012 identificou 14 erros comuns no uso de camisinha. O reuso do preservativo em um mesmo ato sexual foi identificado em quatro estudos diferentes. De 1,4% a 3,3% dos participantes relatou já ter feito isso. Reutilizar uma camisinha aumenta as chances de que ela se rompa. E lavá-la com água e sabão não adianta para livrá-la totalmente de vírus, bactérias ou esperma. Entre outras falhas frequentes, estão colocar o preservativo no meio do ato sexual ou tirá- lo antes de acabar e não desenrolar a camisinha por completo. Ou não apertar a ponta para tirar o ar que pode ficar preso ali, não checar para ver se o preservativo está danificado de alguma forma ou ainda colocá- lo do lado errado, retirá-lo, virá-lo e usar o mesmo preservativo em seguida. O uso correto e constante de preservativos, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), reduz em 80% ou mais risco de uma pessoa pegar DSTs, HIV e hepatite viral. O CDC recorda ainda que este método protege de outras doenças que também podem ser transmitidas dessa forma, como zika e ebola. A camisinha também é 98% eficaz na prevenção de gravidez quando usada corretamente, mas esse índice pode cair para 85% em situações cotidianas, com seu manuseio equivocado. Disponível em: https://www.bbc.com/portuguese/geral-45026901. Acesso em: 01 ago. 2018 (com adaptações). Com base na leitura, avalie as afirmativas. I. O reúso de preservativos, de acordo com as pesquisas, é uma prática que implica riscos, como a maior probabilidade de que a camisinha se rompa. II. Segundo o texto, 98% das mulheres que engravidam não usam preservativo. III. Conforme as pesquisas, 80% das pessoas que não usam preservativo são contaminadas com vírus e bactérias. É correto o que se afirma em: Resposta Selecionada: c. I, apenas. Respostas: a. I, II e III. b. I e II, apenas. c. I, apenas. d. II, apenas. e. I e III, apenas. Comentário da resposta: Resposta: C. Comentário: I - Afirmativa correta: O texto afirma que “reutilizar uma camisinha aumenta as chances de que ela se rompa”. II - Afirmativa incorreta: O texto afirma que a eficácia do preservativo para evitar a gravidez é de 98%. III - Afirmativa incorreta: O texto afirma que o uso do preservativo reduz em 80% o risco de serem contraídas doenças sexualmente transmissíveis. Pergunta 3 0,5 em 0,5 pontos Os gráficos a seguir apresentam a evolução das porcentagens de diferentes impostos, em relação ao total de impostos, na Argentina e no Brasil. Nos eixos verticais, temos a porcentagem em relação ao total de impostos e, nos eixos horizontais, o ano. Disponível em: http://www.oecd.org/tax/tax-policy/global-revenue-statistics- database.htm. Acesso em: 29 jun. 2018. Com base nos gráficos, avalie as afirmativas. I. Depois de 2010, tanto a Argentina quanto o Brasil apresentaram tendência de queda nos percentuais de impostos sobre bens e serviços em relação ao total de impostos. II. De 1990 a 2000, a taxa de crescimento dos percentuais dos impostos sobre lucros e rendimentos em relação ao total de impostos foi maior na Argentina do que no Brasil. III. Os dados apresentados permitem concluir que, com exceção dos impostos relativos aos lucros e aos rendimentos, a carga tributária na Argentina é maior do que a do Brasil. É correto o que se afirma em: Resposta Selecionada: a. I e II, apenas. Respostas: a. I e II, apenas. b. II e III, apenas. c. I e III, apenas. d. II, apenas. e. I, II e III. Comentário da resposta: Resposta: A.Comentário: I - Afirmativa correta: No primeiro gráfico, observa-se que as linhas referentes aos impostos sobre bens e serviços nos dois países têm declividades decrescentes. II - Afirmativa correta: No segundo gráfico, observa-se nítido crescimento da participação dos impostos sobre lucros e rendimentos na Argentina de 1990 a 2000. No Brasil, no mesmo período, há oscilações em torno do mesmo percentual. III - Afirmativa incorreta: Os gráficos apresentam os percentuais de determinados impostos no total de cada país. Não há dados absolutos para se calcular a carga tributária. Pergunta 4 0,5 em 0,5 pontos Leia o texto, publicado pela Folha de S. Paulo em 14 de setembro de 2018, e o gráfico a seguir. IDH do Brasil estagna, e país fica na 79ª posição no ranking da ONU Aumento na renda fez índice subir 0,001 ponto e chegar a 0,759 O Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) do Brasil subiu 0,001 ponto em 2017 na comparação com 2016, chegando a 0,759 numa escala que varia de 0 a 1 – quanto mais próximo de 1, maior o desenvolvimento humano. De acordo com o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud), um incremento de 0,14% na renda média per capita do brasileiro garantiu que o país continuasse avançando, mesmo timidamente, no desenvolvimento humano em 2017, apesar das desigualdades no acesso da população à saúde, educação e perspectivas econômicas ainda persistirem. O novo índice manteve o Brasil na 79ª posição no ranking que inclui 189 países. Na América Latina, o país ocupa o 5º lugar, perdendo para Chile, Argentina, Uruguai e Venezuela. O IDH da média regional da América Latina e Caribe é de 0,758. AJUSTES Quando o órgão inclui na conta um ajuste com relação a desigualdades de renda, saúde e educação, o IDH brasileiro despenca para 0,578. O Brasil tem o 9º pior coeficiente de Gini – que mede exclusivamente a renda – na comparação mundial. Entre os países da América do Sul, o Brasil é o terceiro mais afetado por esse ajuste da desigualdade, ficando atrás do Paraguai e da Bolívia. Na relação com dados colhidos desde 1990, o país registrou um crescimento de 0,81% da taxa anual do IDH, com acréscimo de mais de 10 anos na expectativa de vida, que passou a ser de 75,7 anos, e de 3,2 anos na expectativa de tempo de escolaridade de crianças a partir do ingresso nas escolas em idade regular. A média de estudos de adultos com 25 anos ou mais passou https://temas.folha.uol.com.br/reef/reportagens-e-analises/resultados-tem-correlacao-com-idh-mortalidade-infantil-ressalta-a-ineficiencia.shtml de 3,8 anos para 7,8 anos, e a renda média dos brasileiros neste mesmo período cresceu 28,6%. MUNDO Noruega (0,953), Suíça (0,944), Austrália (0,939), Irlanda (0,938) e Alemanha (0,936) lideram o ranking com os melhores resultados. Os cinco últimos países no ranking são: Burundi (0,417), Chade (0,404), Sudão do Sul (0,388), República Centro-Africana (0,367) e Níger (0,354). A Irlanda registrou um dos maiores crescimentos ao subir 13 posições de 2012 para 2017. Violência, conflitos armados e crises internas fizeram com que países como Síria, Líbia, Iêmen e Venezuela registrassem as maiores quedas do índice, respectivamente, 27, 26, 20 e 16 posições. Considerando a realidade de 1990, o IDH global aumentou 21,7% e o número de países classificados como de “muito alto desenvolvimento humano” aumentou de 12 para 59 e os de “baixo desenvolvimento humano” caiu de 62 para 38 neste período. A expectativa de vida das pessoas, ao nascer, passou de 65,4 anos em 1990 para 72,2 anos em 2017, e mais de 130 países conseguiram universalizar as matrículas de crianças no ensino primário. Mundialmente, a diferença na distribuição de renda chega a 22,6%, enquanto as desigualdades nos ganhos em educação são de 22% e em saúde, 15,2%. Disponível em: https://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/2018/09/idh-do-brasil-estagna-e- pais-fica-na-79a-posicao-no-ranking-da-onu.shtml. Acesso em: 14 set. 2018. Disponível em: https://g1.globo.com/mundo/noticia/em-79-lugar-brasil-estaciona-no- ranking-de-desenvolvimento-humano-da-onu.ghtml. Acesso em: 19 set. 2018. Com base na leitura, avalie as afirmativas. I. Segundo o gráfico, a maior taxa de crescimento anual do IDH do Brasil ocorreu de 2013 para 2014, quando o país atingiu seu máximo valor desse índice, igual a 0,754. II. De acordo com o texto, a posição do Brasil é mais negativamente afetada pelo IDH ajustado à desigualdade de renda, saúde e educação do que a posição da Venezuela. III. Em termos de médias mundiais, conforme dito no texto, desde 1990, houve aumento no IDH global, elevação na expectativa de vida das pessoas ao nascer e acréscimo no número de matrículas de crianças no ensino primário, o que contradiz a ideia de haver diferenças na distribuição de renda e no acesso à saúde e à educação. É correto o que se afirma em: Resposta Selecionada: c. II, apenas. Respostas: a. I, II e III. https://www1.folha.uol.com.br/mundo/2015/12/1721339-cinco-razoes-para-nao-ser-tao-fa-da-noruega-o-melhor-pais-para-se-viver.shtml https://www1.folha.uol.com.br/esporte/2018/07/suecia-ou-suica-teste-os-seus-conhecimentos-sobre-os-adversarios-nas-oitavas.shtml b. I e II, apenas. c. II, apenas. d. II e III, apenas. e. I, apenas. Comentário da resposta: Resposta: C. Comentário: I - Afirmativa incorreta. O período em que a taxa de crescimento do IDH brasileiro foi maior ocorreu de 2012 a 2013. É possível identificar isso pela inclinação da reta. II - Afirmativa correta. O texto afirma que, quando o órgão inclui na conta um ajuste com relação a desigualdades de renda, saúde e educação, o IDH brasileiro despenca para 0,578. III - Afirmativa incorreta. O aumento da expectativa de vida ou do valor média global do IDH e o acréscimo no número de matrículas de crianças no ensino primário, afirmados pelo texto, não impedem que haja má distribuição de renda ou inadequadas condições de vida dos grupos sociais. Pergunta 5 0,5 em 0,5 pontos Leia o texto a seguir. Sustentabilidade da Amazônia é fator-chave para frear mudanças climáticas Karina Toledo - Agência FAPESP O combate ao desmatamento da Amazônia e a promoção de iniciativas de reflorestamento em larga escala visando a aumentar o armazenamento de carbono na biosfera terrestre são estratégias essenciais para evitar o agravamento das mudanças climáticas, segundo avaliação feita pelos participantes da 5ª Conferência Regional sobre Mudanças Climáticas Globais na tarde de 05/06/2018. O painel dedicado ao tema “Florestas Tropicais e Sustentabilidade” foi coordenado por Thelma Krug, membro do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) e vice-presidente do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC). A pesquisadora apresentou dados divulgados em 2014, no Quinto Relatório de Avaliação do IPCC, e destacou a importante contribuição das florestas tropicais como sumidouros de carbono, ou seja, para a absorção de parte do CO 2 emitido pelas atividades humanas. “Das emissões totais anuais, 30% aproximadamente acabam retornando para a biosfera terrestre e outros 30% são sequestrados pelos oceanos. Cerca de 40% permanecem na atmosfera. O CO 2 é considerado um dos gases mais críticos, pois cerca de 30% permanecem por mais de cem anos na atmosfera”, disse. Segundo Krug, na última década, houve mudança significativa nas fontes de emissões antrópicas de CO 2 devido a dois fatores principais: iniciativas de reflorestamento em larga escala adotadas na China e a significativa queda no desmatamento da Amazônia registrada a partir de 2004. “O desmatamento era o nosso grande vetor de emissões e hoje passou a ser a agricultura e a geração de energia”, afirmou. Krug lembrou ainda que, na conferência que antecedeu a assinatura do Acordo de Paris, em 2015, o Brasil comprometeu-se a reduzir em 37% as emissões até 2025, tendo comoponto de partida as emissões de 2005, podendo chegar à redução de 43% até 2030. “O Brasil fez o exercício de dizer como seria possível atingir essa meta e a mudança no uso da terra tem contribuição significativa. Isso inclui combate ao desmatamento ilegal na Amazônia, recuperação de florestas e áreas degradadas e reflorestamento”, disse. Carlos Nobre, coordenador do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia para Mudanças Climáticas, falou sobre como os impactos causados pela mudança no uso da terra podem prejudicar a capacidade da floresta amazônica de se autossustentar. Nobre comentou sobre sua participação em pesquisas que permitiram levantar a hipótese da savanização da floresta. Segundo essa teoria, se o desmatamento atingir determinado limite, em torno de 40%, a alteração no clima regional será tão profunda que a área desmatada nunca voltará a ser uma floresta e assumirá características de savana. Falou ainda sobre projeções mais recentes que levaram em conta, além do desmatamento, outros fatores que começaram a impactar o ciclo hidrológico amazônico, como as mudanças climáticas e o uso indiscriminado do fogo por agropecuaristas durante períodos secos – com o objetivo de eliminar árvores derrubadas e limpar áreas para transformá-las em lavouras ou pastagens. Segundo Nobre, a combinação desses três fatores indica que o novo ponto de inflexão a partir do qual ecossistemas na Amazônia Oriental, Sul e Central podem deixar de ser floresta seria atingido se o desmatamento alcançar entre 20% e 25% da floresta original – algo que está muito perto de ocorrer, segundo o pesquisador. “Até 2004, havia uma ideia clara entre os economistas de que o desmatamento era controlado pela demanda de grãos e proteína animal e de que a economia controlava a taxa de ocupação na Amazônia. Mas tivemos uma política muito bem-sucedida a partir de 2004, reforçada em 2008, e com muita vigilância e conscientização o desmatamento despencou. No entanto, o preço da carne e da soja continuou a subir, e a produção agrícola só aumentou no período. Isso mostra que há um desacoplamento entre os dois fatores”, disse. Mortes precoces Paulo Moutinho, do Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (Ipam), também destacou a importância da ciência para extinguir o desmatamento na maior floresta tropical do planeta. Segundo o pesquisador, a área já desmatada equivale a duas vezes o tamanho da Alemanha ou do Estado de São Paulo – cerca de 74 milhões de hectares. Desse total, 65% são usados em pastagens de baixa eficiência. “O desmatamento ocorrido entre 2007 e 2016 [7.502km 2] adicionou R$453 milhões em valor bruto da produção agropecuária, o que equivale a 0,013% do Produto Interno Bruto (PIB) médio no período”, disse. Por outro lado, acrescentou, o desmate causou centenas de mortes precoces devido às queimadas e um gasto de R$ 15 milhões para o Sistema Único de Saúde (SUS) com o tratamento de doenças relacionadas à fumaça, gerou conflitos sociais e provocou aumento de 0,5ºC nas temperaturas da bacia do Xingu. “Não há motivos que justifiquem a derrubada da floresta. Sabemos como fazer, já derrubamos as taxas. Mas agora estamos estagnados”, afirmou. Disponível em: http://agencia.fapesp.br/sustentabilidade-da-amazonia-e-fator-chave-para- frear-mudancas-climaticas/27974/. Acesso em: 19 set. 2018 (com adaptações). Com base na leitura, avalie as afirmativas. I. Desde 2014, observa-se queda no desmatamento da Amazônia, com a implantação de ações de recuperação de florestas e áreas degradadas e de reflorestamento, mas isso não impediu que o Brasil continuasse a contribuir com emissões de CO 2 em função das atividades nos campos da agropecuária e da geração de energia. II. Segundo a teoria da savanização da floresta, quando o desmatamento alcança certo limite, em torno de 40%, as mudanças no clima regional são suficientemente severas para que a área desmatada não retorne a ser uma floresta e adquira características de savana. Por isso, os compromissos assumidos pelo Brasil na conferência que antecedeu o Acordo de Paris, em 2015, não terão as consequências esperadas. III. A área da Amazônia já desmatada, em torno de 74 milhões de hectares, é equivalente ao dobro do tamanho da Alemanha ou do Estado de São Paulo. O desmatamento ocorrido entre 2007 e 2016 gerou perdas de R$ 453 milhões em valores brutos da produção agropecuária, provocou aumento de 0,5 ºC nas temperaturas da bacia do Xingu e causou centenas de mortes precoces devido às queimadas, com gastos de R$ 15 milhões para o Sistema Único de Saúde (SUS) no tratamento de doenças relacionadas à fumaça. É correto o que se afirma apenas em: Resposta Selecionada: e. I. Respostas: a. II. b. I e II. c. I e III. d. II e III. e. I. Comentário da resposta: Resposta: E. Comentário: I - Afirmativa correta: Segundo o texto, houve significativa queda no desmatamento da Amazônia registrado a partir de 2004. II - Afirmativa incorreta: De acordo com a teoria da savanização, se o desmatamento atingir em torno de 40%, a alteração no clima regional será tão profunda que a área desmatada nunca voltará a ser uma floresta e assumirá características de savana. No entanto, isso ainda não ocorreu no Brasil e não tem impacto sobre os compromissos assumidos pelo país. III - Afirmativa incorreta: O desmatamento no período de 2007 a 2016 adicionou R$ 453 milhões em valor bruto da produção agropecuária, o que equivale a 0,013% do Produto Interno Bruto (PIB). Pergunta 6 0,5 em 0,5 pontos Leia o texto 1, do livro Os nascimentos, de Eduardo Galeano, que narra pensamentos e mitos dos povos pré-colombianos, e o texto 2, da filósofa Marliena Chauí. Texto 1 – O FOGO As noites eram de gelo e os deuses tinham levado o fogo embora. O frio cortava a carne e as palavras dos homens. Eles suplicavam, tiritando, com a voz quebrada; e os deuses se faziam de surdos. Uma vez lhes devolveram o fogo. Os homens dançaram de alegria e alçaram cânticos de gratidão. Mas, de repente, os deuses enviaram chuva e granizo e apagaram as fogueiras. Os deuses falaram e exigiram: para merecer o fogo, os homens deveriam abrir peitos com um punhal de pedra e entregar corações. Os índios quichés ofereceram o sangue de seus prisioneiros e se salvaram do frio. Os cakchiqueles não aceitaram o preço. Os cakchiqueles, primos dos quichés e também herdeiros dos maias, deslizaram com pés de pluma através da fumaça, roubaram o fogo e o esconderam nas covas de suas montanhas. GALEANO, E. Os nascimentos. Porto Alegre: LP&M, 2010. Texto 2 O antropólogo Claude Lévi-Strauss estudou o “pensamento selvagem” para mostrar que os chamados selvagens não são atrasados nem primitivos, mas operam com o pensamento mítico. O mito e o rito, escreve Lévi-Strauss, não são lendas nem fabulações, mas uma organização da realidade a partir da experiência sensível enquanto tal. Para explicar a composição de um mito, Lévi-Strauss refere-se a uma atividade que existe em nossa sociedade e que, em francês, se chama bricolage. O que faz um bricoleur, ou seja, quem pratica bricolage? Produz um objeto novo a partir de pedaços e fragmentos de outros objetos. Vai reunindo, sem um plano muito rígido, tudo o que encontra e que serve para o objeto que está compondo. O pensamento mítico faz exatamente a mesma coisa, isto é, vai reunindo as experiências, as narrativas, os relatos, até compor um mito geral. Com esses materiais heterogêneos, produz a explicação sobre a origem e a forma das coisas, suas funções e suas finalidades, os poderes divinos sobre a Natureza e sobre os humanos. O mito possui, assim, três características principais, citadas a seguir. 1. Função explicativa: o presente é explicado por alguma ação passada cujos efeitos permaneceram no tempo. Por exemplo, uma constelação existe porque, no passado, crianças fugitivas e famintas morreram na floresta e foram levadas aocéu por uma deusa que as transformou em estrelas; as chuvas existem porque, nos tempos passados, uma deusa apaixonou-se por um humano e, não podendo unir-se a ele diretamente, uniu-se pela tristeza, fazendo suas lágrimas caírem sobre o mundo etc. 2. Função organizativa: o mito organiza as relações sociais (de parentesco, de alianças, de trocas, de sexo, de idade, de poder etc.) de modo a legitimar e garantir a permanência de um sistema complexo de proibições e permissões. Por exemplo, um mito como o de Édipo existe (com narrativas diferentes) em quase todas as sociedades selvagens e tem a função de garantir a proibição do incesto, sem a qual o sistema sociopolítico, baseado nas leis de parentesco e de alianças, não pode ser mantido. 3. Função compensatória: o mito narra uma situação passada, que é a negação do presente e que serve tanto para compensar os humanos de alguma perda como para garantir-lhes que um erro passado foi corrigido no presente, de modo a oferecer uma visão estabilizada e regularizada da Natureza e da vida comunitária. Por exemplo, entre os mitos gregos, encontra-se o da origem do fogo, que Prometeu roubou do Olimpo para entregar aos mortais e permitir-lhes o desenvolvimento das técnicas. Numa das versões desse mito, narra-se que Prometeu disse aos homens que se protegessem da cólera de Zeus realizando o sacrifício de um boi, mas que se mostrassem mais astutos do que esse deus, comendo as carnes e enviando-lhe as tripas e gorduras. Zeus descobriu a artimanha e os homens seriam punidos com a perda do fogo se Prometeu não lhes ensinasse uma nova artimanha: colocar perfumes e incenso nas partes dedicadas ao deus. CHAUÍ, M. Convite à filosofia. São Paulo: Ática, 1994 (com adaptações). Com base na leitura, avalie as afirmativas. I. O mito dos povos pré-colombianos em relação ao surgimento do fogo não coincide com o mito grego de Prometeu, o que comprova a invalidade do mito na sua função explicativa dos fenômenos naturais. II. De acordo com o antropólogo Lévi-Strauss, os mitos não são fabulações, eles correspondem a uma explicação racional e verdadeira do universo e, por isso, não se pode considerar que os povos indígenas são atrasados. III. O mito narrado no texto 1 cumpre a função explicativa do domínio do fogo pelos humanos e, também, revela diferentes comportamentos dos povos em relação ao mesmo dilema. IV. Tanto no texto 1 quanto no texto 2, o mito sobre o domínio do fogo baseia-se em uma artimanha humana para enganar os deuses. É correto o que se afirma somente em: Resposta Selecionada: e. III e IV. Respostas: a. II, III e IV. b. I e II. c. II e IV. d. II e III. e. III e IV. Comentário da resposta: Resposta: E. Comentário: I - Afirmativa incorreta: Os mitos de diferentes povos, enquanto forma de organizar e explicar a realidade, não devem coincidir, pois eles não têm a pretensão de ser uma verdade científica. II - Afirmativa incorreta: O antropólogo não afirma que os mitos são uma explicação racional e verdadeira do universo. Para ele, trata-se de uma “organização da realidade a partir da experiência sensível”. III - Afirmativa correta: O mito relatado explica o domínio do fogo pelos homens e conta como os diferentes povos fizeram para obtê-lo. IV - Afirmativa correta: No mito do texto 1, os homens roubam o fogo, enganando os deuses. No texto 2, Prometeu vale-se de artimanhas para ludibriar Zeus. Pergunta 7 0,5 em 0,5 pontos Leia a reportagem a seguir, publicada na edição nº 428 da revista Saúde é Vital. O elo entre ZIKA VÍRUS e microcefalia https://eur01.safelinks.protection.outlook.com/?url=https%3A%2F%2Fsaude.abril.com.br%2Ftv-saude%2Fsaude-em-90-segundos%2Fo-que-e-o-zika%2F&data=02%7C01%7C%7Cccff112b14f74eff151a08d5b5391bd1%7C84df9e7fe9f640afb435aaaaaaaaaaaa%7C1%7C0%7C636614179238209824&sdata=2COJ%2B0xIjCs5aC%2F2hyVfR4%2Fb7Bys9vRYa9UF59UTA00%3D&reserved=0 Um dos dramas mais recentes na saúde brasileira foi o aparecimento do zika, vírus transmitido pelo mosquito Aedes aegypti, o mesmo vetor da dengue. No Nordeste do país, o ataque do vírus se fez sentir de uma maneira ainda mais trágica: ao infectar gestantes, o vírus induzia a malformação do sistema nervoso do feto, provocando a chamada microcefalia. Figura central no estabelecimento dessa associação foi a epidemiologista Celina Turchi, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). Ela capitaneou o estudo de caso, inédito no planeta, que confirmou as suspeitas de que o zika, e não outros fatores, era responsável por alterações fisiológicas e estruturais no sistema nervoso dos bebês em desenvolvimento. Estava batido o martelo: o vírus era o causador dos casos de microcefalia. Disponível em: https://saude.abril.com.br/medicina/amamentacao-hpv-e-zika- protagonizam-premiacao-nacional/. Acesso em: 08 maio 2018. Com base na leitura, avalie as afirmativas. I. A pesquisa da Fiocruz foi realizada com 32 crianças com microcefalia e 64 crianças sem microcefalia, ou seja, 50% das crianças estudadas eram portadoras da doença. II. De acordo com os estudos liderados por Celina Turchi, o vírus zika, disseminado principalmente pela picada do mosquito Aedes aegypti, é o causador dos casos de microcefalia, e essa doença é da mesma família da dengue e da febre amarela. III. Pela reportagem, estima-se que mais de 20% dos casos de infecção por zika no mundo ocorreram no Brasil. É correto o que se afirma apenas em: Resposta Selecionada: c. III. Respostas: a. I e III. b. II. c. III. d. II e III. e. I, II e III. Comentário da resposta: Resposta: C. Comentário: I – Afirmativa incorreta: A pesquisa da Fiocruz foi realizada com 32 crianças com microcefalia e 64 crianças sem a doença. Ou seja, o número total de crianças avaliadas foi igual a 96, que é a soma de 32 e 64 (32+64=96). Logo, 33,3% das crianças estudadas eram portadoras da doença, pois: Pode ser visto, na imagem da reportagem, que menos da metade das crianças estudadas eram afetadas pela microcefalia, ou seja, menos de 50% dessas crianças eram portadoras da doença. II – Afirmativa incorreta: Segundo os estudos conduzidos por Celina Turchi, o vírus zika, transmitido principalmente pela picada do mosquito Aedes aegypti, é o causador dos casos de microcefalia. No entanto, o vírus zika é da mesma família dos vírus causadores da dengue e da febre amarela, o que é diferente de dizer que a microcefalia é da mesma família da dengue e da febre amarela. III – Afirmativa correta: Na imagem, é mostrado que foram notificados 209 mil (209.000) casos de infecção por zika no Brasil, em 1 milhão (1.000.000) de casos no mundo. Logo, 20,9% dos casos de infecção por zika no mundo correspondem a notificações de ocorrências no Brasil, pois: Além disso, podem existir casos não notificados no Brasil. Assim, mais de 20% dos casos de infecção por zika no mundo ocorreram no Brasil. Pergunta 8 0,5 em 0,5 pontos (Enade 2017 – com adaptações) Leia o texto a seguir. O sistema de tarifação de energia elétrica funciona com base em três bandeiras. Na bandeira verde, as condições de geração de energia são favoráveis, e a tarifa não sofre acréscimo. Na bandeira amarela, a tarifa sofre acréscimo de R$ 0,020 para cada kWh consumido, e na bandeira vermelha, condição de maior custo de geração de energia, a tarifa sofre acréscimo de R$ 0,035 para cada kWh consumido. Assim, para saber o quanto se gasta com o consumo de energia de cada aparelho, basta multiplicar o consumo em kWh do aparelho pela tarifa em questão. Disponível em: http://www.aneel.gov.br. Acesso em: 17 jul.2017 (com adaptações). Na tabela a seguir, são apresentadas a potência e o tempo de uso diário de alguns aparelhos eletroeletrônicos usuais em residências. Disponível em: https://www.educandoseubolso.blog.br. Acesso em: 17 jul.2017 (com adaptações).Considerando as informações do texto, os dados apresentados na tabela, uma tarifa de R$ 0,50 por kWh em bandeira verde e um mês de 30 dias, avalie as afirmativas. I. Em bandeira amarela, o valor mensal do gasto com energia elétrica para um chuveiro de 3.500 W seria de R$ 1,05 e de R$ 1,65 para um chuveiro de 5.500 W. II. Deixar um carregador de celular e um modem de internet em stand- by conectados na rede de energia durante 24 horas por dia representa um gasto mensal de R$ 5,40 na tarifa de energia elétrica em bandeira verde, e de R$ 5,78, em bandeira amarela. III. Em bandeira verde, o consumidor gastaria mensalmente R$ 3,90 a mais na conta de energia elétrica em relação a cada lâmpada incandescente usada no lugar de uma lâmpada LED. É correto o que se afirma em: Resposta Selecionada: b. III, apenas. Respostas: a. II, apenas. b. III, apenas. c. I e II, apenas. d. I e III, apenas. e. I, II e III. Comentário da resposta: Resposta: B. Comentário: No texto introdutório da questão, é dito que o sistema de tarifação de energia elétrica opera com três bandeiras: verde, amarela e vermelha. As condições relativas a cada uma dessas bandeiras estão indicadas a seguir. Foi dito que, em bandeira verde, a tarifa é de R$ 0,500 por kWh consumido. Logo, as tarifas referentes a cada tipo de bandeira são as mostradas na tabela a seguir. Sabendo os valores das tarifas para cada tipo de bandeira (em R$ por kWh consumido) e conhecendo as potências (em kW) e os tempos de usos diários (em horas) dos aparelhos mostrados na tabela do enunciado, podemos analisar as afirmativas da questão. I – Afirmativa incorreta: Para sabermos os valores mensais, em bandeira amarela, do gasto com energia elétrica para um chuveiro de 3.500 W e para um chuveiro de 5.500 W, fazemos, para cada um dos aparelhos, a multiplicação da potência do chuveiro (em kW) pelo seu tempo diário de uso (em horas), pelo número de dias em um mês (30 dias) e pelo valor da tarifa em bandeira amarela (R$ 0,520 por kWh consumido). Para o chuveiro de 3.500 W, em bandeira amarela, temos o gasto mensal de R$ 27,30, pois: Para o chuveiro de 5.500 W, em bandeira amarela, temos o gasto mensal de R$ 42,90, pois: II – Afirmativa incorreta: Para sabermos os valores mensais, em bandeira amarela, dos gastos com energia elétrica para um carregador de celular e um modem de internet em stand-by conectados na rede de energia durante 24 horas por dia, fazemos, para cada um deles, a multiplicação da potência do aparelho (em kW) pelo seu tempo diário de uso (24 horas), pelo número de dias em um mês (30 dias) e pelo valor da tarifa em bandeira amarela (R$ 0,520 por kWh consumido), para o carregador de celular, em bandeira amarela, temos o gasto mensal de R$ 3,74: Para o modem de internet em stand-by, em bandeira amarela, temos o gasto mensal de R$ 18,72: Para os dois aparelhos (carregador de celular e modem de internet em stand-by), em bandeira amarela, temos o gasto mensal de R$ 22,46: Para sabermos os valores mensais, em bandeira verde, dos gastos com energia elétrica para um carregador de celular e um modem de internet em stand-by conectados na rede de energia durante 24 horas por dia, fazemos, para cada um deles, a multiplicação da potência do aparelho (em kW) pelo seu tempo diário de uso (24 horas), pelo número de dias em um mês (30 dias) e pelo valor da tarifa em bandeira amarela (R$ 0,500 por kWh consumido). Para o carregador de celular, em bandeira verde, temos o gasto mensal de R$ 3,60: Para o modem de internet em stand-by, em bandeira verde, temos o gasto mensal de R$ 18,00: Para os dois aparelhos (carregador de celular e modem de internet em stand-by), em bandeira verde, temos o gasto mensal de R$ 21,60: III – Afirmativa correta: Para sabermos os valores mensais, em bandeira verde, dos gastos com energia elétrica para uma lâmpada incandescente e para uma lâmpada LED, fazemos, para cada uma delas, a multiplicação da potência do aparelho (em kW) pelo seu tempo diário de uso (em horas), pelo número de dias em um mês (30 dias) e pelo valor da tarifa em bandeira verde (R$ 0,500 por kWh consumido). Para a lâmpada incandescente, em bandeira verde, temos o gasto mensal de R$ 4,50: Para a lâmpada de LED, em bandeira verde, temos o gasto mensal de R$ 0,60: Se fizermos a diferença entre R$ 4,50 e R$ 0,60, ficamos com R$ 3,90: Essa diferença de R$ 3,90 é o valor que o consumidor gastaria mensalmente a mais com energia elétrica, na bandeira verde, para cada lâmpada incandescente usada no lugar de uma lâmpada LED. Pergunta 9 0,5 em 0,5 pontos Leia o texto a seguir. Bolo de rolo O bolo de rolo, uma espécie de rocambole com camadas finíssimas de pão de ló, é um doce brasileiro, originário de Pernambuco, reconhecido como patrimônio cultural e imaterial do Estado, em 2007, pela Lei Ordinária n. 379. Considerado como uma das especialidades típicas da cozinha pernambucana, assim como o famoso bolo Souza Leão (também reconhecido como patrimônio cultural e imaterial de Pernambuco, em 2008), o bolo de rolo derivou-se do bolo português conhecido como c olchão de noiva, que era recheado com amêndoas. No Brasil, o colchão de noiva foi se transformando e sofrendo adaptações devido à falta de ingredientes das receitas originais na região Nordeste. O recheio de amêndoas acabou sendo substituído por goiabada, de preferência feita em casa. A massa passou a ser enrolada em camadas cada vez mais finas. Ao final, o bolo ficou parecido com um rolo, daí a origem do seu nome. Era servido como sobremesa ou lanche. Um visitante ilustre não poderia sair de uma casa sem degustar uma fatia de bolo de rolo. Dessa maneira, foi sendo utilizado como forma de estreitar os laços de amizades, como forma de agradecimento, como presente e até para “amolecer corações”. Até o papa João Paulo II, quando da visita ao Recife, em 1980, provou uma fatia. Passando a ser cada vez mais conhecido e divulgado, o bolo de rolo ganhou fama e começou a ser feito em praticamente todos os estados do Nordeste brasileiro, embora o original de Pernambuco guarde características diferentes tanto no sabor como na maneira de fazer. Turistas, e até pessoas de outros estados, "encomendam" o doce a algum amigo ou parente quando têm oportunidade. Hoje, o bolo de rolo e o Souza Leão são receitas protegidas, conservadas e valorizadas por sua importância histórica, cultural e gastronômica para o país. Disponível em: http://basilio.fundaj.gov.br/pesquisaescolar/index.php?option=com_content&view=article&i d=468&Itemid=1. Acesso em: 03 ago. 2018 (com adaptações). Com base na leitura, avalie as afirmativas. I. A adaptação às condições da natureza brasileira provocou mudanças na receita do bolo colchão de noiva e deu origem à produção do bolo de rolo, iguaria reconhecida como tipicamente pernambucana. II. A Lei Ordinária n. 379/2007 visa a proteger o direito do estado de Pernambuco de ser o único produtor nacional do bolo de rolo, do bolo Souza Leão e do bolo colchão de noiva. III. O bolo de rolo pernambucano representa tradições que se mantiveram inalteradas ao longo do tempo, o que garantiu ao doce ser hoje uma receita protegida, conservada e valorizada por sua importância histórica, cultural e gastronômica para o Brasil. É correto o que se afirma somente em: Resposta Selecionada: d. I. Respostas: a. I e II. b. I e III. c. III. d. I. e. II. Comentário da resposta: Resposta: D. Comentário: I - Afirmativa correta: O texto afirma que a origem do bolo de rolo é o c olchão de noiva, que foi sofrendo adaptações devido à falta de ingredientes das receitas originais na região Nordeste. II - Afirmativa incorreta: A lei citada não estabelece a exclusividade de Pernambucona produção da iguaria. Apenas reconhece o doce como patrimônio cultural e imaterial. III - Afirmativa incorreta: As tradições não se mantiveram inalteradas. Pergunta 10 0,5 em 0,5 pontos Leia a reportagem e o gráfico a seguir, publicados na edição Nº 265 da revista Pesquisa Fapesp. Estratégia de entrada: Em menos de uma década, nova dinâmica dos fluxos migratórios e características da legislação fizeram solicitações de refúgio no Brasil crescer 34 vezes Entre 2010 e 2017, as solicitações de refúgio no Brasil passaram de 966 para 33 mil ao ano. Se, no início desta década, os haitianos eram os responsáveis pela maior parte das solicitações (442, ou 46%), atualmente o fluxo dos venezuelanos representa a maior demanda, somando 17 mil pedidos encaminhados ao governo brasileiro apenas no ano passado. (...) Para ter o reconhecimento do status de refugiado, o imigrante deve comprovar que sofre “fundados temores de perseguição por motivos de raça, religião, nacionalidade, grupo social ou opiniões políticas ou grave e generalizada violação de direitos humanos” em seu país de origem. O processo de entrada de haitianos, a partir de 2010, permite entender como a modalidade do refúgio, em algumas situações, pode funcionar como estratégia de ingresso no Brasil. Os haitianos chegaram após o terremoto ocorrido naquele ano e que provocou a morte de 316 mil pessoas no país caribenho. Os primeiros imigrantes cruzaram a fronteira pelo Acre ou Amazonas. Em 2010, 442 haitianos solicitaram refúgio. Em 2011, foram 2,5 mil. Enquanto aguardavam julgamento, todos tiveram direito à residência e carteira de trabalho. (...) Entre 2012 e 2014, as solicitações de refúgio de haitianos saltaram de 3,3 mil para 16,7 mil. Reportagem publicada em fevereiro de 2018 pelo jornal O Globo, com base em informações da Polícia Federal, mostrou que, em 45 dias, 18 mil venezuelanos solicitaram refúgio, valor superior ao total registrado em todo o ano de 2017. Estima-se hoje que entre 40 mil e 60 mil venezuelanos vivam em Boa Vista, município com 350 mil habitantes e capital de Roraima, estado que faz fronteira com a Venezuela. Nem todos, no entanto, desejam se estabelecer no Brasil. “Alguns tentam permanecer próximos à fronteira, para levar dinheiro, alimentos e remédios e visitar familiares que ficaram no país de origem, enquanto outros planejam regressar à Venezuela”, avalia João Carlos Jarochinski Silva, professor de relações internacionais da UFRR. (...) “Muitos venezuelanos imigram ao Brasil para fugir da fome, da inflação e da violência, porém outros abandonam o país de origem porque sofrem perseguição política, o que garante o reconhecimento como refugiado. O governo precisa analisar cada caso individualmente antes de deferir o pedido”, explica. O aumento do fluxo de solicitações de refúgio por parte de venezuelanos é recente e a maioria das demandas ainda não foi julgada. Disponível em: http://revistapesquisa.fapesp.br/2018/03/20/estrategia-de- entrada/. Acesso em: 05 ago. 2018 (com adaptações). Considerando o texto e as informações apresentadas no gráfico, avalie as afirmativas. I. O total de solicitações de refúgio no Brasil em 2010 corresponde a aproximadamente 3% do total de solicitações em 2017. II. Segundo o gráfico, o período de 2014 a 2015 apresentou o maior aumento relativo de pedidos de refúgio pelos venezuelanos. No período, o número de pedidos por cidadãos desse país saltou de 209 para 829. III. O gráfico indica que, em 2016, havia menos refugiados vivendo no Brasil do que em 2015. IV. O texto diferencia os termos imigrantes e refugiados, indicando que a condição de refugiado implica a impossibilidade de voltar ao país de origem devido a algum tipo de perseguição. É correto o que se afirma somente em: Resposta Selecionada: a. I e IV. Respostas: a. I e IV. b. II e III. c. III e IV. d. I, II e IV. e. I e III. Comentário da resposta: Resposta: A. Comentário: I - Afirmativa correta: De acordo com o texto, entre 2010 e 2017, as solicitações de refúgio no Brasil aumentaram de 966 para 33 mil ao ano. Isso significa que o número de 2010 é aproximadamente 3% do registrado em 2017: (966/33.000)x100=2,92%. II - Afirmativa incorreta: O maior aumento aconteceu no período de 2015 a 2016: o número de solicitações passou de 829 para 3.375, o que representa elevação percentual de 307%, conforme calculado a seguir. III - Afirmativa incorreta: O gráfico mostra redução nos pedidos de refúgios, não no número de imigrantes que vivem no Brasil. IV - Afirmativa correta: Segundo o texto, para ser considerado refugiado, o imigrante deve comprovar que sofre “fundados temores de perseguição por motivos de raça, religião, nacionalidade, grupo social ou opiniões políticas ou grave e generalizada violação de direitos humanos”.
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