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UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE – UNIDADE DE VOLTA REDONDA INSTITUTO DE CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS – ICHS PROGRAMA NACIONAL DE FORMAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA – PNAP/UAB BACHARELADO EM ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA Fundação Centro de Ciências e Educação Superior a Distância do Estado do Rio de Janeiro Centro de Educação Superior a Distância do Estado do Rio de Janeiro Avaliação à distância – AD1 Período - 2021.2 Disciplina: ADMINISTRAÇÃO ESTRATÉGICA Coordenador: Márcio M. Abdalla Tutor: Marcellus Bastos Aluno: Katiane Ribeiro Matrícula: 19113110437 Polo: Nova Iguaçu Estabeleça um debate (sustentado por referências) sobre a confusão que se estabelece entre Estratégia Organizacional (pública) e Política Partidária. Comumente, a Política Partidária confunde-se com Estratégia organizacional, sendo assim, importante fazer a diferenciação entre ambas. Estratégia organizacional é segundo Michael Porter, um posicionamento de valor único diante dos clientes da organização; a realização de atividades diferente, ou de atividades semelhantes realizadas de forma diferente; as escolhas, ou seja, o que a organização opta por fazer e o que opta por não fazer. No âmbito público, estratégia organizacional liga-se ao planejamento estratégico, que por sua vez, permite que a organização realize escolhas as quais são previamente estabelecidas na definição da Missão, ou seja, na razão de ser da organização. Isto garante o foco previamente na prestação de seus serviços à sociedade. Dessa forma, estratégia organizacional nada mais é do que uma forma de direcionar a organização a um caminho a ser traçado, aproveitando os recursos disponíveis. Isto funciona através de métodos que asseguram a plena execução das políticas públicas e programas estratégicos para a gestão organizacional do Estado. Este processo é formalizado e de longo, com objetivo de atingir os objetivos organizacionais. Já a política partidária é a execução da política por meio das ideologias partidárias, com ideais antagônicos aos opositores políticos. Segundo Freitas (2018), a disputa política partidária é caracterizada como conflitoso, em que a relação antagônica emerge no sentido de produzir discursos que busquem desconstruir a imagem discursiva de seus adversários, se baseando assim na teoria do Discurso de Lacrau e Mouffe. Ela também é o exercício da política através de filiação a um partido político. De um modo geral, todos nós praticamos política, contudo, para que esta prática seja de modo válido, precisamos de uma filiação partidária. Para Pereira (2011) exemplifica que o Planejamento Estratégico é produzido objetivando sua concretização contínua e a longo prazo, sendo necessário para tal efetivação o comprometimento dos envolvidos. Mas devido ao alto grau de rotatividade no alto escalão da UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE – UNIDADE DE VOLTA REDONDA INSTITUTO DE CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS – ICHS PROGRAMA NACIONAL DE FORMAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA – PNAP/UAB BACHARELADO EM ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA Fundação Centro de Ciências e Educação Superior a Distância do Estado do Rio de Janeiro Centro de Educação Superior a Distância do Estado do Rio de Janeiro Administração Pública em todas as suas esferas, seja Municipal, Estadual, Federal e Distrital, acaba por perder esse efeito contínuo, uma vez que o novo membro não terá o mesmo empenho para atuar conforme o Planejamento, inclusive por não ter sido envolvido e confeccionado pelos seus, nesse caso, geralmente, os membros que se alternam e pertencem a outro partido ou corrente política. Pereira ratifica que “as indicações políticas para cargos estratégicos nas organizações públicas podem representar grandes limitações para o sucesso do planejamento estratégico e, por consequência, para a própria organização”. Essa confusão acaba por prejudicar o entendimento do cidadão comum, que acaba assimilando que ambas coisas são a mesma, e que por fim, não permite que o mesmo tenha uma visão mais abrangente, impedindo-o de escolher seus representantes não somente pelo o que estes dizem ser e/ou fazer, mas pelo o que de fato fizeram, cumpriram e pelo seu histórico de vida, quando novato. Até porque há muito, na prática, o cidadão comum pouco acredita em mudanças significativas no nosso cenário político. Desfazer essa confusão, é necessário. “Acredito que se, enquanto sociedade, dedicarmos mais tempo a pensar em soluções e em fazer avaliações coerentes das políticas públicas, em vez de nos jogarmos de cabeça em um destrutivo jogo de acusações, na maioria simplesmente reproduzindo como fantoches coisas que lemos ou assistimos, teremos a chance de fazer das próximas eleições um passo relevante para o processo civilizatório brasileiro. Cada fragmento que se formou na sociedade brasileira se comporta como se sua opinião fosse a única a valer. No entanto, o que realmente vale é retomar a construção do futuro do Brasil de forma coerente com as necessidades das atuais e das futuras gerações.” (CARTA CAPITAL, 2014) REFERÊNCIAS: FREITAS, Felipe Corral de. O primeiro grande antagonismo entre PSDB e PT. 2018 Opinião Pública, Campinas, 2018. PEREIRA, Maurício Fernandes. Administração estratégica. Florianópolis. Capes: UAB, 2011. MARCONDES, Dal. Votar em políticas públicas, não em partidárias. Carta Capital, Jun 2014. Disponível em <https://beta.cartacapital.com.br/politica/votar-em-politicas-publicas- nao-em-partidarias-5865/>> Acesso em 11 set 2021. https://beta.cartacapital.com.br/politica/votar-em-politicas-publicas-nao-em-partidarias-5865/ https://beta.cartacapital.com.br/politica/votar-em-politicas-publicas-nao-em-partidarias-5865/
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