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@poli.canuto J K O cíngulo do membro inferior (quadril) é formado pelos dois ossos do quadril, também chamados de ossos coxais (TORTORA) O peso total da parte superior do corpo passa através desse cíngulo para os membros inferiores. (MARIEB) Os ossos do quadril se unem anteriormente na articulação chamada de sínfise púbica; Os ossos do quadril unem-se posteriormente com o sacro nas articulações sacroilíacas. (TORTORA) O anel completo composto pelos ossos do quadril, sínfise púbica, sacro e cóccix forma uma estrutura profunda, em forma de bacia, chamada de pelve óssea. (TORTORA) A pelve óssea é um apoio forte e estável para a coluna vertebral, órgãos pélvicos e órgãos abdominais inferiores. O cíngulo do membro inferior da pelve óssea também conecta os ossos dos membros inferiores ao esqueleto axial. (TORTORA) Cada um dos dois ossos do quadril de um recém-nascido é formado por três ossos separados por cartilagem: o ílio superior, o púbis anteroinferior e o ísquio posteroinferior. Por volta dos 23 anos de idade, os três ossos separados se fundem. Embora cada osso do quadril atue como um osso isolado, os anatomistas comumente estudam cada osso do quadril dividido em três partes. (TORTORA) Na face lateral da pelve, na junção em forma de Y do ílio, do ísquio e do púbis existe uma cavidade hemisférica profunda, o acetábulo (recipiente para guardar vinagre). O acetábulo recebe a cabeça arredondada do fêmur na articulação do quadril. (MARIEB) O ílio (“flanco”) é um osso plano que forma a região superior do osso do quadril (MARIEB) O ílio, o maior dos três componentes do osso do quadril, é composto por uma asa superior e um corpo inferior. O corpo é um dos integrantes do acetábulo, o encaixe para a cabeça do fêmur. (TORTORA) Cada crista ilíaca termina anteriormente em uma espinha ilíaca anterossuperior truncada e, posteriormente, em uma espinha ilíaca posterossuperior, afilada. (MARIEB) A espinha ilíaca anterossuperior é um marco anatômico especialmente proeminente e é facilmente sentida através da pele (MARIEB) A posição das espinhas ilíacas posterossuperiores é indicada por covinhas na pele que se formam a aproximadamente 5 Anatomofisiologia da pelve CÍNGULO DO MEMBRO INFERIOR ANATOMIA PÉLVICA ATENÇÃO: Enquanto o cíngulo superior mal toca na caixa torácica, o inferior conecta -se ao esqueleto através de alguns dos ligamentos mais fortes do corpo. Além disso, enquanto a cavidade glenoidal da escápula é relativamente rasa, a cavidade correspondente no cíngulo inferior é um cálice profundo que segura firme a cabeça do fêmur (osso da coxa). Consequentemente, os membros inferiores têm menos liberdade de movimento do que os membros superiores, mas são muito mais estáveis. (MARIEB) OSSOS DO QUADRIL ÍLIO @poli.canuto cm lateralmente à linha mediana do dorso, na transição da região lombar para a região glútea (MARIEB) Muitos músculos fixam-se a essa crista, que é mais espessa ainda no tubérculo ilíaco (MARIEB) A contusão dessa parte da crista ilíaca e dos tecidos moles associados, que ocorre em esportes de contato físico, é chamado contusão da crista ilíaca ou avulsão de inserções musculares da crista ilíaca. (TORTORA) Abaixo da espinha ilíaca anterossuperior encontramos a espinha ilíaca anteroinferior. Posteriormente, a crista ilíaca termina em uma crista ilíaca posterossuperior aguda. (TORTORA) As espinhas servem de pontos de inserção dos tendões dos músculos do tronco, quadril e coxas. (TORTORA) Abaixo da espinha ilíaca posteroinferior está a incisura isquiática maior, pela qual passa o nervo isquiático, o nervo mais longo do corpo, juntamente com outros nervos e músculos. (TORTORA) A face medial do ílio contém a fossa ilíaca, uma concavidade onde está fixado o tendão do músculo ilíaco. (TORTORA) Posteriormente a essa fossa ilíca se encontra a tuberosidade ilíaca, um ponto de fixação para o ligamento sacroilíaco, e a face auricular, que se articula com o sacro para formar a articulação sacroilíaca (TORTORA) Projetando-se anterior e inferiormente a partir da face auricular, há uma crista chamada de linha arqueada. (TORTORA) A linha arqueada, que ajuda a definir o limite superior da pelve verdadeira (MARIEB) Os outros acidentes notáveis do ílio são três linhas em sua face lateral chamadas de linha glútea posterior, linha glútea anterior e linha glútea inferior. Os músculos glúteos se fixam ao ílio entre essas linhas. (TORTORA) O ísquio (“quadril”) forma a região posteroinferior do osso do quadril (MARIEB) Na forma de um arco, ele tem um corpo superior mais espesso e um ramo inferior mais delgado. Anteriormente, o ramo isquiático junta -se ao púbis. (MARIEB) A espinha isquiática, triangular, encontra -se posteriormente ao acetábulo e projeta-se medialmente. É um ponto de fixação para um ligamento proveniente do sacro e cóccix, o ligamento sacroespinal (MARIEB) Imediatamente inferior à espinha isquiática está a incisura isquiática menor, por onde passam os nervos e vasos que suprem o períneo (área ao redor do ânus e genitais externos). (MARIEB) A face inferior do corpo isquiático é o túber isquiático áspero e espesso, a parte mais forte do osso do quadril. Quando você se senta, seu peso é suportado inteiramente por esses túberos (MARIEB) Uma vez que essa tuberosidade proeminente se encontra logo abaixo da pele, é comum que comece a doer após um tempo relativamente curto na posição sentada sobre uma superfície dura. (TORTORA) Juntos, o ramo e o púbis circundam o forame obturado, o maior forame do esqueleto. O forame é assim chamado porque, mesmo que vasos sanguíneos e nervos passem por ele, ele é quase que completamente fechado pela fibrosa membrana obturadora. (TORTORA) O púbis (“sexualmente maduro”) forma a região anterior do osso do quadril (MARIEB) Na posição anatômica, encontra -se quase horizontalmente, e a bexiga repousa sobre ele. (MARIEB) O púbis tem a forma de um V, com ramos superior e inferior que se estendem a partir de um corpo achatado (MARIEB) Os dois ramos do púbis estendem -se lateralmente: o ramo inferior junta -se ao ramo do ísquio e o ramo superior junta - se aos corpos do ísquio e ílio (MARIEB) Uma elevação delgada chamada linha pectínea do púbis encontra -se ao longo do ramo superior, formando parte anterior da linha terminal da pelve (MARIEB) . O corpo do púbis localiza -se medialmente e sua margem anterior é espessada para formar a crista púbica. (MARIEB) Na extremidade lateral da crista púbica encontra -se, como um botão, o tubérculo púbico, um ponto de fixação para o ligamento inguinal (MARIEB) Esse tubérculo é o começo de uma linha elevada, a linha pectínea, a qual se estende superior e lateralmente ao longo do ramo superior para se fundir com a linha arqueada do ílio. (TORTORA) Uma grande abertura, o forame obturado, ocorre entre o púbis e o ísquio. Embora alguns vasos e nervos realmente passem por ele, o forame obturado está quase completamente fechado por uma membrana fibrosa, a membrana obturatória. Na verdade, a palavra obturado significa, literalmente, “fechado” (MARIEB) ÍSQUIO PÚBIS @poli.canuto Na linha mediana, os corpos dos dois ossos púbicos estão unidos por um disco de fibrocartilagem. Essa articulação é a sínfise púbica. Inferior a essa articulação, o ramo inferior do púbis e o ramo do ísquio formam um arco em forma de um V invertido, o arco púbico cuja angulação ajuda a distinguir a pelve masculina da feminina. (MARIEB) Nos estágios finais da gravidez, o hormônio relaxina (produzido pelos ovários e pela placenta) aumenta a flexibilidade da sínfise púbica a fim de facilitaro parto do bebê. O enfraquecimento da articulação, junto com o centro de gravidade já alterado decorrente do útero aumentado, também altera a marcha da mãe durante a gravidez. (TORTORA) A pelve óssea é dividida em porções superior e inferior por um marco de delimitação chamado linha terminal que forma a abertura para a cavidade pélvica a partir do abdome (TORTORA) Começando por trás no promontório da base do sacro, faça um traço lateral e inferiormente ao longo das linhas arqueadas do ílio. Continue no sentido inferior ao longo das linhas pectíneas do púbis. Por fim, traceje anteriormente ao longo da crista púbica até a parte superior da sínfise púbica. Juntos, esses pontos formam um plano oblíquo, mais alto atrás do que na frente. A circunferência desse plano é a linha terminal. (TORTORA) A parte da pelve óssea superior à linha terminal é chamada de pelve maior (falsa), que está rodeada pelas vértebras lombares posteriormente, porções superiores dos ossos do quadril lateralmente e parede abdominal anteriormente (TORTORA) O espaço encerrado pela pelve maior é parte do abdome inferior; contém a parte superior da bexiga urinária (quando cheia) e o intestino grosso nos dois gêneros, e o útero, os ovários e as tubas uterinas na mulher. (TORTORA) A parte da pelve óssea inferior até a linha terminal é a pelve menor (verdadeira), que apresenta uma abertura superior, uma abertura inferior e uma cavidade e é limitada pelo sacro e cóccix posteriormente, pelas porções inferiores do ílio e ísquio lateralmente e pelos ossos púbicos anteriormente. (TORTORA) A pelve falsa, superior à linha terminal, é delimitada pelas asas do ílio. Ela é, na realidade, parte do abdome e contém os órgãos abdominais. A pelve verdadeira encontra -se na região inferior à linha terminal e forma uma bacia profunda contendo os órgãos pélvicos (MARIEB) A pelve menor circunda a cavidade pélvica (TORTORA) A pelve menor contém o reto e a bexiga urinária nos dois gêneros, a vagina e o colo do útero nas mulheres e a próstata nos homens. (TORTORA) A abertura superior da pelve, circundada pela linha terminal, é a entrada da pelve menor; a abertura inferior da pelve é a saída da pelve menor, coberta pelos músculos do assoalho pélvico. (TORTORA) O eixo pélvico é uma linha imaginária que segue a curvatura da pelve menor a partir do ponto central do plano da abertura superior da pelve até o ponto central do plano da abertura inferior da pelve. Durante o nascimento da criança, o eixo pélvico é a rota seguida pela cabeça do bebê conforme ele vai descendo pela pelve. (TORTORA) Em geral, os ossos masculinos são maiores e mais pesados e possuem acidentes superficiais maiores que os ossos femininos de idade e estrutura física comparáveis. (TORTORA) As pelves masculina e feminina típicas exibem várias diferenças, que são tão consistentes que um anatomista pode determinar o sexo de um esqueleto com 90% de certeza simplesmente pelo exame da pelve (MARIEB) A maioria das diferenças estruturais pélvicas são adaptações às necessidades da gravidez e do parto. (TORTORA) A pelve feminina é mais larga e mais rasa do que a masculina. Consequentemente, há mais espaço na pelve menor da PELVE MAIOR (FALSO) X MENOR (VERDADEIRA) PELVE FEMININA X MASCULINA @poli.canuto mulher, sobretudo nas aberturas superior e inferior da pelve, para acomodar a passagem da cabeça do bebê durante o parto. (TORTORA) A abertura superior da pelve é delimitada pela linha terminal. O seu maior diâmetro é da direita para a esquerda, no plano frontal. Quando começa o trabalho de parto, a cabeça do bebê entra nessa abertura, a sua fronte fica de frente para um ílio, e a parte de trás da sua cabeça virada para o outro. Se o promontório sacral da mãe for muito grande, ele pode dificultar ou mesmo impedir a entrada do bebê na pelve verdadeira. (MARIEB) A abertura inferior da pelve é a margem inferior da pelve verdadeira, seus limites são o arco púbico anteriormente, os túberes isquiáticos lateralmente e o sacro e o cóccix posteriormente. Tanto o cóccix como as espinhas isquiáticas projetam -se nessa abertura, portanto um cóccix com um ângulo acentuado ou espinhas isquiáticas grandes e de forma incomum podem interferir no trabalho de parto. (MARIEB) A maior dimensão dessa abertura é o diâmetro anteroposterior. Geralmente, depois que a cabeça da criança passa através da abertura superior da pelve, ela roda de modo que a fronte agora fique voltada posteriormente, e a parte de trás da cabeça, anteriormente. Essa é a posição normal da cabeça quando o bebê deixa o corpo da mãe. Assim, durante o parto, a cabeça da criança faz um quarto de volta para se encaixar nas dimensões mais amplas da pelve verdadeira (MARIEB) CARACTERÍSTICAS FEMININO MASCULINO Estrutura geral Inclinada para a frente; adaptada para a reprodução; pelve verdadeira define o canal do parto; cavidade da pelve verdadeira é ampla, rasa e maior Menos inclinada para a frente; adaptada para suportar uma estrutura masculina mais pesada e músculos mais fortes; cavidade da pelve verdadeira é estreita e profunda Espessura óssea Ossos mais leves, mais delgados e mais lisos Ossos mais pesados, mais espessos e marcas mais proeminentes Acetábulo Menor; mais separados Maior; mais próximos Acetábulo Com ângulo mais largo (80° a 90°); mais arredondado Ângulo é mais agudo (50° a 60°) Sacro Mais largo; mais curto; curvatura sacral é acentuada Estreito; mais longo; promontório sacral mais ventral Cóccix Mais móvel; reto Menos móvel; curva -se ventralmente Incirusa isquiática maior Larga e rasa Estreita e profunda Abertura superior da pelve (linha terminal) Mais larga; oval laterolateralmente Estreita; basicamente tem a forma de um coração Abertura inferior da pelve Mais larga; espinhas isquiáticas mais curtas; mais afastadas entre si e evertidas Mais estreita; espinhas isquiáticas mais longas, mais afiladas; apontam medialmente ARTICULAÇÕES DO QUADRIL DEFINIÇÃO @poli.canuto A articulação do quadril é uma articulação esferóidea formada pela cabeça do fêmur e pelo acetábulo do osso do quadril. (TORTORA) A articulação do quadril, como a articulação do ombro, tem uma estrutura esferóidea que permite uma grande amplitude de movimento, mas não tão extensa como na articulação do ombro. (MARIEB) Os movimentos ocorrem em todos os eixos possíveis, mas são limitados pelos ligamentos das articulações e pela cavidade bastante profunda. (MARIEB) A articulação do quadril é formada pela cabeça esférica do fêmur e pelo acetábulo côncavo e profundo do osso do quadril. A profundidade do acetábulo é reforçada por um anel circular de fibrocartilagem chamado lábio do acetábulo (MARIEB) Como o diâmetro desse lábio é menor do que o da cabeça do fêmur, esta não pode escorregar facilmente para fora do encaixe articular e, assim, é rara a ocorrência de luxações no quadril. (MARIEB) A cápsula da articulação estende-se desde o anel do acetábulo até o colo do fêmur (MARIEB) 1) Cápsula articular. Cápsula muito densa e forte que se estende da margem do acetábulo até o colo do fêmur. Com seus ligamentos acessórios, essa é uma das estruturas mais fortes do corpo. A cápsula articular consiste em fibras longitudinais e circulares. As fibras circulares, chamadas de zona orbicular, formam um colar ao redor do colo do fêmur. (TORTORA) 2) Ligamento iliofemoral. Porção espessada da cápsula articular que se estende da espinha ilíaca anteroinferior do osso do quadril até a linha intertrocantérica do fêmur. É considerado o ligamento mais forte docorpo e evita a hiperextensão do fêmur na articulação do quadril em posição ortostática. (TORTORA) 3) Ligamento pubofemoral. Porção espessada da cápsula articular que se estende da parte púbica da margem do acetábulo até o colo do fêmur Esse ligamento evita a abdução excessiva do fêmur na articulação do quadril e reforça a cápsula articular. (TORTORA) 4) Ligamento isquiofemoral. Porção espessada da cápsula articular que se estende da parede isquiática do acetábulo até o colo do fêmur. Esse ligamento encontra-se frouxo durante a adução, tenso durante a abdução e reforça a cápsula articular. (TORTORA) 5) Ligamento da cabeça do fêmur. Faixa plana e triangular (originalmente uma dobra sinovial) que se estende da fossa do acetábulo até a fóvea da cabeça do fêmur. Em geral, o ligamento contém uma pequena artéria que supre a cabeça do fêmur. (TORTORA) 6) Lábio do acetábulo. Uma borda de fibrocartilagem fixada à margem do acetábulo que aumenta a sua profundidade. Por isso, a luxação do fêmur é rara. (TORTORA) 7) Ligamento transverso do acetábulo. Forte ligamento que cruza a incisura do acetábulo. Sustenta parte do lábio do acetábulo e está conectado ao ligamento da cabeça do fêmur e à cápsula articular (TORTORA) COMPONENTES ANATÔMICOS @poli.canuto A articulação do quadril possibilita flexão, extensão, abdução, adução, rotação lateral, rotação medial e circundução da coxa (TORTORA) A extrema estabilidade da articulação do quadril está relacionada com a forte cápsula articular e seus ligamentos acessórios, com a maneira pela qual o fêmur se encaixa no acetábulo e com os músculos ao redor da articulação. (TORTORA) Embora as articulações do ombro e do quadril sejam esferóideas, as articulações dos quadris não apresentam arco de movimento amplo. (TORTORA) A flexão é limitada pela face anterior da coxa que entra em contato com a parede abdominal anterior quando o joelho é flexionado e pela tensão dos músculos isquiotibiais quando o joelho está estendido. (TORTORA) A extensão é restrita pela tensão dos ligamentos iliofemoral, pubofemoral e isquiofemoral. (TORTORA) A abdução é contida pela tensão do ligamento pubofemoral (TORTORA) A adução pelo contato com o membro oposto e pela tensão do ligamento da cabeça do fêmur. (TORTORA) A rotação medial é limitada pela tensão no ligamento isquiofemoral (TORTORA) A rotação lateral pela tensão dos ligamentos iliofemoral e pubofemoral. (TORTORA) MOVIMENTOS @poli.canuto A Densidade Mineral Óssea (DMO) é conhecida como uma medida não invasiva de avaliação da saúde esquelética e pode ser classificada de acordo com a tecnologia usada ou a região do esqueleto avaliada. (MOSCA, 2013) Densidade Mineral Óssea (DMO) é a quantidade de Calcio (grau de mineralização) de um determinado "pedaço" de osso (transformado em g/cm2 (MOSCA,2003) A densidade mineral óssea (DMO) é o resultado de um processo dinâmico de formação e reabsorção do tecido ósseo chamado de remodelação (CADORE, 2005) A reabsorção causa a deterioração desse tecido enquanto a formação do mesmo é responsável pela reconstrução e fortalecimento do tecido deteriorado Esse processo ocorre ao longo da vida em ciclos de quatro a seis meses de duração (CADORE,2005) A manutenção da DMO é muito importante para a prevenção da osteoporose, caracterizada por uma diminuição acentuada da DMO, no qual a matriz e os minerais ósseos são perdidos devido ao excesso de reabsorção óssea em relação à formação (CADORE,2005) A densidade mineral óssea (DMO) na vida adulta depende diretamente da massa óssea que é adquirida na adolescência. Nesse estágio de vida, ocorre incremento de 40% da massa óssea, e é atingido o pico de massa óssea, que será determinante da ocorrência de fraturas e da saúde óssea futura (RODRIGUES et al, 2009) Ressalta-se que diversos fatores interferem na aquisição de massa óssea, podendo ser divididos em intrínsecos e extrínsecos. Dentre os primeiros estão os fatores genéticos, hormonais e relacionados ao gênero e à etnia, representando quase 80% da determinação da massa óssea. Já os fatores extrínsecos contemplam aspectos nutricionais, mecânicos e de atividade física (RODRIGUES et al, 2009) Nesse contexto, nota-se que adultos do sexo feminino, de raça caucasiana, com baixo peso, que apresentaram puberdade tardia, ou realizam pouca atividade física são mais propícios a apresentarem menor massa óssea (RODRIGUES et al 2009) Além da massa corporal, destaca-se, em termos nutricionais, a importante inter-relação entre o consumo alimentar e a massa óssea. A literatura denota que a baixa ingestão de energia, de minerais como cálcio, magnésio e fósforo, e de vitaminas D e K se associa ao menor incremento ósseo. Além disso, a ingestão excessiva de proteínas e sódio também afeta negativamente a saúde óssea em virtude, principalmente, de prejuízo ao metabolismo dos nutrientes essenciais ao osso, sobretudo o cálcio e a vitamina D (RODRIGUES et al 2009) As modificações mais significativas ligadas à idade no sistema esquelético afetam a qualidade e quantidade da matriz óssea (SEELEY) A matriz em um osso mais velho é mais frágil do que a de um osso novo porque a redução da produção de colágeno resulta em mais fibras minerais e menos colágenas. (SEELEY) O mineral hidroxipatita confere força de compreensão ao osso, mas as fibras de colágeno tornam esse tecido flexível (SEELEY) Desde o nascimento até a adolescência, mais tecido ósseo é produzido do que perdido durante a remodelação óssea (TORTORA) Em adultos jovens, as taxas de deposição e reabsorção óssea são mais ou menos as mesmas. (TORTORA) Com o declínio do nível dos hormônios sexuais na meia-idade, especialmente depois da menopausa, ocorre diminuição da massa óssea porque a reabsorção óssea realizada pelos osteoclastos ultrapassa a deposição óssea feita pelos osteoblastos. Na velhice, a perda óssea por reabsorção ocorre mais rápido do que o ganho (TORTORA) Uma vez que os ossos das mulheres geralmente são menores e menos compactos do que os dos homens, a perda de massa óssea nos idosos tipicamente exerce um efeito adverso maior sobre as mulheres. Esses fatores contribuem para a incidência mais elevada de osteoporose em mulheres. (TORTORA) Os homens possuem massa óssea mais densa pelos efeitos da testosterona e maior peso corpóreo (SEELEY) O envelhecimento exerce dois grandes efeitos sobre o tecido ósseo: perda de massa óssea e fragilidade. (TORTORA) A perda de massa óssea resulta da desmineralização, que consiste na perda de cálcio e outros minerais da matriz óssea extracelular. (TORTORA) Essa perda normalmente começa depois dos 30 anos nas mulheres, acelera bastante por volta dos 45 anos com a diminuição dos níveis de estrogênio e persiste, com cerca de 30% do cálcio dos ossos perdidos por volta dos 70 anos. Uma vez iniciada a perda óssea na mulher, cerca de 8% da massa óssea é perdida a cada 10 anos. Nos homens, em geral, a perda de cálcio não começa antes dos 60 anos de idade e cerca de 3% de massa óssea é perdida a cada 10 anos (TORTORA) O segundo grande efeito do envelhecimento sobre o sistema esquelético, a fragilidade, decorre de uma taxa mais baixa da síntese de proteína. Lembre-se de que a parte orgânica da matriz extracelular óssea, sobretudo as fibras de colágeno, confere ao osso sua resistência à tração. A perda da resistência à tração faz com que os ossos se tornem muito frágeis e suscetíveis à fratura. (TORTORA) DENSIDADE ÓSSEA E ENVELHECIMENTO ENVELHECIMENTO ÓSSEO @poli.canutoEm algumas pessoas idosas, a síntese de fibras de colágeno é mais lenta, em parte devido à produção menor do hormônio de crescimento. (TORTORA) Além do aumento da suscetibilidade a fraturas, a perda de massa óssea também ocasiona deformidade, dor, diminuição da altura e perda dos dentes. (TORTORA) A princípio, osso esponjoso é perdido quando as trabéculas se tornam mais finas e fracas. A habilidade das trabéculas de fornecer suporte também diminui assim que elas se desconectam uma da outra. Por fim, algumas das trabéculas desaparecem por completo (SEELEY) A perda de osso trabecular é maior nas trabéculas que estão sob menor estresse. Em outras palavras, indivíduos mais sedentários experimentam maior perda óssea (SEELEY) Uma perda lenta de osso compacto começa por volta de 40 ano e aumenta após os 45 anos. Entretanto, a taxa de perda de osso compacto é aproximadamente metade daquela vsita no trabecular (SEELEY) Osso se tornam mais finos, mas suas dimensões externas são pouco alteradas, porque a maior parte do osso compacto é perdida abaixo do endósteo nas superfícies internas. Além disso, o osso compacto remanescente enfraquece devido ao remodelamento ósseo incompleto. (SEELEY) Com o envelhecimento, os ósteons novos não conseguem completar os espações produzidos quando os ósteons velhos são removidos (SEELEY) A atrofia óssea com o envelhecimento não se faz de forma homogênea, pois, antes dos 50 anos, perde-se, sobretudo, osso trabecular (principalmente trabéculas de menor importância estrutural) e, após essa idade, principalmente, o osso cortical (também aqui lamelas de menor importância estrutural, localizadas na superfície endosteal) (ROSSI, 2008) Nos idosos, o periósteo apresenta-se parcialmente destacado e fino, a camada osteogênica é bem mais reduzida, com poucas células osteogênicas, em algumas áreas com aspecto celular misto (pré-osteoblastos, fibroblastos e osteoblastos) e com alguns osteoblastos sem aspecto de estarem secretando nova matriz (SEELEY) Os idosos são potencialmente vulneráveis a um balanço cálcico negativo e às osteopenia/osteoporose, em decorrência da hipovitaminose D. Obtemos a vitamina D, que na realidade pode ser considerada um hormônio, por meio de uma adequada alimentação e pela produção endógena da pele sob exposição solarTodavia, muitos fatores contribuem para não termos tal rendimento na velhice, dentre eles a institucionalização, a menor mobilidade, o uso de vários agasalhos, menor exposição voluntária ao sol, maior tempo em interiores etc. Significativamente, acresça-se a isso, o fato da pele envelhecida, sob idêntica exposição solar, produzir menor quantidade de vitamina D que a pele do adulto jovem (ROSSI, 2008) . O Brasil se encontra em processo de envelhecimento populacional, o que é comprovado não apenas pela estrutura demográfica, mas nas suas consequências na sociedade e no sistema de saúde, devido aos incidentes de quedas a qual os idosos estão suscetíveis e vulneráveis, de maneira intrínseca ou extrínseca (QUEIROZ,2020) Queda pode ser entendida como o contato não intencional com a superfície de apoio, obtida como resultado de uma mudança de posição do indivíduo para um nível inferior posição inicial que se encontrava, sem a existência de acidente inevitável ou fator intrínseco determinante e sem perda de consciência (QUEIROZ,2020) A queda é um evento preocupante quando se trata de idoso, especialmente se é recorrente, visto que as complicações são ainda mais evidentes. (QUEIROZ,2020) A incidência de quedas é alta em idosos. Este evento pode ocasionar graves consequências, como: a diminuição da autonomia e capacidade funcional, o isolamento social e até mesmo provocar a morte. As quedas podem ser ocasionadas por vários fatores, como: psicológicos, fisiológicos ou ambientais, que na maioria das vezes se encontram associados (RODRIGUES,2016) O principal fator psicológico relacionado às quedas é o próprio medo de cair. Estudos mostram que indivíduos que sofrem uma queda desenvolvem um medo de cair, que pode levar a comportamentos cautelosos auxiliares na prevenção de quedas ou reduzir a confiança, o que pode causar um maior risco de quedas. (RODRIGUES,2016) A hipotrofia está relacionada com a redução do número e do tamanho das fibras musculares, devido à perda de neurônios. A sarcopenia é caracterizada pela perda de força muscular não- patológica relacionada ao processo de envelhecimento. (RODRIGUES,2016) Seu risco está relacionado diretamente com o envelhecimento e com a perda gradual da massa muscular e óssea associada a redução do equilíbrio (QUEIROZ,2020) O domicílio, local onde o idoso passa a maior parte do seu tempo, tendo em vista o conforto e principalmente a segurança, deverá ser um espaço que proporcione o bem- estar e possua condições fundamentais e indispensáveis na prevenção de quedas. Dito isso, a prevenção é vista como imprescindível, sendo necessária a elaboração de medidas individuais e coletivas, a fim de viabilizar ações de promoção à saúde e com isso a redução de custos hospitalares, morbidade e mortalidade (QUEIROZ,2020) O fator queda na terceira idade é considerado um problema de saúde pública, razão da grande incidência de hospitalização PREVENÇÃO DE ACIDENTES DOMÉSTICOS COM IDOSOS @poli.canuto na população acima dos 60 anos, morbidade e mortalidade resultante da diminuição de suas funcionalidades devido às alterações contidas no processo de envelhecimento, bem como fatores ambientais e comportamentais (QUEIROZ,2020) Modificações fisiológicas resultante do envelhecimento, morbidades e utilização de medicamentos, são fatores intrínsecos associados a quedas recorrentes. Os fatores extrínsecos entendem-se como os relacionados ao ambiente, devido a existência de piso escorregadio, iluminação inadequada, objetos e/ou móveis em locais inadequados, escadas e rampas sem adaptações, tapetes soltos, degraus altos ou estreitos, entre outros (QUEIROZ,2020) A superfície escorregadia é o fator de risco com maior índice de ocorrência de acidentes domiciliares, pois aumenta as chances de queda e de fratura de fêmur, acidente comum e recorrente nessa faixa de idade (QUEIROZ,2020) Assegurar que a falta de conhecimento da sociedade e da família a respeito dos fatores de risco relacionados a quedas no ambiente doméstico em que as pessoas idosas estão expostas, revela um ambiente propício acidentes com consequências de causas de lesões gravíssimas levando a incapacidade e/ou ao óbito (QUEIROZ, 2020) A falta de conhecimento sobre os riscos e a vulnerabilidade às quedas, bem como outros traumas, devem ser esclarecidas e orientadas pelo profissional de saúde, proporcionando a promoção e prevenção de acidentes e suas complicações em ambiente domiciliar (QUEIROZ, 2020) A adoção de medidas de prevenção são algumas estratégias que os idosos podem ter para evitar quedas, tais como: (QUEIROZ,2020) 1) Retirar tapetes 2) Organizar os móveis no domicílio 3) A revisão no uso de medicamentos 4) Utilizar óculos para correção da visão 5) Deambular com órteses ou apoiar em corrimãos, 6) Evitar subir escadas 7) Deixar os objetos do cotidiano acessíveis, entre outros. 8) Piso não escorregadio 9) Uso de dispositivos antiderrapantes e anteparo para assento durante o banho Estas incidências poderiam ter seus impactos minimizados por meio de medidas preventivas, que entre outras, incluem a prática de atividades físicas regulares, visto que elas exercem uma ação benéfica sobre as condições de saúde do idoso, amenizando as perdas estruturais de aptidão física ocasionada pelo envelhecimento, o que influenciaria na estabilidade postural (QUEIROZ,2020) REFERÊNCIAS: TORTORA. Princípios de Anatomia e Fisiologia. Disponível em: Minha Biblioteca, (14thedição). Grupo GEN, 2016. MARIEB, E. N.; HOEHN, K. Anatomia e Fisiologia, 3ª ed., Porto Alegra: Artmed, 2008. REGAN, J.; RUSSO, A.; VVANPUTTE, C. Anatomia e Fisiologia de Seely, 10ª ed. Porto Alegre: AMGH, 2016. ANDRADE et. al. Densidade mineral óssea e composição corporal em adolescentes com déficit de crescimento. Eistein, 2010. CADORE et. al. Efeitos da atividade física na densidade mineral óssea e na remodelação do tecido ósseo. Revista brasileira de medicina e esporte, 2005. RODRIGUES et. al. Prevenção de quedas no idoso: revisão da literatura brasileira. Revista Brasileira de Prescrição e Fisiologia do Exercício, 2016 QUEIROZ, Ana Carolina Cardoso Nunes et al. Intervenções na prevenção de quedas de idosos em ambiente domiciliar. Revista Brasileira Interdisciplinar de Saúde, 2020. GARCIA et. al. Educação em saúde na prevenção de quedas em idosos. Brazilian Journal of Development, 2020.
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