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CONSTUCIONISMO E CONSTRUTIVISMO

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Paradigmas construtivista e construcionista 	
1
Contrucionismo Social
O construcionismo social fundamenta-se, dentre outras, por uma noção sociocultural da mente, muito similar ao que foi proposto pelo pesquisador russo Lev Vygotsky (1896-1934), para quem o funcionamento mental tem origem nos processos sociais, ou seja, nas relações que se estabelecem entre as pessoas, e não nas mentes individuais. 
2
Cont.
Em outras palavras, o construcionismo social postula que os processos psicológicos de um paciente são sociais, e somente podem ser compreendidos se forem contextualizados e entendidos à luz da comunidade e das relações em que o paciente está inserido. Por exemplo, o significado que uma pessoa dá a uma experiência por que passou não se origina dentro dela. 
É, pelo contrário, resultante da interação social que acontece entre ela e outra pessoa. 
3
Cont.
Sendo assim, a prática clínica da terapia de base construcionista social privilegia buscar o processo de construção de um significado não nos funcionamentos psicológicos intrínsecos de um paciente, mas sim na relação que se constrói entre o paciente e seu mundo relacional. 
4
Cont.
A psicoterapia se configura como um espaço aberto para uma conversa, um diálogo, um convite à reflexão sobre os padrões que se estabelecem na vida do paciente, sobre os sentidos que ele dá às crises que enfrenta, ao mundo em que vive e às relações que se estabelecem entre ele e os outros. 
O construtivismo concentrou-se em como os indivíduos criavam sua própria realidade, mas a terapia familiar sempre enfatizou o poder da interação. 
5
Terapia Familiar 
As terapias familiares correspondem a tratamentos psicoterapêuticos ou socioterapêuticos da família que apresenta dificuldades ligadas a um ou mais pacientes reconhecidos socialmente como doentes. (Miermont, 1994). 
Seu início se caracteriza no campo das terapias fundamentadas pela prática clínica da psicanálise tendo como foco de atuação o indivíduo e o entendimento de seus conflitos como causados por conteúdos intrapsíquicos. 
6
Cont.
A perspectiva sistêmica, neste campo de conhecimento, iniciou uma grande mudança ao deslocar o foco de atuação para família e o entendimento de seus conflitos como fazendo parte de uma causalidade circular, marcada pelas relações interpessoais entre seus membros, como em um sistema. 
Tal alteração foi considerada a primeira mudança paradigmática, uma vez que deslocou a ênfase, até então fixada no indivíduo e em sua vida intrapsíquiquica, para o contexto e sua vida inserida em sistemas relacionais (Grandesso,2000) 
7
Campo de terapia familiar 
O campo da terapia familiar tem se desenvolvido a partir de diferentes contribuições teóricas e epistemológicas. E pode ser dividido, de uma maneira geral, em terapia sistêmica e terapia familiar psicanalítica. 
Terapia sistêmica: A Terapia Sistêmica foca nas relações. Ela compreende o indivíduo integrado ao seu contexto familiar e sociocultural, e realça a complementariedade existente entre os seres humanos. 
8
Cont.
Por praticar uma abordagem relacional, o terapeuta sistêmico interage com o cliente, entendendo-se por cliente a família, o casal ou o cliente individual numa postura de proximidade e sintonia. Deste modo, experimenta emoções distintas durante cada atendimento, e é essencial que ele tenha consciência de si mesmo e de como sua história pessoal e familiar interfere em seu modo de entender a realidade e relacionar-se com ela. 
9
Cont.
O trabalho com a família de origem tem espaço assegurado na terapia sistêmica. Pais preocupados com a educação de seus filhos percebem que repetem padrões de seus pais que não gostariam de repetir. Casais reproduzem modelos relacionais de suas famílias de origem, mesmo quando haviam se proposto a construir novos modelos para o seu casamento. A exploração das experiências com a família de origem na terapia promove as reformulações necessárias para liberar o indivíduo da repetição destes padrões familiares disfuncionais. 
10
Cont.
A riqueza da terapia sistêmica reside na possibilidade de que este trabalho possa ser feito com a presença da família de origem na terapia, mas também na ausência dela, quando ela não pode participar.
A meta é a liberação do indivíduo de seus aprisionamentos passados, para que deixe de reagir à sua história e passe a agir e se conduzir dentro de uma proposta relacional atualizada e pessoal com sua família de origem e com sua vida. 
11
Terapia familiar psicanalítica
Segundo Gomes e Levy (2009), as correntes psicanalíticas se desenvolveram a partir dos conceitos propostos por Sigmund Freud, Melanie Klein, Donald Winnicott, José Bleger, Enrique Pichon-Rivière, e os estudos com famílias de pacientes esquizofrênicos realizados nas décadas de 40 e 50. 
12
Cont.
As propostas teóricas psicanalíticas para o atendimento de famílias substituíram o modelo de atendimento individual de membros de uma mesma família por diferentes terapeutas pelo atendimento de todo o grupo familiar por um único terapeuta.
Esta mudança explicita a compreensão de que seria necessário focalizar o funcionamento inconsciente da família, como é enfatizado pelas perspectivas americanas e inglesas ou para as configurações vinculares da família, como enfatizam as perspectivas francesas e latino-americanas (Gomes & Levy, 2009).
13
Aspectos Metodológicos do Construtivismo
Construtivismo é uma tese epistemológica que defende o papel ativo do sujeito na criação e modificação de suas representações do objeto do conhecimento. O termo começou a ser utilizado na obra de Jean Piaget e desde então vem sendo apropriado por abordagens com as mais diversas posições ontológicas e mesmo epistemológicas. 
Hoje é atribuído a abordagens da filosofia, pedagogia, psicologia, matemática, cibernética, biologia, sociologia e arte.
14
Cont.
Na posicologia, o construtivismo tem por base os postulados de Jean Piaget. Segundo este psicólogo, o desenvolvimento da inteligência é construído pelo próprio indivíduo através da interação com o meio.
Piaget, que foi psicólogo e também epistemólogo, desenvolveu tais postulados na década de 1920. Para o construtivismo nesse sentido é considerado que existe uma construção do conhecimento, onde é necessário que criem-se métodos para a educação para estimular tal construção.
15
Abordagens construtivistas
Construtivismo kantiano
A inversão kantiana do sentido da relação entre sujeito e objeto é usualmente considerada a raiz do construtivismo contemporâneo. Tradicionalmente, a filosofia ocidental pensava o conhecimento como uma determinação do sujeito cognoscente pelo objeto conhecido. 
Kant apresenta o processo de conhecimento como a organização ativa por parte do sujeito, do material disperso e fragmentário que nos é fornecido pelos sentidos, impondo a este as formas da sensibilidade e as categorias do entendimento. Ou seja, para Kant, o sujeito é proactivo, constrói suas representações dos objectos, e não recebe passivamente impressões causadas por esses.
16
Construtivismo piagetiano
Jean Piaget foi aquele que introduziu o termo ‘construtivismo’ no século XX, em sua obra Logique et connaissance scientifique, de 1967. Sua Epistemologia Genética é essencialmente uma tentativa de resposta à questão da origem do conhecimento através da investigação, em parte empírica, da gênese e desenvolvimento das estruturas cognitivas do sujeito.
Ao desenvolver sua teoria da epistemologia genética, buscou encontrar as relações entre o biológico, o psicológico e o epistemológico. 
17
Construtivismo radical
Autores ligados ao construtivismo radical não só adotam o construtivismo como tese epistemológica, mas também como tese ontológica, fazendo dele uma versão contemporânea de idealismo. 
Um de seus mais representativos proponentes é Ernst von Glasersfeld, que diz que o conhecimento é um processo cognitivo auto-organizado e isolado do cérebro humano. Uma vez que o conhecimento é considerado uma construção mental em vez de uma compilação de dados empíricos, não é possível saber em que extensãoele reflete um mundo independente da mente.
18
Construtivismo lógico
O construtivismo lógico foi fundado pelo matemático e filósofo Luitzen Egbertus Jan Brouwer e é também conhecido pelo termo que designa sua corrente hegemônica, o intuicionismo. Ele é uma abordagem da lógica que surgiu na filosofia da matemática do início do século XX, que se dedicava a buscar os fundamentos da disciplina. 
19
Construtivismo social
O construtivismo social é uma abordagem filosófica sobre a sociologia que se apresenta como programa de pesquisa empírica, e que tem como essência a tese de que as crenças científicas têm causas sociais. Foi criada por um grupo de sociólogos da universidade de Edimburgo, em meados dos anos setenta.
20
Socioconstrutivismo
O socioconstrutivismo é uma abordagem da psicologia contemporânea gerada a partir da obra de Lev Vygotsky, enfatizada em seus aspectos histórico-culturalistas e com ênfase na psicologia do desenvolvimento. Ela tem recebido denominações variadas, como ‘socioculturalismo’ ou ‘construtivismo social’.
James Wertsch define como objetivo da abordagem socioconstrutivista da Psicologia a explicação das relações entre o funcionamento da mente humana e as situações culturais, institucionais e históricas nas quais este funcionamento ocorre. 
21
Cont.
Vygotsky, influenciado por Marx, tentou encontrar uma resposta de caráter nuclear para as funções psicológicas superiores humanas que evitasse o dualismo mente-corpo. Seu modelo de aprendizagem queria ser uma alternativa “marxista” à concepção construtivista piagetiana centrada no indivíduo. 
Para ele toda função psicológica aparece duas vezes: primeiro em nível social e, mais tarde, em âmbito individual: primeiro entre pessoas – interpsicológica – e depois, no interior da própria criança – intrapsicológica. Isto poderia ser aplicado igualmente à atenção voluntária, à memória lógica e à formação de conceitos: para Vygotsky todas as funções superiores são construções que se originam como relações entre seres humanos.
22
Bibliografia
Grandesso, M. A. Sobre e Reconstrução do Significado: uma análise epistemológica e hermenêutica da prática clínica. São Paulo: Casa do Psicólogo (2011). 
Manual de terapia familiar. Vol. II, Porto Alegre: Artmed, 2011. 
VITALE, M. A. F.; MUNHOZ. M. L. P.Terapia Familiar em pesquisa- Novas contribuições. São Paulo: Roca, 2013. 
23

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