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Resumo analítico: TEORIAS ADMINISTRATIVAS E ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO: DE TAYLOR AOS DIAS ATUAIS, INFLUÊNCIAS NO SETOR SAÚDE E NA ENFERMAGEM A revolução industrial foi um campo fértil para o surgimento de várias correntes administrativas assim como, abordagens teóricas da administração, essas teorias colaboraram e influenciaram a organização da sociedade assim como, alguns setores societários como o trabalho, saúde e educação. Em um primeiro momento essas teorias fomentam o campo do trabalho e da produção, e então vemos que a racionalização do labor vai se tornando protagonista em meio a outras mudanças. Inicialmente Frederick Taylor (1856 – 1915) funda a corrente administrativa que chamamos de taylorismo, onde os preceitos científicos do positivismo eram aplicados como meios para se obter como fim a maximização da produtividade. Posterior ao taylorismo tivemos o fordismo de Henry Ford (1913), que lançou mão dos mesmos princípios de Taylor, entretanto, aumentando a mecanização. Os dois modelos foram difundidos no mundo do trabalho e não muito tempo depois passaram a ser criticados, entre as críticas estavam a alienação dos trabalhadores, desequilíbrio nas cargas de trabalho e a redução do ser humano em simples mecanismos. Outra teoria criada prescindida pelo taylorismo foi o modelo de Fayol mas, diferente das outras duas a racionalização ocorreu no interior da administração da empresa. Nesse mesmo contexto outras teorias foram surgindo a exemplo da estruturalista e comportamentalista, ambas discutiam os conflitos nas relações humanas, comportamentos e motivações abrindo margem para a teoria (Z) e a dos sistemas. No início da década de 1960 surgiu a Teoria do Desenvolvimento Organizacional, tendo como princípio que a organização do ambiente de trabalho é o responsável pelo crescimento e desenvoltura da empresa, e que estratégias de organização são ferramentas para a manutenção e modificação estruturais que irão garantir a eficácia do empreendimento. O que se mostra presente em todas as teorias são a permanecia de mudanças que visam sempre uma otimização no processo de produção, e que por serem tão envolvidas com organizações e empresas, acabaram por influenciar outros setores a princípio da saúde. A saúde é essencial para a vida, sendo uma área onde a humanização e o bem-estar do indivíduo deve ser colocada como máxima. Cumpre destacar que as diferenças se pautam nas diretrizes do Sistema Único de Saúde, que tem como base a descentralização, regionalização, a integridade do serviço ofertado assim como equidade. Esse tipo de organização é responsável por criar demandas gerenciais diversificadas, que exigem um tipo organizacional no processo do trabalho dos profissionais de saúde. Tanto a organização do trabalho quanto a forma de gerenciar as instituições de saúde no país baseia-se no modelo taylorista/fordista, sendo instituições bem complexas e diversificadas, existe a disputa de profissionais qualificados que trabalham de forma autônoma, além disso, a fragmentação do trabalho na saúde, ou seja, os profissionais se reportam a chefes distintos, dando a entender que a fragmentação também se encontra na administração hierarquização. No Brasil existem três fortes grupos dentro das instituições de saúde, os médicos, os enfermeiros e o setor administrativo, todos esses são corporativistas, tratando-se a enfermagem em especial, houve a divisão do trabalho manual e intelectual, que se deu por conta da lógica de organização capitalista. Como resultado dessa lógica industrial em uma das áreas da saúde é observável a existência de milhares de manuais que vão desde os procedimentos as rotinas de enfermagem, além da divisão de serviço entre auxiliares, técnicos e enfermeiros. Auxiliares e técnicos reportam suas ações aos enfermeiros, pois, são eles que dão a palavra final em qualquer procedimento, não existe autonomia dentro desse grupo, sendo ela inteiramente do enfermeiro, que é o chefe da equipe. Em resumo, a racionalização da enfermagem faz com que os profissionais atuem em conformidade com a (organização) gerenciamento do trabalho presente nas teorias administrativas, o enfermeiro chefe assume o papel de administrador, os enfermeiros de técnicos especializados, e os demais profissionais do setor a mão de obra. REFEREÊNCIA BIBLIOGRÁFICA MATOS, Eliane; PIRES, Denise. Teorias administrativas e organização do trabalho: de Taylor aos dias atuais, influências no setor saúde e na enfermagem. Texto & Contexto-Enfermagem, v. 15, p. 508-514, 2006. 2
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