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resenha Pedagogia do oprimido

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A presente resenham busca apresentar a relação entre o filme Escritores da Liberdade (2007) e a obra A Pedagogia do Oprimido de Paulo Freire (1981). O filme Escritores da Liberdade é um drama baseado em fatos, lançado no ano de 2007, que tem como plano de fundo a cidade de Los Angeles na década de 90, quando gangues violentas comandavam os bairros mais pobres da cidade. Em meio a isso uma professora tenta transformar a realidade de seus alunos através de metodologia de dar ao alunato voz ativa para expressar o que estavam sentindo.
	Os jovens que tinham entre 15 e 17 anos viviam diante da violencia e confrontos raciais, eles se apresentavam insatisfeitos e muitas das vezes apresentavam atitudes agressivas na sala de aula. O cenário começa a mudar quando a professora entende que os alunos precisavam refletir a sua posição na comunidade, e como o que acontecia fora da sala de aula interferia na vida deles, ela então propôs que eles dessem vasão ao que estavam pensando através de uma dinâmica musical. 
	Uma outra importante atividade ocorreu quando ela propôs a leitura do livro “O diário de Anne Frank’ e posteriormente pediu aos alunos para que passassem a escrever o que sentiam em um diário. Essa atividade fez com que a professora obtivesse o respeito e a segurança de sua turma. 
	O drama apresenta de forma nítida como a desigualdade social, confrontos raciais, violência das gangues e a indiferença do estado com os problemas estruturais da escola e comunidade, eram fatores que causavam indignação e insatisfação dos alunos.
	Além disso, o professor com seu modelo verticalizado de ensinamento também não parecia interessante, visto que o aspecto “ditador” do professor acabava por causar mais indisciplina entre os alunos. Em seu primeiro capítulo Freire (1981), busca justificar a pedagogia do oprimido, onde ele afirmou que o indivíduo deve se transformar a partir da sua realidade histórica ao qual estão inseridos, ou seja, significa dizer que a educação a ele ofertada deve ser correspondente as problemáticas do seu ambiente. 
	Para além disso, é discutido que essa transformação deve ser um processo contínuo onde o indivíduo será o agente do próprio saber, o processo de autorreflexão possibilitara ao aluno compreender sua posição na sociedade. Ao abrir um debate em sala de aula onde os alunos tiveram a possibilidade de relatar o que os incomodavam, a professora se distanciou do padrão professor “ditador” dando espaço para relações horizontais na sala de aula. 
	Outro ponto importante apresentado por Freire (1981) é a relação entre oprimido e opressor, todo indivíduo oprimido se torna um opressor, a opressão vivida pelos alunos mediante as condições de vida faziam com que eles se tornassem violentos e opressores na sala de aula, compreender essa relação foi necessária para que os alunos pudessem reformular as atitudes.
	O segundo capítulo da obra de Freire (1981) trata do conceito de educação “bancária”, os alunos são bancos que apenas recebem os conteúdos ministrados em aulas verticalizadas, não há espaço para reflexão e nem debates, a educação não se adapta a realidade dos alunos e os conteúdos não versam sobre a realidade da comunidade escolar. 
	No filme é possível observar que os alunos sempre tiveram uma educação bancária, e passam a achar a aula mais interessante quando o professor abre espaço para que eles participem da aula de forma ativa. A destarte de todos os problemas socioculturais e a formatação verticalizada das aulas, o drama mostrou como uma educação libertadora, onde o aluno é o agente do próprio saber, consegue regatar a educação. 
	O professor ao reformular de metodologias ativas e dinâmicas onde os indivíduos possam realizar o exercício de reflexão e autorreflexão do ambiente inserido, conseguindo exprimir o que sentem consegue transformar o aluno.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ESCRITORES da liberdade. (Freedon Writers). Direção/Produção Richard Lagravenese. Estados Unidos, 2007, 2h 03min. 
FREIRE, P. Pedagogia do oprimido. 23. ed. Rio de Janeiro: Paz & Terra, 1981. 
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